ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
BIDEN VS. HARRIS
The urgency of Earth science and climate studies took the spotlight Friday as Vice President Kamala Harris visited NASA’s Goddard Space Flight Center in Greenbelt, Maryland. The vice president received a firsthand look at how the nation’s space program studies climate change and provides crucial information to understand our planet’s changes and their impacts on our lives. (NASA/05.11.2021)
VP Kamala Harris
(na NASA)
Com a aprovação da prestação presidencial em baixo ─ a 7 de novembro de 2021 com 42,6% dos norte-americanos a favor e com 51,1% contra (fivethirtyeight.com) ─ e com a influência da ala mais radical do partido Democrata em baixa (abandonadas as suas opções pela VP dos EUA), decorrendo no presente a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) e prevendo-se um grande passo atrás na concretização das suas intenções para os próximos anos (como o da manutenção do aquecimento médio abaixo dos 1,5°C) ─ sabendo-se da pressão do carvão, da emissão de gases tóxicos para a atmosfera, da desflorestação, da poluição dos oceanos ─ eis que face ao panorama interno, simultaneamente ao cenário externo e ainda e sobretudo ao não protagonismo “aflitivo” de JOE BIDEN (nada se vendo que tenha feito de palpável, de credível), a sua Vice-Presidente KAMALA HARRIS tentando destacar-se lateralmente (desviando para si as atenções de outra forma dadas ao presidente) aparentemente sem outras intenções (senão servir o seu presidente) toma em mãos o tema do “Clima” visitando a NASA e informando-se do trabalho científico desta (recolhendo dados sobre o assunto das Alterações Climáticas). Assim se chegando (um dia) a Presidente (dos EUA).
Our NASA experts today provided us a sweeping look at the many ways we need to understand our planet better, from drought and urban heat, to our oceans and the many landscapes we can see changing from the heavens. The Biden-Harris Administration is committed to making real progress on the climate crisis to benefit the next generation, and NASA is at the heart of that work. (Bill Nelson/NASA/05.11.2021)
(imagem: Taylor Mickal/NASA)
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Antártida e Aquecimento Global
[E para deixar desde já alguém com “água-na-boca”, umas imagens da Antártida via Paul Nicklen e National Geographic Portugal.]
Lobo Marinho (↑)
Krill (↓)
Para quem a Cultura e a Memória é importante, pretendendo-se (a aquisição de) algo de substantivo − e deixando para os outros, os adjetivos – focando-se aqui na questão (atual) do Aquecimento Global e nas consequências do mesmo, no que toca ao continente gelado da Antártida: com as subidas nas temperaturas (provocando o Degelo dos Polos) a alterarem o clima da região, certamente que modificando as suas condições ambientais (do ecossistema antes existente) e podendo dar origem a novas migrações − abrangendo toda a fauna (nela incluindo o Homem) e toda a flora − assim como à mudança dos hábitos alimentares. Ainda-por-cima num ato cultural baseado em experiências diretas e pessoais, proporcionando-nos (e usufruindo-se com imenso prazer) um quadro cronológico explicativo (e objetivo) da evolução registada na Antártida, como vista por uma criança (então − 1988 − com 9 anos) ao longo da sua infância viajando (num veleiro) por esta região polar com os seus pais e irmão: e constatando anos depois (já nos 40 anos) a mesma (a península da Antártida) − tal como a conhecera antes − ter praticamente “desaparecido”.
Um artigo da responsabilidade da National Geographic e publicada no Sapo (a 21.11), sem dúvida a ler: “Antárctida − Como o aquecimento está a mudar o que os animais comem, onde descansam e se reproduzem” em
[nationalgeographic.sapo.pt/natureza/grandes-reportagens/ 1989-antarctida-uma-fenda-no-mundo] |
Icebergue (↑)
Cria de Pinguim (↓)
E se colocando a questão de se o Aquecimento Global poderá mudar alguma coisa na Antártida (ou noutra qualquer outra região da Terra), com a resposta a ser claramente SIM tanto nas migrações (onde descansar, onde se reproduzir) como na comida (mudando-se de ambiente, mudando-se a alimentação): desde que se compreenda que não sendo o Mundo (apenas) a Preto & Branco (sendo-se por exemplo, por Trump ou contra Trump) − não nos deixando alternativa, mesmo sabendo-se serem faces da mesma moeda (ou seja, iguais) – as causas para tal Aquecimento Global (Degelo dos polos e/ou Alterações Climáticas) residirá maioritariamente na Evolução Geológica e Natural da Terra (integrada num Sistema muito maior) e apenas minoritariamente (apesar das suas “manias de grandeza”) na Interferência Artificial do Homem. E levando-a (a Terra) até ao extremo, com um dos (como espécie) a poder afirmar desde logo a sua extinção (e pelas suas próprias mãos) a ser precisamente o Homem.
E tal como antes regressando a casa e depois de larga ausência já não conhecíamos ninguém (como se o passado, nunca tivesse existido) − destruída a Memória − o que será quando regressarmos a casa e ela já não existir − destruída a Cultura? Nada, porque antes, já teremos deixado de existir.
(imagens: Paul Nicklen e National Geographic Portugal/nationalgeographic.sapo.pt)
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Clima e Terrorismo
A luta pela preservação do planeta nunca existiu. E no entanto até hoje o Homem nunca se superiorizou à Natureza: só de uma forma artificial e temporária. Mas quem precisa de quem?
