ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Censura na Ilha de Bojo
“University finds novel 1984 ‘offensive and upsetting’”
(rt.com/23.01.2022)
1984 um livro de Orwell fora da lista
Ofensivo e perturbador
E nem assim se vendo o atingido refletido no espelho
Passando por diversos títulos e por diversos caminhos e atalhos, chegando ao site RT e a uma notícia envolvendo “Educação & Censura” ─ numa situação ocorrida no Reino Unido ─ ficando a saber a partir de um aviso feito aos seus alunos pelos responsáveis da Universidade de Northampton (cidade localizada a norte de Londres), nele sendo citada a obra do escritor inglês George Orwell “1984”, que certas obras de certos autores poderiam ser consideradas “ofensivas e perturbadoras”, dado o material e o conteúdo sendo aí transmitido, envolvendo (e desafiando) entre outros elementos perturbadores temas como (entre outros) ”violência, sexualidade, classes, raças, abusos, ideologias e linguagem ofensiva”, dado exporem explicitamente esses temas e contradições, poderem no final ser demasiado desafiadores para os seus alunos. E entre esses livros encontrando,
Para além de (1) “1984” de George Orwell registando-se ainda (2) “Endgame” de Samuel Becket, (3) “V de Vendetta” de Alam Moore, (4) “Sexing The Cherry” de D. Lloyd/J. Winterson e até (5) “The Curious Incident Of The Dog In The Night-Time” de Mark Haddon ─ este último e envolvendo a morte de um animal, justificando a sua inclusão na lista de obras e autores devendo estar sob constante e atenta observação, dada a particularidade e delicadeza dos temas aí expostos (e sua devida graduação) ─ e francamente não entendo minimamente este processo aparentemente de seleção, mas não apresentando critério algum, senão o de limitação, podendo facilmente levar-nos ao extremo de anular o contraditório (por incómodo), seguindo uma “única direção” ─ ainda-por-cima vindo de uma instituição de nível superior do setor da Educação,
1933 e a Queima de Livros pelos Nazis
Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas
(Heinrich Heine/poeta alemão)
“There’s a certain irony when universities start adding trigger warnings to 1984. There’s something very Big Brother about it.” (Andre Bridgen/MP Conservador)
Só podendo concordar com a conclusão aí expressa (lendo a notícia da RT de 23.12) de estarmos em presença de mais um caso da mais simples (sendo aplicação) e pura (pela “justificação) “CENSURA”. Institucional, Universitária, certificada e legal e pouco interessando que no Ranking das Universidades Britânicas em 132 esteja em 108º lugar (pois fazendo parte desse “grande” conjunto), em nome dos autores e de todos nós muitos sendo seus leitores ─ tendo eu lido 1984 (entre outras obras de Orwell) e visionado “V de Vingança” (o filme) ─ no mínimo tendo de ser considerado um “insulto à memória e à cultura”, sendo este proveniente de onde vem (de uma instituição universitária), sendo obviamente muito mais grave.
“While it is not university policy, we may warn students of content in relation to violence, sexual violence, domestic abuse, and suicide ”because” some texts might be challenging for some students.” (University of Northampton)
(imagens: panmacmillan.com ─ unsplash.com/rt.com)
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(Apatia) Covid-19 PT/16.04
E como já não há nada a fazer,
(paralisado com o choque e devido aos argumentos)
Óbitos/Continente
(durante duas semanas)
─ Até pela declaração do 1º Ministro sugerindo pelas suas palavras que o Ministério da Educação é na sua ação uma secção independente do Governo não sendo obrigado a prestar-lhe contas e podendo pelos vistos (sendo este facto agora real) declarar o “Fim-da-Pandemia-no-Interior-das-Escolas”) ─
Face à “demissão” estratégica do Presidente e à passividade por “falta de competência” do Governo e do seu 1º Ministro (como já se viu antes no caso da Educação e desse modo desvalorizando a área, entregando a” concessão/exploração” e a resolução do problema nas mãos do 2º, o Ministro da Educação), restando-nos no presente sentar e aproveitar o pouco tempo livre de que ainda dispomos (de sacrifício físico e mental) para confirmar se iremos mesmo Desconfinar ou se continuaremos a Desconfiar.
