ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Glaciar de Apusiaajik (e Evolução da Terra)
Numa missão da NASA de observação oceanográfica tendo como objetivo o estudo do derretimento do gelo dos oceanos neste caso na região da Groenlândia (cerca de 64º latitude Norte),
Groenlândia 64° de latitude Norte
Glaciar de Apusiaajik
(26 agosto 2018)
Numa operação de seis anos tentando compreender melhor o papel dos oceanos na perda de gelo proveniente de glaciares (sua profundidade, temperatura, salinidade) e realizada em mais de 220 deles,
Tirando desde já uma 1ª e importante conclusão desta missão sobre os “glaciares” ─ tentando igualmente e sendo talvez ainda mais importante, perspetivar a potencial subida média do nível da água dos oceanos nos próximos 50 anos ─
De que a maioria dos glaciares da Groenlândia (que de terra deslizavam para o oceano) corriam no presente (e logicamente no futuro) um risco ainda maior do que até agora era pensado suceder, “perdendo o seu gelo” mais rapidamente.
Talvez uma consequência natural (por exemplo, de origem interna, geológica), talvez uma consequência artificial (de origem, no Homem, poluição), talvez apenas ─ e tendo-se Aquecimento Global, Degelo dos Polos, Efeito de Estufa ─ simplesmente Evolução (do Planeta e do seu respetivo Ecossistema).
Geologic activity on Earth appears to follow
a 27.5-million-year cycle, giving the planet a "pulse".
(18.06.2018/sciencedaily.com)
Num regime de Ciclos (evolutivos, levando ao aparecimento de espécies dominantes), decorrendo entre Saltos (Civilizacionais), a Terra tendo cerca de 4,5 biliões de anos, os dinossauros tendo andado por aqui cerca de 170 milhões de anos e por sua vez o Homem ou algo parecido com ele e até podendo ter-lhe dado origem (os símios primitivos), aparecendo há uns 10 milhões de anos. Nos últimos cerca de 240 milhões de anos duas espécies tendo-se imposto (às outras), extrapolando-se Ciclos e episódios dentro deles, podendo-se concluir que na Terra pra além da nossa outras Civilizações poderão ter aparecido e desaparecido reduzidas a pó sob a ação da passagem de biliões de anos. Algo a que Marte não resistiu, extinguindo-se rapidamente.
"Many geologists believe that geological events are random over time. But our study provides statistical evidence for a common cycle, suggesting that these geologic events are correlated and not random." (Michael Rampino/Geólogo do Departamento de Biologia da Universidade de Nova Iorque)
(consulta: photojournal.jpl.nasa.gov ─
imagens: photojournal.jpl.nasa.gov/scitechdaily.com)
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O Efeito Bolsonaro
Amazon fires are causing glaciers in the Andes
to melt even faster
(Matthew Harris/theconversation.com/28.11.2019)
Tal como o menciona Matthew Harris (em The Conversation) focando todas as notícias centradas no tema dos Incêndios Florestais na Amazónia sendo nos últimos tempos amplamente divulgas um pouco por todo o Mundo − com uns a afirmarem o aumento de número de incêndios e áreas devastadas (os eruditos, em princípio os mais certos) e com outros afirmando precisamente o contrário (os leigos-iluminados da sociedade Bolsonaro & Associados) – com o número de Fogos Florestais na Floresta da Amazónia a registarem no ano passado (de 2018) um aumento “bem significativo” de 70%, tendo como consequência (imediata) para além dal intervenção (Artificial e Antinatural) do Homem nesta região − “intervencionando-a, limpando-a e readaptando-a” (para a agricultura, criação e mineração) − o lançamento de espessas camadas de fumo para a atmosfera (bem visíveis da ISS) escurecendo-o o céu e afetando o normal funcionamento (até pela elevada poluição, por libertação excessiva de carbono) de diversas comunidades, assim como e com consequências podendo ser igualmente graves (ou mais) mas sentidas mais longe e num espaço tempo mais alargado, o “derretimento dos glaciares dos Andes”.
O que seria uma grande tragédia atingindo todo o sul do continente americano − até pela presença fundamental de água nestas regiões, para abastecerem as populações (de diversas nacionalidades) aí residentes – sabendo-se desde já que por ano esta parte da América (o sul) emite cerca de 800.000.000Kg de carbono (carbono-negro) para a atmosfera. Acrescentando (e concluindo) Matthew Harris:
“This truly astounding amount is almost double the black carbon produced by all combined energy use in Europe over 12 months. Not only does this absurd amount of smoke cause health issues and contribute to global warming but, as a growing number of scientific studies are showing, it also more directly contributes to the melting of glaciers.”
