ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Pã
Nos próximos tempos deixaremos de vez de estar presentes, de olharmos e de investigarmos, um dos maiores e talvez mais fotogénicos (no sentido em que impressionam bem a nossa placa cerebral) – pelo uso constante dos seus magníficos anéis decorativos – planetas do Sistema Solar: com o fim da sonda Cassini em 15 de Setembro deste ano, deixando de aí estar presente e impedidos de ver o Mundo (mundos como os de Pã).
A lua Pã
(Sonda Cassini – PIA 21436 – 7 Março 2017)
Apresentando uma das luas do planeta Saturno (localizado a uma distância média de mais de 1400 milhões de Km do Sol), apresentando um diâmetro não atingindo os 29Km (mais do que 4200X menor que o diâmetro do planeta que orbita), girando à volta do mesmo a pouco mais de 133000Km de distância e levando pouco menos de 8 horas a dar-lhe uma volta completa: possível de ser detetada nos limites exteriores do anel A orbitando Saturno no espaço denominado por Divisão Encke.
Localização da lua Pã no interior da Divisão Encke
(limite externo do anel A)
À primeira vista com este satélite natural da Saturno a assemelhar-se à forma por nós idealizada para um disco-voador (um pires de uma chávena de chã), mas não sendo certamente de origem artificial (teria que ter uma criação alienígena), sendo efetivamente oriundo de um molde não muito comum de se ver (no nosso Sistema Solar) e deixando-nos ainda mais dúvidas no que toca à formação: talvez o resultado da acumulação e agregação de materiais dispersos em torno de um núcleo movimentando-se entre anéis.
A pequena lua Pã orbitando Saturno no interior da Divisão Encke
(Sonda Cassini – PIA 09868 – 12 Fevereiro 2008)
Aqui sendo-nos apresentada a partir das câmaras da sonda Cassini num registo já deste mês e capturado a 24600Km de distância da mais pequena (e uma das mais próximas) lua de Saturno, Pã: mostrando-nos os hemisférios norte e sul deste satélite natural (esquerdo e direito respetivamente – imagem inicial). Com os cientistas a afirmarem que Pã se terá formado num tempo em que os anéis circundando Saturno eram mais jovens e débeis, levando o seu núcleo central (constituído por material gelado e sendo mais denso que a sua parte exterior) ao passar entre os anéis a apanhar e a acumular material na sua trajetória, que no presente lhe dá esta forma deveras peculiar.
(imagens: nasa.gov e google.pt)