ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
E Um Dia Fomos à Bruxa (2/4)
Novos Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
(tomo A/31.5)
Dia Três
3.ª Etapa da Viagem
(Paderne – Silves)
A próxima etapa da nossa aventura tinha como destino a cidade de Silves: uns bons vinte e cinco quilómetros a pé e no mínimo umas seis horas de caminhada. E como ainda estávamos bastante agitados (das horas anteriores) decidimos arrancar no instante e partir de madrugada. Eram duas horas quando partimos. Talvez tenha sido nessa noite (em toda esta fabulosa aventura) que alguma vez tenhamos pensado (mas por mero erro de interpretação) em desistir, mas a correcção desse erro levara-nos onde nunca pensáramos: se algo de inconsciente (mas natural) nos levara a este destino, certamente que algo de melhor nos esperaria do outro lado (do espelho). Tudo começou inesperadamente quando já nos encontrávamos no interior da zona do Foral (talvez com 1/3 da distância já percorrida). Sem aviso o tempo mudou, nuvens escuras cobriram os céus e a chuva começou a cair. Repentina tinha-se levantado uma verdadeira tempestade, com ventos cada vez mais fortes, chuva com precipitação elevada e relâmpagos e trovões em evidente aproximação. Num momento estávamos ligeiros e seguros e no seguinte sentíamo-nos como que paralisados e inseridos no Olho do Furacão. Parecia até que estávamos a reviver o violento tornado ocorrido em Silves no ano de 2012, mas agora presencialmente, em directo e ao vivo e com cenas exclusivamente nocturnas. E então viu-se um grande relâmpago, seguido por um violento trovão e de seguida mergulhamos num profundo silêncio. A chuva parou e entre os sons emitidos pelos últimos pingos estalou a gritaria: durante uns segundos com um barulho verdadeiramente ensurdecedor, mas com o decorrer dos segundos decrescendo de intensidade e sendo substituída por barulhos do que poderiam ser quedas e de muitos ramos partidos. Minutos depois e para nosso grande espanto parecia que tínhamos sido teleportados para a selva. Entre cangurus, cabras, póneis, camelos, coelhos, galinhas, patos e roedores de menor porte a escolha era variada: era vê-los a passar por nós inseguros, perdidos, mas também curiosos, logo seguidos por nuvens mais ou menos dispersas de várias espécies de aves. Só eu vi uns quantos papagaios, diversos grupos de periquitos e até algumas aves nocturnas (aqui mais comuns e familiares), como um mocho e uma coruja. Que soubéssemos ainda estávamos no Algarve e esta não seria (na sua grande maioria) a sua verdadeira fauna (endémica): caso contrário só faltava mesmo os macacos.
Depois da maioria dos animais terem passado o ambiente acalmou um pouco mais. Deixando-nos a possibilidade de avançarmos tranquilamente no terreno e retomarmos a nossa caminhada. E como o nosso trajecto passava por lá, fomos ver a zona de impacto (o ponto onde o relâmpago caíra). Agora encontrávamo-nos no interior da projecção do filme Parque Jurássico (Jurassic Park) só que a placa dizia Mundo Louco (Crazy World). O parque tinha sido violentamente atingido, com algumas estruturas destruídas e ainda a arder (em lume brando devido à anterior precipitação) e com alguns dos seus animais ainda em fuga atravessando toda a extensão do terreno. Só vimos um indivíduo isolado em cima de uma moto 4, pela sua atitude ainda meio paralisado e sem saber bem o que fazer (“mas afinal de contas o que é que ali se teria passado?” – ainda estaria ele a pensar!). Avançamos um pouco mais no interior deste parque, mas quando um de nós tropeçou (supostamente num ramo) e caiu, vimos na realidade o local onde estávamos e rapidamente nos pusemos a andar: se a tartaruga que viramos até que era simpática, já as pitão e os crocodilos eram uma outra história. E se alguém me dissesse que ali havia gato (uma intervenção exterior) naquele momento eu acreditaria: na escuridão agora limpa da noite uma luz estranha brilhava no céu.
