ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Relâmpagos em Marte
“ZZZZZT!
MARS MIGHT BE SPARKY.”
(Phil Plat/syfy.com)
DUST DEVIL
(um redemoinho com 30m de comprimento)
Um aviso mais para quem não sendo marciano e sabendo do ambiente infernal que o espera ─ no Planeta Vermelho e por apresentar tons semelhantes (por não tão carregados, enferrujados) fazendo lembrar o Diabo ─ ainda pretende migrar e instalar-se neste desértico, árido e tóxico Mundo exterior (em distância o 4º a partir do Sol, com órbita exterior à da Terra), para além de não possuir água (visível, existindo possivelmente subterrânea) nem oxigénio (necessário para nossa respiração) e mesmo sem atmosfera (por rarefeita), ainda nos podendo atingir (tempestades de areia) como no nosso planeta produzindo relâmpagos. Sendo um planeta extremamente árido e praticamente sem atmosfera, com um fenómeno como os relâmpagos (sua criação) nem sequer devendo existir, mas por outro lado talvez podendo ocorrer considerando algumas exceções (já detetadas e registadas): num planeta maioritariamente apresentando-se aos nossos sentidos como estático ─ morto, sem movimento, logo sem vida ─ aparecendo por vezes aqui e ali algo (nem que temporariamente) desmentindo em parte esta ideia (dando ainda uma hipótese a Marte), conjugando movimento e ações/reações e dando origem a fenómenos (de menores dimensões),
TEMPESTADE DE AREIA
(aproximando-se e originando relâmpagos)
Como os DUST DEVIL ─ compreendendo-se aí melhor os seus mecanismos de formação ─ ou como as (de maiores dimensões) TEMPESTADES DE AREIA ─ interiorizando-se então do que estas dependem, de como evoluem e finalmente de como se dissipam e desaparecem (regressando de novo no mesmo ou noutro dia marciano e até podendo ser em dias sucessivos, por vezes bem extenso: por semanas ou meses, neste último caso e durante uma Tempestade de Areia Global tendo já inutilizado/morto, o velhinho mas na altura e apesar das mazelas, ainda bem ativo ROVER OPPORTUNITY). Um planeta desmentindo-nos e apresentando como prova os relâmpagos: apenas se tendo que pensar na Terra e em fenómenos muito semelhantes por cá ocorridos e observados e envolvendo relâmpagos ou se quiserem (sendo o mesmo) descargas elétricas, por exemplo nas erupções vulcânicas terrestres envolvendo o choque de partículas eletricamente carregadas e originando (entre outros, por fricção) as visíveis e brilhantes descargas. No fundo sendo (talvez) tudo devido, à presença (de pequenos grãos de areia, chocando na atmosfera de Marte) de eletricidade estática. Pelo que um dia ao chegarmos a Marte e não querendo ter surpresas, tendo que ter sempre em atenção (em Marte como na Terra ou noutro planeta qualquer) ao estado do tempo: neste caso as “Trovoadas Marcianas”, tal como algumas por cá, sendo secas originando descargas (elétricas/perigosas): e se na Terra levando com um relâmpago e morrendo (de seguida por vezes chorando-se e no final enterrando-se), em Marte sendo ainda pior (morrendo-se longe de casa, sem o berço de descanso e de uma forma tão habitual, tão terrestre).
(imagens: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona e NASA em syfy.com)
Autoria e outros dados (tags, etc)
Em Marte Algo se Mexe – podendo estar Vivo
Ao contrário do que muitos pensam (face à evidência de que Marte não possui uma atmosfera como a existente na Terra) existirão certamente outros planetas onde poderemos constatar o aparecimento à sua superfície de redemoinhos de vento: bastando para tal a presença de camadas sobrepostas sobre a superfície do planeta de materiais a diferentes temperaturas (no seu estado gasoso e envolvido por finas poeiras) obrigando essas mesmas camadas (as mais quentes/leves a subirem as mais frias/pesadas a descerem) a deslocarem-se e a provocar efeitos dos mais visíveis e caraterísticos desse tipo de fenómeno (universal – o Vento.
