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Portugal em Desconfinamento (2º dia)

Terça-feira, 05.05.20

Desde 25 de março de 2020  (VM = 10) ─ já lá vão 42 dias ─ com o número de vítimas mortais (VM)  nunca tendo atingido um valor tão baixo: apenas 11. Significando que derrotado “o bicho” (livrando-nos da morte por doença) estando agora na mão dos nossos Governantes e autoridades a nossa Salvação (librando-nos da morte por fome).

 

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Cada vez mais próximos do tão desejado ponto

(Valor = 0)

 

Reforçando a esperança de que o pior já passou e de que o vírus (SARS-CoV-2) ─ e seguindo as pisadas do seu antecessor (SARS-CoV) ─ poderá adormecer agora, pelo menos por algum tempo: até à chegada da tão falada vacina (ou outro qualquer tipo de cura). Esperando, pois, sendo um familiar, sendo-o bem afastado da Gripe (Sazonal).

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:49

A Verdade, Infelizmente Vinda de Leste

Terça-feira, 07.04.20

Our lockdown was supposed

to protect the most vulnerable, the elderly,

from Covid-19

– but we’re achieving precisely the opposite.

(jornalista inglês Rob Lyons em rt.com)

 

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Com os mais velhos (os avós) literalmente entregues ao “bicho (parecendo que uma campanha de exterminação) e ainda-por-cima com os mais fracos (pais e filhos) a serem transformados em carne-para-canhão (deixando órfãos os netos) entregando as futuras gerações aos “abutres

 

Putting old people under virtual house arrest at home or in their care homes, denying them proper medical care, destroying the value of their pensions – how are these devastating measures supposed to be helping them?

 

When we are told that society must be locked down for weeks or months, we need to balance the harms of such measures against the harms of a more liberal approach. With all the focus on cases and death tolls, we are missing the devastating consequences of these lockdowns for the very people they are supposed to protect. If we really want to protect the elderly and vulnerable, we should be working fast to normalize society as soon as possible.

 

[rt.com/op-ed/485116-lockdown-uk-coronavirus-elderly]

 

(imagem: Getty Images/rt.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:36

Caça ao Bicho em Albufeira (e arredores, mas com o bicho não sendo o mesmo)

Sexta-feira, 03.04.20

Com a ARS Algarve não tendo publicado hoje (abril, 2) o seu relatório diário sobre o coronavírus Covid-19 (nem se sabendo se o voltará a fazer) − segundo a mesma e apesar da desconfiança de muitos, tentando articular os seus dados (recolhidos regionalmente) com os da DGS (nacionais), o que nos deixa um pouco arrepiados (eu que que sou natural do Porto e observei o que a DGS e os seus matemáticos por pouco não fizeram na minha cidade) – uma curtíssima vista de olhos (pouco sendo noticiado, pois nem sequer existindo um verdadeiro e abrangente jornal, de todo o Algarve) sobre a imprensa escrita algarvia especificamente tendo como objetivo o que se passa no concelho de Albufeira.

 

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Pior que o COVID-19

 

Assim (e focando apenas dois deles) enquanto no Jornal do Algarve ficando-se a saber da decisão da Câmara de Albufeira de isentar durante três meses (abril/maio/junho) o pagamento de renda das lojas municipais − auxiliando as pessoas − no diário Região Sul com a mesma autarquia não abandonando os animais (irracionais) à sua sorte − auxiliando e não se esquecendo dos mesmos − decidindo apoiar instituições dedicadas à defesa dos mesmos (como por exemplo, cães e gatos), sabendo como por estas alturas críticas muitos deles são por diversas razões são deixados para trás (algo sem dúvida positivo para racionais e irracionais, umas vezes sendo amigos outras, surpreendendo certamente os ditos sem psique, pelos vistos nem tanto). Pouco mas sempre alguma coisa, questionando-nos se no entanto algo mais não poderia ser feito, sabendo-se (por exemplo e só mencionando dois casos) da existência da Proteção Civil – só a tendo visto a colocar umas fitas e uns quantos avisos em redor de parques infantis municipais (vê-se logo com as crianças, saltando a cerca, a não serem assim defendidas) muito mais úteis sendo os trabalhadores da limpeza e da recolha do lixo, arriscando-se muito mais e com mais eficácia e no seu caso (gritante, a tal “diferença entre o rico e o pobre”) sem acesso às mordomias de outros e ainda (muito mais notório e incompreensível) com os dois maiores e mais frequentados takeaway da cidade completamente encerrados, sabendo-se igualmente como eles poderiam ser importantíssimos na entrega e na distribuição de comida aí não consumida, pelos mais necessitados (nem sequer culpando os seus donos, mas a passividade e inexistência interventiva, pelo que se vê, das autoridades responsáveis).

