ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Mediadores com Culpa no Cartório
“Sadly, based on the tremendous anger and open hostility displayed in your most recent statement, I fell it is inappropriate, at this time, to have this long planned meeting.”
(Donald Trump/moonofalabama.org)
Última Hora
In attempt to salvage Trump-Kim summit, North and South Korea hold secret meeting (Thomas Mareska/USA Today/26.06.2018) Reunião Coreia do Saul/Coreia do Norte 26 Maio 2018
Após a surpreendente declaração de Donald Trump (Presidente dos EUA) suspendendo (apesar de se apresentar como Mediador) o encontro entre Moon Jae-In (Presidente da Coreia do Sul) e Kim Jong-Un (Presidente da Coreia do Norte) ‒ sendo estes os países em conflito, tentando chegar a um acordo mútuo e duradouro ‒ os dois Presidentes asiáticos tentando num último esforço e utilizando todos os meios ao seu alcance (infelizmente apenas os próprios) salvar um encontro que poderia ser Histórico (relançando de vez o processo de Paz e de Reunificação das duas Coreias) ‒ e que até poderia levar Donald Trump à conquista do Nobel da Paz ‒ reúnem-se hoje dia 26 de Maio (numa inesperada 2ª reunião) em Panmunjom (Coreia do Norte). Segundo notícias recentes e face à reação dos dois países interessados (na resolução do conflito entre ambos e afetando toda a Península Coreana) com Donald Trump (face à incredibilidade internacional, dado o seu papel de mediador e não de parte interessada) a recuar e a afirmar que a reunião poderia passar para o dia 13 (de Junho). |
Como um Mediador em vez de tentar arranjar pontes de ligação entre duas partes em conflito (a sua única e graciosa Função), as destrói logo à primeira sem dar qualquer tipo de justificação ou explicação credível às partes interessadas (para quem em princípio desinteressadamente o Mediador se ofereceu para trabalhar).
Com a inesperada reunião marcada para o próximo dia 12 de Junho (em Singapura) entre o Presidente (dos EUA) Donald Trump e o Líder (da Coreia do Norte) Kim Jong-Un a criar um ambiente-geral de alto-suspense em toda a Comunidade Internacional, eis que subitamente e sem qualquer tipo de justificação (minimamente percetível) Donald Trump anuncia a suspensão do encontro bilateral EUA/Coreia do Norte.
Deixando todo o Mundo de boca aberta assistindo estupefato (devido à completa falta de lógica e recusa do cumprimento dos procedimentos devidos) à recusa do Mediador (os EUA) em participar num encontro promovido e apoiado (e que deveria mediar e não nele interferir) pelas duas partes em conflito.
“The model, if you look at that model with Gaddafi that was a total decimation. We went in there to beat him. Now that model would take place if we don’t make a deal, most likely. But if we make a deal, I think Kim Jong-un is going to be very, very happy.”
(Donald Trump/moonofalabama.org)
Reunião de Mulheres pela Paz realizada na passada semana em Seoul/Coreia do Sul, em solidariedade contando com a participação de mulheres coreanas apoiadas por mulheres oriundas de outros países (inserido no Women Peace Korea Symposium e no Women's DMZ Walk)
Constatando-se que após a chegada de Mike Pompeo (como Secretário de Estado) e de John Bolton (como Conselheiro de Segurança Nacional) à Administração da Casa Branca (chamados por Donald Trump para o aconselharem e guiarem externamente) ‒ tentando replicar para si a ação de George W. Bush, levando às Armas de Destruição Maciça e à Guerra do Iraque ‒ a opção pela via diplomática (para solucionar divergências e conflitos) poderá ter sido definitivamente abandonada, dando-se a partir daqui o início a mais uma tentativa (bélica) por parte dos EUA,
‒ Optando pela confrontação e pela Guerra (dado o seu poderoso Complexo Industrial-Militar muito mais lucrativa) e subvalorizando o diálogo e a Paz (logo numa altura em que interiormente os EUA se encontram divididos como se estivessem em Guerra) ‒
De mostrarem claramente ao Mundo (colocando-o no seu devido lugar) qual foi, é e será a Maior Potência a Nível Global, depois do Império Romano o Império dos Excecionais.
Calling the remarks of Pence "ignorant and stupid" Choe Son Hui (DPRK's vice foreign minister) said that Pence should seriously consider the "terrible consequences of his words" before making such remarks: "We could surmise more than enough what a political dummy he is as he is trying to compare the DPRK, a nuclear weapon state, to Libya that has simply installed a few items of equipment and fiddled around with them."
(moonofalabama.org)
Com os EUA de um lado, a Rússia e a China do outro, a Europa ainda a assistir, outras potências a aguardar (como a Índia) e a Ásia a espreitar (e com o Resto do Mundo à deriva sem saber o que pensar), com os Novos Imperadores da Terra julgando ter suplantado a ONU (e os seus quase 200 países soberanos) e (aparentemente) resignados de vez os seus súbditos (á força compressora do dólar e demolidora das armas) a lançarem-se dentro em breve em 4 possíveis direções, qual delas a mais lucrativa para a sua Florescente Industria-Militar: trabalhando a alto-ritmo, empregando mais mão-de-obra e graças aos altos-proveitos colocando em primeiro a América e tornando-a Maior.
