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Mid-Summer Massacre

Quarta-feira, 24.07.19

“E o que será dos ingleses e do turismo Algarvio?”

 

MAY momentos antes de ser (não de uma forma surpreendente) executada pela ala direita do seu partido (Conservador),

 

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Sob as rajadas de BORIS e de FARAGE

Sem piedade e da noite para o dia

Assistindo à exterminação total de MAY e seus apoiantes

 

Até ontem pela mesma liderado como 1º Ministro (mas da falsa ILHA): com os pelotões de fuzilamento de BREXITEER BORIS a despacharem os restantes Ministros (entre eles o seu adversário HUNT) agora que o mesmo (despachada a 1ª Ministra-Zombie) é 1º Ministro (desde hoje da verdadeira ILHA): completando-se assim a “Circulatura do Círculo” e servindo-se da “Fiel Empregada”, concretizando-se a transferência do poder de CAMERON (o amigo do sim, estrategicamente afirmando não) para BORIS (o amigo do sim, sabendo-a toda dizendo sim) −  e para Segurança do Povo (e de todo este processo) ficando tudo entre amigos (de infância), colegas de escola e até classe. E como “Cereja no Topo do Bolo” e “Selo de Garantia” tendo desde já o total apoio do Grande Líder Mundial: o igualmente louro (não se conhecendo outra categoria relevante e comum) DONALD TRUMP.

 

[Nunca esquecendo que desde pequenino um dos principais fatores amplamente divulgado dividindo Conservadores e Trabalhistas, era que os primeiros eram antieuropeus e os segundos pró-europeus. Hoje dada a multiplicação e diversificação de interesses e à falta de transparência e generalização/banalização da corrupção sendo tudo mais confuso.]

 

E assim depois de Assange, neste espetáculo seguindo-se May.

 

(imagem: theonion.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:41

Eleições no Reino Unido

Sexta-feira, 09.06.17

Tentando reforçar a sua maioria no parlamento britânico de 330 lugares (em 650 maioria a 326) Theresa May desejou antecipar as eleições (não ligando às preocupações dos seus eleitores) e o resultado foi uma estrondosa derrota: perdendo a maioria e 31 lugares e mesmo assim (e ao contrário de David Cameron) não querendo demitir-se. Entreabrindo a porta nº 10 e deixando desde já Jeremy Corbin à espreita (sendo necessário para entrar apenas empurrar a porta) tal o caos estratégico do partido Conservador (completamente à deriva desde que David Cameron como um “verdadeiro comandante” foi o 1º a abandonar o barco).

 

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Jeremy Corbin (Trabalhistas/Sindicalista/68 anos) ‒ 40,0%

Theresa May (Conservadores/Banco de Inglaterra/60 anos) ‒ 42,5%

 

Com os resultados das Eleições no Reino Unido já conhecidos, a primeira conclusão a tirar (até porque estas eleições antecipadas foram promovidas pelos Conservadores de modo a reforçarem a sua liderança) é que o partido no poder sofreu uma considerável derrota (o 2º grande erro Conservador neste caso da autoria de Theresa May): dos 330 lugares que lhe davam uma maioria no parlamento britânico passando a 318 e apesar de continuar a ser o maior partido, perdendo a sua margem de manobra e ficando dependente de alianças com terceiros (e menores partidos). E colocados perante as negociações associados ao Brexit (o 1º grande erro Conservador neste caso da autoria de David Cameron), não se percebendo até ao momento como querendo prosseguir o seu caminho (como se nada se tivesse entretanto passado) Theresa May irá resolver a embrulhada em que se enfiou ‒ para já falando-se de uma aliança (não de Governo) com os Democratic Unionist (da Irlanda do Norte) atingindo assim a maioria com 328 lugares (maioria com 326), mas por outro com os Trabalhistas a oferecerem-se também para um possível Governo por si liderado (minoritário) apoiado por outras forças com lugares no parlamento Britânico e mais próximos do centro-esquerda. E desse modo com o partido Trabalhista do tão contestado Jeremy Corbin (interna e externamente) a ser o grande vencedor destas eleições de 8 de Junho, não só pela sua grande subida de lugares no parlamento (+31 lugares), como da subida espetacular no número de votantes (perigosamente próximo dos Conservadores) ‒ colocando-o hoje numa posição de força no parlamento britânico e talvez iniciando aí (e agora) o seu caminho para ser o próximo Primeiro-Ministro agora que a ameaça de novas eleições começa cada vez mais a pairar no ar.