Descubra quem é o Edibar e quem é a Edimunda
(um deles sendo nós, o outro o nosso 1º)
Por mim e dado este último pré-passo verificado a 15 de abril (ontem) e vindo a ser confirmado (como ontem referido) no início da próxima semana (2ª feira, 19), já não havendo mais forma de suspender ou de recuar (no andamento do processo de Desconfinamento) pelo que tudo já estando decido seja para o bem ou para o mal:
No início de maio e seja qual for o resultado, com o Governo no pior dos casos só tendo que usar uma venda maior e continuar a avançar,
R(t) no Algarve
(desde o início da Pandemia)
─ Declarando aí o fim do Estado de Emergência (já o poderia ter feito, não fosse a força-de-bloqueio chamada Marcelo), o Fim-do-Desconfinamento, o regresso ao Novo Normal e a derrota (terá que o afirmar, como o fazem os norte-americanos) do inimigo o vírus SARS CoV-2. O problema será se o vírus não estiver de acordo com esta nossa versão.
Façamos a nossa proteção e rezemos à nossa Santa (do nosso homem já não se esperando nada, à espera do seu colega espanhol), a Nossa Senhora de Fátima, estando na hora de Milagres.
(dados: dgs.pt ─ imagens: Produções Anormais e seujeca.com)
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Planificação/Implementação/Renovação ─ O Coronavírus vence o Homem
“E mais tarde do que o previsto, o Oráculo falou e não adiantou nada.
Sendo assim e como sempre, retirando-nos e conformando-nos.”
O Oráculo
Dos 308 municípios de Portugal (continente/278, Madeira/11 e Açores/19) ─ conhecida a declaração deste fim de tarde, do 1º Ministro António Costa ─ apenas com os Açores e 11 municípios do continente a serem postos em causa (mais de 120 casos/100.000 habitantes em 2 períodos consecutivos de 14 dias), concluindo-se que de facto e como consequência (da interpretação do 1º Ministro), com a quase generalidade do país a arrancar para uma nova fase mais avançada de Desconfinamento: como se nada se passasse (não estivéssemos numa Pandemia com mortes diárias), como se o nº de infetados/dia não se mantivesse instável (descendo e subindo) e como se o índice de transmissibilidade (fator importantíssimo para se conhecer melhor a evolução do vírus) não estivesse desde há várias semanas a crescer (quando ainda hoje a OMS/WHO sublinhou, a extrema importância desse índice para a tomada de decisões).
A Escola
Assim a 19 de abril de 2021 e segundo as previsões do Governo (por sinal, onde está Marcelo?), estaremos mais próximos da “normalidade” como nunca estivemos antes, só mesmo em tempos anteriores ao início desta Pandemia (há mais de um ano, agora vivendo-se no “novo normal”). E como retrato fiel deste tipo de pensamento baseado no simples, direto e extremamente intrusivo raciocínio “se não morreres de doença, morres de fome” ─ podendo até dar origem a algo de panfletário e massificador como “Emprego ou Morte” ─ enquanto que todas as cautelas e cuidados são poucos na abertura de várias áreas (neste Desconfinamento progressivo) até por se aumentar o tráfico em vias de comunicação/transporte (partilhadas pelo Homem e pelo Coronavírus) importantes (Família/Escola, Família/Emprego e Família/Lares de Idosos), já no caso da Educação mesmo em situação extrema tudo continuará a abrir atingindo os 100%: no caso do Algarve sendo “contempladas” (premiadas?) entre outras Albufeira e Portimão (abrindo tudo) e em todo o país regressando ao secundário/superior em torno de 800.000 alunos. Sabendo-se que bastando um pequeno “soluço” para pela 2ª vez consecutiva não haver um verdadeiro Verão no Algarve (de recuperação), depois dos estaleiros podendo ser as escolas (a ressuscitarem o foco infecioso tendo centro no “Triângulo das Bermudas”).
