ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Os Chineses e a sua Estação Espacial TIANHE
Tal como já assistimos por diversas vezes à constante presença de multidões em Cabo Canaveral (estado da Flórida/EUA) aquando do lançamento de foguetões do Centro Espacial Kennedy tendo como destino o Espaço ─ um desses lançamentos sendo o da extraordinária missão Apollo 11 de finais de 1969, levando pela 1ª vez astronautas a pisarem a Lua (e que tanta gente viu em direto na TV a cores ou, como em Portugal, a preto-e-branco) ─
Multidão de chineses assistindo ao lançamento do Longa Marcha
(foguetão chinês lançado a 28 abril 2021)
Eis que na China e passados mais de 50 anos a mesma situação se replica, noutro espaço/noutro tempo mas revelando a mesma tendência como tendo sido originado no mesmo molde: no atual ponto de confrontação com a potência até ao momento sendo considerada como a mais poderosa, mantendo através do seu poder económico, financeiro e militar a sua supremacia e controlo Global ─ os EUA (e o seu bloco de satélites aliados) ─ a ser colocada em causa por um novo poder emergente e igualmente extremamente intrusivo e expansionista na busca inevitável de novos mercados ─ a China (formando um bloco de interesse incluindo a Rússia) ─ todos os meios servindo para esta Nova Grande Potência Emergente podendo vir em breve a ocupar o lugar antes pertencendo aos norte-americanos (transferindo o Eixo do Mundo de Washington para Pequim), para imitando o tantas vezes observado (e interiorizado), repetindo a experiência (com os nossos constantes erros, extremamente pedagógicos/instrutivos), apreendendo/reaprendendo e de novo replicando, se atingir não só o Mundo, mas o nosso interior coletivo, aqui induzindo-nos até para uma mobilização mais eficiente, intenções nacionalistas e patrióticas (o que se entende, sendo um mal praticado e atravessando todo o nosso planeta).
Foguetão Longa Marcha 5B-Y2
(colocando o 1º módulo da Estação Espacial chinesa em órbita)
E tal como nos EUA respondendo ao chamamento para a nossa presença num Evento tão poderoso e inolvidável como este ─ vendo aquele monstro de metal e combustível com mais de 20 toneladas, sob um estrondoso som de motores atingindo o seu máximo de potência (de modo a ultrapassar a força contrária exercida por um planeta de quase 6×10↑24kg de massa) libertando-nos da influência limitadora da Terra e lançando-nos no Espaço exterior e infinito ─ com os chineses a comparecerem em massa presenciando e festejando o “seu” inegável e valoroso (enchendo-lhes aparentemente a Alma) acontecimento: assistindo a 28 de abril ao lançamento do seu foguetão LONGA MARCHA, tendo como objetivo da sua missão (concretizada com sucesso) colocar em órbita do nosso planeta o 1º módulo da sua futura Estação Espacial (tendo a ISS os dias de atividade contados e aproximando-se cada vez mais da sua “reforma”, dobrada esta década). Ainda este ano enviando os seus primeiros astronautas até ao interior do módulo central, para no próximo ano (em 2022) lançar os seus dois outros módulos (projetados) e ultrapassar norte-americanos e russos com o seu novo “veículo-casa-espacial” TIANHE.
(imagens: STR/AFP/Getty Images/space.com ─ Reuters/China Daily/yahoo.com)
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Tiangong-1 ‒ Uma Bola de Fogo Artificial
A menos de 6 horas da reentrada da estação espacial chinesa TIANGONG na atmosfera terrestre, com o ponto de impacto com a Terra a poder verificar-se (talvez e em tom de palpite) sobre o Atlântico (Centro-Sul), África (Central) ou Sudoeste Asiático: num espetáculo (seja diurno ou noturno) certamente único e raro de se ver (e de se saber a sua hora), proporcionando-nos o usufruto de um verdadeiro cenário de cores e de luzes (e de estrondos e explosões como num grande Fogo de Artifício) só equiparável às Bolas de Fogo e a outros viajantes espaciais.
