ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Banco Bom Banco Mau
“Esta arquitectura de estado está cada vez mais enterrada na sua demência degenerativa e pelos vistos final”
O BES faliu.
Lisboa – Sede do Banco de Portugal
Mas para que o caos não se instalasse definitivamente na nossa já tão fraca e contraída economia, o governador do Banco de Portugal decretou oficialmente a sua morte e como consequência o seu imediato funeral: a solução encontrada foi divina e salomónica com a divisão do Corpo Moribundo exactamente ao meio, criando dum lado um Banco Bom (com ligações privilegiadas à economia e ao mercado nacional) e do outro lado um Banco Mau (associado às estruturas financeiras e a todos os seus produtos tóxicos).
E depois?
Injectado o Banco Bom (apesar de tudo de iniciativa privada) com mais 4.900 milhões (de dinheiros públicos), em que é que isso beneficiará o comum contribuinte português?
E qual será a função do Banco Mau, uma sociedade financeira pela sua situação de falência sem acesso a qualquer tipo de crédito e com uma única possibilidade de retorno: a recuperação duma percentagem mínima de créditos esmagadoramente considerados como perdidos.
E lá vem outro BPN (certamente que não o último), mais aumentos de impostos e a continuação da nossa fatal subserviência: à autoproclamada e miserável elite intelectual (portuguesa e europeia).
O governador do Banco de Portugal declarou entretanto o excelente estado de saúde do Banco Bom/Novo Banco (a nascer esta segunda-feira) garantindo com toda a sua convicção o normal funcionamento do mesmo.
(imagem – Wikipedia)
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The Man Everyone Knows – And Them Nobody Knows
“A correria das crianças entre os Bancos onde os seus pais trabalhavam e as cadeiras da Casa Grande onde os mesmos se deliciavam entre grandes discursos era no dia de hoje muito mais intensa e confusa, com os seus pais um pouco atordoados e sem saberem muito bem o que fazer, a correrem como mortos-vivos entre estes dois edifícios-fronteira”
Ricardo Salgado
(antes e depois)
Antigamente a televisão era a preto-e-branco e agora é a cores:
Este pormenor meramente técnico poderá ter tido muita influência!
Fuck I know the guy! And if...he remembers me?
A família Espírito Santo ainda não compreendeu quatro décadas após o 25 de Abril de 1974 o que sucedeu por essa altura na evolução do nosso regime político: um golpe de estado levado a cabo por um grupo de militares de hierarquias intermédias e inferiores, apoiado desde o primeiro momento por todos os movimentos de contestação clandestino implantados no terreno (em maior ou menor actividade nessa década) e por essa massa enorme de gente ingénua e trabalhadora que desde sempre fora a única vítima bem visível e ao mesmo tempo o verdadeiro motor do regime.
Mas que acabou nas mãos daquela camada da população que sempre se serviu do estado para impor os seus direitos, liquidando-o ao mesmo tempo enquanto não cumpria os seus deveres: os antigos quadros intermédios (de poder interventivo nulo e sem grandes alicerces de ligação à empresa – com muitos lá colocados por cunhas – servindo apenas como canais de comunicação chefias/bases), na primeira oportunidade de vingança e com perspectivas de futura promoção, os primeiros a denunciar o inferior e a acusar o superior.
Foram estes os carrascos destes quarenta últimos anos, agora com os seus descendentes a destruírem definitivamente o pouco que restou de pé (ou mesmo de lado) de toda esta brutal delapidação de um povo, da sua memória e da sua cultura.
The mother fucker is no more a President: jail to the son of a bitch!
“Os Patrões entretanto já morreram e os Trabalhadores regredirão a Escravos”
(imagem – Web)
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Ali-Babá e Os Quarenta Ladrões
A Cova de Ali-Babá em Portugal
Veja lá se consegue associar esta multidão de Ilustres Portugueses de Alto Potencial (todos homens), a qualquer tipo de Intervenção Patriótica que tenha contribuído para o desenvolvimento de Portugal e elevado o país a um exemplo Mundial de Sucesso, a copiar imediatamente por outros países:
IPAP | Franquelim |
Adelino | João |
Almiro | Joaquim |
António | Joaquim |
Abdool | José |
Alberto Figueiredo | José de |
Alberto | Manuel |
Américo | Manuel |
Amílcar | Manuel |
Arlindo | Miguel |
Avelino | Rodrigo |
Cavaco | Rui Machete |
Daniel | Rui |
Duarte | Saúl |
Fernando | Vítor |
(dados – bogue Porta da Loja)
Nesta lista são 29.
Mas podiam ser 58, 87, 116, 145, 174, etc. – não contabilizamos aqui todas os amigos e restante família, morando neste Buraco Profundo Não/português, pertencente a um mundo particular e sem fim à vista!
Apenas uma ajudinha: esta multidão não fez bicha à porta do banco como o fizeram por exemplo os clientes do BPP – roubados em plena luz do dia e sob os olhares atentos e distraídos das pessoas responsáveis que as deviam defender (Banco de Portugal) – mas entraram pela porta do banco adentro e nacionalizaram só para eles os lucros, deixando aos outros portugueses, a responsabilidade de privatizar e de dissolver os prejuízos e outros produtos tóxicos, população analfabeta e impreparada para reconhecer o que é bom para ela.
Descubra qual a Intervenção Patriótica desta multidão de IPAP
(imagens – WEB)