 

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Só mesmo o Homem

 

Mas sem dúvida e nada tendo a ver com este surto epidémico agora transformado numa Pandemia − ás 22:39 desta quinta-feira e a nível global (num planeta e num universo com mais de 7,5 biliões de pessoas) registando já mais de 1.000.000 de infetados, mais de 0,01% dos habitantes deste planeta (de momento a amostra do poder deste novo coronavírus, só sendo ultrapassado pela Influenza e certamente batendo os seus congéneres SARS e MERS) e tendo já ultrapassado as 50.000 vítimas mortais, praticamente numa taxa de mortalidade de 5% (Influenza pelos 1%, SARS e MERS pelos 2%), em Portuga e acreditando nos números da DGS (tal como em todos os países, muitos não contabilizando os mortos em casa, podendo muito bem o total de mortes ser o dobro) de momento com 9.034 infetados, 209 vítimas mortais/taxa de mortalidade 2,3% e 230 em estado grave/crítico ou seja 2,5% (20 Mortes/1 Milhão de pessoas) – e simultaneamente pensando que neste momento nada de pior poderia acontecer na região do Algarve, com o caso macabro e brutal (e nele podendo-se acrescentar todos os adjetivos mais brutais, até pela forma como tal ato foi praticado e envolvendo três jovens aqui residentes) de assassinato, seguido de decapitação e de esquartejamento (até custando a acreditar, fazendo-nos ainda pensar se não estaremos perante um filme, algo de ficção ou mais uma das obra das Redes Sociais) de um jovem de 21 anos, antigo aluno da Escola Secundária de Albufeira, técnico de informática e residente na Guia/Albufeira, pelos vistos e segundo agora se sabe (identificados e presos os seus assassinos), morto, separado e espalhado aos bocados de uma ponta à outra do Algarve (descobertas já duas partes, faltando pelo menos outras duas) num ato horrendo e inimaginável cometido por outras duas jovens (igualmente residentes no algarve e de, imagine-se até pela violência do ato) de 19 e 23 anos, no que aparenta ser um ajuste de contas muito provavelmente (só pode, mas não foi) por motivos de negócios de droga – na realidade por dinheiro (e segundo as Redes Sociais, esmagadoramente errada) resultante de uma indeminização recebida (por um dos familiares da vítima): ocorrido numa ponta da região onde foi encontrado o seu carro e uma das partes do seu corpo − Sagres no Barlavento Algarvio − e com uma das outras partes a ser descoberta (por acaso) na região de Tavira − no Sotavento Algarvio. Ainda hoje num cenário e numa prática impossível de digerir talvez mesmo por um dos maiores assassinos − só mesmo sendo um MONSTRO SEM UM TRAÇO DE PSIQUE, uma verdadeira BESTA − ou não fossem jovens, extremamente jovens e raparigas: mas que raio de educação terão recebido estes ANIMAIS (eu que já lecionei no passado nesta escola e que ainda não acredito)? Duas jovens muito piores (sendo racionais) que o Vírus igualmente mortal (mas irracional, primário, apesar de identicamente eficaz) Covid-19. Certamente uma tristeza profunda para toda a comunidade algarvia, incluindo familiares da vítima e familiares das jovens assassinas: provocando em poucas horas 1 morto (1 morto/dia) quando o Covid-19 num mês originou 3 mortes (0,1 morto/dia), ou seja, com o poder mortal das duas jovens a ser 10X ao do vírus.