 

Partido

 

Lugares

Evolução

Votos

(%)

Conservative

 

318

-12

13,650,918

42.45

Labour

 

261

31

12,858,644

39.99

Scottish National

35

-19

977,568

3.04

Liberal Democrat

12

3

2,367,038

7.36

Democratic Unionist

10

2

292,316

0.91

Sinn

Féin

7

3

238,915

0.74

Plaid

Cymru

4

1

164,466

0.51

Green

 

1

0

524,604

1.63

Ind

 

1

-4

144,884

0.45

Ulster

Unionist

0

-2

83,280

0.26

Soc. - Dem. and Labour

0

-3

95,419

0.3

Ukip

 

0

0

593,852

1.85

Other

 

0

0

166,336

0.52

Resultados das Eleições Gerais na Grã-Bretanha de 8 de Junho

(um lugar por definir de um total de 650 ‒ maioria 326)

 

Indo-se agora viver no Reino Unido mais um período de grande indefinição política, com os Conservadores a continuarem a lutar pelo Brexit (e sejamos sinceros forçados a seguir essa opção) ao mesmo tempo que uma maioria cada vez mais significativa (e declaradamente contra os resultados do referendo do Brexit) continuando a sua luta pela permanência ‒ enquanto mesmo ao lado da Ilha e face à confusão instalada, o Continente mesmo sob uma grande crise sorri com a situação do filho há muito tresmalhado, mas (antes) oficialmente não declarado. De resto e observando o cenário eleitoral resultado de 8 de Junho com o parido Escocês a sofrer uma significativa descida (perdendo 19 dos seus 54 lugares distribuídos entre Conservadores/Trabalhistas), com o UKIP a desaparecer não do parlamento mas da vida política inglesa (apoiantes do Brexit) e com outros pequenos partidos (Liberais e pequenos partidos de Gales e da Irlanda do Norte) a manterem/subirem ligeiramente a sua representação. E do meio desta confusão indo muito provavelmente surgir um Governo com data de fim marcado (Conservador, minoritário e apoiado no parlamento) preparando-se para dentro de meses levar a cabo mais um ato eleitoral: com a América em guerra interna (os derrotados não aceitam os resultados), com a Europa completamente à deriva (à espera que os vitoriosos na América consigam emergir), com a guerra a poder explodir e alastrar a todo o Médio Oriente (agora que Trump armou os sauditas até aos dentes de modo a levar a sua avante, mesmo eliminando grandes aliados na proliferação do terrorismo como o Qatar) e agora como se já não bastasse e por completa incompetência e excesso de arrogância dos Conservadores criando o caos na Grã-Bretanha e adiando mais uma vez o país. Afinal de contas saindo ou reentrando?

 

(dados da tabela: theguardian.com ‒ imagens: politico.eu/Getty Images)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:21

Eleições na Grã-Bretanha

Terça-feira, 06.06.17

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UK Elections

 

Com as eleições marcadas para a próxima quinta-feira (dia 8) as últimas projeções apontam para uma vitória dos Conservadores mas perdendo bastantes lugares para os Trabalhistas;

 

Ou noutra hipótese apesar de tudo possível mas certamente surpreendente (pelo terramoto político que provocaria agora que está em curso o Brexit sob o comando de Theresa May) para a vitória dos Trabalhistas e do seu tão contestado líder Jeremy Corbin.

 

Com o partido Escocês a poder ter um papel importante a desempenhar (no desenlace deste enredo).

 

General Election 2017:

Conservative poll lead over Labour narrows to just one point

 

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Theresa May (Tories) VS. Jeremy Corbin (Labour)

 

The Conservative lead over Labour has dropped to just one point in a new poll which is likely to set nerves jangling at Tory headquarters with polling day now just hours away.

 

The Tories were 24 points ahead of Jeremy Corbyn’s party when the election was called but the polls have tightened in recent weeks with a new survey by Survation for Good Morning Britain putting the Conservatives on 41 per cent and Labour on 40.

