ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Passar o Tempo com Cometas
[Além dos Agentes Internos, os Agentes Externos.]
Nestes tempos de Pandemia deste novo coronavírus ao fim do 83º dia de contágio/infeção (com os primeiros casos a serem notificados na China a 22 de janeiro de 2020) indicando (a 14 de abril) para números de mais de 120.000 vítimas mortais (e mais de 50.000 em estado grave/crítico),
ATLAS
(C/2019 Y4)
Com cinco dos maiores Eventos Mundiais a Nível Planetário registados na História do Homem e provocando milhões de vítimas mortais a poderem ser consideradas (entre outras) a Colonização da América pelos Europeus (100 milhões), a Peste Negra (mais de 75 milhões), a 2ª Guerra Mundial (72 milhões), a 1ª Guerra Mundial (65 milhões), a Gripe Espanhola (50/100 milhões), sendo importante parar, para pensar algum tempo e procurar compreender melhor o que na realidade aqui se passa (uma explicação, até por comparação): significando desde logo que apesar do nº de vítimas mortais (podendo ser maiores ou menores) um Evento de um nível aparentemente muito menor poderá por diversos tipo de circunstâncias levar a consequências provavelmente (e inesperadamente) muito mais gravosas (das derivadas de um Evento de um nível elevado), até pelas mesmas nunca terem sido previstas e ainda por se repercutirem por falta de preparação das sociedades não só nesse momento como na fase seguinte ─ como todos temem com este Evento Biológico que vivemos e que podendo nem ultrapassar poucas centenas de milhares de mortes (nunca nem sequer perto, de um milhão) ─ numa suposta 1ª Vaga ─ manifesta já sinais preocupantes de que se poderá estender ainda mais no tempo agora com um Evento Económico e Social podendo atirar muitos mais e até definitivamente (dos 7,6 biliões de pessoas espalhados pelos cinco continentes) para o lado da miséria. Isto para nem falar numa hipotética, mas possível (talvez uns 50% de probabilidade, sendo Sim ou sendo Não) 2ª Vaga, o que então poderia ser mesmo falando da nossa atual Civilização, o “Fim e o Recomeço” talvez mesmo a sua “Refundação”.
Atlas
(no periélio)
E no meio deste Evento (para já com a maior preocupação a ser o de salvar vidas) ainda em curso, tendo-se iniciado no Hemisfério Norte (Oriental, na Ásia), ainda por lá andando (Ocidental, na Europa e na América do Norte) e começando agora a dirigir-se para o Hemisfério Sul (América do Sul, África e Oceânia) ─ dispondo-se de menos dinheiro e mais tempo ─ ressurgindo na mente do Homem outros Eventos Extraordinários provocados por Fenómenos Naturais ou Artificiais (estes últimos com a intervenção Humana) e originados interna ou externamente: remetidos do Espaço (e como tal assumindo o papel de Agentes Externos) surgindo então o caso dos Cometas (como o poderia ser dos Asteroides), da sua possível fragmentação e do impacto dos mesmos (estando estes objetos ainda em aproximação ao Sol e nas proximidades do nosso planeta) com a Terra, podendo ter consequências devastadoras aí sim até ao Nível da Extinção (nem sequer existindo tempo nem para a escolha nem sequer para a seleção) ─ como terá supostamente acontecido com os nossos antepassados (como raça dominando o planeta) os Dinossauros (há uns 60 milhões de anos). Para uma análise rápida recorrendo-se a dois cometas, um afastando-se do Sol (logo da Terra) o cometa “2I/BORISOV”, o outro em aproximação o cometa “Y4 ATLAS” – por sinal com os dois a já se terem “partido” (fragmentado). Já para não falar de mais um igualmente em aproximação (e recentemente descoberto) ─ “não há dois sem três” − o cometa “SWAN” (ou C/2020 F8, pelos vistos ainda “inteiro”) passando a 27 de maio de 2020 a cerca de 65.000.000 Km do Sol.
