ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Earth's magnetic field showing signs of significant weakening
The Watchers
(thewatchers.adorraeli.com)
Campo magnético terrestre
(uma das zonas mais enfraquecidas situa-se na região do Atlântico Sul tendo já começado a estender-se pelo Oceano Índico)
The first set of high-resolution results from ESA’s three-satellite Swarm constellation reveals the most recent changes in the magnetic field that protects us from cosmic radiation and charged particles that bombard Earth.
Magnetic field is in a permanent state of flux. Magnetic north wanders, and every few hundred thousand years the polarity flips so that a compass would point south instead of north. Moreover, the strength of the magnetic field constantly changes – and it is currently showing signs of significant weakening. (ESA)
Imagem do campo magnético terrestre neste mês de Junho
(a cor vermelha corresponde a um campo magnético forte em oposição à cor azul que corresponde a um campo magnético enfraquecido)
Measurements made by Swarm over the past six months confirm the general trend of the field’s weakening, with the most dramatic declines over the Western Hemisphere. But in other areas, such as the southern Indian Ocean, the magnetic field has strengthened since January.
The field is particularly weak over the South Atlantic Ocean – known as the South Atlantic Anomaly and the latest measurements confirm the movement of magnetic North towards Siberia.
The weak field has indirectly caused many temporary satellite ‘hiccups’ (called Single Event Upsets) as the satellites are exposed to strong radiation over this area. (ESA)
(texto excepto legendas/imagens – The Watchers/ESA)
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Noddy
Retrato do Noddy, enquanto jovem cão
O Noddy vivia numa casinha de campo, lá para o lado do Algoz. Tomava conta dela e não deixava ninguém entrar sem autorização. Na casa ao lado vivia a mãe, a irmã e o filho. À noite, vinha o dono dele para lhes dar de comer e então lá saía o mais novo da família, para lhes dar cabo da cabeça: saltava, ladrava, atirava-se à vassoura do dono e comia logo ali, a primeira refeição. Entretanto no fogão da cozinha, a panela preparava o jantar e os ossos começavam a estalar – a massa, por vezes o arroz, era o conduto para acompanhar. Também havia biscoitos para mastigar e de beber havia água – o bagaço era para o dono se aquecer e conversar, de modo a que todos se sentissem animais e assim se poder confraternizar, nunca nada que pudesse traumatizar. Os gerbos, esses bichinhos pequeninos, dormitavam na gaiola, era Inverno e só pensavam em comer, brincar e dormir, sempre a dormir.
Na TV os lagartos perdiam atrás de uma bola de futebol e na parede não se viam osgas. O frio da noite de Inverno, fazia-nos deslizar para o sofá, à beirinha do aquecedor. O céu estava estrelado, a noite decorria tranquila, não chovia e havia Lua, outros cães amigos falando ou murmurando à distância. E enquanto estava de costas, a apreciar esta beleza de noite e de silêncio, um insecto aproveitou a luz do candeeiro e a porta aberta, para se lançar cozinha adentro, contra a lâmpada fluorescente, caindo atordoado e de cabeça perdida, de pernas para o ar, na banca da nossa cozinha – pensei então em salvá-lo, mas mesmo aí, nada de osga. Fiquei a pensar.
E esta noite o Noddy não apareceu: andava à procura do conforto de amigas, no seu ofício de cio – ofício, sacrifício, prazer. Deixei-lhe de comer e arranquei para Albufeira.
Ontem, alguns jovens tinham morrido na estrada 125 perto de Valverde/Guia, talvez vindos da discoteca, talvez vindos de outro lado – uma pena, um desperdício!
A vida passa num segundo!