ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Money Only Money
Quando um Governo nos oferece o Céu e o Inferno (ao mesmo tempo), o povo estranha e fica confuso. Mas num último esgar de esperança ainda acredita (na continuação do cenário) e ao toque do sino segue (de novo) o rebanho: segundo ele o pior cenário será sempre o do Purgatório (pretensamente pobres mas com saúde).
Pobres: sem dinheiro não estou a ver como!
O Inferno
(artista anónimo da escola portuguesa)
No mesmo dia em que fico a saber que a nossa fantástica Ministra das Finanças prometeu aos jovens que se o seu partido ganhar os velhos jamais serão um entrave para os seus futuros risonhos (se existirem problemas financeiros cortará mais uma vez nas pensões milionárias dos velhos, pelos vistos verdadeiros parasitas e sorvedores de dinheiro), fico também a saber que entre as muitas vítimas do Ministro da Solidariedade Social (o mesmo que tem vindo a asfixiar novos e velhos, destruindo-lhes na base o seu crédito futuro de esperança e quebrando invariavelmente as cadeias de amizade entre ambos) estarão também crianças com diferentes tipos e níveis de deficiência, que usufruirão de apoios legais a que logicamente terão direito: sujeitando-as a dirigidas e inconcebíveis juntas médicas, levadas a cabo por elementos não qualificados para a função e com o único objectivo de as eliminar das listas de apoio (por razões estritamente económicas e pelos vistos aplicadas a um sector a desaparecer no futuro, por não produtivo e desinteressante).
Proponho que o novo Governo estabeleça um limite de validade para os nossos velhos (por exemplo e inicialmente a idade de reforma), a partir do qual os mesmos se ofereceriam voluntariamente para serem inseridos num processo de aproveitamento e reciclagem, em solidariedade para com os outros elementos do seu grupo, ainda válidos e produtivos. Criando sempre excepções com contrapartidas financeiras. Afinal de contas “a excepção confirma a regra”. Não esquecendo o problema com o ainda grande contingente de jovens (muitos continuam a não querer deixar os seus sofás inseridos nas zonas de conforto familiares) e as suas necessidades de sucessivas certificações e qualificações profissionais (para pelo menos verem o túnel com a saída lá ao fundo): já que largaram algumas centenas de milhares ao abandono (nem trabalham, nem estudam, talvez roubem) e outros tantos em países vizinhos (já que sabem vão trabalhar, mas para outro lado), o Governo deveria aproveitar esta excelente oportunidade para decretar a extinção desta geração (já que anteriormente outras também ficaram pelo caminho) – até porque é essa a razão pela qual estes políticos chegaram ao poder. De tão Perfeitos sendo tão Medíocres.
Nós não somos gado, mal acondicionados num cercado!
(imagem – Web)