 

(imagens: postal.pt − sulinformacao.pt)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 02:12

Um Deserto Normal É Onde Vivem Camelos

Quinta-feira, 21.03.13

“Muitas vezes não me interessa o que um conjunto de palavras significa: o mais importante é a melodia biológica que esse conjunto me transmite”

 

O deserto é um ponto de origem e de destino de um trilho real desaparecido, numa encruzilhada infinita de rectas caóticas mas sequenciais – imaginadas e montadas no nosso cérebro previamente estruturado – e formando planos infinitos que se intersectam indefinidamente, criando o grande espaço fundamental e facultando-o ao aparecimento do seu complemento simétrico – a matéria – por excitação da mesma e alteração do seu estado teoricamente passivo.

 

Abaixo do rio Tejo – terras do sul terra de mouros – só deserto sem fim e alguns camelos perdidos

 

Margem Sul

 

O Tejo atravessava Portugal da fronteira até Lisboa, dividindo o país em duas zonas bem distintas: a norte viviam os portugueses descendentes de Viriato mais puros e originais, enquanto que a sul a miscigenação com os mouros do norte de África – devido à invasão árabe da península ibérica – tinha produzido uma raça de portugueses mais lentos, preguiçosos e acastanhados. E eu posso comprovar tudo isto socorrendo-me de uma das maiores e mais influentes personalidades do submundo empresarial nortenho, também conhecido como o Papa e detentor de um formidável projecto individual de vida, devidamente embrulhado e apresentado num intocável, invisível e inexistente saco azul. Segundo o Papa do Norte o problema geral que afecta o nosso país só será solucionado quando se acabar de vez com a presença dos mouros – e seus descendentes e apoiantes vítimas de contágio – em Portugal, tal como preconiza Jardim na Madeira nas suas homilias contra os cubanos (uma mistura estranha e perigosa entre mouros e outras raças limitadas, vivendo em ilhas fechadas e de costas voltadas para o mundo).

Como colaboração pessoal e desinteressada para o desenvolvimento deste tema tão importante e há ainda tão pouco tempo motivo de análise de toda a inteligência ligada ao poder e aos grandes subsídios patrióticos de estado, só posso confirmar alguns destes pensamentos e ideologia predominantes, fazendo o pino, deixando afluir o sangue à cabeça e soltando a língua de imediato, antes de bater com os cornos no chão: os povos do sul deste reino vivendo além Tejo até às fronteiras do mar, são nossos pais, filhos e irmãos, partilhando neste espaço toda a experiência de uma existência vivida e sentida, sem exigir nada em troca, além da amizade, do respeito e da alegria. Como todos os portugueses ainda não corrompidos pelo poder e pela falta de vergonha.

 

No início o camelo era feliz e atrevido e até lhe tinham prometido, andar de comboio e de avião

 

Camelo Filósofo

 

E foi então com o Homem do Leme – vindo do Algarve mouro – que os portugueses partiram a caminho do Oásis. Aí todos nos transformamos em perfeitos camelos, partindo em caravana e numa corrida desenfreada, à procura da prometida e certificada gruta de Ali-Bábá. Muitos enriqueceram – os Quarenta Ladrões – e outros lá se foram safando – chantageando os ladrões para quem tinham trabalhado – mas a esmagadora maioria apenas foi alternando – como uma reles prostituta – entre a fome como regra e a fartura como excepção. E lá se foram passando anos a fio com os camelos correndo desorientados entre o Inferno e o Purgatório – agora promovido a Céu suportado pela revolução tecnológica – completamente alienados dos seus projectos de vida por direito, em troca de uma simples e enganadora miragem por dever. O camelo até que é na maioria dos casos um animal dócil e pouco exigente, suportando condições extremas de trabalho e apenas pedindo em troca comida, água e descanso. No entanto se acreditar em miragens tem o seu destino traçado.

Com o passar insuportável do tempo e esmagados sob o peso brutal de uma infinita sucessão de ilusões – nunca concretizadas nem sequer explicadas – os camelos começaram então a desmobilizar e a partir, dirigindo-se de seguida em passo lento e não muito convencido, em direcção a um novo grupo que entretanto se formara e que rapidamente ia engrossando a cada minuto que passava.