Cometa | Menor Distância ao Sol (Km) | Data | Menor Distância à Terra (Km) | Data |
C/2019 Q4 (21/BORISOV) | 300.000.000 | 06.12.2019 | 290.000.000 | 27.12.2019 |
C/2019 Y4 (ATLAS) | 39.000.000 | 31.05.2020 | 117.000.000 | 23.05.2020 |
(Valores aproximados)
No caso de 21/Borisov (C/2019 Y4) com este cometa (de cerca de 1Km) − o primeiro a ser avistado de origem Interestelar (o segundo sendo Oumuamua), dotado de uma trajetória hiperbólica extrema e velocidade bem acima do normal (o que carateriza estes cometas “exteriores”) − ultrapassado o seu periélio em dezembro de 2019 e no cumprimento da sua órbita, encontrando-se já há quase quatro meses a afastar-se igualmente da Terra (v = 32Km/s) – constituído maioritariamente por gelo e poeiras e não sendo como muitos outros originários do Cinturão de Kuiper (interiores ao sistema Solar) ou então da Nuvem de Oort (os limites do Sistema) – retornando em direção à sua origem e ao espaço para além das fonteiras do nosso Sistema Planetário, talvez a uma outra estrela/sistema de onde tenha sido inicialmente ejetado (a sua casa, a sua estrela que não o Sol, podendo até ter as duas): e sabendo-se que a nossa fronteira poderá estar para lá das 100.000 UA e a mais próxima estrela − Alpha Centauri − a quase 4,4 anos-luz, sendo só fazer as contas e imaginar daqui a quantos milhares de anos o cometa voltará (se voltar). De regresso ao Além-Mundo e sem problemas para nós (terrestres), apenas se lamentando a falta de tempo (nem sempre se tem visitas) para o conhecermos melhor − já que os outros mais interessantes (os “Aliens From Space”) nunca mais aparecem: em último caso e preparados até se apanhando boleia, com Borisov a ser o veículo de transporte.
21/BORISOV
(C/2019 Q4)
Já quanto a Atlas (C/2019 Y4) um cometa solar, a conversa sendo outra: até pela sua maior aproximação (à Terra) antes do seu periélio (a ocorrer no fim de maio) – e por se ter começado a desintegrar (normal neste tipo de objetos) no início deste mês, antes do seu ponto de maior aproximação à Terra (23 de maio) − felizmente a mais de 100.000.000Km (mais distante da Terra do que Marte e mais próximo do que da cintura de Asteroides) − e antes do seu periélio (oito dias depois). E num suicido previsto, mergulhando em direção ao Sol.
Mas será que manterá a sua rota (prevista antes de se fragmentar) agora que se partiu (no início de abril, talvez por volta do dia 2) e que direção terá, cada um dos seus fragmentos (nas primeiras observações, pelos vistos 2 a 5)? Sabendo-se que desde que se fragmentou e ao passar nas proximidades (de nós e inicialmente, a mais de 100 milhões de Km) terão passado já (desde esse início) umas três semanas (de cerca de oito e meia). E que a uma V = 20Km/s (supondo ser perto dessa) a cerca de 146 milhões de Km da Terra (hoje, 20 de abril), podendo fazer (até 23 de maio) no máximo uns 60 milhões de Km e aí estando safos: já que passando “interior” à órbita de Mercúrio mesmo antes do seu periélio (a 31), estando já a afastar-se do “nosso querido” planeta − e nenhum dos seus fragmento sendo possível em qualquer cenário passar perto ou atingir-nos. Voltando daqui a 6.000 anos.
(imagens: Martin Gembec/cnet.com − spaceweather.com/ssd.jpl.nasa.gov
− NASA/ESA/J. DePasquale/nytimes.com)
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Cinco Dedos da Mão, Lavados e Sem Covid-19
1º Dedo
“Antarctica's Denman Glacier is sinking into the world's deepest canyon.”
