ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Um Olhar com Milhões de Anos de Idade
Olhando para o embrião descoberto no interior de um ovo fossilizado de um dinossauro, em Ganzhou sul da China: um embrião (de um antepassado de uma Ave) com cerca de 27cm de comprimento (da cabeça à ponta da cauda), instalado (e bem acomodado) num ovo com cerca de 17cm de dimensão.
“Observando-se a eternidade no seu olhar,
num único segundo.”
(pois, fulminando-nos de imediato)
Embrião do dinossauro BABY YINGLIANG
(um fóssil datando de há 72/66 milhões de anos no passado)
“Baby Yingliang talvez uma vítima,
do asteroide que há 66 milhões de anos impactou a Terra.”
(levando à extinção da sua espécie)
Do interior daquele que foi o seu único Mundo e vivendo num período anterior ao da Grande Extinção dos Dinossauros (precisamente há 66 milhões de anos), apresentando-se de tal forma bem preservado (perfeito, dada a sua longa idade) que até parecendo vivo ─ espreitando-nos ainda meio inebriado pela longa passagem do tempo, da sua cápsula-privada.
(imagem: Lida Xing/phys.org)
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Implantação
“Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou”
(Bíblia – Êxodo 20)
Os pais nunca tinham dito nada de especial a Embrião sobre o Templo da Implantação, porque sabiam por experiência própria de vida e por observação directa de toda a Natureza que os rodeava e da qual faziam parte, que o mistério era uma das principais e mais belas transições temporais em todos os acontecimentos e fenómenos da História do Mundo – nunca os deixando insatisfeitos com as revelações obtidas, mas mesmo assim sugerindo-lhes imediatamente outras conquistas do conhecimento e outras aventuras fantásticas e de encantamento.
Entre a primeira e a segunda etapa a Fronteira – o Templo da Implantação – seria um marco do desenvolvimento do Embrião e da sua transformação posterior num fabuloso Ser Vivo: aí ele desenvolveria a sua estrutura básica de crescimento e de desenvolvimento, organizando-se e adquirindo no decorrer do processo – como um farol – a Alma que o dirigiria para sempre e de onde emanaria a Consciência.
Embrião: Roseta e As Fundações do Corpo
Tinha chegado a hora do Embrião sair de casa e partir para a sua grande viagem. Teria duas etapas a cumprir: uma antes de chegar ao Templo da Implantação e outra após a sua passagem. Na primeira etapa e nunca perdendo a sua identidade profunda, viajaria com o aspecto de Blastócito, o que lhe daria a aparência de pequenas projecções livres e dispersas, analiticamente procurando direcções; na segunda etapa e após a chegada a Útero, embrenhar-se-ia nele como Mãe e Destino. Mas o período mais sedutor da viagem seria sempre o passado durante o Templo de Implantação, até pelo Mistério que o envolvia: como era possível que num tão curto espaço de tempo – comparativamente com o tempo dispendido em toda a viagem – o Embrião sofresse das mais significativas alterações de crescimento e de desenvolvimento, organizando-se para se transformas e evoluir?
Chegado ao Templo da Implantação o Embrião adquiriu a sua essência e a concretização do seu destino: o Espírito da Vida. E com a complexidade da Alma a ele aí anexada, criou fantásticas estruturas básicas de construção e de reprodução infinitas – perdendo agora o Embrião o aspecto de Blastócito e transformando-se numa bela e organizada Roseta, festiva, perfeita e bem desenvolvida. Numa imagem nunca antes vista ou imaginada, pelo jovem e aprendiz Embrião. Um dia o Templo da Implantação receberia o Prémio da Regeneração.
(imagem – The Watchers/cam.ac.uk/cell.com/creativecommons.org)