Chegava a nova época de caça e iniciava-se uma nova e inovadora era de diálogo entre o caçador e a sua vítima; com um pequeno interregno de desnorte entre a escolha pela opção objecto (caçador) ou a escolha pela opção sujeito (vítima), resolvida num abrir e fechar de olhos a partir do momento em que o sujeito foi possuído pelo objecto e enviado para a Europa como couve de Bruxelas – na realidade um nabo português. E aí surgiu o novo Salvador, o Messias da reaproximação entre os diferentes estratos da nossa pirâmide social, reunindo polícias, ladrões e vítimas de ambos, todos reunidos num esforço final e supremo de aproveitamento máximo de todas as migalhas ainda disponíveis, organizando uma festa com tudo e drogando todos os seus apoiantes: tal como sabem os pombos (e os camelos filósofos) o milho não dá para sempre, nem sequer dá para todos!

 

Mas a receita para o camelo mudou, à sua volta tudo secou e roubada a alma do bicho, todo o edifício ruiu

 

Camelo Lagomorfo

 

Os abutres sabem de antemão e por experiência própria que todo o animal maltratado e que se encontre ferido, se não ajudado em tempo útil acabará inexoravelmente por morrer. Por outro lado também é do conhecimento de alguns desses abutres profissionais – gostosamente a viver à custa dos apoios concedidos pelo estado às empresas por onde vão passando – do trunfo vital que representa para eles, não o estabelecimento e a responsabilização das metas a cumprir pelo programa proposto pelos próprios aos seus cidadãos e representados, mas o estabelecimento consecutivo e ininterrupto de novas e cada vez mais elaboradas promessas (irrealizáveis) de melhoria de vida, culpando sempre alguém – que não eles – pela sua não concretização. Assim uma promessa não cumprida não representa traição ou incompetência, apenas um erro de previsão possível de ser corrigido em qualquer altura. O problema é que estes camelos de camelos não têm nada, primeiro porque nunca necessitaram de se olhar ao espelho e segundo porque sempre foram ensinados que camelos são os outros.

O animal que hoje dirige o nosso país verdadeiramente não é um camelo. Tudo aconteceu num dia de sol lá para os lados de Lisboa, quando um cortador de relva até aí sem grande notoriedade e sem grandes referências, se ligou inesperadamente – sem que ninguém lhe tivesse tocado – acabando por atingir e danificar um camelo que fugira da sua velha tratadora de circo, que na realidade e no fundo, há muito pretendia livrar-se dele: ao fugir numa corrida desenfreada o animal acabou por cair desamparado e por partir a espinha, ficando com mais uma corcunda.

E desta forma a família de camelos dividiu-se em duas tribos rivais: os dromedários de uma só bossa – a classe inferior ligada aos mouros – e os verdadeiros camelos com duas bossas – a classe superior ligada a Viriato. E são estas espécies de camelos portugueses que dão má fama aos pobres dos bichos e os conduzem irremediavelmente até à sua (nossa) morte: se pudesse escolher o camelo talvez opta-se por um lama sul-americano em homenagem a Hugo Chávez.

 

O senhor que se segue promete: quem espera sempre alcança um esqueleto sem poupança

 

Camelo Inseguro

 

Tiros Seguros e Inseguros:

(ihea.com)


“Un tiro seguro mientras se está cazando, es aquel en el que usted ve claramente al animal, es capaz de identificarlo positivamente, y está seguro de lo que se encuentra entre usted, su blanco y más allá de él”.

 

Em último lugar quero mostrar todo o meu apreço pelos verdadeiros camelos, sejam eles dromedarius – com uma bossa como os marroquinos – ou bactrianus – com duas bossas como os asiáticos. O termo “camelo” aparece aqui devido à sua utilização figurada e abusiva por parte dos nossos políticos – num intervalo muito curto de tempo da nossa trágica e delirante subhistória – com o único objectivo de impor unilateralmente e sem discussão um determinado projecto, anulando por delito de existência – penso logo existo – quem se lhe opusesse.

 

(imagens: google.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:25