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George Orwell e o Big Brother

Sexta-feira, 02.04.21

Eric Arthur Blair

 

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“Homenagem à Catalunha”

(lançado em 1938)

 

“Eric Arthur Blair, um inglês (com defeitos como qualquer um de nós, mas com alguns outros laivos que o diferenciavam) nascido no início do século XX na Ásia (Índia), no primeiro ano de idade migrando para a Europa (Reino Unido) e aí se estabelecendo até por volta dos 22 anos, para de seguida regressar ao seu ponto de partida (Ásia), mas numa região situada um pouco mais a oriente, a Birmânia ─ como polícia. Regressando à Europa em 1926 (23 anos de idade) passando por Paris e Londres, sendo professor e entre outras coisas mais escrevendo ─ para além da sua participação ao lado dos republicanos na Guerra Civil de Espanha lutando contra os nacionalistas de Franco (apoiados pelos Nazis) iniciada em dezembro de 1936 (retratada na sua obra de 1938). Regressando no ano seguinte. Assistindo ainda à II Guerra Mundial (1939/1945) e finalmente oferecendo-nos a sua experiência e vida através da sua obra: em 1945 e 1949, deixando-nos no ano seguinte (tinha apenas 46 anos). Hoje e com os seus livros tendo influenciado pais e filhos mas não tanto os netos, a serem ainda necessários e fundamentais para compreender esta realidade que ainda nos cerca “Cem Anos Depois”: apesar do abandono progressivo do “Livro” e da inversão de valores registado no sistema dito educativo, abandonando a via cultural (formação de Homens) ─ o reforço constante do conhecimento ─ e optando pela via contabilística (formação de Máquinas) ─ uma formação unicamente dirigida (em especializações sucessivas, sem continuidade) para o emprego (e uma sua maior eficácia). Uma doença mais visível em países como o nosso (mais pobre e no entanto, com mais reis e rainhas) atualizado ontem/desatualizado hoje e sempre em constante rotação ─ infelizmente em ponto morto. Mas com George Orwell ainda sempre presente.”

 

George Orwell

 

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“O Triunfo dos Porcos”

(lançado em 1945)

 

Relembrando George Orwell (1903/1950) e o lançamento do seu romance “1984” (no ano de 1949) ─ refletindo o que já se passava, perspetivando o que aconteceria de seguida e até apresentando em 1ª mão o Mundo onde vivemos hoje ─ não podendo esquecer de como me inseri entre os seus leitores, iniciando-me com a sua obra “Homenagem à Catalunha”: ainda jovem e ingénuo (sobre a vida, sobre o Mundo, num regime político isolado e fechado) e colocado perante um Evento único como o 25 de abril (de 1974), com a necessidade de aventura e de conhecimento e de “qualquer forma ou feitio” podendo ser alcançado (vantagens da juventude) ─ e não tendo entretanto (e ainda) mudado de armário (por ex. sendo a idade indicada para “deixar de brincar e namorar”) ─ através de viagens entre elas as proporcionadas pelos livros (as melhores, podendo nós reinventá-las, recriá-las, exercitando a nossa Imaginação), procurando soluções que só eu poderia (talvez) algum dia ver (ou vislumbrar) e de que alguns ou muitos poderiam proximamente aproveitar (usufruir), incluindo eu. Desse modo olhando para o outro lado da fronteira e presenciando através dos testemunhos (presenciais) escritos por George Orwell (com prazer, com compulsão, com necessidade de compreender onde me encontrava no espaço e no tempo), os princípios da II Guerra Mundial (1939/1945) com o eclodir da Guerra Civil de Espanha (1936/1939) e nela a Guerra da Catalunha.

 

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“1984”

(lançado em 1949)

 

