ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Mão do Homem
“Tal como sucedeu com Joana d’Arc estamos amarrados a um pau no meio duma grande fogueira.”
E à medida que o Invento da Humanidade vai prolongando no Tempo o motor que controla o funcionamento do planeta onde vivemos (com os seus ponteiros a rodarem a uma velocidade alucinante face à degenerescência e paralisia do Homem), a temperatura ambiental vai aumentando e nós vamos sendo cozidos aos bocadinhos.
Variação média de temperaturas no ano de 2015
Pelo menos é a essa conclusão que chegaram os cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (ligado à NASA), afirmando que 2015 foi o ano mais quente desde 1880 (nos últimos 135 anos) – fazendo agora parte dos dezasseis anos mais quentes registados nesse período e com 15 desses anos a concentrarem-se nos últimos 16.
Colocando logo de lado a justificação EL NIÑO (como uma das principais causas do Aquecimento Global e neste caso fazendo crescer ainda mais as temperaturas médias registadas em 2015), apesar de estarmos num ano em que em muitas regiões do globo terrestre as temperaturas em terra e no mar durante o mês de Dezembro, atingiram valores inesperados por elevados.
Talvez responsável por uma parte (do aquecimento) mas não pelo todo (global). Tal como dizem os cientistas da NASA indicando-o como um dos fatores responsáveis pelas alterações climáticas em várias regiões da Terra e com consequências bem diferenciadas (aquecendo-o num ponto e levando-o a condições extremas e opostas noutro ponto devido à movimentação de grandes massas oceânicas de águas quentes ao longo do oceano Pacífico de oeste para este), mas nunca o indicando como o único e talvez mesmo nem o podendo considerar como o principal: não sendo apenas a Natureza a poder ser acusada pelo aumento da temperatura e como consequência pelas profundas alterações climáticas, mas também apontando o Homem como um dos principais culpados pela evolução (negativa) deste fenómeno – contribuindo decisiva e conscientemente com as suas crescentes emissões de CO₂.
A Terra – Um planeta-panela de pressão
Num período registando um crescimento de temperaturas médias que já dura há mais de cem anos e que parece não querer interromper esta tendência (constante) de subida. Neste ano de 2016 com a influência do El Niño a fortalecer-se ainda mais (pelo menos era isso o que indicava a evolução de temperaturas no mês de Dezembro ainda influenciadas pelo El Niño 2015) podendo dar origem a outro ano extremamente quente (outro record?). E com o Homem a ignorar todos os sinais de aviso sucessivos e despreocupadamente como se nada tivesse fim (morremos ou não?), adiando o inadiável, não se preocupando com nada e até ajudando ao peditório: cada vez emitindo mais poluição e não largando como um toxicodependente os maravilhosos combustíveis fósseis e o necessário odor a carbono.
Deixando-nos aqui a pensar se antes do Fim-do-Mundo (e antecipando-se mais uma vez à Natureza) o Homem já não se terá autoextinto: pela Água (pelo derretimento das calotes polares devido ao crescimento da poluição e assim contribuindo para a subida generalizada do nível das águas dos oceanos) ou pelo Fogo (provocado por um grande cataclismo libertando imensa energia – por radiação solar/cósmica, impacto de asteroide/cometa ou mesmo por explosão/deslocações de placas, sismos, erupções). Assim como uma panela de pressão – que vai aquecendo e cozinhando, até tudo ficar pronto ou explodir. Com a panela a ser a Terra (com o buraco entupido) e a comida a sermos nós (como natureza morta).
E assim com a ajuda do Sol, do Homem e de mais alguém (sujeito ou objeto), lá vamos sendo cozinhados e com a Terra também (e com outros condimentos vindos da fauna e da flora).
(imagens: nasa.gov e prakashswamy.blogspot.com)
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El Niño
Super strong El Niño in 2014?
El Niño causes major weather shifts and extremes around the globe
Sea surface temperature – 23.05.2014 – NCEP
Some similarities exist between the ocean and atmospheric state right now compared to observations shortly before the onset of the 1997-1998 El Niño event, one of the most potent El Niño events of the 20th century.
A series of massive ripples in sea level (known as Kelvin waves) have been spotted moving across the Pacific from Australia to South America. Undersea Kelvin wave pattern was generated by localized west wind bursts in the western Pacific that began in mid-January 2014.
The current Kelvin wave is of approximately the same size as in 1997/98 but, based on current observations, it appears to contain more heat. In fact, it now appears to be the hottest Kelvin wave ever seen.
A new El Niño began to appear in the models during late February. NOAA's climate forecasters declared an "El Niño Watch" on March 6, 2014. Now, the latest model predictions of ENSO for this summer and beyond are indicating an increased likelihood. NOAA estimated a 65% chance of El Nino by late 2014 increasing odds of 2015 becoming the hottest year ever recorded on Earth.
These warnings caused a ripple of concern through the global food markets and world food security may be about to receive yet one more staggering blow. (RS)
Australia's Bureau of Meteorology (BoM) climate models suggest El Niño development is possible as early as July. While El Niño in 2014 cannot be guaranteed, the likelihood of an event developing remains at least 70% and they are at El Niño ALERT level.
"For El Niño to be established and maintained, coupling needs to occur between the tropical Pacific atmosphere and ocean, evident by further and persistent weakening of the trade winds and a consistent increase in cloudiness near the Date Line. These atmospheric characteristics of El Niño are forecast to become evident over the coming months." (BoM)
El Niño events are characterized by changes in global rainfall and storm activity, causing droughts and floods in different parts of the world. For example, below-average rainfall in the western Pacific and Indonesian regions and increased rainfall in the central and eastern Pacific. Southeast Asia often experiences an interruption of the annual monsoon in association with El Niño.
“If El Niño returns, the American West and Southwest could see major relief next winter from the long-lasting, punishing drought,” said climatologist Bill Patzert, who has been studying El Niño via satellite for two decades from NASA’s Jet Propulsion Laboratory. “Further, the very frigid winter in the upper tier of the U.S this past winter could do a flip to mild next winter.”
For Australia, El Niño is usually associated with below-average rainfall over southern and eastern inland Australia, with about two thirds of El Niño events since 1900 causing major drought over large parts of the continent.
(texto e imagem – The Watchers)