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A Luta Entre Os Dois Eixos

Terça-feira, 17.11.15

Se há Bem e se há Mal, quando chega o tempo do Bem?
Ou não haverá nenhum deles, já que o tempo é uma abstração?
É que sem parâmetros é fácil mandar!

 

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Se nos emocionamos com as cenas chocantes e bastante intrusivas que sucessivamente nos chegavam de Paris, é porque sentimos que apesar de tudo o de vil e de Mau a que infelizmente agora se tem acesso (ao vivo e em direto), ainda existe algo de Bom (por exteriorizar e expandir exponencialmente) na esmagadora maioria das pessoas. Só que não se sabendo bem porquê, só o MAL se consegue impor na nossa ideia de sociedade: vinda do povo ou dos Senhores da Guerra.

 

Portuguesa abriu porta a jovens em pânico
Foi "noite horrível"

 

Uns metros mais à frente, "uns 40 jovens" entraram por um prédio dentro a "pedir socorro". Foi Margarida Sousa, emigrante portuguesa que é porteira no prédio, quem lhes abriu a porta. Ao DN, contou que viveu "uma noite horrível", com "os jovens a pedir socorro, cheios de sangue e cinco deles com balas no corpo". O tom calmo e sereno com que Margarida Sousa recorda a noite dos atentados contrasta com o "pânico" que lhe entrou pela casa, quando "estava sentada ao telefone" a falar com a filha. "Acolhi na minha casa uma jovem com balas nas costas, outro jovem com balas nos braços e uma jovem com uma bala no braço, mesmo ao lado do peito", relata a portuguesa, dizendo que "não podia virar as costas àquelas pessoas". "Eles queriam esconder-se porque estavam com muito medo. Sabiam que estavam a correr muito perigo depois do que já tinham vivido no Bataclan. Tentaram esconder-se nas escadas e gritavam: fechem as portas, fechem as cortinas. E pediam para apagar as luzes, para que ninguém se apercebesse de que estavam aqui em minha casa", conta Margarida Sousa. A emigrante portuguesa que diz ter feito "o que tinha a fazer" na noite de sexta-feira prestou-lhes os primeiros socorros "dando copos de água, café, chá, comida e qualquer coisa que os acalmasse". Enquanto o fazia ouviu relatos de verdadeiro terror, como o de "uma jovem, a Juliette, que passou por cima de corpos mas tinha de tentar fugir". (João Francisco Guerreiro/dn.pt)

 

O Homem sabe desde há milhares de anos que o Bem e o Mal – como parâmetros abstratos e mecanismos de sobrevivência que são – sempre fizeram parte da sua Vida.
O problema está agora no privilégio atribuído a um deles e na unificação da abstração: é que enquanto os parâmetros opostos se atraem, parâmetros idênticos repelem-se.

 

(texto/itálico: DN – imagem: WEB)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 09:50

A Diferença Entre O Rico e O Pobre

Domingo, 14.10.12

“Será o Pobre a representação do Mal e o Rico a representação do Bem”?

 

Para os nossos especialistas políticos é inaceitável recorrer-se ao aumento dos impostos sobre os nossos “ricos empresários”, pois tal levaria a uma espiral de violência tributária sobre os mesmos, levando-os a uma nova migração de divisas e investimentos, para locais mais seguros e lucrativos, longe das teorias suicidas e irresponsáveis de partilha de sacrifícios por todos, como se o benemérito investidor fosse culpado pelos erros e desnorte natural dos seus súbditos, caracterizados pela sua irracionalidade específica e analfabetos por natureza.

 

A Natureza do Rico vê-se na sua Educação e Formação. Pelo contrário o Pobre socorre-se logo do Insulto e da Ignorância, mesmo quando o querem ajudar!

 

No entanto para a generalidade da população portuguesa catalogada como não tendo acesso ao poder – por constatação verificada em exames da sua menoridade mental e financeira – os mesmos especialistas políticos já se acham (incompreensivelmente e mesmo a nível das suas doutrinas económicas) no direito de a privar do seu já misero salário e contrapartidas mínimas sociais, culpabilizando-as pelo acontecido e castigando-as por “abuso de confiança”: como pode o “pobre assalariado” contrapor o seu poder ao do seu empregador – e restantes protetores – combatendo sem recursos (que lhes foram entretanto sonegados) contra todas as armas poderosas e erudições inquestionáveis desta Estrutura e socorrendo-se apenas do seu “trabalho miserável e desprestigiante”, para tentar convencer os seus restantes colegas de estrada – muitos deles já completamente alienados pelos processos brutais de exploração e de desintegração social – de que esta não é uma noção de vida, mas uma interpretação limitada e errada desta, explicitamente dirigida para a opção pelo rumo da escravidão do Homem, como único caminho – sem alternativa – para a sua sobrevivência!

 

(imagem – Google.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:13