ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O CEO a P/B
[E JAMAL KHASHOGGI]
“No dia 2 de outubro se 2019 e já que se falando (no presente) da UBER, se falou de JAMAL KHASHOGGI − tendo apenas em comum o investimento substancial do regime real saudita, tanto na UBER (financiando) como em JAMAL (assassinando) – passando um ano sobre o seu desaparecimento (sem deixar rastos, apesar de sucedido num consulado, entrando nele e jamais saindo − pelo menos e que se saiba, como entrou).”
[O Mundo a Preto-e-Branco]
Oppositional defiant disorder:
Non-conformity and anti-authoritarianism
now considered a mental illness
(Wake Up World/Carolanne Wright/08 Apr 2016/sott.net)
“Preto com Branco dá Cinzento,
a cor deste Mundo,
definido a Preto-e-Branco.”
Neste pequeno episódio se comprovando não só a tese de um “Mundo P/B” (a preto e branco), como a grande capacidade das chefias (as autoridades oficialmente certificadas como responsáveis) em aceitarem tudo e o seu contrário, desde que coincidindo com o seu objetivo (final e prioritário) a obtenção de lucro: tal como todos os nossos dirigentes “Cinzentos” (como políticos e empresários) e sobre o mesmo assunto, assumindo-se num intervalo de tempo extremamente curto (para muitos coincidente, provocador por concretizado no mesmo espaço) pelo SIM, pelo NÃO e se necessário pelo talvez (no que seria uma tripla no totobola, garantindo o sucesso no resultado final). Para no fim (sendo esta uma das “Histórias do Mundo”) com as culpas a serem sempre repartidas tanto pelos que já estão (a chefiar), como que pelos que lá sempre os colocaram (a serem chefiados).
Entrando aqui em cena um CEO (diretor executivo) da UBER (multinacional norte-americana da área dos transportes privados) − Dara Khosrowshahi (um norte-americano/iraniano nascido em Teerão e com 50 anos de idade) − participando numa entrevista (recente) no website de notícias e de informação AXIOS (HBO) e num incidente aparentemente não provocado (pelo menos com as culpas possivelmente podendo ser repartidas, entre o entrevistador/com as suas perguntas “inocentes” e o entrevistado/deixando-se inconsciente e livremente “ir na onda”) introduzindo na mesma (dita entrevista) a personagem do saudita Jamal Khashoggi: assassinado em 2 de Outubro de 2018 no consulado da Arábia Saudita (o seu país) em Istambul (na Turquia) – fez no mês passado um ano, ainda sem se saber a verdade, se descobrir o cadáver e os seus brutais (por impiedosos) assassinos.
Com Dara (o CEO) quando posto face-a-face com Dan Primack (o entrevistador da AXIOS) falando nela sobre a UBER (da qual Dara é Diretor-Executivo), esquecendo-se um pouco de quem era e para quem na verdade trabalhava e aí inopinadamente, “metendo a pata-na-poça”: esquecendo-se ser um CEO (chefe) mas ao serviço de acionistas (chefes dos chefes) − podendo a qualquer momento ser substituído (veja-se o caso menor do CEO da McDonald’s) − estar ao serviço de uma empresa (UBER) e dos seus investidores – os “SAUDITAS” – e como tal tendo de ter sempre o cuidado de nunca associar com o negócio, questões mesmo que eventualmente ligadas (como por exemplo, os mais ou menos violentos, “ajustes-de-conta” políticos), dado um dos “segredos destes negócios” ser o de serem áreas estanques e assim independentes (como se tal fosse possível sendo o Homem o elemento comum): pelo menos com o Povo acreditando nisso.
