ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Grande Desígnio Patriótico de Passos Coelhos
Pergunta:
Na situação actual que arma hei-de comprar no meu país para me defender – um canudo ou uma pistola?
Resposta:
As duas – uma para enfiares pelo cu acima do teu Chefe e a outra para dares um tiro nos teus cornos!
Continuar neste jardim à beira-mar plantado a obra ideológica de António de Oliveira Salazar, mas agora comandados pelo sub lumpen sobrevivente à longa noite democrática, há tempos corajosos revolucionários agora orgulhosos neofascistas – mas sempre em nome da causa pública, com todos os sacrifícios e sofrimentos que a defesa da pátria sempre acarreta.
Inconscientemente Salazar reconhecia a pequenez dos nossos representantes face ao mundo, com as suas manias esquizofrénicas de grandeza e a recusa sistemática e psicótica de encarar a realidade: nesse sentido Egas Moniz e a sua técnica de lobotomização poderiam ter sido muito úteis para o refinamento mental da nossa elite governamental.
Só que nunca poderíamos garantir com toda a certeza que Pedro Passos Coelho sobrevivesse à operação, de tal modo está avançada a evolução da sua grave e definitiva doença.
Coimbra – Portugal dos Pequeninos
O problema é que nem todos os portugueses cabem no mundo imaginário do Portugal dos Pequeninos de Pedro Passos Coelho, mundo esse que provavelmente um dia terá visitado em Coimbra e que o terá inspirado fortemente como modelo e exemplo a seguir na a sua vida futura: se tiveres um problema – não tiveres dinheiro – não encares a realidade – pede mais emprestado – e põe-te a brincar às casinhas – dizendo que a culpa é do vizinho.
E já agora onde está essa nova geração de sucesso – obtida a qualquer custo e sem respeito por ninguém – lançada há anos atrás pelo nosso ilustre Ex-1.ºMinistro Aníbal Cavaco Silva, como nossa tábua de salvação garantida? O que ainda nos vai restando para resistirmos a todas estas violências prepotentes e deliberadamente intimidatórias – até o salário do mês nos retiram, acabando no final por nos despedirem por “mútuo acordo” – é um pouco da nossa dignidade ainda milagrosamente preservada, face aos insultos constantes – como escravos potenciais – a que somos diária e sistematicamente sujeitos.
Criando de início resistência, de seguida habituação e finalmente indiferença e aceitação da nova e redentora subjugação libertadora.
(imagem – Wikipédia)