ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Caminho do Zero Absoluto ─ Não tendo Tempo para tanto Espaço
“No nosso próprio conceito e confrontando-nos com o Infinito, podendo-se exprimir a nossa representação, por algo infinitamente aproximado a zero.”
Partindo do princípio de que o diâmetro do SISTEMA SOLAR (com o planeta mais afastado da sua estrela de referência sendo NETUNO, a 4,545 biliões de Km de distância) é definido pela região do Espaço onde a influencia do SOL termina (sendo igual a zero) ─ a HELIOPAUSA, a cerca de 100 UA do SOL ─ ou então extremando ainda mais esse limite, redefinindo-o e levando-o até à NUVEM DE OORT (seu limite interno/externo) ─ se comparado com o nosso Sistema Planetário (planetas contidos em apenas 30 UA), uma extensíssima região do Espaço (berço de cometas), estendendo-se entres as 1.000 UA e as 100.000 UA (=1,58 anos-luz) ─
Fixemos pois [100 UA]-HELIOPAUSA como “Fronteia I” e [1.000 UA/100.000 UA]-NUVEM DE OORT como “Fronteira II”, como distâncias limites
Sabendo-se que a velocidade máxima alguma vez atingida por um veículo e tendo-o sido concretizado no Espaço pela sonda solar PARKER com V=150Km/s, atualmente para se alcançar a “Fronteira I” demorar-se-ia mais de 3 anos e para se alcançar a “Fronteira II” uns 30 anos (limite interno) a 3.000 anos (limite externo). E em função da nossa durabilidade em média nem sequer atingindo os 100 anos, sendo óbvio que no presente e em função da nossa tecnologia, o nosso limite estar para já no último planeta solar (digamos que até ao planeta-anão, o despromovido PLUTÃO) e até (estando por perto e sendo um dos berços de asteroides) podendo dar uma vista de olhos ao CINTURÃO DE KUIPER.
Nem sequer valendo a pena pensar em alcançar a estrela mais próxima (de nós, do SOL), ALFA CENTAURI a mais de 4,36 anos-luz (ou 63.241 UA) de distância, demorando uma Eternidade, logo devendo-os virar para nós próprios e explorar para já os mares, partindo só depois disso para feitos maiores (já estando mais bem preparados e equipados) para os oceanos. E assim viajando na nossa nave espacial tripulada “Nova Parker” (em alternativa vendo-se o tempo gasto quando a mesma atingir a velocidade da luz, aí 2.000X mais rápida) e se fosso hoje da Terra a Marte demorando-se 28 dias (20 minutos), da Terra a Júpiter 61 dias (44 minutos), da Terra a Plutão 460 dias (5 horas) e dando um último saltinho da Terra ao Cinturão de Kuiper 347/637 dias (4/8 horas).
Quando para nossa tristeza e para já nada disto se confirmando, quando já há meio século o Homem esteve na LUA nunca mais lá voltando e quando ainda há pouco tempo indo-se já acumulando os anos (de atraso) nos prometerem a LUA (de novo) e muito mais além alcançando e lá se instalando, MARTE ─ nada surgindo até hoje senão viagens curtas e outras de turismo (agora na moda, tendo-se muito dinheiro), acompanhadas de muitos veículos automáticos e comandados à distância, competindo uns com os outros em vários corpos celestes e das mais diversas formas (circulando em terra ou no ar).
Limitemo-nos, pois e para já, à nossa casa, não a entendendo, nem sequer conhecendo as portas (de entrada/saída). Pensando numa 1ª fase tendo como evolução posterior o salto para o Espaço Interestelar (2ª fase, ainda muito distante), caso nos seja acessível ─ pelo menos com este método de viagem incompatibilizando (pelo menos e para já para o Homem, mantendo-se exclusivamente e como no presente bio) Tempo e Espaço, não parecendo suscetível de tal ─ devendo-nos para já limitar às nossas expetativas médias de vida e a partir daí marcar os nossos alvos prioritários situando-se (nada de significativo se alterando, como uma forma de propulsão revolucionária colocando-nos ao lado da velocidade dos fotões ou mesmo utilizando os tão falados buracos-negros como porta de comunicação instantâneas) para já por Júpiter e regiões adjacentes (como limites).
