ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Culpa (da derrota) não foi da Betinha
Terminadas as Presidenciais de Novembro de 2016 com a derrota “estrondosa por inacreditável” do seu candidato Hillary Clinton, ainda hoje não se entende do que é que está à espera o partido Democrata para escolher os seus novos dirigentes e o rosto da sua nova imagem (continuando a ignorar Bernie Sanders e seguindo sempre em frente). Um Golpe de Estado (DEM Outside Job) ou até um Trabalho Interno (REP Inside Job)?
O Milionário e Presidente e a sua Doadora e Secretária de Estado
(Donald Trump e Betsy DeVos)
Enquanto os Democratas levantam agora a questão dos donativos realizados a diversos Republicanos pela nomeada Secretária de Estado da Educação dos EUA Betsy DeVos – contribuindo logicamente para a campanha e vitória de Donald Trump (como simples candidato) e posteriormente nomeada como Secretária de Estado pelo mesmo (já como Presidente) – pelos vistos devem-se ter esquecido de quem é que nessa mesma campanha teve (de longe) os maiores apoios financeiros. Invocando inicialmente um apoio de mais de 1 milhão de dólares a diversos senadores republicanos eleitos nos últimos 20 anos (recebendo os Democratas uns míseros 8 mil dólares), adicionando-lhe um outro financiamento de mais de 8 milhões de dólares para os dois últimos ciclos de eleições presidenciais Republicanas (com os Democratas a continuarem a nada ver) e finalmente acabando por apontar para os 2,7 milhões de dólares doados só no ano de 2016 (Democratas = nada) – apesar de já incluídos no total dos mais de 9 milhões de dólares. O que me deixa um tanto perplexo com o espanto demonstrado pelos dirigentes Democratas, sabendo-se que mesmo somando estas verbas ao total gasto na campanha Democrata para a eleição de Hillary Clinton (640), estas ultrapassariam em muito os gastos Republicanos para elegerem Donald Trump (312) – apenas o dobro.
Pelo que toda esta campanha lançada pelos derrotados das Presidenciais dos EUA (que não o querendo ser, ignoram enquanto podem ou os deixam, a nova realidade) impulsionando à sua frente todos aqueles funcionários públicos e privados que irão perder o seu emprego em favor de outros colocados (direta ou indiretamente) pelo partido agora vencedor (é também assim que se tratam os escravos), em nada contribuirá para a melhoria da imagem externa dos EUA (agravada com a intervenção de Bush e continuada com o situacionismo de Obama) e pior ainda a sua já tão frágil imagem interna: com infraestruturas de Saúde e de Cuidados Básicos fornecidos pelo Estado aterradores (não existindo um verdadeiro SNS, não existindo apoios financeiros mínimos e só tendo apoio quem paga – os ricos tratam-se os pobres morrem), com o sector da Educação a travessar um período terrível de falta de infraestruturas e investimentos neste sector fundamental do Estado (de formação e orientação futura dos seus cidadãos) e até com muitas outras (estruturas) como as ligadas às cidades e vias de comunicação, a presentarem-nos com espetáculos no mínimo tristes e decadentes de localidades falidas, regiões abandonadas, estradas desgastadas e pontes muito mais velhas que muitos dos mais idosos. Com o maior abandono a registar-se nos estados do interior (onde se localiza a população mais envelhecida e tradicional) e com o maior investimento a ser feito no litoral (onde se localizam os mais jovens que por hábito irão refazer o futuro).
“Uns e outros (Democratas e Republicanos) sendo as duas faces da mesma moeda (o Dólar). E dum objeto inanimado não se esperando mesmo nada (como se fosse um calhau) – tendo em conta que até ele é manipulado (como todos nós).”
(imagem: WEB)