 

(imagens: cmegroup.com/telegraph.co.uk - texto/inglês: J. M./telegraph.co.uk/6.6.2017)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 13:36

UK Elections

Sexta-feira, 08.05.15

A Grã-Bretanha foi a votos na passada quarta-feira. Com as sondagens a apontarem para um possível empate técnico Conservadores/Trabalhistas, a maioria dos cidadãos da Grã-Bretanha não hesitaram e preferiram a continuidade: maioria absoluta Conservadora.

 

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Um vencedor e três demissionários

 

A Democracia tem destas coisas: se antes permitia a vitória do Fascismo (por maioria de votos, por maioria de armas ou por maioria de ambos), nos nossos dias os números de nada valem (dependendo do sítio da urna). Ora vejam:


• O partido Conservador (24.4%) face ao resultado do partido Trabalhista (20.1%) deveria ter uns 281 lugares; efectivamente tem mais 50 (331);
• O partido Escocês apesar da sua reduzida representatividade (3.1%) face a Conservadores/Trabalhistas é a terceira bancada parlamentar com 56 representantes;
• O partido UKIP apesar dos seus quase 4 milhões de votos (o terceiro partido mais votado com 8.4%) apenas elege 1 representante;
• O partido Democratas/Liberais paga a factura pela sua anterior aliança com os Conservadores, ficando-se pelos 8 representantes;
• E pequenos partidos (na ordem de uma a duas centenas de milhares de votantes) ainda cantam vitória superando o (medalha de bronze) UKIP;
• Tudo isto contando com uma abstenção muito próxima de 1/3 dos votantes, desses 1 em 4 votando Conservadores e com estes últimos a alcançarem a maioria absoluta.

 

Nada muda, nada nunca mudará. Nem sequer no verdadeiro Hiper-mercado em que se transformou a Grã-Bretanha: de um lado Londres o Centro de Negócios, uma ou outra cidade ainda com aspirações e depois é só paisagem. Pobre e sem intelectuais. A vida está difícil e já não existe esperança. Mas ainda existe emprego e a província é sempre um recurso. Tudo abandonado, infra-estruturas deficientes, tranquilidade absoluta e casas a bom preço. Mas aqui nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Existem sempre transportes e fábricas de embelezamento. Um país cercado por uma classe política há muito instalada e cordialmente suportada pela Rainha de Inglaterra. Apenas com um pequeno entrave mas difícil de engolir: os escoceses do whisky. Não sendo a água o motivo da separação da Grã-Bretanha do resto da Europa (como o demonstram inequivocamente os emigrantes), mas o convencimento destes ilhéus de que os EUA serão sempre o seu futuro e a sua salvação. Talvez estejam certos mas o mais provável é estarem errados: “amigos, amigos, negócios à parte”.

 

Os emigrantes poderão ficar descansados: derrotado o candidato Trabalhista tudo continuará exactamente na mesma. Vida escrava mas bem paga (para o emigrante) e o desespero situacionista (para o nacional). Um país pleno de serviços, dinheiro e transformação intermédia: recebendo de todo o mundo, embalando tudo bem e pondo-se ao lado do capital (sem restrições e global). Norte-americano ou chinês (e com árabes pelo meio). No que diz respeito ao futuro da Europa mais uma caixa de surpresas: se por um lado a vitória dos Conservadores é benéfica para a actual política europeia (paralisada na cadeira de rodas, enquanto empurrada pelos EUA), por outro lado até que poderá representar o seu fim, se um dia por um motivo qualquer (para a Europa) a Grã-Bretanha decidir abandonar o Euro. Aí a sua posição exterior seria vital para a Europa. Afastada a França (ultrapassada e sem ideias), diabolizada a Rússia (adversário não submetido) e isolada a Alemanha (indefinição e incompetência), o grupo cingir-se-ia à sede (EUA) e à sua única filial (Reino Unido). Quanto a Portugal se a direita pensa que daí tirará dividendos (afinal de contas a política do Governo anterior funcionou na Grã-Bretanha), nós não somos uma ilha e estamos colados ao continente.

 

(imagem – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:33