[Davos no Deserto − Negócios de biliões em Armas e Petróleo]
Depois da 1ª edição de “DAVOS no DESERTO” (tendo como temas Inteligência Artificial, Cripto Moedas e Alterações Climáticas), subitamente c/ as máscaras a caírem após o assassinato de Jamal Khashoggi – e aí c/ a 2ª edição (2018) passando a uma “operação de limpeza” (parcialmente boicotada) mas c/ a 3ª (2019) a registar já alguns “arrependimentos e regressos” (arquivados e esquecidos todos os pecados e em nome do “interesse geral”)
E “abrindo demais a boca (para além da sua função prevista) saindo asneira” (no totobola o “1”):
"It's a serious mistake. We've made mistakes too, right? With self-driving, and we're recovering from that mistake ... So I think that people make mistakes. It doesn't mean that they can never be forgiven. I think they've taking is seriously." (D.K./CEO da UBER) |
Vindo de imediato a negação (no totobola sendo o “2”):
“I said something in the moment that I do not believe. When it comes to Jamal Khashoggi, his murder was reprehensible and should not be forgotten or excused." (D.K./CEO da UBER) |
Finalmente e só para nos confundir (chorando sobre o assunto e como que pedindo desculpa a todos) rematando (no totobola o “X”) e completando a aposta tripla (a correta) – “1X2”:
"There's no forgiving or forgetting what happened to Jamal Khashoggi was wrong to call it a “mistake.” As I told dan primack after our interview, I said something in the moment I don't believe. Our investors have long known my views here & I'm sorry I wasn’t as clear on Axios." (D.K./CEO da UBER) |
Um episódio que certamente este CEO da UBER ao serviço do regime da Arábia Saudita jamais esquecerá, introduzindo na entrevista tratando dos problemas desta empresa norte-americana (mas com volumosos investimentos sauditas) um elemento que “deveria ser-lhe estranho” (por perturbador e improdutivo), comparando o que nunca se devia comparar, ainda-por-cima tratando-se do regime (repressivo) da Arábia Saudita, nada aconselhável quando se trata do respeito dos Direitos do Homem: e comparando o incomparável introduzindo no mesmo “saco” (de gatos), casos com o do TÁXI (sendo-o, da UBER) – envolvendo o atropelamento e morte de um peão por “um carro sem condutor” − e o do SAUDITA (aqui JAMAL) – envolvendo o assassinato de um seu cidadão ordenado pela família real (saudita) do Rei Salman e do seu filho e príncipe-coroado Mohammad. Com a ação da Família REAL a ser comparada (no mínimo imprudentemente) à ação do táxi da UBER (sem condutor e dirigido automaticamente, recorrendo a hardware/software): ou será que aqui a COISA, é o REI ou é o PRÍNCIPE (e não o táxi da UBER) − insulto para o REI (ou p/ o príncipe) − e o sujeito, o TÁXI − insulto para o peão atropelado?
[Jamal Khashoggi (o destinatário) e Mohammad Salman (o remetente)]
Já c/ todo o crédito num atentado (como decisão, matando milhares)
− 11 setembro 2001 nos EUA e c/ a assinatura do seu pai Salman –
Agora apenas o confirmando, c/ a sua própria assinatura
– Mohammad, o filho de Salman –
num assassinato (como mensagem, apenas de um individuo)
– 2 outubro 2018 de Khashoggi
Jamal Ahmad Khashoggi (nascido em 13 de outubro de 1958, na cidade de Medina/Arábia Saudita) jornalista exilado (após fuga do seu país, em setembro de 2017) nos EUA e sendo (até à sua morte) colaborador do jornal diário norte-americano Washington Post, no dia 2 de outubro de 2018 deslocando-se (conforme anteriormente combinado, entre Jamal e os funcionários) até ao consulado saudita em Istambul − para tratar de documentação relacionada com o seu próximo casamento (com uma cidadã turca) – aí sendo visto a entrar (pelo seu próprio pé) mas nunca tendo sido visto a sair (a pé ou de outra forma visível e voluntária). Pela esmagadora das notícias publicadas após o seu súbito e injustificada desaparecimento (que o diga a sua noiva e futura mulher a turca Hatice Cengiz, chegando mesmo a pedir no grupo de defesa dos direitos humanos da ONU − a 25 de junho deste ano − uma investigação sobre o caso) ficando-se a saber ter sido (possível/certamente) torturado, assassinado, desmembrado e feito desaparecer (para já, talvez diluído em ácido) integralmente: numa “encomenda” pré-planeada (e fatal) levada a cabo por um grupo de agentes do regime sob comando direto das autoridades oficiais sauditas (no topo do príncipe coroado) − com o grupo “executor” partindo da Arábia Saudita, chegando ao aeroporto de Istambul na Turquia, dirigindo-se para o consulado, executando a sua missão e já desaparecido Jamal (como se concluiria, “em combate” extremo por desigual), fazendo a viagem de volta – mas que apesar de todo o horror presente e até imaginado (infelizmente como realidade) nesta ação ignóbil e brutal e divulgada globalmente, assistiu apenas e como resposta – a este “CRIME PÚBLICO E GLOBAL” − a uns simples soluços Ocidentais (como os Europeus, sem consequências) e a um Não decisivo dos norte-americanos (com consequências). E com as tomadas de posição de Trump chegando-se à posição final e sendo este um empresário sendo clara a sua opção: num prato da balança tendo o “ASSASSINATO de JAMAL na TURQUIA” (o que vale 1 Homem?) e no outro a “VENDA de ARMAS AOS SAUDITAS” (valendo biliões), chegando à conclusão ser o primeiro o mais leve − logo o mais barato (de se largar) − a ser preterido e esquecido. Restando-nos desejar “paz para a alma de Jamal”.
[P/B: Preto e Branco]
(imagens: sott.net – cnn.com − Mohammed Al-Shaik e Oscar Del Pozo/AFP/24matins.uk)