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Chitas e Camarões

Quinta-feira, 16.09.21

Dividido (tal como a cerveja) o Mundo Animal entre animais com raciocínio e animais sem raciocínio (entre cerveja com álcool e cerveja sem álcool) ─ uns animais baseando-se a 100% na razão, na lógica, no bom senso, outros ficando-se pelos 0% não tendo essas faculdades (sabendo-se que até a cerveja terá sempre uma % por mínima que seja de álcool) ─ e sabendo-se ser entre os animais racionais (e não entre os irracionais) que se encontra a espécie dominante controlando atualmente este planeta e a Civilização nele instalada ─ neste caso o Homem ─ perante todas as tragédias que o mesmo inflige a si próprio e indiretamente ao Ecossistema que com todos os outros seres vivos partilha, pondo não só em causa a sua própria existência mas ameaçando igualmente o Mundo de um Evento ao Nível da Extinção, ainda somos persistentemente surpreendidos (não mais vezes por o seu Mundo Natural estar a encolher face ao nosso Mundo Artificial) por ações destes grupos organizados de animais irracionais alcançando feitos dos quais a grande maioria de nós (os racionais) já desistiu.

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Chitas

 

Como será o caso de um animal terrestre como as CHITAS (Acinonyx jubatus) ─ um felídeo do tipo leopardo/da família dos gatos habitando a savana africana (ainda a Arábia e a Ásia), um predador tendo como sua principal característica (como caçador carnívoro, que é) a sua grande velocidade (chegando a atingir os 150Km/h) ─ por vezes na procura de novos territórios de caça juntando-se em pequenos grupos de jovens machos, para (organizados com um determinado objetivo e tal como por exemplo os leões) empreenderem (perspetivando movimentos e soluções) as suas próprias caçadas,

©-Laurent-Ballesta,-Wildlife-Photographer-of-the-

Camarões

 

Sendo colocados perante problemas aparentemente inacessíveis para eles, “superando-os” e prosseguindo na sua aventura de exploração e de conhecimento: como o evidenciado na imagem inicial com as chitas tal como os gatos “não sendo nada apreciadoras de água, nem da prática da natação”, mesmo assim mergulhando nesse líquido tumultuoso, lutando contra a forte corrente, mas alcançando todas com sucesso o outro lado da margem ─ utilizando a sua racionalidade que não a (nossa) de 0%.

E se as Chitas o fazem por uma questão de conquista de novos territórios e maior possibilidade de sobrevivência da sua espécie, já outros como o da imagem anterior o CAMARÃO (Cammārus) se organizam (agora no meio aquático) utilizando desenvolvidas (por adaptadas/evoluídas/destinadas) técnicas de comunicação e de divulgação entre indivíduos de um mesmo grupo (célula) para montarem igualmente uma sociedade ligada, vibrante por em movimento, impulsionando a sua expansão e socialização (com outros ambientes). Tal como os Humanos e as Chitas com os Camarões montando a sua rede.

[Agora que jovens orcas em migração e na sua busca incessante de alimento (a acusação) “implicam com os lemes dos nossos barcos” ─ só por fazerem “colidir” no tempo e na captura de ATUNS (e nas mesmas coordenadas geográficas), o interesse do HOMEM/racional e destes CETÁCEOS/irracionais ─ sendo conveniente recordar (a defesa) ser esta uma reação lógica das orcas à ação (inicial) do Homem assustando-as/atingindo-as/afastando-as, com movimentos bruscos e agressivos dos lemes.]

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Golfinhos

 

[E que cada vez mais se constata experimentalmente e por observação (direta/presencial) das consequências a nível do nosso Ecossistema ─ uma estreita camada de uma dúzia de Km num planeta com um diâmetro de pouco mais de 12.500Km) de espessura ─ a não divisão de seres vivos, em seres racionais e outros não racionais, servindo tal apenas como pretexto de dominação sem sustentação mas apenas por capacidade temporária de coerção (dramática por exercida sobre a própria espécie dominante e “racional”, alienando-a e deixando as outras/as que sobreviverão) como se constata na recente ação noticiada (meados deste mês de setembro) nas Ilhas Faroé (Dinamarca): com o Homem em mais uma das suas pretensas iniciativas ─  grandiosas e cerimoniais ─ na proteção da cultura e da sustentabilidade local e contextualizada (falsamente incorporada)  como tradição, a proporcionar-nos em finais de maio deste ano (última imagem) a mais um dos seus exclusivos espetáculos de “racionalidade e de bom senso” (álcool, talvez nos 100%), na passagem da baleia-piloto no seu período de migração anual, aproveitando para num processo selvático assassinar igualmente 1.400 golfinhos,  complementando um determinado mas obscuro (mesmo irracional) projeto sanguinário.]

(imagens: Buddhilini de Soyza e Laurent Ballesta em nmh.ac.uk ─ Andrija Ilic/msn.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:07