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Recordando as Consequências

Domingo, 05.01.20

E as maiores vítimas dos adultos,

as crianças.

 

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Depois do Afeganistão, do Iraque, da Líbia, da Síria e do Iémen, sempre com o mesmo protagonista − e por cá só se falando do NORD STREAM 2, ligando a Rússia à Europa − com os holofotes energéticos − projetados pelos EUA − a dirigirem-se agora (e prosseguindo o seu pré-planeado caminho) em direção ao Irão: diplomaticamente tentando evitar uma guerra, matando o segundo na hierarquia adversária. Para já (sem saber o que fazer) sem grande reação europeia e desde já irritando Washington (e já agora não como conspiracionista, mas concordando com Dwight D. Eisenhower, o Complexo Industrial Militar).

 

“Será que ainda vos deixam recordar,

a curta vida do jovem sírio Alan Kurdi?”

 

[Com os culpados (muitas vezes sem dinheiro para fazerem o negócio) a não serem apenas os que compram as armas (os clientes), mas obviamente (sem eles tal nunca ocorreria) os que interessadamente (não estando na mira da bala) as vendem. Sendo Tump e apenas (talvez mais que todos os outros) mais um homem de negócios e sendo norte-americano e excecional de vitórias e de sucessos (chegando mesmo a Presidente). Infelizmente com a Europa de cócaras e de traseiro bem levantado, mais uma vez aguardando (avaliando) o grau de penetração (do vibrador norte-americano produzido na china) e como sempre sendo vítima da sua soberba como o da não defesa do povo líbio, mas na defesa dos bens de Muammar Gaddafi.]

 

Num momento em que a segunda figura na hierarquia do poder no Irão

 

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Uma vítima (no terreno) de Obama, como poderia ser de Clinton ou de Trump

A sand sculpture replicating the harrowing pictures

The shocking image of three-year-old Aylan's body

has now been created on Puri beach in eastern India

(by famous artist Sudarsan Pattnaik)

 

− QASEM SULIMANI, para os Orientais um herói da Guerra Irão/Iraque (na luta contra o ditador iraquiano Saddam Hussein e as suas armas de destruição maciça, então fortemente apoiado pelos EUA) e um dos maiores impulsionadores levando à derrota da Al-Qaeda e do Exército Islâmico (no Iraque como na Síria)

 

Numa visita pré-estabelecida e combinada (por responsáveis dos dois países, Iraque e Irão e conhecimento dos EUA) ao Iraque (vindo da Síria) para conversações com o 1ºMinistro (interino/iraquiano) Adil Abdul-Mahdi, aterra no aeroporto Internacional de Bagdade e no início do seu percurso de carro em direção ao referido encontro é atingido por um drone norte-americano, assassinando-o

 

– Servindo-se os norte-americanos de informações diplomáticas que todos conheciam (da viagem e encontro oficial de Suleimani), na verdade e de uma forma ilegal, criminosa e brutal (e até para servir de exemplo), obliterando-o –

 

E sabendo-se das consequências que isso poderá acarretar não só para o Hemisfério Norte Oriental (por onde andam os mouros) mas para o futuro do Mundo Ocidental (do hemisfério norte o nosso, por onde andam os católico-romanos, os Cruzados)

 

− Com os diplomatas num período (de tempo) mais ou menos alargado podendo (reconvertendo-se/reciclando-se) em vez de dialogarem (sempre com algo contra) começarem a resolver os problemas logo ali, definitivamente, e a tiro (Hoje a Oriente e amanhã banalizado o processo a Ocidente) –

 

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Uma vítima (na UN) de Obama, como poderia ser de Clinton ou de Trump

 Political Message

Artists and cartoonist

depict Syria boy's body on beach

(used by artists on Twitter to call for action)

 

Sendo necessário até pela nossa crescente falta de cultura e sobretudo de memória, recordar as consequências de atos anteriores e semelhantes e ao que os mesmos (apesar de toda a negação e estratégia de avestruz) conduziram:

 

Bem estampada (no passado exemplar) nos mais de 1 milhão de mortos resultantes da Guerra do Irão contra a poderosa coligação iraquiana Saddam/EUA e mais recentemente (já que o crime, a hipocrisia e a falta de vergonha − face ao dinheiro e poder que se pode ganhar utilizando estes parâmetros − não têm limites) na morte do jovem sírio AYLAN.

 

Hoje como amanhã com um país (julgando-se poderoso, sendo-o ou não) ou com qualquer outro (naturalmente tendo supremacia em armas, sendo melhor), podendo de facto se o desejar e invocando toda a razão para o seu lado (declarando-se sem provas Excecional), eliminar o outro lado fazendo-se passar como salvador e protetor de possíveis vítimas e logo oriundas do assassinado (por prevenção sendo morto)

 

– Para o verdadeiro assassino (tendo a Arma) o mais natural e potencial predador (curiosamente desarmado), desculpada a Bala (e os que lucram com tudo isto, os fabricantes do novo método de diálogo utilizando − à falta de papel − Armas).

 

Ressuscitando o antigo grito de guerra

− Agora em dita Democracia –

Ou te calas ou te fodes”!