Seguindo-se esta evolução (perdendo-nos em inúteis problemas internos, esquecendo-se a nossa sobrevivência estar sempre no exterior), mantendo-se e extremando-se a nossa mentalidade evitando o diálogo (sendo intolerante) e promovendo a confrontação (a violência na resolução das situações), nunca antes do próximo século com o Homem a dar esse passo fundamental: em 2100 com a então geração MUSK ainda a andar entretida com a reformulação da sua maquete da base a instalar no Planeta Vermelho, por lá andando e orbitando em seu redor STARMAN (ouvindo David Bowie) e o seu TESLA, talvez com alguns contentores (os tais módulos) espalhados e decorando (no meio de mais sucata) a superfície marciana de artefactos terrestres.
(imagens: inverse.com ─ RomanRaD/Shutterstock/theconversation.com ─ quotefancy.com)
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Em Busca do Tesouro Perdido
Um apresentação gráfica obtida pelo cálculo da razão (uma divisão) entre, a soma das Vítimas Mortais e dos doentes em estado Crítico/Grave registados num certo dia (VM₂+GC₂) e a soma desses mesmos valores registados no dia anterior (VM₁+GC₁): estendendo-se aqui entre, o dia 14 de março (quando foram registados os primeiros infetados nas unidades de Cuidados Intensivos, ainda sem vítimas mortais) e o dia 9 de abril − dia em que as comunicações terrestres entre concelhos vizinhos e com algumas exceções, foi interrompida.
Quando a linha azul permanecer irredutivelmente abaixo da linha vermelha,
então estaremos mesmo no caminho certo para descobrir o “Tesouro Perdido”
(esperando, no entanto, que no baú, ainda haja algo para nós)
Com o objetivo do gráfico a ser o de nos facilitar a descoberta do dia em que poderemos ver de novo um pouco da vida que tínhamos anteriormente (pelo menos dando-nos aí a esperança e até mesmo a certeza, de podermos começar a sonhar com isso), bastando para tal que a linha Azul permaneça definitivamente abaixo da linha Catanha: a fronteira entre a Morte e a Vida. Ou seja, ultrapassado e confirmado o Pico Máximo − e insistindo mais uma vez no atrás referido − mantendo-se a linha AZUL sempre abaixo da linha CASTANHA.
[Numa aplicação em jeito de demonstração, do gráfico "oferecido" anteriormente.]
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A Proeza da Máquina Voyager 2
Depois da “Era dos Navegadores”
e das suas “Naus & Caravelas”
(século XV a XVII)
sucedendo-se − “dispensado o Homem” −
“não a Era dos Astronautas”
mas a das “Sondas Automáticas”
(como “a esperança é a última coisa a morrer”
esperemos que só parte do século XXI)
A passagem das sondas automáticas Voyager 1 e 2
pela fronteira virtual do Sistema Solar
a caminho do Espaço Interestelar
Its official! |
Voyager 2 has passed into interstellar space. |
(Kerry Hebden/04.11.2019/room.eu.com) |
Na esmagadora das vezes não indo – o HOMEM (e por cá) − a lado nenhum, absorvidos como estamos em replicar e sobreviver − seja aqui, seja na selva – não tendo tempo para socializar, nem sequer para (pensar em) foder (com o nº de velhos a crescer e o nº de jovens a diminuir),
Com o “Acaso e a Necessidade”, que esta sociedade (por vezes) nos proporciona (em momentos de delírio e deriva), podendo-se ainda recorrer a um outro protagonista – as MÁQUINAS − para nos levar a algum lado (aqui como acolá).
E se na Terra de espaço limitado (o “Ponto Azul”, o Ecossistema Terrestre) o SER VIVO nada alcança, no Espaço dito infinito (Sistema Solar, Universo) o SER MECÂNICO parece não ter fronteiras – como será caso da VOYAGER 2 tal como antes a VOYAGER 1 estando já em Espaço INTERESTELAR.
Mais uma vez com as MÁQUINAS indo muito mais além do que “nós”, para territórios nunca (antes e talvez depois) descobertos e alcançados pelo HOMEM:
Num século (XXI) em que em vez de enviarmos naves espaciais “tripuladas” para o Espaço − em busca de outros mundos e tal como os nossos antepassados NAVEGADORES – lançamos na mesma direção montes de sondas automáticas (sem Alma e telecomandadas) como se no passado no mar enviássemos (p/ a senda das Descobertas) apenas as Naus e Caravelas (sem os respetivos marinheiros).