Pouco passava das sete horas da manhã quando pela primeira vez avistamos o bonito e proeminente castelo. Tínhamos agarrado o rio Arade já muito perto de Silves e acompanhado o seu reduzido curso de água até ao centro da cidade. Pela segunda vez socorremo-nos dos nossos valores civilizacionais e lá fomos até um café (situado bem junto às margens do rio) tomar um pequeno-almoço reforçado: a noite anterior tinha deixado as suas marcas e o cansaço associado à humidade ainda colada ao nosso corpo, exigia calorias e um corpo bem aquecido. Aproveitamos a ocasião para descansar um bom bocado e antes de iniciarmos a subida (ao castelo) consultamos o documento: no único artefacto associado à guia de marcha anteriormente aos três entregue, encontrava-se um documento para abertura (e para nossa consulta) duas horas após o nascimento do Sol. E como a hora já passara fomos ver o que dizia. Em poucas linhas informava: “ao ultrapassar a porta de entrada pelo seu lado interior, vire-se cerca de 30º à esquerda e dê vinte passos rigorosamente em linha recta; pare, rode para a direita até atingir uma perpendicular à anterior direcção e dê mais outros vinte passos; olhando para a parede da muralha que irá ver à sua frente eleve os seus olhos segundo uma vertical perfeita e fixe-se na sua parte superior; irá verificar a existência no foco dessa estrutura de uma pedra particular, apresentando como característica distintiva uma fractura em forma de Y, a qual irá identificar o centro e as pedras que lhe são adjacentes; uma das oito conterá a resposta e a escolha errada interromperá o processo”. Chegaram-se então perto da muralha, viram a marca à sua frente, mas à volta da pedra marcada com Y só contaram cinco pedras. E então repararam nas letras mais pequeninas (que talvez ajudassem como se fosse adivinha): “por vezes é no meio daquilo que não vemos, que se guarda o tão desejado segredo” e ainda para finalizar “e de nove salva-se um”. Estavam num verdadeiro e perigoso impasse: um único erro poderia fazer desabar todo o edifício há tanto tempo esperado e com ele provocar o fim de todos os nossos sonhos sonhados. Teriam que resolver o enigma que aqui lhes era colocado e encarar com naturalidade a descoberta da sua solução, como o resultado de um raciocínio simples e de uma conclusão evidente. E aí o cérebro do mais novo iluminou-se e da escuridão se fez luz. As pedras eram na verdade nove: a pedra central identificada pelo Y, mais cinco pedras visíveis e colocadas em seu redor e as outras três desaparecidas (em combate, mas seguramente ainda presentes). Ao subir ao cimo da muralha o que viu apenas veio comprovar a sua teoria: um passeio corria ao longo de toda a sua extensão, com a parte virada para o exterior a ser constituída pelo mesmo tipo de pedras (agrupadas). Sem receio e agora reconfortados pelas nossas certezas, pressionamos a pedra e ela soltou-se: no interior um objecto cilíndrico e brilhante apareceu, despertando-nos logo a atenção. E enquanto isto se passava um tipo passou quase que despercebido mesmo ao nosso lado, lançando-nos por segundos um olhar frio e penetrante e desaparecendo de imediato após transpor uma porta.
Guardamos o valioso objecto (pelo menos para nós) e com muitas cautelas abandonamos o castelo, regressando de novo às margens do rio. Sentados numa das suas margens pensamos no que fazer e para tal combinamos andar um pouco mais e num sítio mais privado e protegido avaliarmos o objecto. Os nossos passos seguintes estariam aí bem expressos. Pouco tempo depois tivemos a resposta e retomamos viagem. O nosso destino seria agora um lugar situado na margem esquerda do estuário do rio Arade (mais ou menos a quatro quilómetros de distância da cidade de Portimão), onde se localizaria uma gruta que teria tido em tempos longínquos (desde o paleolítico médio) ocupação humana e ainda por cima transportando consigo um nome deveras interessante e bastante sedutor como o do famoso poeta árabe ibn Ammar (nascido perto de Silves, talvez em Estombar).
