ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Problema com o Mar-de-Gelo-Bebé
E a última justificação (científica) para o acelerar do derretimento das águas geladas do oceano Ártico − levando consigo uma data de pequenas partículas (sedimentos, algas, poluentes, nutrientes, etc.) e provocando a subida do nível da água dos oceanos (contribuindo para o acelerar das Alterações Climáticas) – reside no simples facto da maior parte do gelo aí formado se derreter completamente (passando do estado sólido a líquido), ainda antes de abandonar definitivamente o seu local de nascimento: o seu Berço e Zona de Conforto. Como o afirma Stephanie Pappas num artigo da Live Science (livescience.com):
Most of the Arctic's 'Baby Sea Ice' Melts
Before It Leaves the Nursery.
And That's a Problem.
New Arctic ice
Typically forms off the coast of Russia
In the Laptev Sea
No estudo agora efetuado (nas proximidades do Pólo Norte) com os cientistas a dirigirem (no interior do oceano Ártico) a sua atenção e investigação para os mares russos (como o mar Siberiano Oriental) e a concluírem − comparando com o que aí se passava há cerca de 20 anos − que o degelo precoce registado nos mares (e suas massas sólidas/líquidas) no início da sua viagem (onde se formaram, ainda no estado sólido) tinha agora como referência atual o Ponto de Origem, fazendo com que neste período de tempo (presente) apenas 20% desse gelo (vinte anos depois) completasse integralmente o trajeto dos seus antecedentes (costa russa/oceano Ártico/estreito Gronelândia & Svalbard/Atlântico) Antes de Derreter (como era e deveria ser).
Deixando no ar a questão:
"How will this change in transport affect the biogeochemical cycle in the Arctic Ocean as well as the ecosystem? This is all poorly understood."
(Thomas Krumpen/Ocean Ice physicist at the Alfred Wegener Institute Helmholtz Centre for Polar and Marine Research in Germany/Live Science)
Sediment-rich ice
Can be seen caught
In the Transpolar Drift
Faltando apenas esclarecer se o Aquecimento Global e as Alterações Climática tantas vezes lançadas e anunciadas como sinais (futuros) e avisos de algo a ocorrer a curto-prazo (Alerta Geral) − tendo originado este fenómeno extremo (e preocupante) do Degelo ainda no berço e notoriamente acelerado – poderá ser considerado um Evento de Origem Artificial (devido unicamente à intervenção do Homem) ou apenas de Origem Natural (talvez periódica) e assim justificando a ocorrência das anteriores Extinções de Espécies.
“E aos Dinossauros seguindo-se o Homem, faltando apenas identificar o asteroide. Isto se o Homem não se antecipar, tornando o Planeta Inabitável, a Terra num Planeta Morto: aí vencendo o Artificial de uma forma primitiva, nuclear, definitiva.”
(dados/legendas: livescience.com − imagens: Mikhail Varentsov/Shutterstock e R. Stein, AWI, 2014/livescience.com)
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O Icebergue A68
Com os efeitos do Aquecimento Global (sejam as suas causas naturais e/ou humanas) a começarem a sentir-se em todos os níveis e em todos os Continentes (oceanos e atmosfera), nem a região mais isolada e preservada do Mundo ‒ a Antártida ‒ escapa às suas nefastas consequências.
Antártida ‒ Pólo Sul
O Novo Icebergue
(A68)
Uma placa de gelo localizada na Antártida (Pólo Sul) com mais de 6% da área de Portugal e com cerca de 1 trilião de toneladas acaba de se desprender do mesmo continente no início desta semana na zona da plataforma de Larsen C (com o maior icebergue até hoje registado a ter o dobro dessa área).
Segundo os cientistas a acompanhar o fenómeno com este extraordinário bloco de gelo (um dos dez maiores registados neste continente) a continuar pelas proximidades pelos próximos tempos ou a médio prazo a poder fragmentar-se dirigindo-se mais para norte e alcançando águas mais quentes derretendo (e assim contribuindo para a subida global do nível da água dos oceanos).
Uma fratura na plataforma de Larsen C reduzindo-a em mais de 10% (na sua área total) e apresentando uma espessura entre os 200/600 metros.
