ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Treme-Treme
“Enquanto a Terra continuar a tremer é porque ainda funciona
‒ sendo a garantia de que ainda temos transporte.”
Círculo de Fogo do Pacífico
Observando rapidamente o quadro de registos dos últimos sismos (M4.0 ou superior) verificados no dia de hoje (22 de Maio) a nível mundial (em terra e no mar), facilmente se concluiu que a esmagadora maioria desses sismos ocorreu numa das regiões mais ativas do nosso planeta, tanto a nível sismológico como até mesmo vulcânico: o Círculo de Fogo do Pacífico.
Dos 18 sismos assinalados nesta segunda-feira 22 (até às 19:25) com os mais intensos a referirem-se à região de Tonga/M5.3, às ilhas Kuril/M5.4 e à PNG/M5.1 (todos com epicentro no mar). E com a costa ocidental do Continente Americano a ser a mais castigada (em sismos com M igual ou superior a 4) desde o norte (Canadá, EUA e México) até ao sul (Peru, Chile e Argentina).
E nunca esquecendo o Japão (um sismo no mar de M4.5 nas proximidades de Honshu) e o aqui deslocado Tajiquistão (localizado no continente asiático e com um sismo de M4.9): este último por ser em terra aquele que poderá ter tido maiores consequências (desconhecidas). De um total de 18 sismos com 17 deles a terem de uma forma ou de outra algum tipo de afinidade com o Círculo (94%).
Sem dúvida e tendo-se já transformado num hábito persistente e duradouro, com toda esta região integrando no seu ventre as águas do grande oceano Pacífico (fundindo-se a sul com o Índico) apresentando-se em constante efervescência e contínuo movimento, sempre a tremer, com erupções e até com tsunamis. Por um lado mostrando-nos as mais violentas demonstrações de força da Natureza, mas pelo outro demonstrando-nos na prática como o planeta continua Vivo.
Já no que diz respeito a Portugal e à sua atividade sísmica (em terra) com os três últimos registos mas de fraca intensidade (nem) sentidos na região do Algarve, a serem os verificados hoje (dia 22) a W de Castro Marim (M1.3) e a S de Lagoa (M1.0) e o sentido no dia 16 a NW de Loulé (M1.0). Mas com a Figueira da Foz (mais a norte) a ser a protagonista (continental) com um total de 7 sismos no espaço de menos de 4 horas: com magnitudes entre 0.8 e 3.5 (logo o primeiro).
(imagem: redescrobrindoeuropa.blogspot.pt)