O que significa que Marte também terá a sua atmosfera (numa constituição diferente da nossa, familiar, mas como se fosse de outra espécie) e os seus redemoinhos: os chamados Dust Devils. Para futuras expedições ao planeta Marte sendo mais um problema para os humanos resolverem: postos perante redemoinhos marcianos muitas vezes superior em intensidade aos testemunhados na Terra (50X ou mais).
Mars
Dust Devil in Hilly terrain
(Mars Reconnaissance Orbiter – PIA 21457)
Optical Instrument HiRISE
No cumprimento do seu programa de observação do planeta Marte iniciado aquando da sua inserção em órbita (em 10 de Março de 2006), a sonda norte-americana MRO enviada ao planeta Vermelho com o objetivo prioritário de encontrar vestígios da existência de água no passado, continua a enviar-nos testemunhos ao vivo de um planeta que nos seus momentos de maior aproximação à Terra se encontra apenas a uns curtos 76.5 milhões de Km (como aconteceu a 22 de Maio do ano passado quando Marte se encontrava em oposição e no ponto da sua órbita de maior aproximação à Terra; e o que acontece aproximadamente de 2 em 2 anos quando Marte se coloca do outro lado do Sol) – e que em 27 de Julho de 2018 ainda estará mais perto: a menos de 60 milhões de Km.
Um planeta nosso vizinho, que nos parece querer dizer algo, que um dia poderá ter tido água, atmosfera e até vida – elementos de um cenário comum que também temos na Terra – e que apesar de declarado como morto há biliões de anos atrás, ainda nos vai intrigando com vestígios e movimento: vestígios de um Mundo (ainda) Vivo e sobretudo em Movimento – Mineral ou Orgânico ou com qualquer outro tipo de base (de suporte à estrutura).
E como todos nós sabemos que um dos indícios de que a Matéria está Viva e em constante Transformação é o de se mover, interagir, trocar e transformar energia (ocupando sucessivamente novos espaços ao deslocar-se), observar-se um objeto deslocando-se entre determinados parâmetros e assim integrando-se no seu meio (por mais inóspito que o consideremos) só poderá significar que este não será propriamente um objeto inanimado tendo pelo contrário e como seria Natural uma missão a cumprir e um determinado objetivo a executar (dentro do conjunto a que pertence): como o teria qualquer elemento que fizesse parte de um determinado Mundo e fizesse parte dessa Estrutura – naturalmente e para poder persistir inteligente, organizada e como tal Viva.
There are many dust devils on Mars -- little twisters that raise dust from the surface. They have also cleaned dust off of the solar panels of the rovers Opportunity and Spirit, improving the solar power production. Spirit became stuck in 2009 and ceased communication a year later. (nsa.gov)
Mars
A Dust Devil on Hilly Terrain
(Mars Reconnaissance Rover – 2008 Image in the Amazonis region)
Optical Instrument HiRISE
Se um calhau se desloca, algo ou alguém interagiu com ele – em termos relativos ou absolutos (tanto faz) movimentando-se a uma determinada velocidade (a indicada para o mecanismo) e com a matéria que o compõe e que lhe dá forma (a estrutura que o define tipo ADN) interagindo com todos os componentes interiores que o caraterizam e com os exteriores que o condicionam (influenciando a sua evolução).
Para tal efeito utilizando toda a tecnologia natural desde sempre disponível (mas tal como o nosso cérebro aproveitado minimamente), com a Matéria (a providencial doadora) evidenciando toda a sua pujança e vigor (que a carateriza como criadora de Vida), com constantes trocas (e transformações) de energia eletromagnética (desequilibrando e equilibrando o sistema) e como consequência (vital) obrigando-o todo o edifício a mexer-se, a criar soluções e a evoluir na direção mais correta (adaptando-se pois a perfeição não existe sendo apenas um desejo).
(imagens e legendas: nasa.gov)