ALBUFEIRA

BRUXA-MÁ: Espelho Meu Espelho Meu, Qual É O Banco Melhor Que Eu?

ESPELHO: O Novo Banco!

Não desista: sem dinheiro mas actualizado!

Como todas as segundas-feiras da manhã – desde há quase meio século – hoje fui ao meu banco ver como andavam as coisas.

Cheguei lá por volta das nove – confesso que não gosto muito de confusões – e felizmente só lá estavam dois clientes na fila.

O primeiro cliente abandonou o balcão, ainda estava eu a entrar no interior do banco: imediatamente tomei o meu lugar e fiquei a aguardar a minha vez.

Esperei pouco mais de cinco minutos e precisamente às 09h10mn vi-me finalmente diante da Sra. Conceição: a aluna mais nova da minha turma do primeiro ano da escola primária, que mais tarde se tornara bancária e que estava já muito perto da reforma.

Dei-lhe logo os bons-dias e perguntei-lhe pelas minhas contas. E amistosamente ainda a questionei sobre o estado de saúde do seu gato. Não compreendi logo a sua resposta.

“Se fosse só o gato”!

A Conceição era uma grande amiga de infância e além disso como minha gestora de conta foi logo directa ao assunto: o seu banco de ontem agora já não existe e aquele que agora lhe sucedeu não é um mas agora são dois.

Inicialmente fiquei bastante baralhado, mas sabendo como por vezes ela se comportava, ainda pensei que fosse mais uma das suas brincadeiras: quando nova, ela gostava de nos pregar algumas partidas e esta só podia ser mais uma delas. Para mim, claro!

Mas para ela não. O banco fora na realidade extinto no Domingo anterior, sendo de imediato dividido em dois: um Banco Bom – já baptizado como Novo Banco – e um Banco Mau – ainda por baptizar.

Mas afinal em qual dos bancos me encontrava eu naquele momento? Teria acontecido algo de sobrenatural desde a última semana que eu não tivesse topado? Que eu tivesse reparado não.

E a Conceição falou: o Manuel (eu) está no Novo Banco (o Banco Bom) com o outro (Banco Mau) a ficar nas mãos do Espírito Santo. Mas infelizmente o Manuel também tem relações com o outro lado.

E então apresentou-me a minha contabilidade resumida (quem dera!):

Tabela para Leigos – Rirem e Chorarem

Só podia ser gozação: ainda há poucos dias subscrevera mais acções do banco agora inexistente sob conselho do próprio e ainda existente governador do Banco de Portugal!

Quanto à nova estrela em ascensão – a Ministra e Taróloga Maria Luís – preferi nem sequer a ouvir. Até já sei o que vai dizer: “ Que os 5.000 milhões vão ser emprestados ao Banco Bom/Novo Banco em nome do estado português (a juros baixos), mas que nada de negativo se repercutirá sobre os contribuintes portugueses”.

Mais que evidente!

Tal e qual como no caso BPN mas agora com uma semântica diferente.

(imagem – lusonoticias.com)

O anúncio oficial e por decreto do início da guerra inter-geracional é um sintoma final da doença fatal que já corrói o nosso país e todos os valores morais e éticos transmitidos pelos nossos antepassados através da preservação da sua cultura e da sua memória – património deles, nosso e dos nossos filhos.

A desagregação do Estado e a entrega do poder às Empresas é a principal causa da desvalorização da vida humana – descartando estas últimas todos os produtos excedentários sejam velhos ou sejam novos!

Insulto e Gozação

O Presidente da Republica Cavaco Silva convocou para o próximo dia 20 de Maio um Conselho de Estado tendo como ordem de trabalho “ As perspectivas da Economia Portuguesa no pós-troika, no quadro de uma União Económica e Monetária efectiva e aprofundada”.

Ao princípio ainda pensei que o tema escolhido para esta convocatória só podia ser “Gozação”. Mas de seguida recordei-me da assumpção por parte de Cavaco Silva da sua posição de “Reformado” face à sua função de “Presidente”, pelo menos no que tocava à sua folha “Excel” remuneratória.

O que na realidade se está a passar é a constatação e a confirmação de todos os avisos e sinais de morte que progressivamente vão envolvendo definitivamente o nosso país (e toda a Europa) e a lógica preparação do evento que sucede a todas as doenças mortais: neste caso o nosso “Funeral”.

Constatação

Qual seria a tua reacção se, após tratamentos contínuos a uma doença de diagnóstico difícil mas possível de ter solução, nada resultasse com as escolhas até aí adoptadas pelos especialistas por ti consultados, escolhendo estes então como alternativa prioritária e fundamental para a cura do seu doente, a análise efectiva e aprofundada do seu futuro pós-doença?

Provavelmente ias-lhes às trombas, não só por ser um insulto à nossa inteligência, mas ainda por te estarem a gozar e cuspir na cara: logo aqueles que adoptaram, criaram e transmitiram o vírus, afirmando serem a cura para todas as doenças!

(imagem – Disney/Pixar)