ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Engarrafamento no Canal do Suez
Desligada mesmo que temporariamente a comunicação marítima e comercial entre o Oriente e o Ocidente, mais cedo ou mais tarde, com as consequências a tornarem-se bem visíveis: desde logo, com a falta de produtos na “prateleira”. Em alternativa tendo-se de recuar mais de meio milénio e aproveitar a boleia de Vasco da Gama (indicando o caminho).
Versão vento ou erro humano?
Ao início do dia 23 de março de 2021 com o navio de carga EVER GIGEN (com 400 metros de comprimento) no cumprimento da sua rota prevista dirigindo-se para Roterdão (chegada marcada para 31 de março de 2021) ─ transportando consigo nada mais nada menos que 20.000 contentores ─ por um motivo ainda desconhecido (para já variando entre o vento e o erro humano) e quando atravessava uma das partes mais estreitas do canal (por vezes também pouco profundo), acabou por se descontrolar indo embater numa das margens do canal aí encalhando, para de seguida se mover lateralmente, atravessar-se e bloquear completamente a passagem: com o semáforo do Canal de Suez da cor verde, passando à cor vermelho.
- Um navio-de-carga encalhado numa das margens
- Transportando consigo 20.000 contentores
Uma situação que já se mantém no interior do Egito e no seu mundialmente conhecido Canal do Suez há 6 dias: para já sem solução (que se conheça) à vista.
- Bloqueando a passagem no canal
- Provocando um grande engarrafamento
Bloqueada a principal via de comunicação marítima entre o Oriente e o Ocidente (entre as vias aérea/terrestre/marítima a mais importante no transporte de mercadorias e em distância, a mais curta ─ sendo a alternativa o caminho seguido pelo navegador português Vasco da Gama, contornando a ponta-sul de África), com cada vez mais navios de carga a acumularem-se nas 2 entradas/saídas do Canal do Suez, arrastando-se os dias provocando grandes “engarrafamentos” e o caos, obrigando os seus comandantes a tentarem descobrir outras possíveis alternativas (não sendo muitas): ou esperar (no local), ou dar a volta (pelo sul de áfrica), ou desistir (regressar a casa). Num tempo de Pandemia em que para além de coisas más também acontecem coisas boas, infelizmente e do lado das más, levando ao despedimento e à diminuição da qualidade do trabalho prestado e como consequência lógica (querendo algumas empresas diminuir os prejuízos e por outro lado outras aumentarem os lucros) a estes incidentes. Durando incrivelmente (num Mundo dispondo de Tecnologia Interplanetário) vai fazer uma semana.
(imagens: Suez Canal Authority/Reuters)
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Investir ou Censurar
“Operadoras vão poder limitar ou bloquear serviços
como Netflix ou Youtube na televisão.”
(jornaleconomico.sapo.pt/14.01.2021)
Interrompendo os fluxos de informação (silenciando uns)
e abrindo as portas à censura (depois da TV, a INTERNET)
e aos líderes autoritários (em vez de investir, nada fazendo)
Falando-se da INTERNET como uma das mais importantes vias de comunicação, divulgação e transporte e conhecendo-se a sua enorme força e penetração elevando-a a um dos atuais protagonistas do PODER ─ atuando de “uma boa ou má forma ou nem sequer isso” ─ depois da entrada em cena do LOGARITMO (levando a censura a muitas plataformas) e da decisão unilateral do TWITTER (expulsando TRUMP e criando um precedente), nunca se podendo deixar prevalecer a opinião mesmo que aparentemente “bem intencionada” ─ como o será o caso do FACEBOOK denunciando um bloqueio de acesso à INTERNET pelas autoridades de Myanmar (onde decorre mais um golpe de estado) ─ de que meras empresas privadas a partir do momento em que são concessionadas (apenas para prestar um serviço) possam de prestadoras (do mercado) transformar-se de seguida em decisoras (das leis) ─ mesmo que oficialmente (e não legalmente) delegadas: como será o caso em Portugal do regresso de uma ameaça já divulgada no ano passado (aquando do início da Pandemia), delegando poderes às operadoras (MEO, NOS, VODAFONE, ETC.) para limitar ou bloquear serviços (definidos por algo/alguém como não essenciais) de modo a evitar quebras de segurança e de integridade (das suas redes) ─ cortando-se na TV (logo na INTERNET) agora que se está em teletrabalho e que se arrancou com as aulas à distância (mais tarde podendo ser pior). E assim em vez de se renovar ─ sem uma justificação credível, sendo deplorável ─ limita-se (informando-se as operadoras que em vez de investirem, devem antes optar pela censura). E assim podendo penalizar conteúdos fornecidos (nada menores, pelo contrário, até pela Pandemia que atravessamos, transportando “cultura, diversificação & companhia”) como o YOUTUBE e a NETFLIX, podendo-se mais facilmente (e depois da entrada do vírus) “lançar a loucura em casa”. Entrando em vigor amanhã dia 15 de fevereiro (dizem que para já na “televisão”, mas amanhã sendo noutro lado).
“Politicamente,
só existe aquilo que o público sabe que existe.”
(António de Oliveira Salazar)
[“Censura é a desaprovação e consequente remoção da circulação pública de informação, visando à proteção dos interesses de um estado, organização ou indivíduo. Ela consiste em toda e qualquer tentativa de suprimir a circulação de informações, opiniões ou expressões artísticas. A Censura em Portugal foi um dos elementos condicionantes da cultura nacional, ao longo de quase toda a sua história.” (wikipedia.org)]
Deste modo e levando em frente a sua intenção (do governo) ─ natural e felizmente (agora que não há dinheiro) aceite pelos prestadores de serviço (as operadoras) ─ em vez de se investir (pelos vistos dando muito trabalho) continuando-se sistematicamente a remediar (com medidas censórias/agressivas): pelo que não se investindo no sistema e nas (respetivas) redes, continuaremos a ver professores e alunos a terem que ir para o monte (o sítio mais alto) para apanharem sinal e poderem trabalhar. O que será de um país deixando morrer os mais velhos (os adultos) e permitindo a destruição dos mais novos (os jovens)?
(imagens: DR/jornaleconomico.sapo.pt e wikipedia.org)