ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Covid-19 Global ─ Presença do coronavírus em todos os Continentes
“Nos países com mais mortos por total da sua população,
estando Portugal à frente (15º) até mesmo do Brasil (19º).”
Uma amostra COVID-19 apresentando os 20 países (em mais de 220) com o maior nº de óbitos por cada 1 milhão de habitantes: liderando um pequeno território como Gibraltar (fazendo parte do Reino Unido) e sendo de destacar (tendo maiores territórios/maior população) nessa amostra a presença de 16 países/territórios europeus (80%). Entre eles o Reino Unido (10º), a Itália (12º), PORTUGAL (15º) e a Espanha (16º). Do outro lado (e para o fim do Top 20) estando 4 países do continente americano, como não poderia deixar de ser um deles sendo os EUA (14º) e (espante-se, atrás de alguns países da Europa) o outro sendo o Brasil (19º) “melhor” que Portugal: o Brasil com 1537 óbitos/1M e Portugal 1658 óbitos/1M (+121O/1M).
Com os países não Europeus e não americanos só surgindo com (citando apenas os 8 primeiros, em ordem decrescente) o Líbano (Ásia/933), a África do Sul (África/884), Aruba (América Sul/803), Belize (América Central/787), a Tunísia (África/746), o Irão (Ásia/743), a Jordânia (Ásia/685) e finalmente Israel (Ásia/676). E com a Austrália a registar 35 óbitos/1M e a Nova Zelândia 5 óbitos/1M (na Oceânia sendo o pior, a Polinésia francesa ─ com 500 óbitos/1M) ─ ambos podendo ser o paraíso (na Terra) por “quase livre do coronavírus”. Dependendo toda esta evolução (da Pandemia) do que vier a seguir – nesta senda anti-Covid-19 ─ com um Mundo em desacerto (e desorientado) posto perante diferentes fases da doença (e falta de recursos): uns mais atrás outros mais à frente, mas não comunicando entre eles (devidamente) e nada aprendendo uns com os outros. Dando mais uns pontos de vantagem, ao hoje nosso adversário.
E se estiver aí à porta, outra Vaga Covid-19 (como parece estar a suceder, na América e na Europa)?
(dados: dgs.pt ─ imagem: Produções Anormais)
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5 Imagens de 5 Continentes
A partir da secção Ciência Espaço da time.com (PHOTOS: 20 Breathtaking Images of Earth From Space) cinco imagens de cinco continentes todas registadas no ano de 2013 a partir do Espaço: Síria (Ásia), USA (América), Angola (África), Austrália (Oceânia) e França (Europa).
Cidadela de Allepo – Palácio Medieval Fortificado – Síria
Rio Colorado – Utah – USA
Bombardeamento (Ásia)
A violenta Guerra Civil travada desde há vários meses na Síria entre as forças governamentais do presidente Bashar al-Assad e os diferentes grupos armados da oposição (com as milícias islâmicas do EIIL a serem neles preponderantes), além de já terem provocado milhares de mortos, de feridos e de deslocados, também tem vindo a contribuir de uma forma deliberada e aparentemente irreversível, para a destruição total de todas as infra-estruturas do país. No meio deste intenso cenário de (violenta, destruidora e mortal) Guerra Civil, a foto da Cidadela de Allepo com a sua fortaleza medieval rodeada pelo seu povo, traz-nos logo à memória a imagem duma enorme cratera criada por uma brutal explosão – atingindo a população no seu coração e na sua alma e com firme intenção de matar.