E se por acaso e como o artigo informa o efeito causado pela presença do carbono-negro (resultante dos incêndios florestais e formando as espessas camadas de nuvens) ainda não está incluído nos estudos sobre os temas (tão atuais e impactantes) do Aquecimento Global e das Alterações Climáticas, então o perigo poderá ser ainda muito maior do que o até ao presente previsto – com todo o litoral-ocidental da América do Sul a sofrer na pele os efeitos do aquecimento global (subida das temperaturas do ar, derivado dos incêndios), com o degelo dos glaciares a acelerar-se incorporando “água e carbono-negro”, para finalmente a água escassear, faltar, tornando os terrenos áridos (sem flora, sem fauna, sem população humana). Como o dá a entender Matthew (The Conversation):
“The tropical belt of South America is predicted to become more dry and arid as the climate changes. A drier climate means more dust, and more fires. It also means more droughts, which make towns more reliant on glaciers for water.”
Cordilheira dos Andes englobando seis países – Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela, a “América Andina” − mais um fazendo-lhe fronteira e companhia − a Argentina – tal como a [Wikipédia] informa berço e palco de grandes Civilizações Antigas (como a dos Incas) mas por outro lado cenário conjuntamente com todos os países da América Latina (quase toda a América do Sul e Central) de intervenções externas desestabilizadoras (começando logo com a invasão espanhola dizimando as civilizações aí existentes) − destruindo, matando e tratando comunidades inteiras (e interligadas) como subespécies unicamente destinadas ao sacrifício (no palco global capitalista) em favor das matérias-primas, sua exploração e obtenção máxima de lucro para as suas elites – com sucessivos golpes militares, governos ditatoriais, corrupção e mudanças pretensamente legais de poder (desrespeitando de uma maneira ou de outra as constituições e leis dos países “intervencionados” em nome de interesses superiores, terminando sempre nos norte-americanos)
− Tendo como exemplos uma das mais antigas (no entanto recente), sangrentas e icónicas intervenções da CIA e dos norte-americanas na América do Sul, o Golpe de Estado Militar do Chile (Setembro de 1973, antecedendo o 25 de abril) liderado pelo ditador fascista Augusto Pinochet, derrubando e executando o presidente eleito Salvador Allende e prosseguindo com uma perseguição sanguinária aos seus apoiantes (como a todos os suspeitos de simpatia e demais do costume) e ainda para os com os dotados de menos memória (ou desejo dela, seletiva), os recentes acontecimentos ocorridos na Bolívia com os golpistas apesar de minoritários mas contando com a colaboração dos militares (e mais uma vez apoiados pela CIA) a colocarem em fuga ameaçando de morte o Presidente do seu país (o índio Evo Morales) e apoderando-se (sob a revolta popular imediata e já com vítimas mortais) ilegalmente do poder –
No presente voltando de novo a estar na sua quase totalidade (dos países sul-americanos) na ribalta, agora não apenas pelo brutal estrangulamento (direto, violento e imediato) socioeconómico do seu povo e pelo apoderamento das matérias-primas do seu país escravizando-o o povo na sua exploração, mas tal e qual como faria qualquer fanático-terrorista (Efeito Bolsonaro) deitando fogo a um bem comum (de todos ) e devendo ser dado a usufruto da totalidade, pegando num fósforo e deitando fogo à floresta prometendo a partir daí o Novo Mundo: numa Segunda Fundação aplicando a teoria da Terra Queimada. Criando à sua imagem o seu Mundo e pouco se importando com a situação os outros: mas o que dirão (para além dos brasileiros) todos os outros, entre eles os últimos Guardiões da Cordilheira dos Andes.
(imagens: 3523studio/shutterstock/theconversation.com − adventurealternative.com − economista.com − dailynews.lk)
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Notícias de Ontem
Na central nuclear de Fukushima, mais um episódio negativo a acrescentar às consequências do desastre desencadeado com o tremor de terra e o posterior tsunami, que afectou uma das costas do Japão: nova fuga radioactiva no reactor 2 da central, contaminando fortemente as águas do oceano Pacífico.
Um dos 300 “voluntários” de Fukushima
Na Líbia, à medida que as forças dos Estados Unidos da América se vão retirando directamente do conflito e entregando o comando da acção à Europa, via NATO, o conflito parece querer tomar outra direcção, ainda não perfeitamente perceptível. Com isto, Kaddafi contra-atacou novamente com armas pesadas, pondo os rebeldes nuns casos em fuga, noutros em alerta total, chegando estes últimos ainda a ser bombardeados e mortos, no meio de toda esta confusão e caos, pelas forças amigas da coligação. A Europa ainda está a pensar – o petróleo falará mais alto?
Rebelde “a caminho” de Tripoli
O Dalai Lama falou recentemente do degelo acelerado que está a acontecer actualmente nos glaciares tibetanos e das consequências negativas que terá para o desenvolvimento e sobrevivência das populações que circundam toda esta região, o desenvolver deste processo, se entretanto não forem tomadas medidas para tentar contrabalançar o que está a suceder a nível climático, nesta zona do globo. Mas se o regime chinês nem liga aos tibetanos, como esperar outra atitude diferente, face aos territórios “destes”?
Uma parte do “outro mundo” em parte perdido
Fotos – The Huffington Post