ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Jordão − O Futebolista, o Pintor e o Artista
Rui Manuel Jordão
Sabendo da partida de JORDÃO (1952/2019) na área do DESPORTO um dos maiores futebolistas portugueses de uma das minhas juventudes
− Inicialmente como jogador do Benfica (uns cinco anos) e posteriormente do Sporting (uns dez anos) para além de outros como o Saragoça (um ano, entre o SLB e o SCP) e o Setúbal (dois anos, antes de terminar a carreira) –
Nada melhor neste momento de transição (certamente “Entre duas Vidas”) do que aproveitar (a ocasião apresentada, transformando-a numa “Celebração da 1ª Vida”) para revelar uma das facetas talvez mais misteriosa (ou então definidora) deste futebolista (para muita gente inesperada dado que “o que parece nem sempre é”) desta vez na área das ARTES:
Angolano natural de Benguela (mas com naturalidade portuguesa) e aos 18 anos já em Lisboa como jogador do Benfica, nunca abandonando definitivamente os estudos (apesar do futebol) e para além da sua formação académica inicial (finalizando os seus estudos na Escola Industrial e Comercial), concluída a sua vida como futebolista (por volta de 1990),
Virando-se para outra PAIXÃO, agora utilizando outras artes (que não o Futebol, outra Arte) o “Desenho e a Pintura”
– Depois de frequentar Belas-Artes (em Lisboa), frequentar um curso de Modelagem (conduzido pelo escultor Sebastião Quintino) e um atelier de pintura (com o pintor Jaime Silva), tudo isto entre 1097/2001 (ou por aí).
Finalizando com a “cereja no topo do bolo” fundando o grupo METAMORFOSIS.
E partindo da sua Vida como Desportista, metamorfoseando-se e transformando-se no que ele sempre foi, um ARTISTA:
No futebol, como na pintura e como na Vida.
(imagens: maisfutebol.iol.pt e Rui Manuel Jordão/facebook.com)
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Fausto
1. Introdução
“O Diabo manipula o dinheiro e tal como diz o Ministro transforma-nos todos em COISOS!”
Respeitar a cultura do povo incógnito, é preservar até à eternidade a memória de todos os nossos antepassados, por mais insignificantes que os considerem, respeitando-os por tudo o que sofreram por nós e também por toda a felicidade que criaram e nos proporcionaram e que com os seus descendentes, sempre sonharam poder partilhar – sendo esta a última esperança ainda intacta desta humanidade gostosamente alienada, caminhando servilmente e como opção paga, para a escravidão e extinção sem futuro e sem glória.
(EU)
2. Apresentação
Nasceu no Sardoal, distrito de Santarém, em 1915.
Aos 18 anos veio para Albufeira, onde começou a trabalhar com uma máquina de rua no Largo Eng.º Duarte Pacheco. Mais tarde monta o seu próprio estúdio em casa, tendo-se dedicado à arte de bem fotografar em estúdio.
As suas fotografias constituem um registo da história do concelho, sendo frequentemente utilizadas em diversas publicações.
O fotógrafo veio a falecer aos 69 anos, na cidade de Albufeira.
(WEB)
Retrato de Fausto Napier
3. Primeiro e Único
Fausto Napier nasceu no Sardoal, em 3 de Abril de 1915. Aos 18 anos radicou-se em Albufeira, começando a trabalhar como fotógrafo num largo, usando uma antiga “máquina de rua”. Sabe-se que aprendeu as artes fotográficas com o mestre espanhol Manuel Aljom. Mais tarde montou o seu próprio estúdio mas nunca deixou de ser um “repórter do exterior”.
Vista parcial da vila de Albufeira
Registou pessoas, paisagens, artérias urbanas, praias, fábricas, obras públicas e até acontecimentos marcantes como as cheias de 1949 e a enorme devastação que provocaram.
Inundações de 1949 na parte antiga
Das fotos mais populares, destacam-se as tiradas nos anos 60 ao famoso cantor inglês Cliff Richard, que em 1968 ganhou o Festival da Eurovisão.
Cliff Richards nos anos 60
Fausto Napier foi o primeiro fotógrafo de Albufeira e o único durante décadas. Ali criou raízes, casando em Março de 1957, com Ilda da Encarnação, uma natural da terra. Faleceu em 8 de Outubro de 1984. Em 1993, a Câmara de Albufeira organizou uma primeira exposição das suas obras.
(MSJ)
4. De Máquina na Mão
“Apesar de não ter nascido em Albufeira, Fausto Napier merece a homenagem que o Município lhe presta ao dar o seu nome a uma das artérias da cidade. Durante décadas registou em chapas fotográficas as belezas de uma pacata vila piscatória, ainda muito longe do advento do turismo, os seus usos e costumes e as gentes que lhe davam vida.
Praia de Albufeira
Começou por fotografar as pessoas, no sistema então usual e conhecido por “à la minute” e foi o primeiro a abrir um estúdio na então conhecida como estrada da Quarteira, hoje Rua do MFA (…). Recordo-me de no início dos anos cinquenta, quando como estudante no Colégio da Orada, residia em Albufeira, ver o Fausto Napier percorrer as ruas da então vila, de máquina na mão, subindo a longa escadaria que ligava a rua à casa onde residia e tinha instalado o seu estúdio. Alto e magro, mesmo muito alto para o porte habitual dos habitantes de então, fazia lembrar um cidadão inglês ou escandinavo. Chegado a Albufeira quando o basquetebol do Imortal dava os primeiros passos, não sei se terá sido convidado para a sua prática e aceitado pois não existem registos (…).
(AAM)