(Brandon Specktor/livescience.com)
The melting glacier could raise sea level by almost 5 feet (1.5 meters).
Denman trough (dark blue strip) sinks some 11,000 feet (3,500 meters) below sea level, and could soon become the burial plot of a massive, dying glacier.
The glaciers of Antarctica are melting at unprecedented rates, and a giant canyon in the continent's rocky underbelly could make matters much worse.
2º Dedo
“Traces of ancient rainforest in Antarctica point to a warmer prehistoric world.”
(Imperial College London/sciencedaily.com)
Researchers have found evidence of rainforests near the South Pole 90 million years ago, suggesting the climate was exceptionally warm at the time.
A team from the UK and Germany discovered forest soil from the Cretaceous period within 900 km of the South Pole. Their analysis of the preserved roots, pollen and spores shows that the world at that time was a lot warmer than previously thought.
The preservation of this 90-million-year-old forest is exceptional, but even more surprising is the world it reveals. Even during months of darkness, swampy temperate rainforests were able to grow close to the South Pole, revealing an even warmer climate than we expected. (Tina van de Flierdt/Department of Earth Science & Engineering/Imperial College London)
3º Dedo
“A COMET TALE.”
(Gerald Rhemann/spaceweather.com)
That's 3.3 million km, or more than twice as wide as the sun. The outer reaches of ATLAS's tail are still faint, but the gossamer filaments can be seen sweeping across the stars (in Rhemann's animation).
Comet ATLAS (C/2019 Y4) has sprung a tail − and it's impressive
Comet ATLAS is now shining like an 8th magnitude star − too dim to see with the unaided eye but and easy target (for backyard telescopes like Rhemann's). The comet is expected to become much brighter. By the time it sweeps by the sun closer than Mercury in late May, it could rival Venus in the evening sky. That would be a comet tale, indeed.
4º Dedo
“Melting Swiss Glacier Reveals Link Between the Killing of Thomas Becket and Lead Pollution.”
(Paul Seaburn/mysteriousuniverse.org)
Scientist have long theorized that a rise in lead production, lead pollution and deaths and health problems from lead exposure in Europe came from the increased production by lead mines in Germany.
Archaeologist and lead author Chris Loveluck found earlier evidence (of the rise in lead production in an unlikely location – the Colle Gnifetti Glacier in the Swiss Alps. Exposed by the warmth of climate change, they noticed a 50-year concentration of lead pollution – the highest levels until the Industrial Revolution began in the 1800s.
High-resolution analysis of the ice core from Colle Gnifetti, Switzerland, allows yearly and sub-annual measurement of pollution for the period of highest lead production in the European Middle Ages, c. AD 1170–1220. Here, the authors use atmospheric circulation analysis and other geoarchaeological records to establish that Britain was the principal source of that lead pollution.
5º Dedo
“Science Expands on Station, Dragon Departs on Monday.”
(Mark Garcia/nasa.gov)
The International Space Station expanded its research capabilities overnight after robotics controllers installed a new external science platform. Meanwhile, the Expedition 62 crew is packing cargo for return to Earth while getting ready for its own departure.
NASA astronaut Chris Cassidy and Roscosmos cosmonauts Anatoly Ivanishin and Ivan Vagner will take a six-hour ride to their new home in space and begin a 195-day mission aboard the orbital lab.
Commander Oleg Skripochka with NASA Flight Engineers Jessica Meir and Andrew Morgan are preparing to end their mission in space on April 17. They checked their Sokol launch and entry suits they will wear when they parachute to Earth inside the Soyuz MS-15 crew ship for leaks today. The crew is also gathering personal items for stowage inside the Soyuz spaceship.
