ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Forte Onda de Calor Cobrindo o Hemisfério Norte
Talvez se salvando na ponta (para já)
– Da Península Ibérica –
O Jardim à beira-mar plantado (Portugal um pouco mais fresquinho).
Terra
Mapa da Onda de Calor varrendo todo o planeta
Com as temperaturas máximas a baterem recordes
No norte da Europa, no Canadá e na Sibéria
Num mês de Julho seguindo-se ao início do Verão (a 21 de Junho) sucedendo a um mês de Junho considerado o mais quente registado (na Terra) desde finais do século XIX, olhando para o Mapa da Terra de Ocidente a Oriente (dos EUA até à China) particularmente para o Hemisfério (Norte) onde reina esta estação (o Verão até 23 de Setembro), verifica-se que todo este semicírculo terrestre (situado acima da linha do Equador) se encontra maioritariamente submetido (em toda a sua longitude) a uma intensa Onda de Calor (mesmo a baixas latitudes em aproximação ao Círculo Polar Ártico) causando um pouco por todo o lado um número crescente de vítimas (algumas delas mortais):
Japão
Inundações, desabamentos de terra e onda intensa de calor
Atingindo tragicamente o Japão
(e provocando no mínimo três centenas de vítimas mortais)
Com os últimos acontecimentos (provocados por esta Onda de Calor) a terem origem na Grécia (com o intenso calor a provocar a eclosão de incêndios apanhando muita gente de surpresa e com o balanço do número de vítimas a caminho dos 100 mortos e dos 200 feridos – para além de todas as casas destruídas) – depois da surpresa da Suécia (com dezenas de incêndios no Ártico devido ao tempo seco e às elevadas temperaturas andando pelos 30⁰C/35⁰C) – depois de passarem pelas Filipinas (com as chuvas intensas das monções durante quase uma semana a afetarem cerca de 700 milhares e no mínimo 5 mortos), causado o caos no Japão (depois de forte precipitação e desabamentos, seguindo-se ainda no rescaldo uma violenta vaga de calor – em conjunto com centenas de desaparecidos e/ou vítimas mortais), atingido até a China (com a Tempestade Tropical Ampil – Severa – a cair nas imediações de Xangai) e ainda os EUA (entre outros com os seus destrutivos Tornados como o ocorrido há dias no estado norte-americano do Iowa).
Suécia
Com uma vaga de calor intensa a atingir a Suécia
(com temperaturas atingindo os 35⁰C)
Provocando o despoletar de mais de 40 incêndios
E neste tempo de evidências (e provas) das alterações Climáticas em curso um pouco por todo o Mundo incluindo naturalmente a Europa, mesmo em tempos de crise (político-sócio-económica) e face à grande possibilidade da perda de integridade (territorial) de todo o Velho Continente, vendo-se agora a União Europeia (EU) a juntar em torno de si (e do ERCC/Emergency Response Coordination Center) todos os esforços possíveis tentando salvar a face na Suécia e na Grécia.
Grécia
Depois de um fogo devastador (por rápido e intenso)
Calcinando centenas de propriedades (localizadas na zona este de Attica)
Com as vítimas mortais a aproximarem-se de uma centena
Um ano depois de numa latitude vizinha (Pedrógão Grande/40⁰N e Mati/38⁰N) mais propriamente em Portugal (mais de 30⁰ para oeste a uma distância superior a 2.500Km), um Evento Apocalítico semelhante tivesse igualmente ocorrido aparentemente sem consequências em Portugal como (inacreditavelmente ou não) em toda a EU – daí o ocorrido na Grécia (tal como em Portugal e jamais se conhecendo arguidos) tal como diariamente se passa no mar Mediterrânico (com seres vivos como nós tornados inexistentes, morrendo silenciosamente no mar e aí desaparecendo, limpando assim o cadastro talvez deliberadamente, talvez por associação, de muitos dos criminosos):
EUA
Com um tornado a atravessar uma localidade (c/ 27.000 pessoas) no Iowa
Causando danos catastróficos num dos lados da cidade
E levando pelo ar árvores/telhados/automóveis (s/vítimas a registar)
Bastando para tal disfarçar, olhar convicto para o lado e rapidamente interiorizar (tal e qual como se fossemos uma Máquina), que neste Mercado Global entronando a dupla de impacto Objeto/Mais-Valia, quem manda é quem tem dinheiro pois “As Aparências Iludem e como tal dão Poder”. Só depois vindo o Sujeito – se entretanto e como se vê (pela crescente sucessão destes Eventos) o Homem (comum) sobreviver às Intempéries.
