ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Negação da Política
Aqui se fala de indivíduos a quem toda a gente paga:
para que nos representem e também para que nos defendam.
(e não para cobrar numa porta e escapar-se logo pela outra)
Primeiro-Ministro
Nestes últimos anos sempre que não tive dinheiro ou ingenuamente me esqueci, posso jurar pela minha saúde que por seu lado o Estado nunca se esqueceu de mim: com multas a pagar, juros a crescer e processos sem fim.
• Ideias básicas de indivíduos prepotentes:
Luís Montenegro diz que "era o que faltava" que o primeiro-ministro se demitisse
• Reacções básicas de indivíduos colaborando e beneficiando com essas prepotências:
PR não quis comentar dívidas de Passos
• Esquecimentos básicos e necessários de indivíduos prepotentes:
Passo sabia que devia mais 26 meses do que pagou
• O que básico pode acontecer quando o nosso amigo é um indivíduo prepotente:
Dívida. Assessor de Passos denunciou Paulo Macedo
Como eu não pertenço ao grupo privilegiado de prepotentes, o que me poderia acontecer era ser-me instaurado um processo ou até vir a ser condenado: depois de requalificado e tornado excedentário, desse modo eliminavam-me de vez.
(títulos: Lusa e Expresso – imagem: Luís Barra/Expresso)
Autoria e outros dados (tags, etc)
A Guerra dos Mundos
Torre de Belém sob domínio estrangeiro
Lisboa acaba de ser ocupada por forças estrangeiras vindas dos mundos longínquos das Novas Fronteiras, que pretendem com esta acção completar a ocupação exemplar e pacífica de Portugal, como garantia para o pagamento dos juros e da dívida nacional, contraída em nome da estabilização do preço do espaço por metro quadrado.
Esta foto foi captada através da utilização cuidadosa de uma máquina fotográfica chinesa de marca conhecida – vinda directamente do terminal portuário de Sines – enquanto comia tranquilamente o meu primeiro e delicioso pastel de Belém, sentado nas margens do rio Tejo e com uma mini como companhia.
Após um último lampejo de sabor a creme e canela, só tive tempo de fugir a toda a velocidade em direcção ao Museu da Electricidade e refugiar-me no seu interior, logo à entrada, na zona do bar: com uma forte aguardente na mão e toda força do meu carácter, liguei o plasma que estava ali e pus-me a ver em directo. Foi quando lançaram o primeiro raio e tudo ficou decidido.
Na margem sul os camelos continuavam sem interesse e emoção a sua lide diária, não se apercebendo na sua lucidez mecanizada, do que se estava a passar do outro lado do rio. Deste lado do Tejo o mundo continuava um deserto, pouco valendo o metro quadrado, desde a infame suspensão da construção do transporte gravítico vinculativo, com o pretexto de que “sem dinheiro, ninguém oferece o traseiro”!