ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Sol no caminho de Leonard
“Neste começo de 28 de dezembro de 2021 (terça-feira de madrugada) ao olhar para o cometa LEONARD e para a sua cauda (dupla, uma delas descartada), sabendo do papel que o SOL pode ter na transformação (e mesmo destruição) de um cometa aquando da sua aproximação ao Sol (um predador sendo o cometa a presa), face às manchas solares que proliferam na superfície da nossa estrela, algumas delas grandes e orientadas (uma delas a maior ─ AR2916 com 140.000Km de uma ponta à outra ─ para a Terra), a existir uma CME dirigida o espetáculo deverá ser no mínimo interessante.”
Cometa LEONARD
(perdendo a sua cauda em viagem)
Regressando de novo ao nosso viajante ─ o cometa LEONARD ─ nos últimos dias e apesar da distância a que se encontra (hoje, a uns 100 milhões de Km da TERRA), colocando muita gente a olhar para o céu noturno tentando observá-lo, seja com recurso a um instrumento ótico ou mesmo a olho nu,
Deparando-me com um novo registo do cometa aqui referido ao passado sábado (25 de dezembro de 2021), mostrando-nos partes da cauda do mesmo a separarem-se, levadas eventualmente pela força e influência (direta) do vento solar: uma vaga originada no Sol e varrendo tudo à sua frente.
Apesar de não ter sido atingido (impacto direto) nestes últimos tempos por nenhuma CME, com a passagem de pelo menos dois jatos solares (intensos e de alta-velocidade) pelo cometa Leonard nas semanas mais recentes, a terem um efeito idêntico ao de uma CME, podendo como consequência essa ser uma explicação, para este “Evento Disconectivo”.
Um cometa apresentando como que com uma cauda dupla ─ ou então como uma serpente mudando de pele ─ aproximando-se velozmente do SOL, levando com as ações deste em cima através das suas ejeções (de massa oriunda da coroa solar), provocando-lhe “erosão” e aos poucos levando-o mesmo que parcialmente a fragmentar-se,
Cometa LEONARD
(como visto de La Palma ilhas Canárias)
Sendo constituído por um núcleo central rochoso, gelo e poeiras a ele agregado, com o aproximar ao seu periélio (ao ponto da sua trajetória mais próximo do Sol) e aumento de temperatura, indo perdendo parte da sua massa e aumentando o seu brilho no céu, provavelmente aumentando a sua cauda ou dando origem a outras (renovadas).
Dando à volta ao Sol e voltando de regresso em direção às suas origens (exteriores), às regiões da Nuvem de OORT e para o espaço extrassolar para além dela e tendo em consideração o brilho não ser só provocado pela ação do Sol, como podendo ter origem em explosões ocorridas no próprio cometa (no seu núcleo) fragmentando-se,
Tendo o cometa um período orbital de 80.000 anos (40.000 para lá mais 40.000 para cá) e dado tudo o que pode acontecer nesse tempo de viagem (de ida e volta), devendo-se aproveitar a oportunidade (única) para ver se algo de diferente nos é oferecido por este objeto, circulando no Espaço, hoje aqui e assim, amanhã diferente e depois, apenas definitivamente ausente.
Como qualquer familiar só se ausentando, se sentindo e infelizmente na maioria dos casos sendo tarde, a sua falta. LEONARD e se o SOL, entretanto o permitir ─ com os seus jatos solares podendo desintegrar e destruir ou pelo menos diminuir o nosso viajante de “uma-só-vez” ─ proporcionando-nos ainda um espetáculo pelo mês de janeiro 8no Hemisfério Norte) podendo depois ser visível na outra parte: só se vendo 1 das faces da LUA, só se vendo 1 vez LEONARD.
[Um cometa antecedendo a passagem de um “grande-calhau” de cerca de 1,7Km de dimensão ─ o asteroide 7482 ─ passando a uma V=20Km/s no próximo dia 18 de janeiro de 2021, a apenas 2 milhões de Km de distância da Terra (pela sua trajetória, sem impacto ou outros problemas) ─ no entanto, a 1/75 da distância Sol/Terra ou seja quase nada.]
(imagens: Gerald Rhemann/Namíbia e Jan Hattenbach/La Palma
em spaceweathergallery.com)
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Reentrada na Atmosfera
Lixo em Órbita Terrestre
Imagem captada a partir da ISS
(sobre o oceano Pacífico)
No passado dia 17 de Agosto após ter concretizado anteriormente o seu objectivo e abandonado posteriormente a Estação Espacial Internacional, a nave privada de carga Cygnus deu por concluída a sua missão, acabando por se desintegrar ao entrar na atmosfera terrestre.
(imagem – Alexander Gerst/ESA)
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Cometa em Mergulho (2013.08.19)
Vindo de sudeste em direcção ao Sol, apresentando-se Regulus à sua esquerda e com Mercúrio à sua direita.
Um pequeno cometa da família KREUTZ encontra-se neste momento numa trajectória de aproximação ao Sol. Provavelmente originado a partir dum outro grande cometa que se partiu há muitos séculos atrás, este é apenas mais um dos seus fragmentos a passar nas proximidades da nossa estrela, contornando-a e acabando por se desintegrar e desaparecer. Este – apesar das suas reduzidas dimensões – é apenas um pouco maior. Mesmo assim o mais certo é vaporizar-se rapidamente deixando na prossecução da sua trajectória de ser visível ao contornar o Sol.
Mais tarde apercebe-se – através da análise das imagens anteriores – que o cometa na sua aproximação ao Sol se vai desintegrando e desvanecendo, acabando por desaparecer completamente. Pouco tempo decorrido sobre o eclipse do cometa verifica-se mais uma explosão na coroa solar – um fenómeno já muitas vezes observado em casos semelhantes.
Como curiosidade Regulus é uma das estrelas mais brilhantes visíveis no nosso céu nocturno – está situada a 79 anos-luz de distância do planeta Terra – sendo a mais brilhante na constelação LEO.
(imagens: SOHO – alguns dados: spacveweather.com)