O Futuro
Escancarando ainda mais uma das portas de proteção (uma espécie de contrafogo, ao trânsito Covid-19) ligando Família/Escola, num cenário Europeu (em fase mais avançada, podendo-se aprender com estes) nada apontando para tal procedimento: ainda hoje (mencionando só sete) com a Polónia a registar +682 mortes, a Ucrânia +433, a Rússia +398, a Itália +380 mortes, a França com +296, a Alemanha +295, a Espanha +126 (Portugal +2). E se um extraterrestre nos estivesse a observar (colocando-se na nossa situação, como um elemento deste Zoo) achando-nos obedientes ou então loucos. Na próxima segunda-feira dia 19 de abril do ano 2021 e já no decorrer do 2º Ano Coronavírus, com os portugueses mais tranquilizados e de “peito-feito” a enfrentarem de frente o “bicho”, marchando contentes e gloriosamente contra as baterias/canhões deste vírus (aplicando na prática a diretiva do seu hino, “contra os canhões marchar, marchar”). No Algarve e Albufeira esperando-se que com esta tática (para o pobre, “mais vale remediar, do que prevenir”) haja mesmo Verão. Senão … depois do vírus (a doença/fim da Saúde), vindo a morte (de fome/fim da Economia), num cocktail perfeito (por podendo ser total/fatal/extremo e até radical). E já agora até para se saber a sua opinião (e sendo a Educação a protagonista desta declaração, pelos vistos sendo Independente do Governo) ─ impossível as ideias/opiniões serem todos iguais ─ onde estão os pais e os professores? Será que para estes, os filhos também são (não uma carga, mas) uma sobrecarga?
[Um Desconfinamento pelos vistos sobrescrito pelo Ministro da Educação: (sejam quais forem as condições e até mesmo as consequências, o “fanático das aberturas”) “O Governo entende, no entanto, que a retoma do ensino presencial para os alunos do ensino secundário e do ensino superior deve avançar em todo o território continental, independentemente do nível de risco de cada concelho.” (Filipa Almeida/executivedigest.sapo.pt/15.04)]
(imagens: Lusa/24.sapo.pt ─ e-konomista.pt ─ aracruz.es.gov.br)
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O Covid-19 e a Implosão Matemática
[Passatempo, Problema & Retrato (com Pisca-Pisca) do nosso “Portugal dos Pequeninos”.]
Entre tantos outros casos como o da Educação − para já não falar da tragédia impossível de esconder por demasiado visível no campo da Saúde (não se podendo não existindo alternativa fechar os Hospitais) − com avós, pais, filhos e netos ainda com o “credo na boca”, esperando ansiosamente pela posição do nosso 1º Ministro decidindo hoje (amanhã 10 de abril, sendo feriado) em conjunto com o seu governo (e sob pressão extrema dos “Mercenários da Educação” − pensem um pouquinho, pelo menos uma vez e em nome dos vossos filhos, não se deixando levar pelos que se dizem os representantes da Saúde e da Educação), se continuará ou não com as escolas fechadas ou se as abrirá o mais rapidamente possível (e com alguns dos muitos portugueses sendo tal inacessível online, nas filas da SS a tentarem − terminadas as férias da Páscoa − recandidatar-se aos 66%): os mesmos conselheiros que semanas atrás queriam forçar de todas as formas possíveis e imaginárias a continuação do (seu) status quo (não prejudicando os seus negócios paralelos), mesmo sabendo-se já o que se estava a passar em Itália. E se Costa não se tivesse assustado e Marcelo não tivesse dito “Não”, como estaríamos todos nós agora? Estando ainda Portugal como está não graças aos nossos políticos miseráveis (de todos os quadrantes) − no presente já não existindo ideologias, apenas oportunistas – mas graças ao nosso Povo (seja ele um médico ou um camionista) colocando-se na linha da frente da batalha fazendo com que nós todos não nos afundemos de vez. E até se ficando a saber (espanto) que Portugal será auto suficiente (o que os pequenos terão lutado e sofrido para se manterem vivos) ao contrário do sempre afirmado pelos nossos sucessivos governantes (de modo a proteger as grandes áreas comerciais) no ramo alimentar! |
