ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Portugal é Super-De Menos
“Não me deixe morrer, eu quero viver”
(José Carlos Saldanha – doente com hepatite C)
José Carlos Saldanha fez-se acompanhar na audição parlamentar sobre saúde (realizada na AR e contando com a presença do respectivo Ministro), por dois filhos de duas doentes nas mesmas condições. Tendo uma delas entretanto falecido, no passado dia 30 de Janeiro.
AR – Audição Parlamentar sobre Saúde – 4 de Fevereiro
“País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influencia de camarilha.”
(Eça de Queiroz)
Já agora, como é possível que passados quase 150 anos sobre a tomada de consciência de como na época (de Eça de Queiroz) Portugal era dirigido (e por quem), ainda ignoremos sistematicamente os mecanismos de alarme da nossa memória, apesar da repetição constante de actos semelhantes?
Pérola final – esperando que o autor a entregue ao doente:
"Pagar uma fortuna para aceder ao medicamento, não nos parece uma coisa equilibrada."
(Primeiro-Ministro)
(imagem – Miguel A. Lopes/LUSA)
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Morte de Doente na Urgência era Inevitável
Aquilo que mais nos indigna e revolta além de nos revolver as nossas mais profundas entranhas, é a brutalidade bestial do argumento Administrativo:
Sem hesitação e pelo doente Administração demitida!
É que chefes e filhos da puta são o que não falta por aí.
Garcia da Horta vs. Vítima Mortal
O doente padecia de uma doença grave...
Com vários dias de evolução...
Esta sexta-feira...
O seu agravamento súbito...
Pelo carácter fulminante...
Tornou impossível qualquer procedimento...
Em tempo útil que evitasse a morte.
O tempo de espera não influenciou o desfecho final.
(administração do Hospital Garcia de Orta)
Um homem com cerca de 60 anos...
Recebeu uma pulseira amarela na triagem...
Morreu no dia 11 de Janeiro...
No serviço de urgência do Garcia de Orta...
Depois de ter estado três horas à espera de atendimento médico...
Mas a administração do hospital assegurou logo...
Que foram prestados todos os cuidados...
Que numa situação deste tipo são considerados adequados.
(administração da Família da Vítima)
Lembram-se?
Já na altura a guerra pela triagem estava instalada entre médicos e enfermeiros
Com o Ministro e como sempre irresponsavelmente a assistir
Este caso aconteceu no Verão de 2013
E no entanto tudo se mantém
De quantas vítimas divulgadas pelos órgãos de comunicação social estão as autoridades responsáveis pela nossa Saúde à espera, para responsabilizarem de vez e se necessário FOR criminalmente, todos aqueles que com conhecimento de causa e por omissão deliberada têm pactuado com esta situação?
Para finalizar não interessa aqui considerar a consulta da ficha clínica do doente (atitude oficializada por ausência de resposta), já que se por um lado os leigos (a família) não a mencionaram, por outro lado os eruditos (o Hospital) limitaram-se a ignorá-la.
Pelos vistos somos todos Charlie!
(texto em negrito/itálico retirado de: RR – imagem retirada de: JN)
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A doença depende do doente
Ambulância que assistia doente “obrigada” a sair de local para carro de ministro passar
26 Fevereiro 2011, 14:57
Uma ambulância do INEM que estava em serviço de urgência a uma idosa foi obrigada a abandonar a rua onde se encontrava para deixar passar o carro do ministro da Justiça, noticia a TVI.
O caso, que já foi confirmado pelo INEM, aconteceu na passada quinta-feira, por volta das 12h30, e indignou os vizinhos que testemunharam a situação à estação de Queluz.
Um elemento da PSP, que faz a segurança do ministro da Justiça, Alberto Martins, ordenou que a ambulância fosse retirada do local para o carro do ministro passar.
A ambulância voltou à residência da idosa algum tempo depois e acabou por transportar a doente ao hospital.
O INEM já informou que o incidente não afectou o socorro da vítima que já está em casa depois do internamento hospitalar.
Contactado pela TVI, o gabinete do ministro Alberto Martins disse desconhecer em absoluto a situação.
Por outro lado, a PSP assegurou que os agentes podem retirar uma ambulância de um local por motivos de força maior.
SAPO