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O Meteorito do Arizona

Quarta-feira, 27.09.17

“Meteorite: a rock that has fallen to Earth from outer space.”

(nasa.gov)

 

snapshot A.jpg

 Bola de Fogo explode sobre o Arizona

(24.09.2017)

 

Mais uma Bola de Fogo detetada nos céus noturnos dos EUA, neste episódio atravessando o sul do Arizona pelas 03:32 UTC do dia 24 de Setembro e segundo testemunhas ao atravessar a atmosfera terrestre acabando por explodir e desintegrar-se (com o acontecimento a durar 12 segundos) ‒ uma bola brilhante movimentando-se na atmosfera, acabando por desintegrar-se e por emitir um estrondo sonoro, sendo o mesmo registado em sismógrafos localizados na proximidade de Tucson.

 

Segundo a NASA e a sua equipa de observação de Meteoros (Nasa Meteor Watch), com o objeto a entrar na atmosfera terrestre a uma altitude de 80.000 metros ‒ sobre o deserto a sudoeste de Tucson e a uma V = 150Km/h ‒ desintegrando-se pouco depois perto de Oracle (Arizona) a uns (agora) 32.000 metros de altitude (e devido ao BOOM sónico escutado e registado nos sismógrafos locais, podendo ter dado origem a outros meteoritos menores acabando por cair sobre o deserto).

 

No caso deste meteoro entrando na atmosfera (do nosso planeta), no seu trajeto atmosférico desintegrando-se (acabando por explodir devido à ação erosiva dos constituintes atmosféricos) e como consequência provocando um estrondo sonoro (através da propagação das ondas de choque sendo registado nos sismógrafos), podendo-se tratar este objeto como um pequeno fragmento de um asteroide, com cerca de 45Kg e a dimensão de apenas uns 30cm (do comprimento de um pé).

 

arizona-fireball-september-24-2017-heatmap.jpg

 Área de visualização da Bola de Fogo

(e direção de deslocação)

 

De tudo isto (o asteroide vindo do espaço que deu origem ao fragmento e a Bola de Fogo daí resultante ao entrar na nossa atmosfera) concluindo-se que se um fragmento de tão diminutas dimensões (30cm) pode dar origem a um cenário como o verificado a 24 de Setembro no Arizona (explosão, estrondo sonoro, registo sismográfico e possíveis mas irrelevantes impactos) ‒ e nem sequer se analisando outras características importantes do objeto como a sua densidade ‒ um outro objeto um pouco maior, provavelmente com maior densidade, com uma velocidade mais elevada e um determinado ângulo de entrada (entre o oblíquo e o perpendicular), poderia ter como efeito não a mera observação de um Evento banal, mas a vivência ao vivo e em direto de um outro Evento potencialmente catastrófico.

 

Recordando os dois mais conhecidos impactos da nossa História mais recente (o incidente de TUNGUSKA em 1908 e o meteoro de CHELIABINSK em 2013 por acaso ambos ocorridos na Rússia), no caso do objeto de Tunguska com uma dimensão estimada entre 50/100 metros (3333 X Meteorito do Arizona) e no caso da Bola de Fogo de Cheliavinsk andando pelos 17 metros (566 X Meteoro do Arizona). O que nos diz que se os objetos como o meteorito de 24 podem significar o usufruto de um cenário espetacular ao atravessarem a atmosfera terrestre no período noturno (quem já não viu em Portugal e no Verão o espetáculo das estrelas cadentes), sendo um pouco maior e por ventura mais densos tudo se poderá alterar.

 

E se as colisões entre objetos de grandes dimensões (digamos 1000 metros) e a Terra são pouco frequentes (talvez de 500.000 em 500.000 anos), já noutras colisões e nela intervindo objetos com menores dimensões, poderão aparecer mais impactos (com a Terra) numa razão de 1/ano se a dimensão for de 4 metros ou de 1/5 anos se for 7 metros (neste último caso equiparando-se à energia cinética libertada pela bomba atómica de Hiroshima). Falando ainda de outros corpos celestes como o de Cheliavinsk (com quase 20 metros de diâmetro e fazendo parte dos objetos que eventualmente só atingem a Terra 2X cada 100 anos) com o mesmo a ter uma resposta bem mais poderosa ao entrar na atmosfera e ao explodir (próximo de uma região povoada) provocando uma libertação de energia mais de 30 X superior à de Hiroshima (originando uma violenta onda de choque provocando danos materiais e cerca de 1200 feridos).

 

(imagens: NASA e AMS)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:48