Passatempo
Num grupo de 1.000 alunos de uma escola de um determinado país (A), competindo com um grupo de 1.000 alunos de um outro determinado país (B) − num momento como o que vivemos atualmente com os alunos a disporem nessa altura de duas salas uma mais pequena e outra um pouco maior, para a concretização da prova não presencial mas à distância − o professor de Matemática que os iria sujeitar a um mesmo exame para ver quais dos 2.000 alunos merecia transitar de nível, decidiu (sem os poder avisar antecipadamente) até para ver o que o esperava para a partir daí se prevenir para o que daí sairia (sendo uma espécie de teste preparatório para o verdadeiro exame que se seguiria), fazer uma primeira sondagem entre todos os alunos a classificar, escolhendo até por motivo de insuficiência de testes uma amostra de 600 alunos: mas dispondo de momento de duas salas (uma em cada escola, do seu respetivo país) comportando um número diferente de alunos uns oriundos de uma escola e os outros da outra, optando por escolher uma amostra de 400 alunos da escola A (a tendo a maior sala) e uma outra amostra de 200 alunos da escola B (a tendo a menor sala). E a partir dessa amostra proposta para este teste (apenas) diagnóstico, obtendo como resultado e para a Escola A 50 testes negativos e para a escola B outros tantos, ou seja, outros 50: significando para este teste diagnóstico sujeitando-se à amostra então disponibilizada, num total de 600 alunos − não ao Universo de 2.000 alunos – que a escola A alcançara uma taxa de insucesso de 12,5% (50 em 400 e com 600 por diagnosticar) e que a escola B alcançara um insucesso de 25,0% (50 em 200 e com 800 por diagnosticar). E como “especialista” Matemático deduzindo desde logo (mesmo antes do exame) que os alunos da escola A com a sua taxa de sucesso nos 87,5% seria melhor que os da escola B com a sua taxa de sucesso apenas nos 75,0%.
Questão
Deixando aqui a pergunta se a conclusão do “especialista” matemático seria mesmo a correta tal a evidência dos números − 87,5% (A) contra 75,0% (B) – até porque o mesmo acontece no cálculo da taxa de mortalidade associado ao coronavírus Covid-19. E para ajudar lembrando que uma Amostra não será por definição a mesma coisa que um Universo e que as mesmas taxas (de insucesso/sucesso como de mortalidade) além de variarem com o espaço (onde ocorrem) também variam evidentemente no tempo (como no caso do coronavírus ainda em curso). Feito os seus cálculos escolhendo a opção considerada a correta:
Opção | Do matemático a partir da amostra | X |
I | A opção do Matemático estava correta sendo a escola A, a melhor |
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II | A opção do Matemático estava errada sendo a escola B, a melhor |
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III | Tanto a opção pela escola A como a opção pela escola B, podendo ser (uma delas) a correta |
|
Certamente que com muitos a chegarem à conclusão (ou não) de que por vezes não se podendo confiar muito num especialista, ainda-por-cima quado olhando para todos os lados todos o são, menos nós. Para pena e desgraça dos verdadeiros especialistas entre eles os verdadeiros Matemáticos, tendo mais que fazer do que aparecer na TV (e nem sequer sendo convocados) e recordando o dia em que no meu país (Portugal), de um dia para o outro um grupo extremamente carenciado como era o de Matemática (com uma falta gritante de professores de matemática, todos fugindo dela como “o Diabo da Cruz”) se tornou repentinamente ultra excedentário − numa ação extraordinária quase que dando habilitações a todos − ultrapassando mesmo o grupo mais sobrelotado de professores, então o de História. Ainda hoje (no ano de 2020 e com esses e outros especialistas ainda piores a falarem) com os resultados que se vêm e subjugados como estamos com este surto pandémico e mortal, levando ainda em cima com (entre outros) “planaltos e molas” e já agora (porque não, ofereçam-lhes equivalência) o “pisca-pisca”.