Depois da sonda automática Voyager 1 ter abandonado (ultrapassando a sua fronteira virtual) o Sistema Solar – indicando na distância ao Sol 121,6 UA (agora nas 147 UA) − entrando no Espaço Interestelar (no ano de 2012), agora com o mesmo feito a ser atribuído à sonda Voyager 2 cumprindo essa passagem (fronteiriça) em Novembro de 2018 (seis anos depois da V1) a 119 UA (agora a 122 UA).
E entre outras informações retiradas desta longa viagem iniciada em 1977 (há 42 anos) e já com a sonda automática Voyager 1 em falta (de comunicações não de movimentação, pelo menos enquanto houver energia), confirmando-se o que já se suspeitava com o afastamento progressivo do Sol e o abandono do Sistema Solar (à medida que a sonda ia avançando pelo Espaço) − perda da influência do SOL – com os índices de intensidade dos Raios Solares a diminuírem (rápida e drasticamente) e com os dos Raios Cósmicos a aumentarem (substituindo na sua influência e até à sua totalidade os primeiros) na mesma proporção.
Seja nave tripulada ou sonda automática e olhando para exemplos como o da Exploração da Lua (suspensa já lá vai quase meio século), prevendo-se para uma nova Expedição (semelhante às das Voyager) no mínimo mais 1 a 2 gerações: e nem no próximo século (XXII, continuando-se com o mesmo tipo de raciocinio e de intervenção) passando-se à tão desejada etapa das Viagens Interestelares.
(imagem: Krimigis et al, 2019/room.eu.com)
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Uma Viagem a Caminho do Fim do Mundo
Com as velhinhas sondas automáticas (Voyager 1 e Voyager 2) e quando muitos de nós ainda Sonhavam (com a Aventura como Fonte de Experiência e com a Descoberta de Outros Mundos como modo de nos Conhecermos).
Relembrando que há mais de 41 anos atrás (1977) dois artefactos espaciais de criação artificial
Com a Voyager 1 e a Voyager 2
Tendo já ultrapassado a Héliosfera
– Numa missão levada a cabo pela única espécie inteligente (e conhecida) existente no planeta do Sistema Solar denominado como Terra –
Partiram desse mesmo planeta tendo como seu objetivo final atingir e ultrapassar os limites do Sistema Solar
– A VOYAGER 1 (lançada a 5 de Setembro) e a VOYAGER 2 (lançada um pouco antes a 20 de Agosto) –
Voyager 1
A NASA vem-nos (nesta quadra natalícia) presentear com algumas ilustrações (aqui duas) associadas a este programa (Voyager) agora que a 2ª sonda automática (não natural e de origem terrestre) ultrapassou a Fronteira:
Depois da Voyager 1 já o ter feito (em Agosto de 2012) com a VOYAGER 2 a fazê-lo este ano (em Novembro de 2018).
Com a sonda Voyager 2
Entrando no Espaço Interestelar
E atravessada a HÉLIOESFERA e ultrapassado o seu limite a HÉLIOPAUSA (com a Terra a 1 UA/150 milhões de Km de distância do Sol e Neptuno a 30 UA da mesma estrela) com as duas velhas sondas dirigindo-se mais para além (desse mesmo limite) em direção à NUVEM de OORT:
Para muitos sendo definida como a Verdadeira Fronteira do Sistema Solar.
Uma extensa região do Espaço fonte dos conhecidos COMETAS, estendendo-se entre 1.000 UA até 100.000 UA de distância do Sol e de momento com as sondas a caminho, mas ainda muito distantes:
Voyager 2
Caso da VOYAGER 2 agora localizada a umas 119 UA do Sol, cronologicamente e não havendo incidentes atingindo a Nuvem de Oort daqui a 300 anos e demorando uns 30.000 anos a atravessá-la – e a partir daí (talvez daqui a uns 40.000 anos) já fora da influência do SOL deixando-se levar por outra estrela.
Segundo os cientistas a estrela ROSS 248: uma pequena estrela da galáxia ANDROMEDA (localizada a 1,7 anos-luz do Sol/Terra) por coincidência em rota de colisão com a nossa VIA LÁCTEA.