 

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My mom taking my pic before I get deployed for world war 3

E c/ a banalização da Guerra − Doença & Morte – e a aceitação passiva da nossa progressiva descontinuidade (do valor do sujeito, face à sobrevalorização do objeto)

c/ a nossa resposta a limitar-se (divertidamente, esquecendo por largos momentos as vítimas e comportando-se como intelectuais-decadentes) aos memes

 

No assassinato da 2º figura do Irão − Qasem Sulimani − podendo ter evitado como o afirma o seu patrocinador (não promotor) e 1ª figura dos EUA − o presidente dos EUA − mais uma guerra local,

 

Mas pelo meio envolvente − incluindo as duas outras grandes potências globais o Bloco China/Rússia − podendo provocar uma Grande Guerra Mundial, agora entre o Hemisfério Norte Ocidental e o Hemisfério Norte Oriental (sendo o Hemisfério Sul a parte económica e financeiramente fraca, talvez e felizmente sendo posto de lado). E já imaginaram o que sucederia se o conflito entre os EUA (o Grande Império em Queda) e o Irão se declarasse de facto e alastrasse (para além dos “Poços de Petróleo” e com os EUA a lutarem apor isso) para as proximidades das fronteiras da Rússia e da China (o Grande império em Ascensão) − num momento em que a China, a Rússia e o Irão fazem exercícios militares conjuntos (com este assassinato e dados os exercícios em curso sendo para o Bloco Chinês/Russo uma provocação, dado envolver um seu aliado) − interrompendo todas as rotas principais de transporte de petróleo para este Mundo baseado exclusivamente e ainda, nessa matéria-prima?

 

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O jovem sírio Alan Kurdi

(2012/2015)

Alan Kurdi nasceu em Kobanî, cidade curda no norte da Síria, lugar onde se deu a dura Batalha de Kobanî. Após se mudar por várias cidades do país para escapar do Estado Islâmico, sua família estabeleceu-se na Turquia em 2014 (O pai de Alan, Abdullah, vivia na Turquia desde 2012 em busca de trabalho, e visitava sua família na Síria de vez em quando). A família regressou a sua terra natal no começo de 2015, mas voltou para a Turquia em junho do mesmo ano, quando o Estado Islâmico novamente atacou sua cidade (massacre de Kobanî). Após tentativa frustrada de levar a família para a ilha grega de Kos, o pai tomou a decisão de transladar-se para a Europa de maneira ilegal num barco pneumático, mas a viagem terminou com a tragédia do naufrágio da embarcação. (wikipedia.org)

 

(1ª/imagem: vice.com – 2ª/3ª/imagens/legendas: mirror.co.uk − 4ª/imagem: ibtimes.sg – 5ª/imagem: thestar.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:57

Operação WW3 − “Iraqis Dancing in the Street for Freedom”

Sexta-feira, 03.01.20

“The Pentagon confirmed Thursday night that

the United States killed powerful Iranian military leader,

Major General Qasem Soleimani,

at Baghdad’s international airport in an airstrike.”

(USATODAY/03.01.2020)

 

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Real Trump/Real USA

 

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A Mensagem (a bandeira dos EUA) aos cidadãos norte-americanos (através do Twitter) liderados pelos seus líderes supremos autointitulando-se de Excecionais − como e por associação ao Resto do Mundo (satélites, sancionados, ou em qualquer tipo de lista de espera) do seu atual presidente o republicano Donald Trump, após o ataque ordenado pelo mesmo nesta quinta-feira (2 de Janeiro de 2020) tendo como objetivo principal o assassinato de um alto dirigente da hierarquia militar e governamental iraniana (comandante da Força de Elite do Irão), o general Qassem Soleimani. De imediato e como esperado com Benjamin Netanyahu (Israel) a apoiar a decisão de Donald Trump (EUA) e por outro lado e como seria expectável com a China e a Rússia a condenarem o ataque e a eles parecendo querer juntar-se a França (ida a Grã-Bretanha e paralisada a Alemanha, tentando de algum substituir esta última) aparentemente preocupada com as repercussões (face a mais uma atitude unilateral dos EUA) na Europa como no futuro do Mundo (e na sua estabilidade, sem supremacia por coerção de um dos pratos da balança).

 

[Face a este ato de guerra (não apoiado p/ Congresso maioritariamente DEM dos EUA) qual será agora a posição da Europa (decadente e moribunda) – c/ a Ilha de partida, a Alemanha à deriva e a França tentando-se colocar em bicos-de-pés?]

 

“World reacts to US killing of Iran's Qassem Soleimani in Iraq

Leaders across the world warn that

US' targeted killing of Iranian top genera

could ignite conflict in the region.”

