ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Agente Funerário
CGD anuncia prejuízo recorde de 1859 mil milhões de euros em 2016
(sapo.pt)
Com a solução para o problema, seja onde for, por que motivo for e que consequência possa ter (aplicando-se o modelo de solução, com o Evento a poder ocorrer mesmo em Marte), a ser sempre a mesma e utilizando o mesmo carimbo: fechando empresas (por ex. agências) e despedindo trabalhadores (por ex. funcionários) – que o Estado paga o resto (de novo e de nós). Entrando de novo em ação o Agente Funerário.
E quando chegar a vez do Banco de Portugal?
É que muitas terras já fecharam e muitos já emigraram.
Um Funcionário ali colocado para desempenhar uma determinada função (e objetivo) cujo prazo já expirou e que no fundo espera tranquilamente a chegada da sua reforma (podendo estar por uns dias)
Deixando de lado um dos piores períodos atravessados pela grande maioria da sociedade portuguesa desde o 25 de Abril (2011/2015), ignorando o sofrimento passado por milhares e milhares de pessoas com a enorme taxa de desemprego (real), com a falta de dinheiro para uma única consulta com taxa moderadora (fora todas as despesas de acesso) e até com a possibilidade de se perder a casa por uma pequena ou mesmo inesperada dívida, sem se entender muito bem como tal foi possível num período tão apertado para a generalidade dos portugueses, mas pelos vistos tão aberto e apetecível para outros. Ainda-por-cima com muitos deles a serem os representantes dos nossos políticos eleitos, ligados as suas famílias (políticas) e apresentando sempre um ar tão reflexivo, responsável e respeitável. Só se podendo concluir que face ao sucedido e ao que aí se avizinha, continuaremos a ser nós a levar com o coice.
E como sempre tem acontecido na nossa História
Com o regresso do Desejado que nos virá ainda Salvar
(o nosso conhecido Agente Funerário tendo dos lados dois ajudantes)
Depois do grande estrondo que foi a queda do BES; depois de ficarmos a saber da fuga de 10 mil milhões de euros para o estrangeiro (a partir de 10 mil euros por lei obrigado a declarar) maioritariamente oriundos do mesmo banco (BES); e depois dos mais de 3000 milhões de imparidades descobertas na CGD e tendo como principais responsáveis apenas 200 empresas (em Portugal existem mais de 600 mil ativas) certamente com muitas delas ligadas ainda ao mesmo banco (BES); a questão que se coloca neste (estranho) esquema bancário abrangendo tanta gente da sociedade portuguesa – com ligações privilegiadas a este sector fundamental da economia e que já vinha do Antigo Regime com a família Espirito Santo – é se esta contaminação parecendo epidémica e tendo como uma das bases o mesmo veículo transmissor, não se poderá propagar ao próprio Banco de Portugal.
(imagens: jornaldenegocios.pt e sapo.pt)
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Quem Já Manda no Mundo
São os Conglomerados
Os Colossos de Coisas
(onde o Homem será sempre um objeto menor)
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“Um dos processos que pairam sobre o Novo Banco é o que foi colocado pelo Oak Finance, veículo ligado ao Goldman Sachs, que exige a anulação de uma decisão que retirou do Novo Banco e colocou no BES “mau” um empréstimo de 823 milhões de dólares.”
(economico.sapo.pt)
Num Mundo dito cada vez mais globalizado (e nada preocupado com a memória e com a cultura nativa) é mais do que evidente que qualquer que seja o indivíduo que nele esteja inserido (no mercado a parte positiva é a mais-valia do objeto e a parte negativa o desgaste rápido do sujeito), o seu papel em todo este cenário inconscientemente reproduzido torna-se cada vez menos relevante (senão mesmo dispensável).
Desse modo e inevitavelmente o objetivo único da nossa tão aclamada sociedade livre e ocidental transforma-se (ou então tira a sua máscara), metamorfoseando-se com normalidade e com muito conformismo: e por essa via entre as ótimas condições criadas para a concretização de extraordinários negócios, passam despercebidos sucessivos atos prepotentes, obscenos e criminosos – desaparecendo no fim a vontade do Homem e impondo-se definitivamente a Ordem das Coisas.
O Homem está neste momento num processo irreversível de transformação num ser morto tipo Zombie. Um facto que até se pode confirmar pela simples evolução das Elites: vistas como reis de empresas (uns milhões), depois como reis de impérios (uns milhares), depois como reis do mercado (umas centenas), depois como seus reais representantes (umas dezenas) e finalmente declarados extintos – ao serem todos digeridos pelos conglomerados que criaram. Isto porque já hoje a Máquina trabalha por si (independente do homem dependente das coisas). Transformando-se assim o Homem em mais um Bicho de Zoo.