[Já no caso do Algarve e da cidade de Albufeira com a previsão meteorológica para os próximos 4 dias (quinta-feira a domingo), a apontar para céu limpo a pouco nublado e vento moderado de norte (e ultravioletas elevados) e com as temperaturas a variarem entre os 16⁰C (de mínima) e os 32⁰C (de máxima). E às 00:01 de quinta-feira (dia 26 de julho) registando-se 19⁰C.]
(imagens: Climate Change Institute/express.co.uk – Getty Images/scientificamerican.com – Getty Images/aheflin/in-pharmatechnologist.com – greekcitytimes.com – Twitter/express.co.uk)
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Lá não como por Cá
Enquanto do Lado de Lá a Meteorologia parece não lhes querer dar descanso (à Turquia e à Grécia) do Lado de Cá continua o Verão de São Martinho (aqui no Algarve).
À noite observando o céu em Albufeira
Com o Tempo de Pernas-Para-O-Ar um pouco por toda a Europa (Ocidental) as notícias de extremos Meteorológicos ocorridos neste Continente, deslocam-se agora para leste atingindo a Turquia e a Grécia: no caso da Turquia com uma grande Tempestade (incluindo um Tornado) e no caso da Grécia com grandes inundações (de proporções consideradas bíblicas).
Severe storm, large tornado hits Turkey, leaving extensive damage and 25 injured
November 14, 2017
Tornado e pedras de Granizo na Turquia ‒ Antalya
(14 de Novembro de 2017)
Na Turquia com o sudoeste do país a ser atingido de 2ªfeira para 3ªfeira (13 para 14) por uma tempestade severa acompanhada por um Tornado e ainda por uma forte queda (de grandes bolas) de Granizo, destruindo telhados, derrubando árvores e ferindo pelo menos 25 pessoas (sobretudo em locais perto da costa) ‒ dados The Watchers.
"Biblical disaster:" Destructive flash floods rage through Athens outskirts, 15 killed
November 15, 2017
Chuvas torrenciais e Inundações na Grécia ‒ Attica
(15 de Novembro de 2015)
Na Grécia (e no dia seguinte) com chuvas torrenciais a abaterem-se sobre a região de Atenas, transformando as cidades e as suas ruas (em redor da capital grega) em autênticos e volumosos rios (em caudal) transportando à sua frente montes de lama e de lixo: e à sua passagem provocando grandes inundações, imensa destruição e pelo menos 14 vítimas mortais. Contribuindo também a hora (por volta da meia-noite) ‒ dados The Watchers.
(imagens: PA e Severe Weather Europe)
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E na GRÉCIA venceu o SYRISA
“Só por se terem verificado (as constantes consultas populares na Grécia) na prática a Alemanha já tinha ganho: sem disparar uma bala e metendo tudo no bolso.”
Panos Kammenos (ANEL) e Alexis Tsipras (SYRISA)
Depois de em Janeiro deste ano o SYRISA ter sido declarado vencedor nas Eleições Legislativas na Grécia (a 2 lugares da maioria absoluta o que o obrigou a coligar-se com o partido conservador ANEL), eis que em Setembro deste mesmo ano as mesmas eleições se repetem de novo apenas para confirmarem os resultados anteriores. Mesmo que há pouco mais que dois meses (5 de Julho) e face ao importantíssimo referendo proposto pelo SYRISA (na defesa intransigente da soberania grega) o povo responde-se maioritariamente NÃO e de imediato fosse atraiçoado pelo seu líder partidário ALEXIS TSIPRAS – respondendo SIM (aos credores alemães).
Partido | Janeiro (%) | Setembro (%) | ↑↓ | Janeiro (lugares) | Setembro (lugares) | ↑↓ |
SYRISA | 36.3 | 35.47 | 0.83 | 149 (99+50) | 145 (95+50) | 4 |
NOVA DEMOCRACIA | 27.8 | 28.09 | 0.29 | 76 | 75 | 1 |
AURORA DOURADA | 6.3 | 6.99 | 0.69 | 17 | 18 | 1 |
PASOK | 4.7 | 6.28 | 1.58 | 13 | 17 | 4 |
COMUNISTAS | 5.5 | 5.55 | 0.05 | 15 | 15 | 0 |
POTAMI | 6.1 | 4.09 | 2.01 | 17 | 11 | 6 |
ANEL | 4.8 | 3.69 | 1.11 | 13 | 10 | 3 |
UNIÃO DE CENTRISTAS | 1.79 | 3.43 | 1.64 | 0 | 9 | 9 |
UNIDADE POPULAR | - | 2.86 | - | - | 0 | 0 |
(dados: theguardian.com e wikipedia.org)
Como se pode facilmente constatar (através de uma rápida análise destes resultados eleitorais) quando um Estado chega ao seu ponto máximo de exaustão (quando está económica e financeiramente mais suscetível a intrusões, condicionando a sua soberania em todas as áreas e podendo levá-lo até ao fim de linha e à sua subsequente queda e desaparecimento), por mais que se tente mudar o trajeto de um percurso já há muito traçado e percorrido, muito dificilmente se poderá alterar algo ou ter alguma réstia de esperança. O que mudou então desde Janeiro até Setembro (com Julho pelo meio)? Na prática nada!