(aljazeera.com/03.01.2020)

 

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Real Clinton/Real USA

 

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Com o assassinato do alto-quadro iraniano a ser levado a cabo e segundo o Pentágono sob ordens diretas do presidente dos EUA (com o intuito de prevenir futuros e possíveis ataques por parte do Irão a interesses norte-americanos na região) − mais uma vez e pelo menos para já sem espinhas (sem contraditório, sem justificação, com uma única interpretação, só podendo levar ao confronto) − sabendo-se de antemão da visita do general iraniano a realizar a Bagdade (com os iranianos demasiado confiantes no cumprimento das regras mínimas de guerra − pelo seu adversário, em certos cenários e por estratégia aliado − não se preocupando muito com a visita) e bastando para tal missão e objetivo se concretizar (com 100% de eficácia) mandar um drone, ataca-lo e (usando as próprias mãos para praticar a sua justiça e carregando no botão do comando) explodi-lo e desintegrá-lo (não sobrando nada). Certamente que para o poder norte-americano, Republicano ou Democrata, sendo a Favor ou sendo Contra, tratando-se dadas as Entidades envolvidas obviamente de um Ato Divino: na Europa e apesar das sansões ainda existindo muitos crentes.

 

[Sobre o título: a partir de “Iraqis Iraqis dancing in the street for freedom; thankful that General Soleimani is no more.” (Secretary Pompeo/@SecPompeo/twitter.com/03.01.2020)]

 

(imagens: Donald J. Trump/@realDonaldTrump/twitter.com e coinbooks.org)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:28

De Joystick na Mão

Domingo, 29.06.14

Yes We Can:

“Primeiro mata, depois confirma”

(ou não)

 

Drone

 

Eis que finalmente chega à capital Bagdade a como sempre oportuna e preciosa ajuda norte-americana. Agora que o presidente Barack Obama tomou a decisão irrevogável de não enviar mais contingentes militares do seu país para esta zona do Médio-Oriente – unicamente para continuarem a morrer sem justificação, no longínquo e questionável genocídio em curso no Iraque (superiormente patrocinado pelas famílias Bush-Laden e atingindo o seu pico mediático com os acontecimentos do 9/11) surgem agora em sua substituição e como medida de protecção centrada na defesa da capital iraquiana, os célebres e mortais drones.

 

Bagdade

 

Sendo a arma de eleição do Presidente Obama na sua guerra contra o terrorismo os drones têm a virtude de aparentemente não causarem vítimas entre os seus criadores e utilizadores, apesar de tudo destruírem no seu ponto de impacto, seja mau (terrorista) ou seja bom (danos colaterais). Temos no entanto que compreender que a nossa vida não passa de um simples jogo, em que uns tipos ganham, outros tipos perdem e outros tipos ainda fazem batota – com os Estados Unidos a serem um exemplo flagrante, deste último caso de tipos: apoiando uns e os outros e no fim ficando com tudo. Mas o mais interessante para se perceber tudo o que se passa nesta zona do globo, é conseguir entender o papel da Arábia Saudita nisto tudo: como país produtor de petróleo, como aliado dos norte-americanos e como financiador do terrorismo. Não terá sido por acaso nem com um único objectivo a alcançar, que foi promovida a Guerra Civil na Síria e a terraplanagem de mais um país árabe que nem petróleo tinha para dar: a visão seria certamente mais alargada envolvendo de um dos lados interesses Israelitas – com a eliminação definitiva de um dos seus maiores inimigos – e do outro lado com a tentativa de hegemonia político-económica dos sauditas sobre toda a região petrolífera, tentando dominar e asfixiar as pretensões do agora seu maior inimigo o Irão.

 

Joystick

 

O militar encontrava-se no seu lugar preferido, observando os diversos monitores e de joystick na mão: o cenário transportava-o para um passado de sensações, que lhe fazia reviver uma mistura de percepções baseadas nas tradicionais máquinas de flippers (agora muito mais eficazes e de manipulação confortável) e no comando ergonomicamente adaptado e individualmente omnipotente, apenas comparável à mão decisória de Deus. Como critério activo abstraía-se sempre daquilo que estava a fazer, imaginando-se num moderno jogo de consola em mais uma tentativa de bater o seu recorde e de testar mais além os seus limites psicológicos. Hoje o palco de intervenção era a cidade de Bagdade, dependendo o número de pontos atribuídos no final do jogo ao número de sunitas e seus associados eliminados – duplicando a pontuação se fossem militante do ISIS – e à rapidez de execução e finalização da respectiva operação. No final da sua missão o militar poderia ter ainda acesso a um bónus suplementar, desde que os danos colaterais se situassem entre parâmetros aceitáveis ou fossem provocados por acções não autorizadas e como tal ilegais. Assim se hoje formos dar uma volta pela cidade de Bagdade certamente que no céu não veremos a presença das naturais aves esvoaçando pelos ares e entoando os seus cânticos alegres e comunicativos, mas em sua substituição e com todo o sentido de modernidade que os norte-americanos transportam consigo, ajuda humanitária sobrevoando a capital: réplicas artificiais mecânicas sem alma nem epiderme, controladas à distância por um inimputável e perigoso alienígena, capaz de tranquilamente matar sem nunca o reconhecer. Naves metálicas brilhando ao Sol (equipadas de fantásticos falos destrutivos) capazes de fornicar e rebentar quem se pusesse em posição.

 

Onde se pode comprar um DRONE?

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 04:04