Cobra (América)
Sendo um dos rios mais extensos da América do Norte, o Colorado é apenas um dos vários cursos de água nascidos nas Montanhas Rochosas – recebendo água de meia dúzia de afluentes diferentes: nesta imensa cordilheira que se estende do Canadá até ao estado norte-americano do Novo México, podemos encontrar catorze rios correndo em todas as direcções, acabando estes por desaguar em três oceanos diferentes: a leste no Atlântico, a oeste no Pacífico e a norte no Árctico. No caso do rio Colorado a sua grande extensão leva-o desde as Montanhas Rochosas até desaguar no Golfo da Califórnia, após mais de 2.300km de viagem e cinco estados percorridos, entre eles o estado do Arizona onde se situa parte do seu trajecto mais conhecido a nível mundial: o Grande Canyon um dos maiores e mais belos expositores do mundo, sobre a História Geológica da Terra. E é esta grandeza, esta forma (cultural e histórica) e este mistério (o rio representa a Vida desde o seu nascimento até à sua morte – ou seja todas as suas/nossas fases de transformação) que rodeiam a imagem deste rio: o seu curso serpenteando o Grande Canyon faz-nos logo lembrar uma Cobra/Serpente atravessando o mundo e procurando o seu/nosso destino. Tal e qual como a serpente Quetzalcoatl um dos primeiros deuses responsáveis pela Criação do Mundo e da Vida (da morte e da ressurreição).
Rio Cuanza – Barragem de Cambambe – Angola
Oceano Pacífico – Grande Barreira de Coral – Austrália
Água Doce & Água Salgada (África e Oceânia)
A Terra vive na actualidade um ciclo aparentemente neutro da sua História, alicerçando os seus pilares de sustentação unicamente na Economia e na valorização do objecto, mas esquecendo deliberadamente (e de uma forma cada vez mais violenta para as maiorias) o Aspecto Social da questão, por desvalorização do sujeito. Deste modo será tão natural como previsível a tendência crescente de sobreposição do objecto relativamente ao sujeito, a qual só terá a sua conclusão quando se atingir o ponto de equilíbrio. Quem o decidirá será uma minoria de privilegiados, na qual o Homem e a Natureza não terão mais lugar. E com o Homo Sapiens em processo de extinção (essa fase já começou) será a vez do Super-Homem.
E quando se fala da Terra, do Homem e da Natureza (e porque não dos oceanos, dos rios, dos lagos e de outras massas de água cobrindo cerca de 70% da superfície do nosso planeta), nunca nos poderemos esquecer que antes do Homem aparecer já a Natureza existia, a Terra a recebia e ao Universo pertencia. Nós só aparecemos no fim para completar a Ideia. Pensando assim como pode Um só indivíduo assenhorear-se dela, fazer a sua interpretação pessoal e impô-la sem necessidade de discussão ou possibilidade de recurso? Segundo eles se o Homem resultou duma transformação Divina (idealizada ou materializada), nada nos impede pelo nosso lado de criar ou de morrer (no fundo vimos do nada e da concretização de uma ideia/desejo superior) e assim fazer também parte dessa Elite Divina. Mas como pode aquele que se define como A Criação alguma vez invocar para si o papel de O Criador?
A Água é um bem da Natureza cujo direito de utilização começa agora a ser brutalmente posto em causa: convivendo com ela durante toda a nossa vida, identificando-a como mais um sujeito fundamental para o fortalecimento e consolidação das nossas sociedades e colocando-a ao nível de um dos nossos mais adorados familiares (com respeito e merecidamente), vemo-la hoje a ser pressionada e entubada sob os pés do capitalismo mais extremo, selvagem e mortal (o ultra-liberalismo) e a desaparecer dos nossos horizontes visuais, cada vez com maior velocidade e deslocando-se para lugares senão longínquos então inexistentes (por inalcançáveis). E enquanto o Diabo esfrega o olho, a água transforma-se em Ouro.
Todas as concentrações e reservas de massas líquidas – responsáveis por mais de 70% da superfície terrestre estar coberta por água (seja ela doce ou seja ela salgada) – estão neste momento, doentes e em perigo de vida. O Aquecimento Global e o degelo acelerado registado nos pólos – parcialmente originados em fenómenos naturais provocadores de poluição, mas contando também com uma grande contribuição (artificial) da mão do Homem – tem vindo nas últimas décadas a alterar, muitas das vezes radicalmente, os padrões ambientais e as nossas condições de sobrevivência. E desde os imensos mares salgados até ao mais pequenino rio doce, a água tem sido a maior vítima: veja-se o caso da destruição rápida dos rios (para a qual tem contribuído a construção de inúmeras barragens, alterando a fauna e a flora e destruindo de uma forma irreversível o ambiente) e da agonia lenta dos mares (com os oceanos a transformarem-se em autênticos aterros a mar aberto e a sofrerem em toda a sua extensão dos terríveis efeitos da poluição – como o é o caso flagrante da explosão na central nuclear de Fukushima e da contaminação aérea, terrestre e marinha por ela provocada (e que ainda hoje continua).