Dia 4
4.ª Etapa da Viagem
(Na Gruta de Estombar)
Esperava-nos um percurso de cerca de sete quilómetros, correspondentes (no máximo) a umas três horas de caminhada. Arrancamos por volta das três horas da tarde e após termos atravessado o rio e percorrido vastas zonas carregadas de citrinos atingimos a zona das fontes e dirigimo-nos para as suas instalações. Resolvemos pernoitar no local e aí aguardar a chegada do dia seguinte. E em pouco mais de hora e meia tínhamo-nos alimentado, dado um pequeno passeio pelas redondezas e chegados à tenda adormecido logo como pedras. Nem chegamos a lavar-nos, nem sequer a arrumar as coisas. Sem incidentes acordamos já o dia tinha nascido e ainda sonolentos e com o corpo dorido fomo-nos lavar e tomar o pequeno-almoço. O dia parecia mais quente do que os anteriores e com o calor a chegar achamos melhor despacharmo-nos. Reunimo-nos à volta da mesa, discutimos uns pequenos detalhes e lá fomos até à célebre e ainda misteriosa gruta de Lagoa. Não esperávamos descobrir lá o poeta árabe ibn Ammar, mas o encontro com esta gruta milenar poderia ser o abrir de mais uma porta nesta nossa fantástica e irrepetível aventura.
À chegada a conclusão a tirar foi concretizada rapidamente: teriam de se socorrer de material utilizado na investigação de grutas subterrâneas e tal como um espeleólogo utilizar ferramenta especializadas, eficazes e de fácil utilização (para principiantes). E só um de nós se poderia considerar um razoável praticante. Mas como a aventura assim obriga teríamos mesmo que arriscar. Demos a volta e regressamos de novo ao local onde tínhamos pernoitado. Ofereci-me para ser eu o escolhido na necessária ida até Portimão. Aí adquiriria (recorrendo extraordinariamente ao meu cartão de crédito) todo a ferramenta e equipamento básico necessário para a concretização da exploração a executar no subsolo adjacente a esta margem do rio Arade, fazendo-me deslocar numa das maiores canoas aí estacionadas (de modo a poder acondicionar todo o material, transportando-o sem problemas) e usufruindo ao mesmo tempo da beleza paisagística deste trajecto fluvial. Ainda tive tempo de escutar as pessoas falarem sobre o terrível temporal que se abatera sobre toda a zona do Foral e de como a passagem do mesmo tinha praticamente destruído o parque de diversões aí existente, colocando toda a zona envolvente de quarentena face à fuga precipitada de centenas de animais. Até havia quem associasse o fenómeno meteorológico ao avistamento na mesma noite de um objecto luminoso atravessando o céu sobre Portimão, com alguns a chegarem mesmo a afirmar terem visto um raio a ser emitido a partir do objecto, em direcção a um ponto situado em terra. Feitas as compras regressei à origem mesmo a horas de almoçar: o peixinho estava quase grelhado e sobrara um pouco de pão, umas alfaces e umas quantas laranjas e azeitonas. Comemos bem, sentimo-nos bem e pouco depois fomos descansar. Esperava-nos uma dura jornada e tínhamos que nos recompor.