(imagens: Hal Mayforth/artsyhome.com − br.pinterest.com)
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Casas de Banho na Educação Portuguesa
A direita está tão à rasca
que acabou por agarrar-se às casas de banho
(Tiago Brandão Rodrigues − Ministro da Educação do XXI Governo Constitucional)
Rainbow School Toilet
4971 students and teachers (in Henan, People's Republic of China)
are now (October 2, 2017) enjoying our newest Rainbow School Toilets (RST)
Talvez porque eles julguem (como muitos outros portugueses não sendo da direita PSD/CDS ou da outra PS) que controlando TBR o autoclismo, depois de enfiar (prosseguindo a mesma programação dos seus antecessores) a Educação na sanita, a qualquer momento e sem o mesmo se aperceber (como subalterno aguardando ordens para tal), carregue como reflexo condicionado no botão (ao grito do patrão), mandando tudo aquilo ainda de pé, imediatamente e pelo cano abaixo (de esgoto, em que se tornou a Educação − como preservação da nossa Cultura e da nossa Memória, ou seja da nossa Identidade e Soberania − deste país).
E como somos todos uns covardes (mesmo partilhando sanitas), ignorando tudo e seguindo em frente (habituados como estamos a “limpar as mãos na parede”) − nem lhe dando um rolo de papel higiénico, para nele limpar as mãos, em vez de lhe limpar o assento.
(imagem e legenda: worldtoilet.org)
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Edu Comissão
“Num Edifício em Ruínas (educativo) e construído aos Degraus (assente sobre cadáveres)
Agora Digitalizado (com as pessoas lá dentro) e com uma Escada Rolante (tornando tudo mais rápido).”
Enquanto o edifício escolar estiver à completa disposição das chamadas Forças Vivas da terra (como serão entre outros os políticos, os empresários, as corporações e certas profissões liberais), será fácil de constatar que a primazia dada (aparentemente até hoje) à Cultura e à Memória (base fundamental para a formação de qualquer individuo), será inevitavelmente substituída por um único objetivo direcionado exclusivamente para o lucro: substituindo a Cultura e a Memória por Dinheiro e um Emprego. E como consequência ‒ sendo diferente ter um emprego (o que toda a gente quer) ou estar a trabalhar (do que toda a gente foge) ‒ criando uma massa acéfala (doutrinada e subserviente) incapaz de evoluir (não sendo resiliente, não sendo capaz de se transformar) apenas de replicar.
1
Numa publicação da responsabilidade da OCDE indicando quais os países Mais Educados do Mundo (numa lista integrando 36 países), Portugal surge na 28ª posição (com 23.8 pontos) numa tabela liderada pelo Canadá (com 56.3 pontos): ou seja com o nosso país a situar-se na liderança da parte inferior da 2ª divisão (18 na primeira e outros 18 na segunda) ‒ abaixo da média da OCDE (com 35.7 pontos) ‒ deste Campeonato Mundial da Educação. No global dos 36 países analisados sendo 27 Europeus, 5 Americanos, 2 Asiáticos e 2 da Oceânia (nenhum do continente Africano): com o Canadá pela América em 1º, com o Japão pela Ásia em 2º, com Israel pela Europa em 3º (Reino Unido em 4º) e finalmente com a Austrália pela Oceânia em 7º; e encerrando a tabela o México (com 16.8 pontos) no 36º lugar.
Significando através da utilização de uma fórmula leiga, rudimentar, mas provavelmente correta, que se classificássemos o coletivo português como sendo uma individualidade sob avaliação educativa, a nota que lhe seria atribuída (numa escala de 0 a 20) por associação ao seu nível educativo seria de 8.4: com o Canadá (no topo) com 20 valores, com o México (no fundo) com 6 e com 9 países (25%) com avaliação negativa (1 desses 9 sendo Portugal) ‒ sendo a avaliação média da OCDE de 12.7 (positiva). Numa análise levada a cabo entre adultos com a idade compreendida entre os 25 e os 64 anos de idade, de modo a determinar a percentagem (de 0 a 100%) de cidadãos de um determinado país com algum tipo de formação superior (ou equiparada).