(texto/legendas/imagens: as indicadas)
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ATLAS
Há já quase 25 anos sem podermos observar um cometa movimentando-se no céu noturno (necessariamente limpo) separando-nos e localizado sobre nós
– Visível com a ajuda de uns simples binóculos ou mesmo à vista desarmada –
Cometa Atlas a 11 de março com magnitude 9.1
Eis que um novo cometa descoberto no final do ano passado (28 de dezembro de 2019) se aproxima rapidamente do Sol, na sua trajetória orbital em torno da sua estrela de referência passando nas proximidades da Terra:
E tal como o cometa Hale-Bopp (em 1997) e o cometa Hyakutake (em 1998) – apresentando-se publicamente como “Cometas Espetacularmente Brilhantes” e mesmo com o segundo mostrando-nos a sua cauda − com este outro cometa denominado ATLAS na sua aproximação ao Sol e ficando cada vez mais brilhante, prometendo-nos vistas espetaculares ainda esta Primavera e ao anoitecer.
Libertando-nos de mais esta seca (de observação de cometas, a última faz 22 anos) e apresentando-se ATLAS,
Posição no céu do cometa Atlas a 18 de maio de 2020
Um objeto descoberto em finais de dezembro para os lados da Ursa Maior, como um pontinho muito pálido (ao nível das estrelas mais pequeninas, ainda detetadas à vista desarmada) e localizado na altura a quase 440 milhões de quilómetros do Sol (a Terra dista 150 milhões de Km) e que se tudo correr bem sem que o mesmo nos pregue algum tipo de partida, lá para o dia 31 de maio passará a menos de 38 milhões de Km de distância do Sol, esperando-se que “Bem Luminoso” (há 4 dias atrás estando 600X mais brilhante do que o previsto).
Mas pelos vistos só se dando à observação para o público em geral depois de mesmo atingir o Sol, daí o dia 31 de maio (daqui a mais de dois meses):
E aí sim, vendo-se ou não se vendo o cometa.
(imagens: Karl Battams/SungrazerComets/twitter.com e SkySafari em forbes.com)
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O Dia do Fim – 8.ª parte
Ficheiros Secretos Pós-a/341
(a/Apocalípticos)
Viagens de longo curso e sem tempo adicional
O grupo de estudantes tinha sido avisado para comparecer na sala Oval da nave Nietsnie TR-14 – um sector reservado para os diversos equipamentos electrónicos e restantes periféricos associados que suportavam o terminal de acesso ás bases de dados do Simulador Central, colocando-o em rede com a Máquina Central Estabilizadora, responsável pela sua confirmação (ou não) e arquivo – onde se iria dar inicio ao processo de selecção dos tês candidatos que iriam chefiar cada um dos quatro subgrupos de trabalho a criar posteriormente e que seriam constituídos aleatoriamente pelos restantes candidatos preteridos. Este processo teria como primeira etapa a participação dos doze elementos num Jogo de Estratégia e Intervenção baseado num antigo Jogo de Guerra agora adaptado a este novo tempo e civilização, elaborado cuidadosamente a partir de fontes antiquíssimas enviadas a partir da Terra por elementos especializados aí colocados e que não diferiria muito do cenário da aplicação original, de modo a que as intervenções assumidas por parte estudantes/candidatos não tivessem uma interpretação muito diferenciada e não possível de aplicação. Dirigiram-se para uma das extremidades mais abertas da sala Oval, onde os esperavam os seus respectivos lugares já assinalados através dum código próprio, pessoal e intransmissível, que sempre os acompanharia na sua curta estadia na nave, sob pena de afastamento imediato do projecto caso este se extraviasse: o código era a chave fundamental de acesso por parte dos doze estudantes a todo o projecto e ao seu respectivo enquadramento geral e progressivo no mesmo. Já com cada um dos elementos ligados em rede e a aguardarem as ordens para se dar início ao jogo desta 1.ªeliminatório, a confirmação da abertura das hostilidades foi dada pelo Simulador e então o Jogo começou. O Mestre Llessur como orientador de estágio e primeiro responsável pela implementação do Projecto em curso foi o primeiro a ser notificado dos resultados: agora só faltava passar à segunda e última etapa de selecção, definindo o mais rapidamente possível o vencedor e as suas linhas de acção, para uma intervenção decisiva e com sucesso total em torno do problema que parecia ameaçar a civilização terrestre e o seu natural desenvolvimento.