Por essa altura, face ao crescente poderio e intervenção das tropas Nazis (preparando-se para a guerra e ensaiando em Espanha) e perante a passividade do Resto do Mundo (mesmo da Negacionista Europa), com muitos europeus e não só (de outras origens e continentes) lutando ao lado dos antifascistas espanhóis contra o apoio de Hitler às tropas de Franco, num cenário bem retratado pelo escritor inglês nascido na Índia (Bengala). A partir daí procurando mais e surgindo-me logo (entre outros que não me recordo) “O Triunfo dos Porcos” (publicado em 1945) e o agora (infelizmente pelo tema, não pela obra, mas pelos mesmos protagonistas) sempre atual “1984” (publicado em 1949): em tempos de Pandemia e com “a vigilância, controlo e punição” a serem praticadas “em nome de todos nós”, com a autoridade a poder ser aplicada (para nossa “segurança) sem regras e sem limites. Estando-se perante um “Grande-Grande-Irmão” podendo possuir-nos por fora e agora até por dentro, acompanhados um pouco por todo o Mundo por um número variável (por indefinido) de tentáculos (do Sistema e tal como os vírus ─ adaptando-se, mudando e voltando com novas estirpes ─ de composição variável). Num cenário virtual projetado e por necessidade (intrusiva, artificial), dispondo apesar de não ser a “selva” (deslocado e sendo racional, o Homem), de presas e de predadores (na selva com irracionais, aí vencendo o mais forte, não um qualquer deficiente).

 

Comemorações

 

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George Orwell

(1903/1950)

 

[Falando de comemorações e como pretexto, festejando os Cem Anos sobre o seu encontro com o autor (também inglês) da igualmente fascinante obra “Admirável Mundo Novo” Aldous Huxley em 1921/ou por aí (por momentos e enquanto mestre ─ face a um aluno de 18/19 anos ─ seu professor de francês) ─ também uma das minhas leituras marcantes (entre outras lidas de Huxley) ─ na altura passando despercebido (para ambos) mas sendo recordado anos depois: na data da publicação de “1984” com Huxley a elogiá-lo (pelo seu livro) referindo-o e às suas ideias, como um marco histórico (literário e não só, pelas ideias contrárias transmitidas) de referência.]

 

(imagens: yahoo.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:58

Movimento Franco Revive

Terça-feira, 15.10.19

Na Catalunha

 

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Barcelona

Bombardeamento da cidade Republicana (em 17 de março de 1938)

pela Força Aérea Italiana (ao serviço do exército Fascista-Nacionalista de Franco)

 

[E se a Comunidade Europeia sendo na sua reação extremista (tal como na sua ação o foi, o Governo Conservador do Reino Unido) para com a decisão do BREXIT

 

− “Querem Sair, Que Saiam

 

Porque não adotar com a região da CATALUNHA

 

− E até para a sua credibilidade Democrática

 

Exatamente a mesma opção?

(“Democraticamente Incomodando” Espanha, tal com certamente incomodará com as suas posições [Brexit] o Reino Unido − e por efeito colateral, todo o Resto da Europa)]

 

Espanha:

Supremo Tribunal condena ex-líderes catalães

a penas entre nove e 13 anos de prisão

 pelo crime de sedição

(jornaleconomico.sapo.pt)

 

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Dois dos Cabecilhas

da Sedição na Catalunha

(segundo o Supremo Tribunal de Espanha)

 

E assim se tratam os Independentistas no atual “Mundo Católico-Romano Ocidental(com “Pragas e Leões”)

 

– Podendo ser definido este Mundo como um “Mundo-de-Sujeitos”, metamorfoseando-se progressivamente e por questões de integração e de sobrevivência, em Objetos (ou até, talvez por estratégia, inferiores a eles)

 

− Como se fossem “Alienígenas-do-Oriente” e representantes do “Eixo-do-Mal”, ou seja, TERRORISTAS:

 

Num Mundo que todos sabemos estar dividido em 4 partes (de uma ESFERA) vivendo nós no “Topo da respetiva Cadeia Alimentar (Hemisfério Norte Ocidental)

 

– Local de existência e predominância dos auto denominando-se EXCECIONAIS, assim como dos seus leais (e pagos) prostitutos mentais

 

Supremo Tribunal espanhol

emite mandado de detenção

contra Carles Puigdemont

(jornaleconomico.sapo.pt)

 

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Depois de uma Guerra Civil, seguida de uma Guerra Mundial

com o povo da Catalunha a não ter ainda entendido

Qual o seu único direito, quanto muito votar

 

E os tendo que ciclicamente de se sujeitar a CRUZADAS, os INFIÉIS

 

– De modo a serem reeducados, a compreenderem e a “interiorizarem”, os seus novos limites

 

Indevidamente aparecendo logo a seguir, perigosamente, logo ali ao lado (Hemisfério Norte Oriental).