Faltando apenas aos Falcões sobrevoando a casa do dono (Casa Branca) e nela se albergando (bem juntinhos a Donald Trump) escolherem entre eles um menu que os satisfaça (a todos): tendo agora à disposição ainda mais pratos variados tendo estes como origem países de 3 continentes ‒ a Coreia do Norte (na Ásia), a Ucrânia (na Europa), a Venezuela (na América do Sul) e o Irão (no Médio-Oriente).
(imagens: Getty Images ‒ Jeehyun Kwon/truth-out.org)
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Trump vs. Kim
E a opinião dos restantes 7 biliões?
Washington Should Step Back In Korea:
Is Donald Trump Or Kim Jong-Un More Dangerous?
(Doug Bandow)
Coreia do Norte ‒ Pyongyang
(9 Agosto 2017)
Num artigo publicado a 11 de Agosto de 2017 na Forbes (forbes.com) Doug Bandow ex-Assistente Especial do Presidente norte-americano Ronald Reagan apresenta-nos a sua perspetiva sobre o caso da Coreia do Norte e do envolvimento pessoal, desnecessário e contraproducente (na resposta e na retórica) do atual Presidente Donald Trump. Como se pode facilmente constatar na sua introdução ao artigo:
“President Donald Trump has put all of Asia and much of the world on edge. All week he’s gone mano-a-mano with Kim Jong-un, blustering like the frightened head of an international micro-state instead of the representative of the world’s most important and powerful nation. Who imagined that people around the globe would be left wondering who was more stable: the 33-year-old “Supreme Leader” of the world’s only communist monarchy or the duly elected president of the United States, long considered the leader of the free world?” (Doug Bandow)
Ao longo do mesmo artigo explicando as suas razões discordantes relativas ao posicionamento e intervenção do seu Presidente e ainda mais importante, apresentando-lhe cinco propostas de ação razoáveis e credíveis e envolvendo todas as partes, de modo a chegar-se a um consenso evitando o agudizar do conflito, o recurso a ações militares, à guerra e muito possivelmente a um conflito nuclear ‒ o que certamente nenhum país ou cidadão deste mundo deseja exceto alguns criminosos. E assim colocando a questão e respondendo sucintamente:
What should Washington do?
(Doug Bandow)
President Trump should stop competing in the crazed rhetoric contest. Supreme Leader Kim Jong-un shouts to get noticed and divert attention from his country’s many weaknesses. America’s president needs do neither. To the contrary, by doing so the U.S. leader demeans himself and his country.
The U.S. should begin phasing out both its security treaty with and military garrison in the ROK. Seoul long has been able to defend itself. America’s defense commitment is what puts this nation in the middle of one of the world’s worst geopolitical hotspots. Protecting prosperous and populous friends is not worth the risk of nuclear war.
Washington should sit down with the People’s Republic of China, acknowledge its interests, and offer to make a deal. For instance, propose an American military withdrawal from the Korean peninsula in exchange for greater Chinese pressure on the North. The U.S. cannot expect the PRC to drop its only ally and aid American attempts at regional containment because that’s what Washington desires.
American policymakers should consider whether encouraging South Korean and Japanese development of countervailing nuclear arsenals is better than maintaining an increasingly frayed “nuclear umbrella” over Washington’s allies. Frankly, neither Seoul nor Tokyo is worth risking the loss of Los Angeles or Seattle. There are no good solutions to a nuclear DPRK. Further proliferation might be the best “second best” answer available.
Negotiate with North Korea. Talking would reduce the sense of threat felt by the North. Dialogue also would explore areas of potential agreement even if Pyongyang refuses to consider abandoning its nukes and missiles. For instance, a verifiable freeze would be uncomfortable, but the U.S. and world would be better off facing a North with a stable nuclear arsenal of 20 weapons than one of, say, 100 weapons and growing, which some analysts fear could be the case in just a few more years.
Deixando-nos ainda uma réstia de Esperança de que seja no campo Republicano como no campo Democrata, ainda existam indivíduos que em vez de estarem exclusivamente interessados na preservação da sua riqueza e do seu bem-estar pessoal, pensem igualmente nos outros, naqueles que representam e que como tal esperam sempre que os defendam: optando sempre pelo diálogo (singular e coletivo) e nunca pela violência (das corporações e seus objetos). Significando que o problema das Coreias nunca será resolvido, enquanto não se ouvirem os coreanos e todos os estados vizinhos (com outros só a observar e se necessário a aconselhar).
(texto/itálico: Doug Bandow ‒ imagem: forbes.com)
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O Bombardeiro
Estratégia Norte-Americana: provocar o provocador!
Com que objectivo? E quais as consequências?
Os Estados Unidos enviaram hoje para a Coreia do Sul dois bombardeiros B-2 capazes de lançar bombas nucleares, para integrarem um exercício militar conjunto – disseram tropas norte-americanas estacionadas naquele país asiático.
Como todos sabem a Coreia do Norte além de ter como vizinho a sua “geopolítica cara-metade” Coreia do Sul, faz fronteira com duas das maiores potências militares e económicas mundiais, a enorme China – logo o seu maior aliado – e a poderosa Rússia. Com o frágil Japão colocado à sua frente e lá para o fundo os EUA.
Qual será então a reacção destes dois monstros mundiais face à possibilidade de uma terceira força adversária despoletar um conflito nuclear junto às suas fronteiras? Provavelmente não ficarão impávidos no seu sofá a ver a destruição dos seus interesses económicos e geoestratégicos – como o está a fazer a decadente Europa – mas agirão de imediato e sem qualquer tipo de limitações, na sua salvaguarda e na dos seus aliados!
(imagem/notícia SIC e imagem GOOGLE)