ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
um Estranho numa Terra Estranha
Os E.T.E. e as nossas necessidades de sobrevivência
A GNR de Albufeira vai investigar a presença de Velhos e de Gaivotas no mercado municipal
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As profundas alterações climáticas registadas em muitas partes do mundo têm vindo a afetar progressivamente o tempo, incluindo a meteorologia do nosso país. No sul de Portugal os sinais de perigo que vão aparecendo são cada vez mais preocupantes, com o avanço da desertificação vinda do norte de África, associada ao crescente problema da falta de água, caso ainda mais agravado pela destruição maciça da fauna e flora algarvia em anos passados, debaixo da força devastadora dos incêndios aí ocorridos e da malfadada mão do Homem.
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É já muito comum, vermos as gaivotas a afastarem-se da costa à procura de alimentos ou os charnecos em grandes bando vindos da serra interior, a visitar as nossas casas e a fixarem-se nos nossos campos mais ricos em alimentos e bicharada e estrategicamente localizados mais perto do litoral e das praias; locais turísticos onde se vai acumulando todo o lixo e animais mortos de que estas aves se alimentam e com que se banqueteiam e consequentemente, se instalam e se reproduzem.
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Numa visita ao Mercado Municipal da cidade registamos a opinião de algumas pessoas sobre as consequências das constantes alterações climáticas e da profunda e prejudicial ação do Homem sobre a natureza, tendo a maioria das pessoas entrevistadas idades superiores a 45 anos e realizando visitas cada vez mais assíduas a este local de compra, venda e convívio de qualidade, face à degradação crescente das grandes áreas comerciais, cada vez mais impessoais e fortemente atingidas pela crescente falta de qualidade dos seus produtos expostos.
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O povo presente queixou-se maioritariamente e sobretudo da falta de ação da autarquia para promover e desenvolver ainda mais esta zona – situada tão perto do centro antigo e do centro mais moderno da terra e com os jovens e as suas escolas tão à mão de semear – enquanto por outro lado deixa a GNR e a ASAE espalhar o pânico entre comerciantes inocentes, cumpridores, taxados e alguns mesmo já membros do grupo da terceira idade. Veja se por exemplo o caso da falta de alguns chapéus-de-sol para proteção de vendedores e clientes, muitos deles com idades já avançadas e da falta de respeito demonstrada sobre um comerciante de calçado legal – apesar da sua defesa feita no local pelo fiscal da câmara – por nós todos conhecido e respeitado e integrado com a sua família na sociedade albufeirense há cerca de 40 anos.
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E aqui surge o Estranho. A sua vida é um pouco da história desta terra chamada Albufeira. Filho de gente honrada e honesta, de agricultores e pescadores abandonados à sua sorte, este teve que fazer o seu percurso de vida sem poder recorrer a nenhuma ajuda ou solidariedade, sob a pena de por abandono e desconhecimento da sua existência, poder aparecer morto numa valeta como o cão atropelado na 125 pelo potente carro do artista, que por acidente se viu desviado da Via do Infante – a via conhecida como não tendo custos para o utilizador, desde que se tenha dinheiro para a pagar.
(imagem - Passeio dos Tristes)