Versalhes – Palácio de Versalhes – França
Geometria Artificial & Manutenção (Europa)
E eis que finalmente chegamos ao velho Continente Europeu. O único que ainda mantém ténues ligações com as estruturas históricas e culturais que fundamentaram a criação das sociedades democráticas, construídas com o objectivo da concretização dos anseios básicos dos seus cidadãos – e como resposta à organização societária aos movimentos revolucionários – mas que ao longo destas últimas décadas se tem dissipado na “espuma dos dias”, ameaçando desaparecer e ser imediatamente substituída pela “teoria mercantil da preponderância do objecto sobre o sujeito”: ou não seja o Homem um objecto de desgaste rápido e com capacidade de produção de mais-valia reduzido (basta olhar para os seus custos de manutenção face à capacidade de trabalho das máquinas cada vez mais capazes e mais auto-suficientes), nunca podendo competir com um objecto sem alma, sempre pronto e adaptável e podendo ser indefinidamente reciclado ou sucessivamente transformado.
E se a geometria ao ser apoderada pelas elites se transformou numa imagem da sociedade de então – tudo direitinho e limpinho, demonstrando ordem e poder – essa beleza virtual e ornamental ao ver-se rodeada pelas áreas adjacentes que a envolviam em círculos cada vez mais afastados e desenquadrados (das características do seu foco), acabava sempre por demonstrar (ao expor-se na sua totalidade) que o Mundo é um Caos e a Organização apenas uma das suas transformações. E daí surgiam os conflitos, os debates mais ou menos acesos sobre factos e ideias, as grandes revoluções e as grandes invenções. Mas sobretudo com a queda do Muro de Berlim a Europa fossilizou de vez, ficou incapaz de se defender do exterior e aceitou as condições do invasor. Pondo de lado o maior estado europeu (e ao mesmo tempo a maior potencia do continente), submetendo-se aos novos e únicos senhores do mundo e pondo nas mãos da Alemanha e da Grã-Bretanha a tarefa de lhes controlar os dividendos (excessivos) e as despesas (desnecessárias)
O problema não reside aqui na Geometria Artificial mas nos custos da sua manutenção: passado o tempo dos escravos agora ultrapassado pelo tempo dos empregados (nunca o trabalho foi valorizado, mas aproveitado e adulterado), o povo sem nome nem existência já não tem tempo, nem paciência, nem por vezes sabedoria (que lhe foi sempre vedada por condicionamento educacional e religioso) para suportar mais cenários de futuros brilhantes: a nossa história nunca é contada por ninguém e aqueles que o fazem ou são profissionais de top do sistema ou então só escrevem para eles. Talvez um dia se reflicta um pouco mais sobre isto e se chegue à conclusão que as revoltas devem ser lançadas por UM e compartilhadas por NENHUM, até que todos os UNS se reúnam e (apenas) decidam pensar (com as suas cabecinhas, partilhando experiências e não invocando certezas).
Confesso que já estive em Versalhes, passeei um pouco por lá, mas quanto aos jardins só os vi pelo lado de fora: era jovem, andava a viajar, o dinheiro era pouco e em França já tudo se pagava. Mas as excursões eram constantes, num dos locais mais visitados de França. Antes de tudo pelo seu grandioso palácio e pelos seus extensos e belos jardins, ocupando estes últimos cerca de 700 hectares da área associada ao Palácio de Versalhes. Uma cidade situada nos arredores de Paris e fora da confusão, doença e conflitos da França do século XVII. Motivo pelo qual o Rei Sol Luís XIV a manda edificar de base, para nela assim poder instalar todo o poder político da altura – e assim poder fugir momentaneamente aos primeiros prenúncios da Revolução que já se adivinhava no horizonte. Construída a partir de 1664 (já Portugal se livrara do jugo de Espanha há 24 anos), sede do poder durante cento e sete anos (1682/1789) e abandonada como centro político de França com a chegada da Revolução. Pelo que se dizia na altura e voltando de novo ao tema da geometria artificial aqui tão bem aplicada ao Palácio de Versalhes (jardins e mesmo edifícios), não é de estranhar que a mulher de Luís XIV por vezes se passasse com tanta simetria.
