ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Centro do Nosso Mundo
“The sun lies at the heart of the solar system, where it is by far the largest object. It holds 99.8 percent of the solar system's mass and is roughly 109 times the diameter of the Earth — about one million Earths could fit inside the sun. The visible part of the sun is about 5,500 degrees Celsius, while temperatures in the core reach more than 15 million C, driven by nuclear reactions. One would need to explode 100 billion tons of dynamite every second to match the energy produced by the sun, according to NASA. The sun is one of more than 100 billion stars in the Milky Way. It orbits some 25,000 light-years from the galactic core, completing a revolution once every 250 million years or so. The sun is relatively young (4.6 billion years), part of a generation of stars known as Population I, which are relatively rich in elements heavier than helium.” (Charles Q. Choi/space.com)
O Sol no momento da chama de classe M5.8
(a 3 de Abril de 2017)
Numa demonstração do poder do Sol assim como da sua natural imprevisibilidade (a nossa estrela atravessa um período do seu ciclo solar de fraca atividade), pode-se constatar a indesmentível presença e conjugação desse duo dinâmico (ponto central do mecanismo que faz funcionar e mantem o equilíbrio deste sistema planetário), na imagem de 3 de Abril de 2017 registada pelas câmaras do observatório SDO: apresentando-nos uma região extremamente ativa sobre a superfície do Sol, produzindo várias CME num intervalo de tempo de poucas horas (cerca de 10) e sendo responsável pelo aparecimento de algumas chamas solares de classe M5 (médias) ‒ uma delas a de 3 de Abril, a mais forte registada desde o início do mês.
A Terra e as regiões mais afetadas pelo fluxo de raios-X
(a 3 de Abril de 2017)
Com estas explosões ocorridas na coroa solar a lançarem para o Espaço grandes quantidades de plasma, muitas vezes associados ao aparecimento de CME (dirigidas ou não para a Terra). Neste registo com emissões extremas de raios ultravioletas. Refletindo assim o ocorrido na segunda-feira da semana passada, em que uma chama solar de M5.8 irrompeu da mancha solar AR 2644, tornando-se a mais forte de 7 observadas em apenas 3 dias (e também a mais forte desde 23 de Julho do ano passado ‒ M7.6). Neste caso sem grandes consequências, dado a mancha estar de ida e não propriamente direcionada para a Terra (já de lado e menos negativa ‒ para a Terra). No entanto com uma nova mancha a caminho mas até ao momento não causando grandes preocupações (AR 2650 pouco ativa).
O Sol e o filamento magnético produtor de CME
(a 9 de Abril de 2017)
Mas por outro lado e apesar das poucas manchas visíveis (dependendo esse número do instrumento ótico utilizado), com um novo buraco na coroa solar a estar brevemente de regresso depois de concluída a sua rotação (bastante ativo no mês passado e fazendo prever tempestades magnéticas da classe G1 e G2 daqui a pouco mais de uma semana) e agora (9 de Abril) com um filamento escuro impulsionado pelas poderosas forças criadas pelo campo magnético solar a atravessar a superfície do mesmo (como se fosse um vaga oceânica), a erguer-se e como dizem os cientistas da NASA “a arremessar uma parte de si próprio em direção ao Espaço exterior”: com essa região da coroa solar entrando em erupção, ejetando material para o exterior e originando mais uma CME ‒ e com uma parte da mesma a poder atingir a Terra e antecipando-se ao regresso de mais uma mancha solar poder já atingir a Terra com mais uma tempestade magnética de classe G1 (lá para o próximo sábado).
(imagens: nasa.gov e noaa.gov)
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Super Filamento Solar
“O Sol é a estrela central do Sistema Solar – e uma das razões porque existimos”
(convém compreendê-lo)
Um enorme filamento rasga actualmente a superfície da nossa estrela
Nesta imagem do Sol obtida na passada terça-feira por Frank Rodriguez nas suas observações realizadas com o seu telescópio nas Ilhas Canárias, é bem visível numa das regiões da nossa estrela o aparecimento de um enorme filamento à sua superfície: consequência dos brutais fenómenos de magnetismo que aí ocorrem, este filamento atinge um comprimento aproximado de 1.000.000Km. Quase o triplo da distância Terra/Lua e considerado o segundo maior objecto neste momento existente no Sistema Solar – depois do próprio Sol.
Estes filamentos são constituídos por plasma, os quais devido à acção das extraordinárias forças magnéticas que atravessam a coroa do Sol, se mantêm em suspenso sobre a superfície da estrela. Este filamento é no entanto bastante grande (em média 100.000Km/200.000Km de comprimento), o que significa que se acontecer uma erupção nessa zona do Sol, poderá acabar por ser projectado para o espaço algum desse material solar. Por outro lado as partes que acabarem por cair de novo sobre a superfície do Sol, ao regressarem ao mesmo poderão explodir (originando as chamas Hyder).
(imagem/dados – Frank Rodriguez/spaceweather.com)
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O Sol Ontem
Imagem SDO
Um filamento magnético de cor escura, serpenteia por mais de metade do caminho – e da sua distância – à volta do Sol.
À distância de um olhar, parece que a superfície do Sol está a quebrar, abrindo uma fenda contínua e em propagação, que irá no final, partir o Sol em dois.
Sol (spaceweather.com)
Mas o que acontece na realidade é que o filamento se torna instável, acabando por colapsar e atingir a superfície inferior do Sol, provocando o surgimento das “Hyder Flare”.
O filamento até aí suportado pelo campo magnético cai, podendo algum material ser projectado para o espaço exterior.