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De Herói a Ditador e Sem Diferença de Género

Terça-feira, 17.07.18

[Com Gramsci do Outro Lado]

 

A utopia e a derrocada da Nicarágua, contada pelo olhar de Susan Meiselas

“Susan Meiselas, quase 40 anos depois, voltou à Nicarágua, agora para nos mostrar como um dos heróis de 1979 é o chefe dos déspotas de 2018.”

(Francisco Sena Santos/24.sapo.pt/15.07.2018)

 

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Daniel Ortega

Presidente da Nicarágua

(um ditador do género masculino)

 

Recordando e ainda consciente do ocorrido nos finais dos anos 70 no continente Sul-Americano (período de 1978/80) ‒ com o combate da guerrilha Sandinista a levar à queda do ditador Anastasio Somoza e à instalação de um Governo Revolucionário (na Nicarágua) liderado pelo então herói Daniel Ortega ‒ neste artigo de opinião de FSS (português ‒ Média e Jornalismo) sobre uma experiência e relato de SM (norte-americana ‒ fotógrafa e contadora de histórias) sendo clara e violentamente demonstrada, a afirmação já há muito conhecida e verificada, de tudo aquilo de que qualquer Homem é capaz (afirmando/praticando tudo e por banalização intensiva, aplicando sem problemas e aos mesmos, até o seu contrário): com exemplos de género (Masculino) como o de Daniel Ortega (na Nicarágua), mas envolvendo o outro género (o Feminino) como no caso de Aung Suu Kyi (em Myanmar) ‒ recebendo o Nobel da Paz (em 1991) pela sua luta contra a ditadura (Militar no seu país Myanmar, antiga Birmânia) e posteriormente reintegrada pela mesma (ditadura ainda no poder) e sendo na prática 1º Ministro, apoiando agora o regime e colaborando no genocídio do povo da etnia Rohingya.

 

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Aung Suu Kyi

1º Ministro de Myanmar

(um ditador do género feminino)

 

Um Milhão de Muçulmanos oficialmente tornados existentes (por Bons/Maus e Homens/Mulheres), já com milhares de mortos em caixa e uns 700.000 em fuga ‒ numa Obra de Género M/F Extremamente Violento, não só pelo Duplo Impacto Mortal (masculino-feminino) como pela notada (deliberada) ausência dos Média (se comparada com o caso recente da Tailândia e o impacto global que teve): levando-nos à confirmação da mentira descarada contida subliminarmente na afirmação “Ler Jornais é Saber Mais”, sabendo-se que até o conteúdo já nem sequer está nas entrelinhas, mas na Miscelânea da Informação (chegada após edição e lógica tradução/manipulação). E que tal como a afirmação anterior (Ler Jornais é Saber Mais) outra tendo igualmente ainda muito a explicar (olhando com desconfiança para os que dela mais se servem): Todos Diferentes, Todos Iguais” quando se sabe … uns mais que os outros! Num artigo curto de Francisco Sena Santos a ler se quiser recordar, ensinar e aprender (valorizando como Insubstituível, a Memória e a Cultura de um Povo).

 

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Antonio Gramsci

Secretário-Geral do PCI

(eleito deputado/1924, preso/1926 e libertado já doente/antes de morrer)

 

Aproveitando para deixar por aí um pensamento de Antonio Gramsci sobre esta “Democracia (a de ontem, como a de hoje) e de como um dos seus “Produtos” se infiltra em cada ponto (do percurso mais linear do que se pensa apesar das derivações) encobrindo o nosso Trilho:

 

“Between consent and force stands corruption/fraud. This consists in procuring the demoralization and paralysis of the antagonist (or antagonists) by buying its leaders—either covertly, or, in cases of imminent danger, openly—in order to sow disarray and confusion in his ranks.”

(Antonio Gramsci/Prison Notebooks, Volume 1)

 

Um Marxista/Jornalista/Escritor/Político natural da Sardenha (Itália, 1891/1937) tendo sido Secretário-Geral do Partido Comunista Italiano (e oriundo de uma cisão no Partido Socialista Italiano) e que no entanto (apesar de Comunista e de como estes vêm o Estado) ficou conhecido (ou como a Wikipedia diz reconhecido) pela sua teoria da hegemonia cultural que descreve como o Estado usa, nas sociedades ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder (wikipedia.org). Preso pelo regime fascista de Benito Mussolini e libertado por motivos de saúde poucos anos antes de morrer ‒ uma das razões da opção oportunista e exclusivamente pessoal aqui conhecida (e reconhecida/confirmada) como Ortega/Suu Kyi (envolvendo em paridade os dois géneros).

 

(imagens: wikipedia.org)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 17:50