Antártida ‒ Larsen C
Fratura na plataforma de gelo
(12 Julho 2017)
Num futuro muito próximo afetando certamente a geografia do continente da Antártida, não só pela própria evolução da fratura (e seu afastamento) como também pelos fenómenos subsequentes a tal despreendimento e associados ao degelo: como o sucedido em casos anteriores com maiores volumes de água a acabarem por ser introduzidos nos oceanos aumentando o seu nível.
E com todo o processo iniciado anteriormente a acelerar-se (degelo na Antártida como já sucede no Ártico) inicialmente pouco afetando o Sistema (o Ecossistema Terrestre) nem mesmo a navegação (sobretudo a sul em rotas pouco frequentadas), mas talvez mesmo a médio prazo a sobrelotar os oceanos fazendo-os extravasar as suas margens e inundando continentes (com um dos candidatos a ser Portugal).
(imagens: NASA e ESA)
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Tsunami em Câmara Lenta
“Tsunami é um nome derivado do japonês TSU (porto, ancoradouro) e NAMI (onda, mar) e que designa ondas gigantes provocadas por fenómenos geológicos como maremotos, vulcões e o movimento das placas tectónicas ou até mesmo o deslizamento de grandes placas de gelo e rocha, ou ainda, eventos meteorológicos extremos e meteoritos.” (infoescola.com)
Degelo na Antárctida
E como se já não bastassem as constantes ameaças vindas do norte (que o digam as populações das regiões do nordeste dos EUA), por deslocamento mais para sul do centro de produção das diversas correntes de massas polares (localizado na zona do Pólo Norte) e que afectam a meteorologia de todo o Hemisfério Norte (e logicamente o Árctico) – consequência do aquecimento global e origem da subida de temperatura dos oceanos e da fusão dos gelos polares – eis que agora o Pólo Sul também se começa a manifestar ameaçando derreter-se. Deste modo a Antárctida junta-se (nas intenções) ao seu antípoda Árctico.
Carta do glaciar
A preocupação dos cientistas começou a aumentar quando verificaram que um dos principais glaciares que alimentam o continente gelado da Antárctida estava a diminuir de tamanho e de espessura, tornando a camada de gelo cada vez menos extensa e sobretudo mais fina (um tipo de problema nunca reportado nesta parte estabilizada do continente, tomando como termo de comparação o seu lado ocidental em degelo acelerado). Se o problema não residia nas condições ambientais que se faziam sentir exteriormente, certamente que a sua origem teria que vir de camadas de material sobrepondo-se sucessivamente até atingirem a superfície gelada e que se situariam a níveis inferiores. Entretanto o que se ia observando traduzia-se já num notório enfraquecimento de uma das zonas do leste do continente da Antárctida (alimentado pelo glaciar de Totten) e no lançamento das primeiras questões (agora fundamentadas) sobre as consequências que tal fenómeno poderia provocar: a diminuição do volume do conjunto de glaciares poderia indiciar o seu derretimento parcial e desse modo provocar o aumento do nível da água do oceano.
Mas como sempre acontece (desde que se mostre interesse e trabalho) os cientistas lá acabaram por descobrir o que estava a causar este degelo nesta zona do continente gelado da Antárctida: descobriram que debaixo das diversas camadas de gelo que formavam o glaciar de Totten, existiriam dois níveis distintos do leito oceânico pelos quais se infiltraria água mais quente proveniente do mar adjacente – minando as bases do glaciar, enfraquecendo e diminuindo a sua espessura. Dada a importância deste glaciar e caso se desse o colapso do mesmo, os cientistas calcularam que tal acontecimento provocaria um aumento do nível da água dos oceanos que ultrapassaria a barreira dos 3 metros. Nunca esquecendo que esse aumento progressivo de nível se estenderia por muitos e muitos anos. A explicação para este degelo repentino e imprevisível agora a ocorrer na Antárctida baseava-se segundo os cientistas na circulação de correntes de água com diferentes temperaturas e graus de salinidade, que aproveitando a existência de passagens subterrâneas sob o leito dos glaciares e comunicando com o oceano exterior, permitiam a entrada de água mais quente para o seu interior e minando as suas bases de sustentação.
