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O Suicídio Assistido de Wolfgang Schäuble

Segunda-feira, 15.04.13

Astrólogos – Nunca nos avisaram da chegada do Anticristo

 

O Teórico – Antecedentes

 

Schäuble acabava o seu primeiro ano de vida quando terminou a II Guerra Mundial. Pertenceu à primeira geração que viveu após a derrota e o colapso da Alemanha, tendo passado toda a sua juventude no período de reconstrução que se lhe seguiu, sentindo directamente na pele como todos os outros alemães os efeitos da assistência dos vencedores da guerra e da aplicação de um plano duro de recuperação, destinado prioritariamente a recuperar economicamente este país central e estratégico da Europa dos escombros da guerra, relançando-o de novo e às suas empresas colaboracionistas no renascido mercado mundial.

 

Schäuble chegou verdadeiramente ao poder no tempo de Helmuth Kohl, sendo nomeado chefe de gabinete do chanceler e posteriormente líder parlamentar da CDU, ministro do Interior e até líder do partido. Apesar de se ter tornado num dos mais experientes e promissores políticos da direita alemã, acaba por ser vítima de um atentado ainda mal esclarecido – levado a cabo por um “drogado esquizofrénico” – quando saía de uma reunião com colegas do seu partido. Apesar de se ter temido inicialmente pela sua vida, acaba por recuperar parcialmente, estando hoje em dia preso a uma cadeira de rodas. O problema para ele e para a concretização das suas ambições esteve na mulher que o próprio Schäuble escolhera para secretária-geral do seu partido, que à primeira oportunidade e aproveitando um escândalo financeiro que envolveu a CDU e o seu líder, através dum golpe palaciano, tomou de assalto o partido em 1998 acabando como todos nós sabemos por chegar a chanceler, fazendo assim esfumar-se o grande sonho de Schäuble.

 

Mais tarde Angela Merkel chama-o para a pasta das Finanças – anteriormente vetara a sua candidatura à Presidência alemã – reconhecendo a importância de ter ao seu lado um Ministro duro e impiedoso para com aqueles países que não gostando de trabalhar só pensavam em viver com o dinheiro dos outros: um ministro que acreditava e ainda acredita que austeridade e desenvolvimento podem levar à recuperação económica de uma Europa assaltada e falida a partir do seu interior pelos seus políticos e interlocutores, contrariando tudo o que se está a passar no resto do mundo, com os mercados a serem inundados por dinheiro fresco de modo a incentivarem o consumo, isto apesar de apresentarem como os EUA dívidas consideradas brutais.

 

Relembre-se que a acção de Schäuble está na base do lançamento da Grécia para o abismo económico e social, com ameaças constantes de expulsão do país da CEE; e logo a Grécia uma das maiores vítimas da acção criminosa da Alemanha durante a II Guerra Mundial e que como todos sabemos foi um dos países que colaborou no perdão da dívida da Alemanha, da qual era credora de muitos milhões. É Schäuble o luterano e arquitecto da reunificação alemã que afirma: “Devem muito dinheiro? Não podem pagar? Então cortem despesa, reduzam os salários, sofram – a absolvição virá depois!”

Mesmo com o aparecimento de um novo caso – o de Chipre – e como se fossemos uns malandros diferenciados dos outros, ainda temos um ministro grande seguidor e admirador deste indivíduo – individuo que pensando apenas na Alemanha, se esquece que à sua volta se encontra o resto do mundo. Então qual será o verdadeiro papel do nosso Ministro “Gaspacho”?


A Morte do Euro – Saia Cara ou saia Coroa a Europa está condenada


A Teoria – Aplicação

 

O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, respondeu aos EUA dizendo que não haverá mexidas no BCE e que a austeridade e o crescimento se fazem ao mesmo tempo. Já Bruxelas, num documento preparatório para o Eurogrupo de hoje em Dublin, negou qualquer alívio nas restrições orçamentais e pediu mesmo medidas extras de austeridade a França, Itália e Espanha e a sete outros estados-membro.

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De facto, o BCE é o único banco central das economias desenvolvidas que não usou a injecção directa de dinheiro na economia como forma de travar a recessão. Frankfurt injectou um bilião de euros na banca, mas as verbas foram sobretudo usadas para recapitalização das instituições financeiras e não para dar crédito à economia, como é necessário.

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Por seu lado, os EUA (país em que os estados federados se ajudam entre si) já asseguraram que vão dar dinheiro sem limite até a taxa de desemprego descer abaixo de 6,5% – está hoje nos 8%. Já o Japão quis ir mais longe e anunciou esta semana a maior intervenção do seu banco central de sempre – injectar 54 mil milhões de euros por mês na economia, durante dois anos, num total de um bilião de euros.

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A realidade é que a Europa está a perder terreno face aos seus principais concorrentes directos. A Zona Euro terá em 2013 o segundo ano consecutivo de recessão – inédito na sua história – com mais de metade dos estados-membro estagnados ou em contracção. O desemprego está num máximo histórico (12%) e existe o risco de a região fechar o ano com seis dos seus 17 países resgatados (Se a Eslovénia cair). Enquanto isso, EUA, Japão e até o Reino Unido vão continuar a crescer em 2013 e 2014.

 

(imagens: retiradas da web – 2.º texto: retirado do jornal Sol)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:54