No que nos diz respeito, portugueses preparem-se: já aí está a Goldman Sachs a poderosa máquina de guerra financeira norte-americana (presença motivada por perdas no caso BES).
(imagem e legenda: article.wn.com)
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Afinal Havia Mais Um
Audições da Comissão de Inquérito Parlamentar ao caso BES
“Um dos responsáveis com quem falou (referindo-se a Ricardo Salgado) no pico da crise do BES foi o Presidente da República.”
(JMMP – GES)
Dia Comemorativo da Implantação da República Portuguesa
(Lisboa – varanda dos Paços do Concelho – 5 Outubro 2012)
“Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões.” (Bertrand Russell)
(imagem – Web)
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O Retrato da Banca Portuguesa
"Séria Ameaça ao Sistema Financeiro"
“Risco Sistémico”
"Estivemos no Fio da Navalha"
Pelos vistos no fim-de-semana passado estivemos prestes a dar a última pirueta: uma onda gigante provocada pelo terramoto BES ameaçou levar diante de si toda a banca portuguesa. A nossa sorte e salvação esteve na resistência oferecida pelo nosso Super Banco de Portugal, conseguindo dividir a poderosa onda em duas e assim diminuir os efeitos terríveis das mesmas sobre todos nós: recordando Moisés, assim fez o Governador.
Imagem do Banco de Portugal
(após o incidente BES)
E no final só ficamos com a bonança, após tão horrível (e certo) cenário de tempestade: a parte má ficou com o Espírito Santo e a parta boa com as pessoas. Tal como Moisés o nosso Governador esqueceu-se do passado, concentrou-se no futuro e tal como o Profeta o fez – mas neste caso e espectacularmente num curtíssimo fim-de-semana – escreveu os Mandamentos e mandou-os publicar (e executar).
Poderemos assim – ainda por cima agora que é tempo de descanso e de férias de Verão – continuar a confiar nos bancos e presumir que ainda teremos algum dinheiro na carteira: poderíamos ter falido, mas pelos vistos tal não sucedeu.
Entretanto o Santo que agora lidera o Banco Bom/Novo Banco já esclareceu a opinião pública portuguesa que antes estava muito melhor e que só foi para o banco por solicitação e patriotismo, ao mesmo tempo que ia desde já informando os seus súbditos que alguns deles poderiam ser dispensados, se os serviços verificassem que tinham batido com a cabeça no tecto.
(títulos iniciais: RR – imagem: Web)
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Banco Bom Banco Mau
“Esta arquitectura de estado está cada vez mais enterrada na sua demência degenerativa e pelos vistos final”
O BES faliu.
Lisboa – Sede do Banco de Portugal
Mas para que o caos não se instalasse definitivamente na nossa já tão fraca e contraída economia, o governador do Banco de Portugal decretou oficialmente a sua morte e como consequência o seu imediato funeral: a solução encontrada foi divina e salomónica com a divisão do Corpo Moribundo exactamente ao meio, criando dum lado um Banco Bom (com ligações privilegiadas à economia e ao mercado nacional) e do outro lado um Banco Mau (associado às estruturas financeiras e a todos os seus produtos tóxicos).
E depois?
Injectado o Banco Bom (apesar de tudo de iniciativa privada) com mais 4.900 milhões (de dinheiros públicos), em que é que isso beneficiará o comum contribuinte português?
E qual será a função do Banco Mau, uma sociedade financeira pela sua situação de falência sem acesso a qualquer tipo de crédito e com uma única possibilidade de retorno: a recuperação duma percentagem mínima de créditos esmagadoramente considerados como perdidos.
E lá vem outro BPN (certamente que não o último), mais aumentos de impostos e a continuação da nossa fatal subserviência: à autoproclamada e miserável elite intelectual (portuguesa e europeia).
O governador do Banco de Portugal declarou entretanto o excelente estado de saúde do Banco Bom/Novo Banco (a nascer esta segunda-feira) garantindo com toda a sua convicção o normal funcionamento do mesmo.
(imagem – Wikipedia)
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Mais Outro Oráculo (assumido) do Regime?
"Falência nem pensar, o que vai acontecer é uma recapitalização do BES"
(José Gomes Ferreira – SIC)
E o Vencedor foi...o BES!
Se alguém ainda mantinha em Estado de Graça os seus políticos preferidos – e (indirectamente) os seus influentes patrões – agora com o escândalo BES bem que pode tirar definitivamente o seu cavalinho da chuva: isto apesar de já ser tarde de mais e apenas podermos prever mais uma grande castanhada para o povo português (e muito pior de que o BPN – mas nunca esquecendo o BPP).
“E o seu Chefe (seja ele qual for) agradeceu”
(imagem – arealidadefinanceira.info)