 

Ainda-por-cima ocorrendo num país de regime bipolar Monárquico-Republicano (tendo um Rei e uma República), ainda estando (inconscientemente) submetido à razão da criação e da existência do Franquismo (ou não tivesse tido uma violenta Guerra Civil, antecedendo a II Guerra Mundial)

 

− Surgindo como consequência da agonia e fim do Regime Monárquico, mas mantendo-o e substituindo-o e aí entronizando o seu verdadeiro Novo-Rei ou Senhor, o Generalíssimo Francomas que sendo PP ou PS só pensa a nível de ESTADO –

 

Governo da Catalunha continua a defender independência.

Pedro Sanchéz avisa que

“ninguém está acima da lei”

(jornaleconomico.sapo.pt)

 

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A Cara dos 9 Sediciosos (versão softcore)

ou Adeptos da Rebelião, ou seja,

Terroristas (versão hardcore)

 

E da defesa se necessário extrema, dos seus Direitos Adquiridos (e logicamente para este sobreviver, das suas pretensas Elites)

 

− Desprezando completamente o Povo (só sendo necessário para votar, em eleições certificadas/centralizadas) e as suas decisões (COLETIVAS) desde que não enquadradas nos seus próprios (do PODER político instalado como do religioso)

 

“10 Mandamentos”:

 

Deixando para os INDEPENDENTISTAS o papel anteriormente utilizado para “Limpar o Cu”, posteriormente reciclado pelo ESTADO e agora sendo-lhes (Insultuosamente) distribuído.

 

“Mesmo depois de morto mais uma vitória de FRANCO sobre a CATALUNHA”.

(e até podendo o Estado, mesmo sem Franco, mas jogando com palavras − sedição e rebelião − condená-los a muito mais. Santinho!)

 

[Num Tempo (cronológico) em que no Mundo não só as crianças voltam a ser utilizadas (e não só pelos pedófilos/fisicamente, mas igualmente pelos adultos/mentalmente), como até onde os próprios adultos são forçados a reviver os crimes sobre eles praticados (sem castigo) no passado (para já como uma recordação, uma simples ameaça, para uns significando cadeia). Sendo tudo natural numa hierarquia ditatorial de poder – “Democracia Hereditária” – passando invariavelmente o poder dos “Pais para os seus Filhos (Políticos). No caso da Catalunha com o aparecimento do MFR (Movimento Franco Revive).]

 

(imagens: wikipedia.org − yahoo.com – ibtimes.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:23

Eleições na Catalunha ‒ Resultados

Sexta-feira, 22.12.17

Realizado o ato eleitoral para o novo parlamento da CATALUNHA (tido como A Solução), tudo ficou na mesma (parecendo mesmo de propósito) ‒ colocando de novo o processo (a iniciativa) nas mãos dos autores do artigo (155).

 

INDEPENDENTISTAS ‒ 70 mandatos

NÃO INDEPENDENTISTAS ‒ 57 mandatos

(Expetantes ‒ 8 mandatos)

 

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Carles Puigdemont

Com os seus apoiantes JUNTS/CAP a ficarem em 2º mas juntamente com os seus aliados Independentistas ERC e CUP mantendo a maioria no Parlamento da Catalunha

 

P/C

Eleições 2015

Eleições 2017

Cidadãos

25

36

JUNTS/CAP

62

34

ERC

-

32

PSC

16

17

Podemos

11

8

CUP

10

4

PPC

11

4

(P/C: Partido/Coligação)

 

Com a vitória de CIDADÃOS nas eleições da CATALUNHA um partido centrista e anti independentista (e de uma forma algo surpreendente) derrotou todas as formações Independentistas (3) sendo de todos os candidatos o mais votado: com 36 mandatos conquistados (dos 135 no total) sendo o mais representado no parlamento, deixando logo atrás de si o JUNTS/CAP de Carles Puigdemont (com 34 mandatos) e a Esquerda Republicana/ERC (com 32 mandatos).

 

 Opção Política

Eleições 2015

Eleições 2017

Variação

Independentistas

72

70

-2

N/Independentistas

52

57

+5

Expetantes

11

8

-3

(Maioria com 68 mandatos)

 

E tendo como grandes derrotados o PODEMOS (de esquerda) /perdendo 3 mandatos, a extrema-esquerda/CUP/perdendo 6 mandatos e sobretudo com uma estrondosa derrota o PPC (versão catalã do PP) /perdendo 7 mandatos; e com os socialistas do PSC a serem a 4ªforça alcançando mais um mandato. No final do dia 21 de Dezembro e na sequência do Artigo 155 (decretado por Madrid) perdendo os Independentistas 2 mandatos (passando do 72 para 70), os expetantes do PODEMOS 3 mandatos (passando de 11 para 8) e ganhando os Anti Independentistas 5 mandatos (passando de 52 para 57): mantendo-se a Maioria pela Independência com 70 mandatos (maioria 68) e os oposicionistas com 52.