Mas talvez já em 2318 e com todos os avanços (científicos e tecnológicos) que o Mundo da SCI-FI nos proporciona (com comprovativos anteriores e reais como o das antecipações de Júlio Verne), podendo um dos nossos descendentes assistir à passagem (na sua rota rumo à Nuvem) de uma das sondas VOYAGER.
(imagens: nasa.gov)
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Viajando no Espaço/Tempo
Um dia teremos forçosamente de sair de casa, tendo como destino não outros locais situados na Terra, mas outros situados para além dela.
Duas ilustrações da responsabilidade do JPL-Caltech (departamento da NASA) editados no Photojournal deste mês de Outubro (dias 2 e 3),
Cassini
(PIA 22767)
Mostrando-nos respetivamente (na figura 1) o momento inicial de mais uma das 22 órbitas da defunta sonda automática CASSINI (numa missão conjunta NASA/ESA/ISA) – em redor do planeta SATURNO e mergulhando nos seus Anéis – concretizando a sua Viagem Final a 15 de Setembro (do ano passado) mergulhando vertiginosamente (e desintegrando-se) neste planeta e monstro gasoso (um planeta em dimensão – no Sistema Solar – só suplantado por Júpiter);
Assim como (na figura 2) o ponto de situação de outras duas sondas automáticas um pouco mais velhas que a sonda CASSINI (lançada em 1997) – a sonda VOYAGER 1 e VOYAGER 2 (lançadas 20 anos antes em 1977), ambas da responsabilidade da NASA – inicialmente destinadas a estudar os longínquos planetas exteriores Júpiter e Saturno (e suas luas) e mais tarde tornando-se numa Missão Interestelar, ultrapassando a fronteira do nosso Sistema (centrado numa estrela o Sol) e dirigindo-se para outro Sistema (tendo como referência outra/outras estrelas).
Voyager 1 e Vouager 2
(PIA 22566)
De momento restando-nos por um lado apenas algumas recordações (ainda emergentes após o suicídio de 15 de Setembro de 2017) de imagens anteriormente recolhidas pela sonda automática CASSINI (e adicionalmente de pormenorizadas ilustrações sobre a mesma missão) – deixando-nos extremamente tristes pela perda de mais um dos nossos (mesmo sendo um simples artefacto) lá longe na escuridão solitária e misteriosa do Espaço (aqui na Terra mais isolados);
Enquanto como contraponto e pelo outro lado (da vida) apresentando-nos outros dois artefactos (criados e aqui representando o Homem) indicando-nos a sua posição atual (da Voyager 1 e da Voyager 2), tendo como referência central (neste cenário) a estrela do nosso sistema o SOL e as fronteiras do mesmo (do Sistema Solar): com a sonda Voyager 1 (a mais de 143 UA de distância da Terra) já do lado de lá (tendo já ultrapassado a Heliopause) e com a sonda Voyager 2 (a mais de 118 UA de distância da Terra) ainda a caminho (mas já muito perto) da fronteira (nos limites da mesma na Heliosheath).
[1 UA = 150.000.000 Km]
(dados e imagens: nasa.gov)
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Paraísos Tóxicos
“Deixamo-nos aqui ficar bem sentados e remediados, mas sem nunca saber o que fazer.”
O que é necessário ser para se conseguir sobreviver?
Tal como antigamente integrar-se docilmente no conjunto e como prova de pura tolerância tranquilamente deixar-se levar e aceitar.
Ou então esperar que as Virgens por muitos prometidos finalmente apareçam e em transe espiritual nos transportem até aos Céus.
E o que fazer com os Mortos Vivos?
The Walking Dead
Em função das consequências (bem visíveis) de todas as grandes crises migratórias de que até aos dias de hoje tivemos conhecimento (e que agora assistimos presencialmente) e tendo em consideração que fomos nós (uma das partes do conflito) que as provocamos e impulsionamos (na outra parte), é natural que não sabendo para onde fugir as presas procurem o paraíso (exclusivo) dos seus predadores. Uma simples questão de sobrevivência.
Atravessado o estreito mar Mediterrâneo e transpostas as águas antes mortais separando continentes, os exércitos de doentes, famintos e desprezados pela Terra, encaminham-se perdidos e sem destino para as míticas Cidades Pavimentadas a Ouro.
“E no entanto milhares de seres humanos (como nós) esfomeados, doentes e desesperados, estão já em fuga muito perto de nós, mesmo do outro lado da (nossa) fronteira.”
(imagem: Reuters.com)