Essa questão foi decidida pelos líderes dos quatro subgrupos numa 2.ªeliminatória, em que foi bem notória a diferença de atitude e de intervenção dum desses subgrupos, que apesar da utilização de estratégias pouco comuns e nalguns casos de consequências que poderiam ser imprevisíveis, pelo seu detalhe, profundidade e adaptação à maneira primitiva de ser e de ver por parte dos terrestres, o Simulador desde logo referenciou: a taxa de efectividade da simulação escolhida manteve-se sempre e invariavelmente nos 100% de sucesso e somente devido à margem de erro que poderia sempre afectar esta aplicação nas condições particulares de aplicação no terreno, levou ao pedido de confirmação e autorização, com a resposta quase imediata e afirmativa por parte da Máquina Central Estabilizadora.
A missão teria três objectivos fundamentais:
- O primeiro e principal objectivo a alcançar seria o de provocar o afastamento dos intrusos exteriores que se vinham desde há muito tempo imiscuindo indevidamente nos problemas da Terra, oferecendo como contrapartida para as suas intromissões e intervenções completamente desajustadas e oportunistas, tecnologia avançada utilizada erradamente pelos terrestres, desvirtuando assim perigosamente as intenções da sua utilização; nem que para tal tivessem que actuar sobre estes intrusos duma forma mais enérgica e decisiva.
- O segundo objectivo a atingir teria que ser levado a cabo duma forma que não perturbasse ou influenciasse directamente as directivas e opções escolhidas pelos terrestres, assumindo-se neste campo como uma acção levada a cabo apenas como resposta a necessidades vitais que fossem no momento urgentes mas impossíveis de suprir, feitas duma forma não visível e que por outro lado levasse os humanos à sua reconstrução e solidariedade na evolução incluindo todas as espécies;
- O último objectivo relacionava-se com o pretenso objecto que poderia estar em rota de colisão com a Terra. O possível perigo teria sido completamente eliminado de todos os cenários previstos, tendo sido utilizada para a sua resolução a aplicação imediata da directiva geral sobre Salvaguarda Redundante de Simulações, aplicada nestes tipos de simulações, que previa o aparecimento de situações extraordinárias como esta e a adopção nestes casos da única solução aceitável: o da salvaguarda da espécie em causa.
E tal como previsto na Simulação seleccionada e posta em prática, a nave Nietsnie TR-14 operaria ainda a milhões de anos-luz da Terra, sem contacto directo e apenas fazendo passar a Aplicação, a qual ainda estaria protegida por outros programas de protecção e de segurança. Só num caso extremo e impensável – nunca ocorrido e com taxa de efectivação absoluta nula – se teria que recorrer a uma formatação de todo o Sistema – a qual poderia afectar todo o espaço intervencionado – mas tal só poderia acontecer num caso limite e com a autorização expressa do Corpo de Elite de Projecções Integradas. Uma Entidade sem corpo material e sem imagem objectiva, corporizada num conclave de representantes eleitos por sufrágio entre pares e auto denominados Servidores de Universos e que segundo estes teria como profissão de Fé e missão Divina, a simulação e adaptação ao Deus Global de toda a matéria e energia movimentando-se no Todo Infinito.