 

(imagem: Stephanie Lecocq/ EFE/EL PAÍS)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:11

Eleições na Catalunha

Terça-feira, 19.12.17

[21 de Dezembro de 2017/quinta-feira]

 

Após o referendo de 1 de Outubro, da declaração de Independência em 10 de Outubro, da sua votação e aprovação em 27 de Outubro e finalmente da instituição do célebre artigo 155 ‒ retirando nesse mesmo dia (27) o Estatuto de Autonomia à Catalunha e destituindo o Governo ‒ realizam-se este dia 21 as Eleições convocadas pelo Governo de Madrid para a constituição de uma nova Assembleia Parlamentar: correndo-se o risco (face ao que já se pensava antes e agora confirmado pelas sondagens) de que o ambiente político se mantenha indefinido e com o decorrer e o arrastar da crise o problema ainda se agrave mais.

 

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Último Debate

7 Candidatos às Eleições de 21 de Dezembro de 2017 na Catalunha

(da esquerda para a direita Xavier García Albiol/PPC, Miquel Iceta/PSC, Marta Rovira/ERC, Jordi Turull/JUNTS+CAP, Inés Arrimadas/Ciutadans, Xavier Domènech/PODEM e Carles Riera/CUP)

 

No próximo dia 21 de Dezembro de 2017 (quinta-feira) realizam-se as Eleições para o Parlamento da Catalunha: marcadas pelo Governo Central de Espanha aquando da dissolução do anterior Governo Autonómico (liderado por Carlos Puigdemont) e justificada pela Declaração (unilateral e ilegal) da Independência da Catalunha (uma das regiões espanholas com Estatuto de Autonomia). E como é do conhecimento público com representantes e líderes dos partidos e outras organizações políticas que apoiavam o anterior Governo Autónomo da Catalunha (dando-lhe a necessária maioria parlamentar), a estarem mesmo que em liberdade cerceados de alguns dos seus direitos (já que associados à tentativa ilegal de separação de Espanha), outros a estarem presos (não desejando abandonar a sua terra e a sua luta, ficando e já tendo sido pronunciados) e ainda outros exilados (não desejando ser detidos por considerarem essa ação desproporcionada e por estratégia pessoal).

 

Com um total de 11 candidaturas apresentadas aos 4 círculos eleitorais da Catalunha (mas com algumas delas a não o confirmarem) ‒ círculos de Barcelona, de Gerona, de Lérida e de Tarragona ‒ e no final com 7 partidos/coligações a entrarem na corrida pela conquista do Parlamento e do próximo Governo Catalão (em princípio a tomar posse no início de 2018): sucedendo assim ao traidor e fugitivo (segundo Madrid) Carlos Puigdemont. Para já e segundo as últimas sondagens com a luta pela vitória a travar-se entre a ERC (Esquerda e pela Independência) e o Ciutadans (Centro e contra a Independência) e com as mesmas (sondagens) a apontarem para uma vitória dos Independentistas (congregando ERC, JUNTS/CAT e CUP) mas sem maioria absoluta (o que acontecia anteriormente): com a ERC a atingir os 23,0%, seguido por Ciutadans com 22,6%, do JUNTS/CAT com 17,0% e do PSC (socialistas) com 15,3% (e com o remanescente a sobrar para o PODEM/de esquerda com 7,9%, para o PPC/de direita ‒ a filial do PP e único apoiante a mais de 100% das medidas tomadas pelo Governo de Madrid ‒ com 6,1% e finalmente para a CUP com 6,25).

 

E assim com os Independentistas (ERC/CAT/CUP) a ficarem pelos 46%, com os Autonomistas/Não Independentistas (Ciutadans/PSC) a ficarem pelos 38%, com os Independentistas ou não Independentistas/Autonomistas (PODEM) a ficarem pelos 8% e finalmente com os fiéis incondicionais de Madrid (PPC, o PP da Catalunha) quedando-se pelos 6% ‒ e certamente caso se entendam (ERC/CUP/CAP com o PODEM/Podemos da Catalunha) podendo mesmo os pró-Independentistas formar (de novo) o próximo Governo (com ou sem Carlos Puigdemont incluído no JUNTSXCAT). Apresentando o estudo (média das últimas sondagens) os seguintes resultados:

 

Partido/Coligação

Eleição 2015

Resultados

(mandatos)

Eleição 2017

Sondagens

(mandatos)

Variação

(+/-)

ERC

-

(34)

-

Ciutadans

25

31

+6

JUNTS/CAP

(62)

(25)

-

PSC

16

21

+5

PODEM

11

9

-2

CUP

10

8

-2

PPC

11

7

-4

135 mandatos ‒ maioria 68

(comparando 2015 com 2017, com JUNTS/CAP a perder ‒ (-3) ‒ face a ERC+JUNTS/CAP)

 

No próprio dia 21 e encerradas as urnas ficando-se a saber o que adiantou este novo ato eleitoral. A partir daí voltando-se de novo a ouvir falar do assunto (em toda a comunicação social até na portuguesa) até hoje como que adormecido (certamente com os jornalistas temporariamente anestesiados) nas prateleiras dos média: e se entre 27 de Outubro e 21 de Dezembro era como se nada se tivesse passado (curiosamente só saindo neste período intermédio, silêncio ou notícias pró Governo) certamente que a partir desse dia (próxima quinta-feira) muito se falará apesar de o mais certo é nada ter mudado entretanto. Aí se questionando o que virá a seguir (dada a irredutibilidade dos Independentistas e de um Governo/PP que já não deveria lá estar)? Sendo o mais certo neste Mundo (podre e corrupta) da Política podermos (convictamente) afirmar, Pobres dos Espanhóis e Pobres dos Catalães! (e nunca esquecendo a nossa sorte de nos termos conseguido libertar do jugo de Espanha dando mais tarde origem a Portugal, algo na mesma altura não alcançado pela Catalunha a outra região então entrando na mesma luta mas sendo infelizmente derrotada).

                                                                                                                              

(dados: wikipedia.org e elperiodico.com ‒ imagem: Jon Nazca/Reuters)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:32

Catalunha

Quarta-feira, 11.10.17

Para já e inesperadamente (vistas as causas e as consequências) sem notícias sobre uma possível intervenção do Kremlin (e de Vladimir Putin) na manipulação Independentista (Eleições e Referendo) do povo da Catalunha. Colocando-se desde logo a questão (por Segurança e Proteção): “Mas onde estão os argumentistas da Eminente Invasão Russa (de que a Europa é um exemplar Clone), nem sequer se pronunciando sobre o ocorrido na Catalunha”?

 

Da Barafunda Económico/Financeira e Ideológica, instalada nesta Região Autónoma de Espanha. De momento com Barcelona passando o testemunho a Madrid (vamos lá dialogar) e com Madrid perguntando (provocatoriamente e julgando-se por cima) se ainda sendo de Espanha ou já estando fora dela (Barcelona e a Região Autónoma) ‒ e em caso afirmativo (confirmando-se o SIM) com o Governo de Madrid passando de imediato à ação (reimpondo a legalidade e enchendo as prisões). Contando-se agora os dias para uma nova previsão, com o Governo Central tentando esmagar o Local: e com o Povo como é hábito a ser (O Suspeito do Costume) a vítima de todas as agressões.

 

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Referendo na Catalunha

Manifestações contra a intervenção policial imposta pelo Governo central de Madrid

(com assinatura PP desde sempre um dos grandes inimigos da Independência da Catalunha)

 

Quem ainda esperava que no dia 10 de Outubro de 2017 o Presidente da Comunidade Autónoma da CATALUNHA Carles PUIGDEMONT declara-se no Parlamento da Catalunha a INDEPENDÊNCIA desta Região Autónoma de ESPANHA, certamente que se sentiu desiludido ‒ se não mesmo completamente TRAÍDO ‒ com a SUSPENÇÃO da declaração e o pedido de regresso ao diálogo solicitado pelo Presidente da Catalunha: um diálogo (até hoje) não tendo levado este conflito a lado nenhum e colocando frente-a-frente duas das mais importantes comunidades de Espanha, com uma delas centradas em MADRID (para Barcelona o símbolo do poder central em Espanha) e com a outra em BARCELONA (o símbolo de resistência a esse poder absoluto e asfixiante da capital de momento referenciado ao PP, à direita e ao Conservadorismo reminiscente herdado do período Franquista).

