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Atropelado

Terça-feira, 09.05.17

No Mónaco durante um dia de treino do ciclista inglês da equipa SKY Christopher Froome (e cerca de duas semanas depois do atropelamento mortal também durante num treino do ciclista italiano Michele Scarponi), um condutor decidiu encostar de propósito o ciclista â berma da estrada, acabando por o atirar para fora da mesma ‒ salvando-se o ciclista (felizmente) mas destruindo-se a bicicleta.

 

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Christopher Froome

(ING/Team SKY)

 

O Ciclismo hoje em dia não passa de mais um mero Negócio ‒ tal como acontece em todos os Desportos que devendo ser amadores são-no sim Profissionais: com patrões e empregados e consumidores furiosos. Com o Corredor a assumir o papel de empregado (e de assalariado) e obviamente a poder sofrer as consequências ‒  oriundas do patrão e dos consumidores.

 

E como em geral é sempre o elo mais fraco a sofrer no corpo e na mente pelo seu trajeto assumido (sendo muito semelhante o do empregado e do consumidor, chegando mesmo a confundir-se), é natural que em caso de conflito os mesmos se acabem por envolver ‒ e com o patrão e apesar de responsável a nada ter a ver com o assunto (nem sequer estando lá, nem sequer frequentando esses meios).

 

Por esse motivo sendo natural que muitos dos problemas (mais ou menos graves) que atravessam e afetam a Sociedade onde no presente todos vivem e convivem, se reflitam de imediato na base da escala desta Pirâmide devoradora (não só de corpos como de almas), numa geometria do plano onde estaremos sempre desprotegidos e à disposição de qualquer um que por aí caia e sabe-se lá como (nem mesmo ele) apareça e faça (por acaso ou de uma forma deliberada, mas sempre bem consciente):

 

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A bicicleta de Froome após o acidente

(salvando-se o ciclista)

 

Atropelando e matando um Ciclista por algum tipo de obsessão (por exemplo para não chegar atrasado ‒ neste caso a obsessão pelo controlo do Tempo, um parâmetro incontrolável por abstrato) e tendo Michele Scarponi como vítima mortal; ou então tentando atropelar e ferir um Ciclista aplicando nele as frustrações de uma integral e pessoal vida de presa (incapaz e constantemente nas mãos do seu predador), deitando fora todas as ligações (familiares, conhecidas, fortuitas, de amizade) e escolhendo como um covarde um igual e descarregando nele a sua fúria (legal ou ilegal) ‒ e tendo Chris Froome como vítima (felizmente não mortal).

 

Confirmando-se com este tipo de incidente (infelizmente tão comum em tantas áreas da nossa sociedade) aqui verificado com um ciclista num simples treino exterior e ao ar livre, que sempre que abandonamos a nossa zona de conforto por questão de sobrevivência e necessidade da obtenção de uma contraproposta financeira, arriscamos a ser topados, a sermos de seguida despidos e (até) mesmo a ser agredidos (consequência de contas desequilibradas).

 

(imagens: FABRICE COFFRINI / AFP/cnewsmatin.fr e TWITTER/dailystar.co.uk)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 22:52

A Volta de FROOME, o Vencedor

Domingo, 26.07.15

Volta à França em Bicicleta 2015
(classificação final individual)

 

PosiçãoCorredorPaísEquipaTempo
1FROOMEGBRSKY84h 46' 14''
2QUINTANACOLMOVISTAR+ 01' 12''
3VALVERDEESPMOVISTAR+ 05' 25''

 

(seguindo-se Nibali, Contador, Gesink, Mollema, Frank, Bardet e Rolland)

 

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Christopher Froome

 

Em vez de salientarem à sua chegada a PARIS e em plenos Campos Elísios a vitória do inglês CHRISTOPHER FROOME na Volta à França em Bicicleta (que a partir de certa altura e acompanhando toda a orquestração dos média franceses começou a ser insultado, cuspido e agredido), as autoridades francesas resolveram aproveitar o último dia desta volta de 2015 para promoverem o seu poder e eficácia anti-terrorista: face a um veículo que tentava atravessar as barreiras de protecção em torno do circuito onde se realizaria o evento ciclista final, a polícia não hesitou em usar armas e pôr-se a disparar. Não se preocupando com as razões da fuga destes seus potenciais suspeitos de terrorismo, mesmo sabendo que o carro suspeito tivera um acidente com um táxi nesse local e que à sua volta muito público inocente percorria esse espaço em princípio pacífico e protegido, acompanhando à sua maneira esse grande evento nacional, internacional e desportivo.

 

O inglês acabaria por ganhar a Volta à França em Bicicleta de 2015 deixando para trás toda a sua concorrência (e inimigos) e aparentemente dispensando-se de se aplicar com todas as suas capacidades físicas e mentais na prova, de modo a assim evitar ser chamado de Drogado e de Vigarista: uma prática inacreditável e de base estritamente irracional e racista aplicada por um povo que ainda se gosta de considerar um dos principais representantes da cultura e da tolerância europeia, ainda por cima aplicada sobre um inglês e logo nascido no Quénia. Tal e qual Barack Obama. Nas suas declarações finais como vencedor da Volta à França em Bicicleta Froome acabaria por agradecer a contribuição de todos aqueles que lutaram pela concretização deste seu objectivo (especialmente e como todos podemos ver durante toda a prova a grande colaboração da sua equipa a SKY em prol do seu chefe de equipa), não deixando de lado a resposta a todos aqueles que o atacaram (e vilipendiaram por ausência de provas) acusando-o de um hipotético doping: afirmando categoricamente o seu desejo de sempre dignificar o ciclismo e neste caso a prova francesa. Subliminarmente afirmando (com as suas declarações) existirem ciclistas bons e maus profissionais, mas que não seria por isso que ele se transformaria num novo Lance Armstrong (o tal que terá retirado algumas vitórias importantes a outros ciclistas franceses e provocado o grande trauma velocipédico instalado neste país).

 

(imagem: huffingtonpost.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 23:07