Encontramo-nos à entrada da gruta ainda o Sol estava no céu. Às sete em ponto transpúnhamos a linha de entrada e introduzíamo-nos decididamente na gruta de ibn Ammar. Começava aí a nossa aventura nas profundezas desconhecidas da Terra. Cuidadosamente continuávamos a guardar connosco o precioso objecto que descobríramos anteriormente na pedra da muralha do castelo e que consigo ainda transportava a delicada Mensagem há já muito tempo esquecida. Há medida que nos íamos movimentando a passagem ia-se estreitando, ao mesmo tempo que o percurso se tornava mais difícil e por vezes bastante irregular. Apesar de não sermos assim tão grandes os túneis tornavam-se por vezes bastante difíceis de ultrapassar: uma curva um pouco mais apertada, um pequeno entrave no caminho a cumprir e até alguns locais onde poderíamos tropeçar e magoar-nos com alguma gravidade (em pequenas e inesperadas saliências), tudo ia contribuindo para o aumento acelerado do nosso cansaço (acompanhado por uma ligeira sensação de falta de ar) levando-nos por vezes a ter que parar e respirar profunda e lentamente. Estávamos a avançar muito lentamente, sinónimo evidente da nossa inexperiência. Por isso ter-mos que ser tão cuidadosos e nalguns casos mesmo meticulosos. Chegamos finalmente a um ponto onde por um dos lados o túnel iniciava uma descida quase vertical, enquanto pelo outro o nível se mantinha praticamente idêntico. As outras saídas ou eram demasiado estreitas ou apresentavam dificuldades para nós insuperáveis. Optamos pela descida vertical e pela primeira vez socorremo-nos das cordas. Com todo o cuidado necessário a ter nestas ocasiões começamos a descida. Talvez uns cinquenta metros após o início (da progressão) chegavam todos definitivamente ao fundo: já na descida se tinha começado a ouvir um ruído muito suave (mas que na nossa mente indicava logo a possível presença de água, a circular), sendo assim sem surpresa mas com grande admiração (pela beleza oculta desta obra de arte subterrânea que abertamente se oferecia diante de nós) que nos vimos num cenário fantástico de rochas e espelhos, não muito usual de se ver pelos homens à superfície. E no local acabamo-nos por perder durante um bom bocado de tempo: não resistimos a este lugar para nós estrangeiro e a frescura cristalina das águas obrigou-nos logo a um banho. Foi uma delícia, como um belo banho de imersão (na minha banheira) para relaxar o nosso corpo (e refrescar a cabeça). Mas tínhamos que continuar a viagem. Comemos e bebemos um pouco e voltamos à caminhada. Demoramos algum tempo a encontrar a extremidade desta cavidade molhada, mas com alguma sorte e um pouco de orientação lá fomos dar a uma zona onde havia um estreitamento da mesma, daí parecendo partir um ou mais túneis. Quando lá chegamos verificamos a existência de três saídas, uma delas subindo, a outra descendo e a terceira mantendo o mesmo nível. Era claro pela existência destes lençóis subterrâneos que estariam a um nível semelhante ou inferior ao do curso do rio Arade. Se subissem deslocar-se-iam em direcção à superfície; se descessem acabariam por se arriscar a encontrar material mais duro e compacto (o que só lhes dificultaria a progressão), se por ventura atingissem a base de acumulação das rochas sedimentares por entre as quais agora se deslocavam e que assentariam provavelmente noutras, estas de origem vulcânica; a melhor opção seria mesmo avançar pelo túnel restante e aguardar o que ela nos reservaria mais à frente. E foi isso que fizemos.
Batemos com a cabeça na parede já o relógio marcava 10:30 da noite. Há mais de três horas que tínhamos abandonado a superfície e estávamos agora num beco sem saída e com uma parede bem à nossa frente, indicando-nos não haver solução (por ali só rocha). Só neste último bocado perdêramos quase quinze minutos, teríamos que voltar para trás (mais quinze minutos) e estudar melhor outras hipóteses (mais outros quinze minutos). Só lá para as onze! E ficamos então a olhar para a maldita da parede. Parecia que algo se mexia em certos pontos. Que se os unissem e imaginassem até poderiam construir uma recta. E num caso observado (imaginando um possível ponto de intersecção) parecendo mesmo o ponto de encontro imaginário de duas rectas distintas. Era isso: o que estavam a ver bem que poderia ser o efeito do vento a passar pelas frinchas existentes entre uma porta e o seu respectivo caixilho. Corremos todos para a parede, fartamo-nos de a esfregar com todas as nossas mãos e até com todos os nossos dedos e aos poucos, com a ajuda de alguma ferramenta suplementar ela começou a aparecer até à sua definição total. Agora só faltava arranjar maneira de a abrir.