 

Resultados do Referendo de 1 de Outubro de 2017

 

OPÇÃO

VOTOS

%

Eleitores

5 313 564

100

Votantes

2 286 217

43

SIM

2 044 038

90

NÃO

177 547

8

Brancos/Nulos

64 632

2

Total de Catalões

7 523 000

-

Com o Referendo a ser apoiado pelo JxSI (numa mistura ideológica alargada)

E pelo CUP uma representação do Podemos (de Esquerda)

 

Curiosamente (emitidas) depois de todas as afirmações e comprometimentos do Presidente da Catalunha apontarem para cada uma vez mais EMINENTE e irreversível declaração de Independência ‒ de tal forma intensas e prometedoras que levaram à mobilização dos catalães para o REFERENDO de 1 de Outubro de 2017 apesar de todas as ameaças (confirmadas) oriundas de MADRID (e do Governo minoritário e de gestão do PP) ‒ levando a uma expressiva vitória do SIM com mais de 2.000.000 de votos (90,2%) sobre o Não nem sequer alcançando os 180.000 (7,8%) votos. Um conflito tendo como uma das origens mais recentes e conhecidas o período da GUERRA CIVIL de ESPANHA (entre 1936/39 e antecipando/preparando por parte de Hitler/Mussolini a II Guerra Mundial 1939/45), em que Madrid era retratada como a representante dos Nacionalistas de direita (integrando os Franquistas) e Barcelona como a representante das forças de Esquerda e Democráticas lutando já em Espanha contra a próxima e vitoriosa ascensão do Fascismo na Europa ‒ mas na realidade com Madrid e Barcelona a serem dos últimos redutos (ou baluartes da LIBERDADE) a caírem definitivamente nas mãos do ditador espanhol FRANCO (de Mussolini, de Hitler e também de Salazar com a sua neutralidade ativa ‒ para quem?); um conflito agora (curiosamente) extremado entre Madrid e Barcelona, por acaso ou coincidência com dois Governos de Direita atualmente no poder (na Catalunha mesmo incorporando a esquerda nitidamente Conservador ‒ como se viu no seu recuo estratégico Congelando a Independência) intervindo e digladiando-se cada um deles em nome de um Povo (Espanha ou Catalunha) ‒ na realidade sendo o mesmo (Povo) um incluindo o outro e o outro deixando-se incluir. Colocando uma Região de Espanha com cerca de 7,5 milhões de habitantes (CATALUNHA) provisoriamente no LIMBO, face à sua DEPENDÊNCIA (daí o recuo de Puigdemont face à fuga anunciada dos Bancos) e aos 46,5 milhões de espanhóis (neles incluídos os catalães uns 16%).

 

Resultado das Eleições para o Parlamento da Catalunha de 27 de Setembro de 2015

 

Listas

Partido/Coligação

Votos

Mandatos

Obs.

JxSI

 

CDC (Nacionalista/Populista)

ERC

(Esquerda Republicana)

DC

(Democrata-Cristão)

MES

(Esquerda)

1 628 71

62

Apoiantes incondicionais do SIM/e da Coligação no Governo

(Eleições e Referendo)

C’s

 

CIUDADANOS

(Centro)

736 364

 

25

-

PSC

 

Socialistas

(Centro-Esquerda)

523 283

 

16

-

CatSíqueesPot

Coligação

(Esquerda)

367 613

 

11

-

PP

 

Partido Popular

(Direita)

349 193

11

-

CUP

 

PODEMOS

(Esquerda)

337 794

10

Apoiantes do SIM/oposição no Parlamento

(Referendo)

Outros

 

-

149 388

 

0

-

Brancos/Nulos

 

-

37 847

 

-

-

Das Eleições resultando um Governo Minoritário da coligação JxSI

(com 62 em 135 mandatos/maioria a 68)

 