2
Mas deixando o estudo (da OCDE) e as previsões estatísticas (como todos sabem fáceis de manipular), atirando para aqui a questão que já atravessa (de uma forma crescente) a comunidade académica (no topo formatando-se na universitária), dividindo-se (na dúvida) entre a missão de Educação (preservar a cultura e a memória e a partir daí fortalecer/desenvolver a comunidade) e o objetivo específico de Formação: num processo a decorrer (provavelmente irreversível) de subvalorização do Sujeito (e das suas Idiossincrasias Morais e Científicas) e da sua substituição progressiva ‒ pelo Objeto (sobrevalorizando a componente económica) ‒ apoiada pela Automação e pela Inteligência Artificial. Com as Universidades a verem-se perante a opção (inevitável) de Criarem (movimentando-se entre sujeitos/e ideias e assim evoluindo) ou de apenas Replicarem (utilizando um molde desgastado, apontando para o fim do modelo). Criando Cientistas (trabalhando e servindo as pessoas) ou então Contabilistas (empregados e servindo as empresas).
(imagem: The Audiopedia/youtube.com)
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O Estado da Saúde (e da Educação) Sexual Norte-Americana
O resultado inevitável para uma política de abandono total por parte das autoridades dos Estados Unidos da América de sectores prioritários e fundamentais – necessários para a manutenção do bem-estar dos seus cidadãos e da garantia da identidade e da soberania do seu território – como o da Saúde e o da Educação.
Saúde Sexual Nos EUA
HIV – perto de um milhão de infectados
Num país com pouco mais de 300 milhões de habitantes os números apresentados pelo centro para o controlo e prevenção de doenças (CDC) – relativamente a doenças sexualmente transmissíveis – só pode ser considerado como simplesmente aterrador: 1/3 dos norte-americanos já estão infectados, com o seu número a crescer em cerca de 20 milhões/ano.
(imagem – livescience.com e CDC)
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Portugal
Violência Juvenil
Miúdos com raiva de gente grande
O retrato oficial é de um país com escolas tranquilas mas, aqui e ali, contam-se histórias de agressões entre jovens com graus de violência que impressionam.
(visão.sapo.pt/retirado de artigo: Teresa Campos/Luísa Oliveira)
A Nova Geração (também importada para Portugal):
Os Nem-Nem – Nem estudam Nem trabalham
Liberdade
Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
(letras.mus.br/letra da música: Liberdade/Sérgio Godinho)
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Restos duma Geração
“O Mundo da Ovelha CHONÉ até que podia ser o Meu”
Posição demonstrativa de à vontade e de natural responsabilidade
A minha geração ainda foi educada por professores escolhidos não sei bem como pelo Ministério da Educação Nacional, tendo desde a minha infância escolar cumprida no Porto a minha instrução primária – ainda com turmas separadas de rapazes e raparigas – e o subsequente ciclo preparatório no liceu Alexandre Herculano (enquanto a minha irmã como rapariga o cumpria no liceu Rainha Santas Isabel). Com dezassete no exame nacional de matemática – perto de começar a ler o Tintim, alguns escritores portugueses e posteriormente a literatura cativante de ficção científica – emigrei para os subúrbios do Porto, indo frequentar o antigo sexto e sétimo ano da alínea f) do liceu no recentemente criado (e improvisado) liceu de Espinho: aí concluí o meu percurso no liceu e fui voluntário no então criado ano propedêutico. Dispensado do exame de aptidão à Universidade vi-me confrontado com a anulação do exame para os restantes alunos/candidatos (meus colegas) e face à verdadeira invasão registada no acesso ao curso de Medicina (médico = dinheiro) e à possibilidade da respectiva universidade não abrir nesse ano lectivo, fugi inconscientemente para Engenharia (engenharia = dinheiro). Mas nesse período relativamente jovem, ignorante e ingénuo da nossa história ainda recente, vacilamos de novo um pouco, comprometendo nesse instante tão abstracto como real a parte melhor da nossa geração: mas alguma coisa ficou no cenário e alguns mestres conseguiram decifrá-lo e ensiná-lo.
Isto tudo a propósito de quê?