Estação espacial Chinesa TIANGONG-1
Entre o final do dia 1º de Abril e o início do dia 2 de Abril, um objeto voador da dimensão de um autocarro escolar (10,4m X 3,4m) e orbitando desde 29 de Setembro de 2011 o planeta Terra – a uma distância entre 161Km/170Km e tendo-o feito mais de 37500 X – no seguimento do seu descaimento acelerado registado (de mais de 250Km para cerca de 160Km) desde o início do mês de Março (deste mesmo ano), entrará na atmosfera terrestre (atualmente a uma V = 28000Km/h), desintegrando-se na sua queda (devido à intensa energia de atrito libertada) e impactando finalmente com a superfície terrestre.
Um objeto com um peso inicial estimado em 8500Kg e que passada a sua fase de penetração atmosférica e desintegração progressiva (face ao atrito atmosférico brutal envolvendo-o à sua passagem), segundo os cientistas (acompanhando os momentos finais do mesmo) ainda atingirá a Terra com fragmentos podendo atingir uns 100Kg/200Kg: um impacto ainda sem o momento rigorosamente marcado (no Tempo) e ainda-por-cima sem a sua localização minimamente definida (no Espaço) – a não ser numa larga faixa terrestre compreendida entre as latitudes 43⁰N e 43⁰S.
Decaimento da estação Tiangong-1 ao longo do último mês de Março
Tratando-se esse objeto – em fim de vida ativa e indo colidir com a superfície terrestre – de uma pequena Estação Espacial de origem chinesa entrando ao serviço em 2011 e deixando de comunicar em 2016 (altura em que deixou de poder ser controlada) – a TIANGONG-1 ‒ um pequeno veículo espacial (um protótipo de estação) composto por dois únicos módulos (um deles para os tripulantes) com cerca de 15m³ (segundo os chineses o suficiente para 3 astronautas), tendo recebido nos anos de 2012/13 duas visitas de duas missões (de astronautas chineses), nelas se incluindo 4 homens e ainda 2 mulheres.
E com Portugal localizado no interior da área de potencial reentrada e de Impacto (situado como está entre os 37⁰/42⁰ de latitude N) do objeto denominado como Palácio Celeste I (uma réplica em miniatura da ISS, com um volume 24 X inferior e com uma massa quase 50 X inferior): num quadro de probabilidades havendo sempre a hipótese de Portugal poder vir a ser atingido (mesmo que mínima e equivalente a acertarmos num Jackpot), localizado como está na zona de sombra da estação (território sob ação de possíveis fragmentos) entre as latitudes (aproximadas) de 37⁰N/41⁰N.
Possibilidade/previsão de reentrada da estação Tiangong-1 em 01.04.2018
A menos de 6 horas da reentrada da Estação Espacial chinesa Tiangong-1 na atmosfera terrestre (apontando de momento para a 00:05 da madrugada de segunda-feira/dia 2 de Abril em Portugal) com a sua próxima passagem (prevista) sobre território português a ocorrer por volta das 05:00 do dia 2 de Abril (durante quase 6 minutos) ou seja em princípio já depois da estação espacial ter entrado na atmosfera, ter-se desintegrado e ter impactado (com terra ou com água): não se correndo (em princípio) o perigo de levarmos com algo de inesperado na cabeça (como o temia Obélix), caído do céu e podendo ser mortal.
Na transição de domingo (1º de Abril, Dia de Páscoa e Dia das Mentiras) para a segunda-feira seguinte (2 de Abril) e confirmando-se a inviolabilidade do nosso território (não tendo sido minimamente afetado) com todas as previsões a apontarem como possíveis alvos de impacto da estação chinesa Tiangong-1 (e do que dela restar) um destes oceanos ou um destes continentes ‒ sendo naturalmente diferente o efeito do impacto (do objeto aí estimado em 100Kg/200Kg) seja no oceano ou em terra firme (podendo neste último caso ser habitada ou não): envolvendo todos os continentes e os principais oceanos.
(imagens: ESA/@esa/twitter.com ‒ esa.int ‒ satview.org)