ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Tsunami nos Himalaias
Himalaias
“Um fenómeno habitual de se ver nesta região dos Himalaias maioritariamente agrícola (com as populações dependentes dos rios e dos respetivos canais de irrigação) ─ assim como turística (um complemento importante) ─ expondo-a e potenciando mais o efeito provocado pelos glaciares ou então pelas chuvas intensas (como por exemplo no caso da elevada precipitação transportada pelas monções): em junho de 2013 e devido a elevada precipitação com cerca de 50.000 pessoas (desta região dos Himalaias) a ficarem presas/isoladas, devido a grandes inundações e deslizamentos de terra, contabilizando-se ainda 150 mortos e mais de 14.000 desaparecidos (por identificar, vivos ou mortos).”
Cenário de destruição num dos vales do rio Dhauki Ganga (Índia)
após a passagem de mais um “tsunami dos Himalaias”
(podendo ser causado por elevada precipitação,
aqui sendo provocado pela quebra de um glaciar)
Notícia
Entre milhares de notícias divulgadas este domingo (1º de fevereiro) por qualquer motivo escapando da direção imposta pela fortíssima corrente (maioritária nos média globais), a informação da quebra de um glaciar na região dos Himalaias no estado indiano de Uttarakhand (localizado a norte da Índia e fazendo fronteira com a China e o Nepal): desencadeando a formação de uma verdadeira muralha de água, de lama e de detritos, encaminhada por vales profundos (as margens) e literalmente levando tudo à sua frente (entre estes e apanhados de surpresa, pessoas). Estimando-se que entre os trabalhadores que labutavam nas diversas barragens instaladas ao longo do rio e dos sucessivos vales (localizado entre montanhas, onde se deu a quebra do glaciar e a subsequente e extensa inundação) ─ pelo menos centena e meia na construção de uma barragem/central hidroelétrica ─ assim como entre outras pessoas apanhados desprevenidas (alguns mesmo em casa) pelo chegar repentino de um volume extremo e inusitado de água, se possam contabilizar cerca de 150 vítimas mortais. Com uma enorme avalanche de rochas, lamas, água e outros detritos a descerem todo o vale (vales) do rio Dhauki Ganga, destruindo tudo à sua passagem (materiais e pessoas) e colocando mais uma vez na berlinda um importante tema ambiental e local: questionando-se se num ecossistema tão frágil como este (lugares de muita precipitação onde existem muitas inundações e deslizamentos de terra), seria responsável a construção de mais barragens expondo toda uma região e abrindo uma autoestrada para fenómenos como este. Até pelos antecedentes como será o caso dos “tsunamis dos Himalaias”: “torrents of water unleashed in the mountainous area, which sent mud and rocks crashing down, burying homes, sweeping away buildings, roads and bridges.” (Tom Batchelor/Independent/yahoo.com)
(imagem: AP/Yahoo.com)
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O Glaciar de Pine Island
As imagens documentam a perda de mais uns blocos de gelo pertencentes ao glaciar de Pine Island, num fenómeno ocorrido sobre as águas do oceano Atlântico há cerca de três semanas.
Glaciar de Pine Island
24 Janeiro 2017
(antes)
Para muitos de nós mais uma das muitas evidências sobre os efeitos provocados pelo Aquecimento Global e que tem levado ao progressivo e significativo degelo das calotes polares. Mostrando-nos a fragilidade desta afinal tão fina camada de gelo.
Neste caso com a placa de gelo constituindo a frente do glaciar localizado na Antártida e considerado na região como aquele que mais rapidamente se derrete, a fraturar-se em várias partes acabando por cair no mar – e com o seu grande volume de água (derretida e entrando no mar) tornando-se responsável por 1/4 das perdas totais do gelo deste continente do Pólo Sul.
Um grande glaciar perto do qual (e debaixo de várias camadas de gelo) se encontra um antigo vulcão (hoje aparentemente inativo e com a sua última erupção a ser reportada a mais de 2000 anos no passado), mas que no futuro poderá ter um papel importante (se não mesmo fulcral) a desempenhar no aceleramento do processo da perda de gelo no continente da Antártida.
No caso aqui retratado do glaciar de Pine Island – e por ser um dos maiores e um dos mais rápidos a derreter sendo não só responsável pelo progressivo desaparecimento do gelo no continente da Antártida como pelo aumento generalizado do nível da água do mar – e face às cada vez mais comuns fissuras, fraturas e colapsos ocorridos nas várias camadas de gelo (desde há milhares e milhares de anos sendo sobrepostas) que cobrem e escondem o seu continente rochoso, com estas imagens a mostrarem-nos a frente do glaciar a quebrar (parcialmente), as placas a entrarem em colapso caindo na água, formando pequenos icebergues flutuando suavemente e posteriormente, no prosseguimento do seu inevitável processo de transformação físico-química (passando do estado sólido para o estado líquido) desaparecendo progressivamente no oceano e finalmente no horizonte.
Glaciar de Pine Island
26 Janeiro 2017
(depois)
Segundo os especialistas apenas mais uma réplica de outros acontecimentos semelhantes – mas mais intensos – ocorridos anteriormente naquela zona mas que infelizmente se repetem cada vez mais nas regiões em torno das duas calotes polares: e para o comprovar utilizando mais imagens fornecidas pelo instrumento OLI (registo de imagem) instalado no satélite Landsat 8 (um satélite norte-americano de observação terrestre) – mostrando-nos mais fraturas aparecendo na superfície da camada de gelo (mesmo a vários Km da frente do glaciar) e sugerindo por alguns sinais já visíveis (à superfície) que outras poderão estar prestes a surgir mas vindas de níveis mais baixos.
Toda esta tragédia causada pela erosão provocada nas zonas mais baixas da camada de gelo cobrindo o continente submerso da Antártida, ao serem invadidas na sua própria base pelas águas mais quentes provenientes do oceano – destruindo a camada de gelo e logo pelo seu interior.
(imagens: earthobservatory.nasa.gov)
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Água
A deterioração dos glaciares
Glaciar de Pine Island
Imagem da fenda que está a alastrar à superfície da camada de gelo do glaciar, com a queda para o seu interior, de grandes blocos de gelo. A ruptura na superfície do gelo estende-se por mais de trinta quilómetros, com uma largura que pode atingir mais de setenta metros e profundidades de cinquenta a sessenta metros – aproximadamente ao nível da água do mar. A previsão dos cientistas é que a rachadela continuará a alastrar, acabando por formar nos próximos meses um novo icebergue, com mais de, quinhentos quilómetros quadradas de área.
O planeta Marte
Evidências em Marte
A utilização de estudos de impactos e erosão no planeta Marte podem evidenciar a existência de água subterrânea. Nesse caso, se a vida alguma vez existiu em Marte, os últimos habitats só poderiam subsistir, debaixo da superfície do planeta vermelho. Repare-se que no nosso planeta Terra, já foram encontrados ecossistemas a grandes profundidades. Logo, por breves espaços de tempo e analisando-se os materiais existentes à superfície de Marte, é possível crer na possibilidade muito forte de ter existido água e alguma forma de vida, à superfície deste planeta.
(Imagens e adaptação a partir de nasa.gov)