Pelo que perante a ação do Presidente da Catalunha (que certamente sabia e antevia o que iria suceder) maioritário no Parlamento da Catalunha e vitorioso no Referendo, a única opção que lhe restava e como respeito para com os seus votantes (muitos ficando feridos e até se registando mortes aquando de 1 de Outubro), seria o da sua DEMISSÃO e convocação imediata de ELEIÇÕES para confirmar o sentido de voto emitido (pelo POVO) no Referendo: o que tendo razão mais força lhe daria face ao poder de Madrid do PP e de Rajoy. Mas não pois os interesses são OUTRO$. Hoje Quarta-feira dia 11 de Outubro com a normalidade a regressar a BARCELONA provavelmente como se nada se passasse (nem se tivesse passado). Sendo estas e como sempre as estratégias (vulgares) dos políticos, deixando de preferência e para sua proteção tudo na mesma ‒ numa política/doutrina conservadora também muito estimada/querida pela esquerda: nos próximos dias ou meses com o diálogo Madrid/Barcelona a prosseguir (como sempre e provavelmente sem consequências) sob o olhar desiludido dos Catalães e com PUIGDEMONT (os Enganados nunca Esquecem) talvez a iniciar a sua descida aos Infernos (o Mercado Económico/Financeiro também não esquece as intromissões prejudiciais indevidas). Uma coisa sendo certa e normal (nesta) POLÍTICA (infelizmente já Global): na Catalunha com o JxSI (a coligação maioritária de Puigdemont no Parlamento da Catalunha) inacreditavelmente sem plano B (para responder ao sucesso/insucesso do seu ÚNICO plano com resposta mas sem solução), mas por outro lado com uma OPOSIÇÃO caindo para um lado ou para o outro (sendo o caso do agora ofendido PSC) ou utilizando uma linguagem inadmissível como a utilizada pelo PP (recordando-nos os piores discursos do fascismo em Espanha). Uma vergonha política só o sendo possível porque (sejamos honestos e verdadeiros) o mesmo povo Catalão os colocou no poder (colocando as forças mais progressistas em clara minoria).

 

(dados: wikipedia.org ‒ imagem: sábado.pt/EPA)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:37

A Um Passo dos Primeiros Confrontos?

Terça-feira, 03.10.17

Oficiales de la Guardia Civil piden que no se delaten sus movimientos por carretera

 

"La actual situación ante el referéndum no nos puede hacer olvidar

Que nos encontramos en alerta nivel 4"

Recuerda el capitán Javier Montes, que ha pedido la máxima difusión de su mensaje.

(elconfidencial.com)

 

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Manifestantes em protesto em frente ao hotel onde se aloja a Guarda Civil

(Pineda de Mar)

 

Para quem ainda tem memória (cultural) da Guerra Civil de Espanha (1936/39) ‒ com Barcelona e a Catalunha a serem uma das últimas cidades e regiões de Espanha a cair nas mãos dos Franquistas (dos fascistas italianos e da pré-máquina de guerra Nazi) ‒ como preparação (e antecedendo a curto-prazo) para a II Guerra Mundial (com os Alemães e seus aliados de um lado e o Resto do Mundo do outro) ‒ opondo duas ideologias incompatíveis (Fascismo VS. Democracia) simbolizadas em dois baluartes urbanos (Madrid e Barcelona),

 

Com Madrid e Barcelona estando desde o início do conflito do lado dos Republicanos (só sendo definitivamente vencidas no 1ª trimestre de 1939) integrando democratas (do Governo da Frente popular), anarquistas e comunistas (apoiados pelas Brigadas Internacionais),

 

Lutando contra os Nacionalistas integrando Militares e forças Franquistas (apoiados pelos italianos de Mussolini e pelos alemães de Hitler) e sendo apoiados/socorridos na sua intervenção (na realidade estritamente militar tentando-se impor pelo poder das armas que não das urnas) pela máquina de guerra em preparação para o início do verdadeiro Conflito (1939/45),

 

Devido à polarização (e eternização ideológica) do conflito no período franquista e mesmo pós-Democracia (com as regiões Basca e da Catalunha a terem algum protagonismo devido à ação dos seus movimentos Independentistas), com Madrid a reconverter-se no símbolo do Franquismo/do centro de poder de Espanha e Barcelona a elevar-se a um símbolo da Democracia/da Independência da Catalunha (libertando-se do jugo castrador e prepotente da capital).

 

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Agentes da polícia em frente ao hotel onde estão/ou estavam hospedados

(Pineda de Mar)

 

"Por favor, os pedimos que no aportéis información de los desplazamientos de las distintas unidades de policía, ya sea Guardia Civil, policía nacional, mossos o policías locales".

(elconfidencial.com)

 

Passados 78 anos sobre o fim da Guerra Civil de Espanha (e 72 sobre a II Guerra Mundial) com o conflito (já latente há muitos anos) a agravar-se e a poder atingir (infelizmente) um ponto de não retorno (podendo levar à violência, como os primeiros sintomas indicam e vindo de ambos os lados), não só pela incompetência de Madrid (com um Governo consentido, de gestão e sem poder) como pelo oportunismo dos políticos de momento à frente dos destinos de Barcelona (e talvez nem se interessando pelo resto da Catalunha) sabendo a fraqueza de Madrid (e apenas a explorando em seu benefício) e ainda-por-cima sendo liberais e de Direita (ou extrema).