Como era mais do que evidente a solução a adoptar para a abertura desta porta, teria que passar por algum tipo de mecanismo cuidadosamente escondido nalguma saliência da parede. Mas não encontramos nada: nem sequer um sinal. Sentamo-nos um pouco abatidos. Sentíamos uma ligeira brisa introduzindo-se pelos pequenos intervalos existentes entre a porta e o caixilho e pelas sensações em nós produzidas parecia transportar consigo um ar fresco e limpo. Um de nós aproximou-se um pouco mais, curvando-se para a esquerda e assentando a cabeça no solo. E enquanto ia apontando para um dos cantos da porta (o inferior esquerdo), chamava a atenção do nosso outro companheiro (sentado a meu lado) para algo que se passava numa das mochilas: e ao virarmos os nossos olhares em simultâneo, vimos uma luz a sair duma delas. No interior da minha mochila o nosso “precioso objecto” vibrava, sinalizando com uma luz intermitente a presença de um outro dispositivo (electrónico e associado). Seria talvez aquilo de que eu ansiosamente esperava: um dispositivo de comando. Peguei nele, comprimi-o de múltiplas formas e sem saber como nem porquê, consegui que a porta se abrisse. À nossa frente surgiu-nos um pequeno corredor bem iluminado e que ia dar a uma segunda porta; com um visor lateral de desbloqueamento de fechadura e uma pequena janela por onde se podia visionar o que para lá dela se encontrava. Três botões amarelos cintilavam no visor, esperando que alguém os pressionasse. E assim fizemos os três (aqueles que tinham manipulado o precioso objecto): diante de nós, uma gruta completamente equipada e muito semelhante a uma estação ferroviária aparecia completamente ao nosso dispor, com três veículos estacionados lado a lado numa plataforma de embarque e com alguns destinos bem assinalados num monitor informativo.
Pela primeira impressão recebida estariam numa estação de menor importância. O esboço mais completo a que para já tivéramos acesso indicava que estaríamos numa subestação de nível 2 (um ramo terminal), por sua vez ligado ao ramo principal através de uma subestação de nível 1. Essa subestação receberia ramos oriundos de diversos pontos circundantes à área central de implantação, ligando-os directamente ou por transbordo ao ramo principal de comunicação. O mais rápido e directo ia ter a uma região em princípio mais elevada situada a noroeste do local onde nos encontrávamos, que por aquilo que parecia ser uma escala, deveria localizar-se na região da serra de Monchique. Os outros trajectos eram mais confusos. Em princípio o veículo escolhido seria o n.º 3. Instalamo-nos, deixamos que o veículo completasse todos os seus procedimentos habituais e quando ouvimos o que seria o pedido de autorização carregamos ENTER e pusemo-nos em marcha. O primeiro veículo levou-nos até à subestação de nível superior; sem transbordo fomos transferidos para outra plataforma próxima, dirigindo-nos de seguida para a estação situada no ramo principal. Tudo em cerca de cinco minutos. E depois foi só sair num dos lados da plataforma para nos dirigirmos em poucos passos para o outro lado da mesma, entrarmos e instalarmo-nos confortavelmente no novo veículo. Era meia-noite quando chegamos à estação.
Fim da parte 2/4
(imagens – Web)
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Tiro pela Culatra
O espanto do Francisco, face ao raio da Ângela
Na sua primeira aparição em solo estrangeiro – a convite da Chanceler alemã Ângela – o recém-eleito presidente francês Francisco, quase que foi vítima de um acidente aéreo que muitos acharam deveras suspeito, até pelo momento e circunstâncias estranhas em que este aconteceu. Fontes próximas da madrasta despeitada e baseando-se na preparação da vingança desta pela queda do seu bailarino prometido Nicolau, divulgaram em certos locais secretos e encriptados – como proteção contra as manobras deste monstro – que o plano seria o de atingir o avião presidencial com um forte raio de micro ondas, fazendo-o o explodir violentamente e sem regresso possível, de modo a que não restassem quaisquer sobreviventes (ou testemunhas) e cuja ação se atribuiria posteriormente a terroristas alienígenas. O avião tinha descolado de Paris rumo a Berlim, acabando mesmo por ser atingido por um raio, felizmente mal calibrado. E tal foi o espanto da Chanceler ao ver chegar o Presidente ainda vivo e a respirar a chegar pelo seu próprio pé, que esta foi logo cumprimenta-lo, para ver se ele era real, se tinha pulso e porventura temperatura.