Solidariedade cultural e com memória de grupo
A minha geração ainda teve a sorte e o engenho de apanhar certos eruditos da experimentação vindos das margens ignoradas mas férteis do antigo regime e de todos aqueles leigos ou eruditos que procuravam à sua maneira e com o sacrifício da sua própria vida a sua memória e a sua cultura por prazer e sem a tal serem obrigados, com o único objectivo conceptual e desígnio sagrado de vida de reforçar a sua esperança e o futuro da sociedade. No entanto a geração seguinte desperdiçou tudo o que lhe foi oferecido, talvez por facilitismo de acesso ou por incompreensão dos factos históricos verificados no passado. Tudo por culpa dum sistema que face à boa situação económica do sistema parou e estabilizou, em vez de evoluir para uma nova fase que pudesse sustentar no futuro todo o tipo de cenários possíveis até os mais imprevisíveis. A última geração é a Geração do Vazio e da Indiferença: ultrapassada a desculpa da Geração Rasca os jovens vêm-se hoje em dia na necessidade dramática e de sobrevivência de abandonarem o seu Grupo e de partirem para lá das suas fronteiras de dignidade, obrigados a esquecer por necessidade pessoal e salvaguarda financeira dos seus, as suas origens, os seus antepassados e as suas tradições.
Hoje em dia o sistema educativo já está completamente destruído, continuando apenas a cumprir o seu processo normal de decomposição e extinção definitivo, sendo entretanto e progressivamente substituído por um outro sistema de orientação psicológica de massas, menos selectivo e mais extensivo e necessariamente de menor qualidade e englobando democraticamente – por obrigatoriedade moral de cumprimento de serviços mínimos – a generalidade da população.
(imagens – Web)
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Os Pais Não Servem Para Nada
O Massacre da Educação no Mundo à Mão dos Especialistas
A Escola como veículo educativo de qualquer sociedade tem na divulgação da cultura e da memória do seu povo, uma função fundamental para a sua sobrevivência, estabilização e evolução saudável. Sendo um local de confluência de diversas culturas e interesses, a escola funciona como um filtro para o estabelecimento de boas regras de convivência e até de solidariedade social, desde que ela reflicta o meio que a envolve e não uma cultura centralizada, apenas interessada no lucro e na representação desenfreada de uma mão-de-obra pretensamente especializada, mas apenas embrutecida por milhares de hábitos e rotinas. Pega-se no Homem, estabelecem-se regras, oferecemos-lhes um destino profissional, colocamo-lo na estrutura, sugamos-lhes todas as suas forças vitais, mutilamos-lhes o cérebro e transformando-os em anormais sedentários em fim de viagem, dispensamo-los e ignoramo-los, sem sequer olharmos para eles: e então, como estes já não existem como contrapoder, dado comportarem-se como animais com um cérebro de portas fechadas, sofregamente atiramo-nos aos mais novos e como o pior dos pedófilos em acção, ainda lhe chamamos “nomes e insultos rascas”.
A Escola foi morta às mãos do contabilista que mal sabia fazer as contas da mercearia mas que como filho pródigo e presente, foi à escola, conseguiu licença de porte de “arma” e arranjou um bom emprego. Nesta sociedade apodrecida, até as ovelhas negras podem ser aproveitadas, desde que respeitem a ética, a moral e o tempo de quem manda.
Os pais sem Estado e à rasca, assistem apáticos ao massacre dos seus filhos – Rio de Janeiro
O Estado entra em acção, para salvar as crianças “sem pais” e dar o exemplo – Rio de Janeiro
Tudo se resolve com violência e o estado é um especialista nessa estratégia, até numa escola, até com crianças – o exemplo baseia-se na promoção de imagens que nem precisam de ser reais, apenas susceptíveis de ser imitadas. E sem serem explicadas as consequências futuras para o desenvolvimento emocional de qualquer criança, o crime fica consumado, ainda por cima um crime perfeito, sem culpados: só falta mesmo fazer desaparecer as vítimas, marginalizando-as, tornando-as associais e marginais. Já chega?
1969 – A Culpa está no analfabetismo dos pais, reflectido nos filhos
2009 – A Culpa está no analfabetismo dos pais, reflectido nos professores
O meu percurso escolar começou ainda no tempo de Salazar.