(imagens – time.com)
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Micro Continente
Pesquisadores encontram continente abaixo do oceano Índico
Areia da República de Maurício revela massa terrestre ancestral
Novo estudo sugere que os remanescentes submersos de um micro continente ancestral podem estar distribuídos sob as águas entre Madagáscar e Índia.
Evidências para a terra há muito perdida vêm de Maurício, uma ilha vulcânica que fica aproximadamente a 900 km a leste de Madagáscar. Os basaltos mais antigos da ilha são de aproximadamente 8,9 milhões de anos atrás, declara Bjørn Jamtveit, geólogo da Universidade de Oslo. Mas análises grão a grão da areia de praia que Jamtveit e seus colegas colectaram em dois locais da costa de Maurício revelaram aproximadamente 20 zircões – minúsculos cristais de silicato de zircónio extremamente resistentes – muito mais antigos.
Os zircões tinham se cristalizado dentro de granitos ou outras rochas ígneas há pelo menos 660 milhões de anos, observa Jamtveit. Um desses zircões tinha pelo menos 1,97 bilhões de anos.
Jamtveit e seus colegas sugerem que rochas contendo os zircões viajantes se originaram em fragmentos ancestrais de crosta continental localizada abaixo de Maurício. Eles propõem que erupções vulcânicas geologicamente recentes levaram fragmentos da crosta para a superfície da Terra, onde os zircões foram erodidos de suas rochas – mães para polvilhar as areias da ilha. O trabalho da equipe foi publicado em 24 de Fevereiro na Nature Geoscience.
Restos de crosta
O artigo também sugere que não apenas um, mas muitos fragmentos de crosta continental jazem abaixo do fundo do Oceano Índico. Análises do campo gravitacional da Terra revelam diversas áreas extensas em que a crosta do fundo do mar é muito mais espessa que o normal – com pelo menos 25 ou 30 quilómetros de espessura, ao contrário dos cinco a 10, mais comum.
De acordo com a equipe, essas anomalias na crosta podem ser remanescentes de uma massa de terra, que baptizou de Maurícia, separada de Madagáscar quando a deriva tectónica e a difusão do fundo do mar impulsionaram o subcontinente indiano para nordeste há milhões de anos. Alongamentos e desbastes subsequentes da crosta da região afundaram os fragmentos de Maurícia, que juntos formavam uma ilha ou arquipélago com aproximadamente três vezes o tamanho de Creta, estimam os pesquisadores.
A equipa decidiu colectar areia, em vez de pulverizar rochas locais, para garantir que zircões inadvertidamente presos em equipamentos para moer rochas de estudos anteriores não contaminassem suas amostras fresquinhas. O afloramento de crosta continental que poderia ter produzido os zircões de Maurícia mais próximo conhecido está em Madagáscar, do outro lado de um mar profundo, aponta Jamtveit. Além disso, os zircões vieram de locais tão remotos de Maurícia que é improvável que humanos os tenham carregado até lá.
“Não existe fonte local óbvia para esses zircões”, observa Conall Mac Niocaill, geólogo da University of Oxford, no Reino Unido, não envolvido na pesquisa.
E também, não parece que os zircões tenham chegado a Mauritius carregados pelo vento, declara Robert Duncan, geólogo marinho da Oregon State University em Corvallis. “Existe uma possibilidade remota de que tenham sido soprados pelo vento, mas eles provavelmente são grandes demais para isso”, adiciona ele.
Outras bacias oceânicas espalhadas pelo mundo podem muito bem abrigar remanescentes de “continentes fantasmas” semelhantes submersos, observa Mac Niocaill em um artigo de Notícias e Opiniões que acompanha o trabalho. Apenas pesquisas detalhadas do fundo do oceano, incluindo análises geoquímicas de suas rochas, revelarão se a fragmentada e submersa Maurícia tem algum primo perdido, acrescenta.
(Scientific American Brasil: a partir de artigo Nature)