 

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1º Ministro da Catalunha Carles Puigdemont

(prometendo para os próximos dias a Declaração de Independência)

 

“Una parte de la población independentista está en rebelión contra las autoridades policiales tras las detenciones y registros efectuados por la Guardia Civil. Las manifestaciones de protesta frente a juzgados y cuarteles se han venido sucediendo durante los últimos días, pero Montes recuerda que el trabajo de estos cuerpos es garantizar la seguridad.”

(elconfidencial.com)

 

Neste preciso momento, depois da convocatória do Referendo (considerado ilegal por Madrid), da realização do mesmo no passado Domingo (90% pela Independência), da proclamação dos resultados (por Barcelona) e do anúncio da passagem para uma nova fase (a seguinte e talvez final) tendo como objetivo (há muito tempo proclamado) a Independência da Catalunha como país Independente e Soberano separado de Espanha, com as primeiras Forças Militares (ou Paramilitares tanto faz) a manifestarem-se e a exigirem o cumprimento dos seus direitos (pelas autoridades Governamentais sediadas em Madrid) desse modo cumprindo as suas funções (os seus deveres) e defendendo as leis e as instituições do seu país (Espanha ‒  fazendo a Catalunha obviamente parte dela). A esta hora com a Guardia Civil entregue aos bichos, sem saber o que fazer e à deriva (parecendo abandonada à sua sorte na Catalunha) e a qualquer instante num momento de irreflexão, de desespero ou até mesmo de manipulação (podendo vir dos dois lados e do que poderá vir a ser uma barricada) a poder alterar a sua filosofia (de intervenção) pegando aí em armas e podendo incendiar ainda mais uma situação já potencialmente explosiva (se os dois lados políticos continuarem a fornecer combustível).

 

(imagens/legendas: EL PAÍS/REUTERS - EL PRERIÓDICO/REUTERS - MENA FM)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:02

Tempestade de Verão sobre Girona

Domingo, 02.07.17

A cerca de 1.200Km de Albufeira em plena região rodeando o Mediterrânico e quando nada o fazia prever, o Céu abateu-se sobre Girona: sem vítimas a registar mas provocando muitos estragos.

 

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Imagem: Jordi Camps Linnell

 

Localizada no interior da província da Catalunha (100Km a nordeste de Barcelona) a cerca de 40Km de distância da costa sul de Espanha (banhada pelo mar Mediterrânico), a cidade de Girona situada a cerca de 76 metros de altitude (acima do nível da água do mar) e comportando perto de 100.000 habitantes (no seu município), foi no passado dia 30 de Junho e apesar de estar a atravessar a estação do Verão (como em todo o Hemisfério Norte) sujeita a precipitação extremamente intensa, muita dela sob a forma de granizo (em meia-hora atingindo os 53mm só no centro da cidade de Girona).

 

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Imagens: Maite, En Narcis Feliu e Jorge Favorolo

 

Com os serviços de emergência a receberem cerca de 300 pedidos urgentes de auxílio sobretudo entre as 19:00 e as 22:00 horas locais, mas felizmente não se registando a ocorrência de vítimas ao contrário do número de bens materiais danificados ou destruídos (como casas, lojas e viaturas). Numa consequência lógica da precipitação extrema num tão curto espaço de tempo (acompanhada de grandes quantidade de granizo) como o demonstra alguns exemplos registados: com o centro da cidade a atingir uns excecionais 143mm apenas em duas horas (193mm em Sarria de Ter a menos de 4Km a norte de Girona).

 

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Imagem: Fred Decker

 

Com a presidente do município de Girona (Marta Madrenas) a justificar o ocorrido nesta região devido à incapacidade do sistema de drenagem da cidade de evacuar eficientemente a água resultante da violenta precipitação registada (tão intensa num tão curto espaço de tempo), muita dela sob a forma de bolas de granizo e num episódio (semelhante) nunca antes registado: fazendo-nos lembrar que apesar de nos situarmos numa região do Mediterrânico (ou zonas adjacentes) proporcionando condições climatéricas mais favoráveis e agradáveis, fenómenos atmosféricos como este podem sempre ocorrer (como já sucedeu em Albufeira).

 

(dados: watchers.news ‒ imagens: twitter.com/watchers.news)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:19