ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
WORLD 1.1° UP
“Earth in 2021 was about 1.1 degrees Celsius warmer
than the late 19th century average, the start of the industrial revolution.”
(Clive Simpson/02.02.2022/room.eu.com)
Falando-se de meteorologia e dirigindo-nos ao nosso país (Portugal), com este mês de janeiro de 2022 a ser (entre eles) considerado o mais seco deste século (XXI) e como uma das consequências mais notórias por visíveis (utilizando apenas os nossos olhos), a ser a diminuição significativa do SMI (índice de percentagem de água no solo) particularmente a nordeste e a Sul (Alentejo e sobretudo Algarve) com índices inferiores a 20% ─ em muitos locais já se tenho mesmo atingido, o ponto de “emurchecimento (tornar murcho) permanente” ─ dando sequência a um agravamento muito significativo da situação de seca até agora registada no nosso país, com “um aumento da área e da intensidade” (IPMA) este mês de janeiro atingindo o território com 1% seca fraca, 54% seca moderada (total de 55%) e 34% seca severa, 11% seca extrema (total de 45%),
Percentagem de água no solo
e seca meteorológica em janeiro 2022
Quando ainda há nem dois dias um responsável da meteorologia nos falava deste período de seca (agravando-se) muito provavelmente indo estender-se infelizmente até aos finais deste mês de fevereiro (lembrando alguém do outro lado, que “em abril águas mil”), logo no dia seguinte só como que para contradizê-lo e numa entrevista realizada a um apicultor (queixando-se deste período de seca na evolução da colmeia e respetivo fabrico de mel) começando a chover e logo a Sul na região do Algarve ─ só mesmo para desviar a atenção, sendo tão pouca e tão curta essa precipitação e estando os níveis das águas nas barragens tão baixas, uma zona dessas ficando situada no Algarve, sendo-se confrontado com o mapa do Aquecimento Global registado nestes últimos 5 anos (2017 a 2021), com as temperaturas médias neste período a ficarem cerca de 0,85°C acima do devido:
Aquecimento Global 2017/21
5 anos sempre a subir
As zonas a norte incluindo a região do Círculo Polar Ártico a serem as mais afetadas por esta “anomalia” de temperaturas (acima da média) no mapa a vermelho, contrastando com as zonas “mais frescas” (abaixo da média) a sul (continente da Antártida) e a meio da região do oceano Atlântico Norte no mapa a azul, com a Península Ibérica e integrando-a Portugal (e ainda Espanha tendo a sul o mar Mediterrânico, separando-nos de África) a ficarem em zona intermédia (para o acastanhado), no entanto como toda a zona sul da Europa mediterrânica já tendo entrado num processo profundo (talvez mesmo irreversível, até o antigo centro do anticiclone doa Açores mudou) de desertificação.
(imagens: IPMA/NASA)
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um Estranho numa Terra Estranha
Os E.T.E. e as nossas necessidades de sobrevivência
A GNR de Albufeira vai investigar a presença de Velhos e de Gaivotas no mercado municipal
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As profundas alterações climáticas registadas em muitas partes do mundo têm vindo a afetar progressivamente o tempo, incluindo a meteorologia do nosso país. No sul de Portugal os sinais de perigo que vão aparecendo são cada vez mais preocupantes, com o avanço da desertificação vinda do norte de África, associada ao crescente problema da falta de água, caso ainda mais agravado pela destruição maciça da fauna e flora algarvia em anos passados, debaixo da força devastadora dos incêndios aí ocorridos e da malfadada mão do Homem.
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É já muito comum, vermos as gaivotas a afastarem-se da costa à procura de alimentos ou os charnecos em grandes bando vindos da serra interior, a visitar as nossas casas e a fixarem-se nos nossos campos mais ricos em alimentos e bicharada e estrategicamente localizados mais perto do litoral e das praias; locais turísticos onde se vai acumulando todo o lixo e animais mortos de que estas aves se alimentam e com que se banqueteiam e consequentemente, se instalam e se reproduzem.
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Numa visita ao Mercado Municipal da cidade registamos a opinião de algumas pessoas sobre as consequências das constantes alterações climáticas e da profunda e prejudicial ação do Homem sobre a natureza, tendo a maioria das pessoas entrevistadas idades superiores a 45 anos e realizando visitas cada vez mais assíduas a este local de compra, venda e convívio de qualidade, face à degradação crescente das grandes áreas comerciais, cada vez mais impessoais e fortemente atingidas pela crescente falta de qualidade dos seus produtos expostos.
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O povo presente queixou-se maioritariamente e sobretudo da falta de ação da autarquia para promover e desenvolver ainda mais esta zona – situada tão perto do centro antigo e do centro mais moderno da terra e com os jovens e as suas escolas tão à mão de semear – enquanto por outro lado deixa a GNR e a ASAE espalhar o pânico entre comerciantes inocentes, cumpridores, taxados e alguns mesmo já membros do grupo da terceira idade. Veja se por exemplo o caso da falta de alguns chapéus-de-sol para proteção de vendedores e clientes, muitos deles com idades já avançadas e da falta de respeito demonstrada sobre um comerciante de calçado legal – apesar da sua defesa feita no local pelo fiscal da câmara – por nós todos conhecido e respeitado e integrado com a sua família na sociedade albufeirense há cerca de 40 anos.
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E aqui surge o Estranho. A sua vida é um pouco da história desta terra chamada Albufeira. Filho de gente honrada e honesta, de agricultores e pescadores abandonados à sua sorte, este teve que fazer o seu percurso de vida sem poder recorrer a nenhuma ajuda ou solidariedade, sob a pena de por abandono e desconhecimento da sua existência, poder aparecer morto numa valeta como o cão atropelado na 125 pelo potente carro do artista, que por acidente se viu desviado da Via do Infante – a via conhecida como não tendo custos para o utilizador, desde que se tenha dinheiro para a pagar.
(imagem - Passeio dos Tristes)