Barack Obama
Quando Barack Obama apresentou neste fim-de-semana em Paris (durante a Cimeira Mundial sobre o Clima) a Luta travada contra as Alterações Climáticas e o Aquecimento Global como uma grande vitória (futura) na Luta contra o Terrorismo Global, só podia estar mesmo a brincar.
Primeiro porque a contribuição dos EUA para o acelerar destas alterações climáticas de consequências extremamente negativas e globais (e que já se verificam) tem sido inequívoca (a par do outro estado altamente poluidor como a China) e determinante (para o resultado final) por parte dos norte-americanos. E pelo que têm feito até hoje – de consistente e credível – bem que poderemos esperar sentados e morrer anestesiados (asfixiados).
Segundo porque (e tal como no caso das Alterações Climáticas) a posição dos EUA quanto ao tema da Luta contra o Terrorismo Global é na sua essência e na prática dúplice: na sequência da sua campanha de exploração extrema do território e da progressiva e deliberada desertificação humana de certas regiões do nosso planeta, a zona do Médio Oriente tornou-se pela omnipresença do petróleo e pela sua baixa densidade populacional, um ponto de grande cobiça propício para diferentes tipos (e estatutos) de mercenários. Apoiando na retaguarda os mais diversos grupos terroristas (alguns deles como as suas criações Al-Qaeda e Estado Islâmico), através do fornecimento de armamento sendo transacionado por sua vez por outros poderosos patrocinadores e financiadores do Terrorismo Global, como os Estados do Golfo (Arábia Saudita à cabeça) e agora (por ser mais visível desde o abate provocatório/deliberado do bombardeiro russo) a Turquia (um parceiro da NATO): deixando os terroristas serem armados através de fronteiras porosas como as da Turquia e recebendo este país em troca os benefícios do tráfico ilegal de petróleo oriundo do Estado Islâmico (e mais uma promessa de entrada na CEE). Além do enorme fluxo de refugiados fugindo das diferentes zonas de guerra e agora rumando em direção ao coração da Europa com muitos lobos disfarçados de ovelhas num imenso rebanho perdido.
Se o tratamento que os EUA têm programado para a resolução positiva do problema das Alterações Climáticas for semelhante ao tratamento que as autoridades norte-americanas têm dado até agora à questão do Terrorismo Global, então a única coisa que poderemos fazer para nos entretermos e divertir-nos até encontrarmos a solução para estes dois grandes dramas existenciais (já que até agora ninguém fez nada para os resolver) será apostar e ver quem ganha primeiro: o Homem ou a Natureza.
(imagem: c-span.org)
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As Morsas – Mamíferos como Nós, os Ursos e os Esquimós
Com o degelo do Árctico já são bem visíveis as primeiras consequências provocadas – tanto no clima como nas espécies. E sabendo as consequências globais que tais alterações podem provocar, o que pensar se esse degelo se estender à Antárctida (processo que provavelmente já se terá iniciado)?
Se queriam mais uma prova da realidade dramática das alterações climáticas (provocadas pelo degelo a decorrer no Árctico) olhem agora para o que fazem as morsas: elas já sabem que o ambiente está a mudar rapidamente (sentem-no na pele) e que até agora ninguém fez nada para o evitar (nem que fosse a espécie reconhecida como dominante, o Homem).
Neste mundo cronologicamente atravessando uma era pré-apocalíptica, já tínhamos ouvido falar repetidamente do degelo acelerado (e talvez irreversível) do Árctico e da fuga de algumas das suas espécies animais (endémicas), na procura desesperada de outros ambientes semelhantes aqueles que desde sempre tinham usufruído e que desde sempre nos lembrávamos. Como foi o caso duma espécie indígena dessa região – os ursos polares – abandonando definitivamente as suas tradicionais áreas ambientais de acção e de subsistência, face ao derretimento do gelo e à alteração radical registada no seu habitat.
Agora é a vez das morsas: cerca de 35.000 morsas foram observadas a abandonar as águas do Árctico – cada vez mais quentes e sem gelo visível à sua superfície – entrando pelo Alasca adentro. Procuravam um lugar sólido e seguro onde pudessem descansar, só possível de conseguir em terra firme – neste caso na praia. Este evento foi registado nas proximidades da aldeia esquimó de Point Lay. Ao contrário dos pinguins as morsas não conseguem manter-se durante muito tempo a nadar no oceano, pelo procuram sempre encontrar locais onde possam repousar: e como já não há gelo há superfície das águas, resta apenas a hipótese de encontrar um lugar em terra.
(imagens: Web)
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Yellowstone
Parque Nacional situado nos EUA e inaugurado em 1872 Considerado o mais antigo do mundo
Muito antes de haver presença humana em Yellowstone, uma grande erupção vulcânica ejetou um volume imenso de cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos Estados Unidos da América, a maioria do centro/oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico. Esta erupção foi muito maior que a famosa erupção do Monte Santa Helena, em 1980.
Deixou uma enorme caldeira vulcânica (70 km por 30 km) assentada sobre uma câmara magmática. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640 000 anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações no clima nos períodos posteriores à sua ocorrência.
(texto/imagem – wikipédia/ngm)