ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Cardeal-Amarelo
“Nesta bolha fechada (que é a Terra) convidando-nos ao convívio (neste paraíso e ecossistema), sendo muito mais interessante conviver com a Fauna & Flora ─ Natural ─ do que com a artificialidade do Homem (racional, mas de nível básico).”
Esta pequena-grande história que tanto poderia encantar crianças como adultos imaginando-se num mundo alternativo e belo (no nosso e pelos vistos, ainda existindo bolsas), começa numa localidade rural localizada no estado do Illinois (EUA) ─ Rushville ─ envolvendo uma família e um pássaro, no mínimo curioso: a família Curry e um Cardeal-Amarelo (imagem 1).
Cardeal-Amarelo da América do Norte
Com Chelsea Curry certamente uma amante da Natureza e como boa e experiente observadora-de-aves ─ sendo capaz de as distinguir não só pelo seu aspeto como pelo seu canto ─ estando em casa (no seu interior) e ao ser abordado um certo dia pelo seu marido informando-a da presença de um Cardeal na árvore do seu quintal (deduzindo tal pelo seu aspeto e comportamento geral), de seguida e até pela sua cor dizendo de imediato tal ser impossível: sendo os Cardeais para o vermelho e não para o amarelo.
Mas depois de uma melhor observação e de recolha de informação sobre os Cardeais, chegando mesmo à conclusão que sendo esmagadoramente para o vermelho, também existindo uns (mesmo muito poucos, sendo raros) amarelos (na América do Norte nos cerca de 12 milhões, talvez 1 dúzia): com a jovem mãe Curry (34 anos de idade) revelando sem intenção especial o acontecido consigo ao Mundo, acabando por se tornar famosa (ou não fosse uma ave raríssima) apenas por causa de um pássaro fazendo do quintal dela sua casa.
Cardeal-Amarelo com a sua parceira, mais um
Uma história tendo como protagonista o Cardeal-Amarelo, aparecendo misturado com outras aves da sua espécie em fevereiro de 2020 (pelo quintal, pelas árvores da casa) e que depois de se tornar “importante” (pelos especialistas, média e público interessado/curioso), já no início da Pandemia (com tudo a fechar e com o ambiente a acalmar) acabou por adotar a sua casa para uma estadia mais prolongada ─ tornando-se um hóspede regular dos Curry.
Fazendo aí todas as suas refeições e até realizando (nas árvores disponibilizadas) muitos dos seus encontros para namorar (como se vê na imagem 2) ─ e apesar de elas (mais para o castanho, mas com vermelho) preferirem os vermelhos lá se safando quanto a engates: regressando na Primavera com uma companheira e ainda sendo acompanhados (por +1), desaparecendo de novo de cena e regressando outra vez aquando da chegada do frio. Talvez reconhecendo como um abrigo ─ a casa da família Curry ─ até se habituando aos humanos e ao bater da porta de casa.
(dados: chicagotribune.com ─ imagens: Chelsea Curry/chicagotribune.com)
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Se não canta é porque já está morto (ou quase)
Tudo se iniciando numa notícia oriunda da Austrália informando-nos sobre a existência de mais uma ave em “perigo de extinção”, face a outros casos passados com outras aves (semelhantes) podendo indiciar e confirmar esse seu destino fatal (a curto-prazo): protagonista com o seu canto (rico/várias tonalidades) em centros urbanos populosos, decaindo no seu “palrar” isolando-se, diminuindo as possibilidades de acasalar e de “orientar” as suas crias ─ e desse modo condenando de vez, a sua já tão reduzida espécie. Aves conseguindo imitar outros (pássaros) que não os seus e que os cientistas e investigadores ainda esperam ensinar a cantar (em cativeiro) com gravações (talvez algo mais de 300, em liberdade).
Anthochaera phrygia ou Regent honeyeater
(espécie endémica do sudeste da Austrália)
Ficando agora com medo (e receio) de que saindo da cidade e indo viver para o campo (algo de semelhante, ao sucedido com a ave), o meu afastamento de um grande centro populacional (e comercial) esteja a contribuir para o meu isolamento por maior distanciamento aos da minha espécie ─ deixando progressivamente de comunicar (falar) e de conviver e de partilhar (com machos e fêmeas como eu), podendo ser um sinal (aviso/alerta) de estar mesmo em “vias de extinção”: isolando-me mais e perdendo o pio (a voz), pondo de lado a memória e a cultura (dois pilares fundamentais da minha evolução) e deixando de transmitir os meus valores aos meus próprios descendentes (filhos, netos, etc.), deixando-os (como consequência) entregues a si mesmos, expostos a todos os perigos deste Mundo, tornando-os por não entrega do meu testemunho (mantendo a minha postura) em seres “incapazes de sobreviver”. Antecipadamente e estando eu ainda por cá, simplesmente me apagando e no final desaparecendo.
(dados e imagem: viagens.sapo.pt)
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Colisão Aérea na Rússia
Imagens (1, 2 e 3) de uma colisão ocorrida (registada por um dos pilotos através do seu telemóvel e enquanto filmava a paisagem) no espaço aéreo russo a partir de um avião Boeing 737, de uma linha (aérea) de passageiros desse país: repentinamente verificando-se a rápida aproximação do avião a uma ave voando no mesmo trajeto, sem possibilidades de algum tipo de reação (seja por parte da AVE ou da parte do AVIÃO a JATO) acabando os dois (inevitavelmente) por colidir.
[Imagem 1]
Para além do choque
e sem hipóteses de reação
ao aparecimento súbito da Ave
[Imagem 2]
Após o impacto para além do susto
− “OH, SHIT” −
nada sucedendo
[Imagem 3]
Com o Boeing 737
(n sendo atingido os motores)
mas não com a pobre AVE
Dada a enorme diferença de velocidades de deslocamento registado entre a AVE (v = 100Km/h ou superior) e o AVIÃO a JATO (v = 700Km/h ou superior) e igualmente até pela enorme diferença de massas verificada entre ambos (no Impacto) – M Ave = 10Kg ou superior e M Avião = 80.000Kg ou superior – aquando da colisão com a AVE devido à violência do choque como que a implodir, desintegrando-se e ficando os seus poucos restos espalhados e como que liquefeitos, pelo vidro do cockpit.
(imagens: WBR Avia/youtube.com)
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O Cardeal
Um pequeno pássaro habitual em certas zonas do globo terrestre como as do norte do continente americano: neste caso nos EUA e mais precisamente em Nova Iorque no Prospect Park de Brooklin (dia 2 de Dezembro).
Passerina ciris
(macho)
Uma data já pouco comum para a permanência desta ave migratória no estado norte-americano de Nova Iorque, quando se sabe que esta espécie se desloca no Inverno mais para sul à procura de temperaturas mais amenas durante o mês de Setembro.
(imagem: Tomasz Kapala/livescience.com)