Na escola primária do Campo 24 de Agosto, lembro-me bem da separação nos recreios entre meninos e meninas, ainda hoje não percebendo bem porquê, talvez porque eu habitava a cidade ou os seus dormitórios, ao contrário da nova burguesia florescente, que vinha emigrando da província interior para o litoral exterior, parcela de terreno livre, aberto ao mundo novo que agora se impunha.
Foi uma parte da minha vida, passada na Invicta cidade do Porto. Fui mais tarde para o Liceu Alexandre Herculano, após exames de transição para o ciclo educativo que se seguia, com o objectivo de continuar os meus estudos e continuar a minha formação. A minha irmã mais nova, como rapariga que era, foi encaminhada para o Carolina Michäelis. Tenho várias memórias do liceu: a sua grande e fornecida biblioteca e os fabulosos volumes de revistas TinTin e seus progenitores portugueses como o Mosquito, a hora de interrupção da manhã para a saborosa sandes de omeleta – o problema era o cheiro a podre quando se guardavam os restos –, as aulas de Francês com o apoio do projector às aulas e aventuras da banda desenhada e até, com o mesmo professor, as suas dúvidas face à minha sanidade mental de criança, com problemas mais que prováveis de auto-estima – só por afirmar que a minha mãe (note-se, “mulher” nessa época) era médica e divorciada, abandonara a família e ainda por cima, os avós maternos com quem vivia, eram novos-ricos na altura muito bem sucedidos, com prestígio e sobretudo dinheiro. Este professor prestigiado, até tinha os seus livros de Francês adoptados pelo regime!
Andei ainda por Espinho, onde completei o ensino secundário, apanhando aí com o 25 de Abril e a revolução, que rapidamente levantou a feira e partiu. Alguns feirantes como eu, ainda ficaram com a cabeça na Lua com saudades da convivência, mas rapidamente, os mais iluminados trocaram a tenda nómada pela loja sedentária e aí começaram a negociar os produtos, da nossa sobrevivência. No entanto o secundário já foi para mim, uma enorme desilusão, não passando de um mero prolongamento preparatório e sem evolução, do ciclo primário: com as mesmas regras, a mesma identidade e ingenuidade, agora com a presença reforçada do Estado e da Mocidade Portuguesa. A própria arquitectura da escola, a ocupação do espaço e a distribuição das suas zonas, hierárquicas e de género, faziam lembrar a estrutura militar, as suas casernas e espaços envolventes. Com os seus soldados em instrução!
A Pirâmide Social
Apanhei o 25 de Abril e dispensei da aptidão para a Faculdade, mas devido à confusão no meio da multidão, tudo acabou por passar de “degrau”, meteram-nos medo de permeio, fomos deslumbrados para outro curso e então, os difusores dos boatos persistentes, consistentes e com intenção, lá ocuparam o nosso lugar, sem querer, tirando cursos com cem anos de percurso ou passagens administrativas. E hoje, com merecimento por toda a burlice não descoberta, são santos e ministros.
Até pode ser que hoje em dia, ainda possas ser professor. Mas acredita que já não estás em posse de todas as tuas faculdades mentais pois, se tal acontecesse, já estarias reformado ou estarias a correr de novo à procura da tua infância. Nunca devemos levar a nossa cobardia ao ponto de, não fazendo nada para salvar alguém, ainda criticamos aquele que, por não ser capaz de deixar de ver, se lança de imediato na tentativa de salvação do nosso semelhante. Até porque é daí que deve vir a verdadeira definição de vida.
Não é por a nossa vida ser uma hipocrisia rica, que uma aventura alienada chega a ministra: ainda por cima acéfala, com uma ideologia de Leopoldina e na companhia duma boneca. Sendo marioneta de um mentiroso, do homem dos trocos e da sua bruxa mãe – grande descendente da paridade masculina, virgem educativa inspirada nas musas chilenas e discípula directa, do anarquista perfeito – não lhe devemos dar a outra face, mas acabar com este tipo de pessoas, que apenas pensando nelas, não reconhecem os nossos direitos. Acham que somos rascas!