(imagens – NASA)
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As Morsas – Mamíferos como Nós, os Ursos e os Esquimós
Com o degelo do Árctico já são bem visíveis as primeiras consequências provocadas – tanto no clima como nas espécies. E sabendo as consequências globais que tais alterações podem provocar, o que pensar se esse degelo se estender à Antárctida (processo que provavelmente já se terá iniciado)?
Se queriam mais uma prova da realidade dramática das alterações climáticas (provocadas pelo degelo a decorrer no Árctico) olhem agora para o que fazem as morsas: elas já sabem que o ambiente está a mudar rapidamente (sentem-no na pele) e que até agora ninguém fez nada para o evitar (nem que fosse a espécie reconhecida como dominante, o Homem).
Neste mundo cronologicamente atravessando uma era pré-apocalíptica, já tínhamos ouvido falar repetidamente do degelo acelerado (e talvez irreversível) do Árctico e da fuga de algumas das suas espécies animais (endémicas), na procura desesperada de outros ambientes semelhantes aqueles que desde sempre tinham usufruído e que desde sempre nos lembrávamos. Como foi o caso duma espécie indígena dessa região – os ursos polares – abandonando definitivamente as suas tradicionais áreas ambientais de acção e de subsistência, face ao derretimento do gelo e à alteração radical registada no seu habitat.
Agora é a vez das morsas: cerca de 35.000 morsas foram observadas a abandonar as águas do Árctico – cada vez mais quentes e sem gelo visível à sua superfície – entrando pelo Alasca adentro. Procuravam um lugar sólido e seguro onde pudessem descansar, só possível de conseguir em terra firme – neste caso na praia. Este evento foi registado nas proximidades da aldeia esquimó de Point Lay. Ao contrário dos pinguins as morsas não conseguem manter-se durante muito tempo a nadar no oceano, pelo procuram sempre encontrar locais onde possam repousar: e como já não há gelo há superfície das águas, resta apenas a hipótese de encontrar um lugar em terra.
(imagens: Web)
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Curiosidades
Degelo
Derretimento rápido do gelo situado à superfície, na Groenlândia. Apenas num dia – 8 de julho – este fenómeno atingiu cerca de 40% dessa superfície gelada. Nos dias seguintes – até 12 de Julho – este degelo acelerado atingiu 97% dessa região. Um fenómeno deste tipo nunca tinha sido registado em mais de 30 anos de observações por satélite.
Fogos
Fogos ocorridos no mês de Julho na ilha da Madeira e registados por satélites da NASA. Este incêndio que assumiu posteriormente grandes proporções teve início a 18 de Julho e chegou a estender-se no dia 20, à ilha de Porto Santo. Foi necessário recorrer a bombeiros do continente para travar esta grande frente de fogo. Isto apesar de não ter havido apoio aéreo ao combate a estes incêndios, tendo as entidades responsáveis justificado a sua ausência, devido à ineficácia destes meios aéreos no combate aos fogos em terrenos muito acidentados, como era o da Madeira.
Deflorestação
Desflorestação registada na grande região da Amazónia – desde sempre considerada como um dos pulmões do mundo – focando aqui a evolução do estado brasileiro de Rondônia do ano de 1975 até este ano de 2012. Em primeiro lugar cortaram a selva com a construção de uma grande via principal que a iria atravessar de uma ponta à outra, neste caso de norte para sul; seguiu-se a construção de estradas secundárias que contribuíram para a invasão por novos donos e ocupantes, da densa floresta envolvente ainda virgem e contendo muitos perigos e constantes armadilhas, nunca se esquecendo que tal estrada deveria ter sempre como origem e destino final, essa via principal; ao mesmo tempo iniciar-se-ia uma desflorestação intensa e acelerada da região, preparando-se o caminho para o aparecimento de explorações agrícolas mais lucrativas. Este processo seria acelerado com a chegada de mais gente e a necessidade de se estender cada vez mais o território a desflorestar e preparar para a sua nova – e desenquadrada – utilização.
(imagens e dados – NASA)