Atlas do Universo ou Mapa do Céu – sem detalhes do Inferno ou do Purgatório
Dia 26 – 15h 00mn
Tinham passado vinte e quatros horas desde o momento em que sentado tranquilamente no café do Oliveira tinha ouvido uma notícia sobre uma erupção violenta e inesperada dum vulcão localizado no continente americano mais precisamente nos EUA, que teria provocado a fuga em pânico de muitas das pessoas residentes nas proximidades, face à violência da explosão e à devastação provocada. No entanto encontrava-me de novo sentado a uma mesa do café, rodeado pelas mesmas pessoas assistindo atentamente ao jogo de futebol que se ia tranquilamente desenrolando num qualquer buraco do país, num ritmo normal dum quotidiano de todos os dias sempre repetitivos e sem fim e como se nada de anormal se tivesse passado à nossa volta: algo estava errado naquele cenário presente onde agora me encontrava, com os meus órgãos dos sentidos a confirmarem a minha posição actual no espaço, mas com as minhas memórias a confluírem desordenadamente como numa avalanche em direcção ao centro temporal do meu cérebro. As recordações que neste instante me invadiam a razão do pensamento, não podiam estar completamente isoladas da realidade que as parecia inequivocamente representar, tão profundos eram os sentimentos que provocavam e tão fortes eram as sensações induzidas por experiências de percepção anteriormente vividas. No meio desta loucura momentânea que me apanhara desprevenido, parecia estar a viver na confluência de dois mundos: enquanto saía de um mundo e caía no outro, imediatamente o outro me perseguia obrigando-me a sair de novo e a voltar a cair no anterior. Sem fim à vista neste esquema rotativo e circular de movimento, deixei-me levar pela persistência da alternância e foi nesse preciso momento que compreendi que saltava entre mundos paralelos.
Acordei um pouco sobressaltado já passava das tês horas da tarde. Só não sabia de que dia.
Se são as Equações definem o Mundo então são elas que são Infinitas
O Sonho fazia parte integrante do nosso corpo e da nossa vida. Logo, se nós existíamos e éramos reais os sonhos também o seriam. Sendo real o sonho teria a sua imagem, como reflexo dum objecto que representaria a sua realidade. Por outro lado todos sabíamos que em termos relativos – já que ainda não compreendemos o Absoluto – um determinado objecto ou está em movimento (vivo) ou revela a sua ausência (morto): se o objecto estiver Vivo fica desde logo provado que os Sonhos são retratos fiéis (apesar de não crentes) da realidade; mas se por outro lado o objecto estiver Morto, isso não significa que os Sonhos não sejam um reflexo da realidade, já que o que sucedeu foi apenas uma opção errada de vida – estilo zombie – baseada na segurança e na recusa de liberdade. Ora e como todos nós deveríamos saber a realidade que reflecte a vida admite uma Infinidade de opções saudáveis e realizáveis – aqui ou no mundo dos sonhos – o que não quer dizer que alguns de nós não quisessem ter uma vida de Vampiro: sem imagem reflectida no espelho, sem uma vida baseada numa qualquer realidade que seja, mas acreditando como um acidentado por lobotomia, que os sonhos são um desperdício de tempo (e dinheiro), não representando o grupo nem a realidade do mercado.
A Realidade que anteriormente tinha deixado para trás num misto de sonho passado e presente, tinha no entanto prosseguido e chegado às suas conclusões finais: um defeito de tradução na linguagem máquina utilizada no processo em aplicação teria sido provocado por acção de agentes externos, o que teria originado como consequência lógica o aparecimento dum erro grave enquanto decorria a mesma aplicação, alterando completamente as características técnicas internas do programa em curso e provocando um colapso no sistema. Ao colapsar o sistema por insuficiências na aplicação, a mesma libertou no entanto um outro subprograma escondido numa rotina e contendo um vírus não conhecido ou detectado anteriormente, que levou à completa destruição do holograma material ainda não consolidado e que estaria a ser colocado em torno da Terra, obliterando-a e deixando apenas como vestígios da sua anterior existência a sua replicação por outros mundos paralelos ou sequenciais: é que até os Deuses falham porque como nós apenas existem.
Assentava tudo num grande plano e nós éramos apenas um mero instrumento, ansiando no futuro transformarmo-nos numa ferramenta e assim sonharmos mais uma vez (com a imortalidade), tornando-nos Deuses mas de papel e que ao arder mas sem se ver, se dissiparam sem rasto, desaparecendo nos intervalos alienados desse mundo excluído de vida.
Fim da 8.ª parte de 8
(imagens – retiradas da Web)