E com factos.
O SYRISA como força política governamental manteve a sua maioria política, desvalorizando-se ideologicamente e privilegiando a liderança política da velha e decrépita da Europa, que antes combatia; se ainda tivessem dúvidas do ponto anterior o verdadeiro SYRISA que se descartou da direção do traidor TSIPRAS fundando um outro partido (Unidade Popular) nem 3% de votos teve não elegendo um único deputado;
O voto polarizou-se entre dois blocos políticos um protagonizado pelo partido no poder/anterior oposição/eventual salvador da Grécia (o SYRISA) e o outro protagonizado pelo maior partido da oposição/anterior partido no poder/real carrasco da Grécia (NOVA DEMOCRACIA), ficando o ANEL com o crédito de Aliado (apesar da descida de lugares) e os outros partidos com pouco mais do que nada;
O que apenas significa que o panorama geral do drama grego se mantem, mesmo após três consultas consecutivas do seu eleitorado, sempre dizendo NÃO enquanto os políticos pacientemente vão dizendo SIM.
E apesar de tudo isto e do imbróglio europeu os gregos ainda acreditam que a seguir ao seu país (e na sequencia dos seus resultados eleitorais) virá a vez da Espanha e até de Portugal (países na crista da onda dos pobres e indignados). Com quem?
(imagem: MICHALIS KARAGIANNIS/REUTERS )
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Domingo votam os Gregos
“Uma coisa é certa: se não nos mexermos é porque já estamos mortos!”
Evolução das sondagens de Janeiro a Setembro
(Vermelho/SYRISA – Azul/NOVA DEMOCRACIA)
No próximo domingo dia 20 de Setembro os gregos vão de novo (infeliz e inevitavelmente) às urnas. Depois de no início do ano terem elegido maioritariamente para a sua assembleia parlamentar representantes do SYRISA – sendo posteriormente ludibriados pelo líder carismático do mesmo partido, que face ao NÃO dos seus eleitores respondeu SIM à EU – a Grécia vê-se agora num novo momento de consulta popular, que mais uma vez e talvez definitivamente a irá lançar no caos mas agora muito mais profundo: um Governo minoritário do SYRISA ou da NOVA DEMOCRACIA, alicerçado no apoio do derrotado ou no de um dos outros partidos menores. De qualquer forma e como o SYRISA já o demonstrou (mesmo sendo um partido intitulando-se da extrema-esquerda) sempre obediente à tutela alemã. E com estes resultados a registarem-se na Grécia, com milhares de migrantes em fuga por toda a Europa e com o conflito da Ucrânia em banho-maria, talvez estes últimos dias ainda nos façam pensar e nos levem a decidir, qual a nossa melhor opção: continuar ou mudar.
(imagem – WEB)
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Europa – Já faltou mais para o Fim
“The third bailout is the result of more than six months of turbulent negotiations, which pushed Greece back into recession, left its banks subject to stringent capital controls, while delaying any action to reduce Athens’s huge debt burden until the fall.”
(economonitor.com)
Berlim – Parlamento Alemão
Qual será a estratégia da Alemanha face à crise económica grega, agora que o seu interlocutor privilegiado apresentou o seu pedido de demissão? Apesar de ter capitulado contrariado (oferecendo a Grécia à Alemanha) e de estar em rota de colisão com o seu eleitorado (pedindo-lhe um NÃO e oferecendo-lhe um SIM), TSIPRAS sempre era o rosto da Grécia e um representante credível para o início (imediato) das privatizações. Mas agora que a primeira tranche do empréstimo foi paga e se regularizaram pagamentos (a curto-prazo), eis que o interlocutor se afasta e a Alemanha fica sozinha (para a concretização dos seus negócios). Um risco que a Alemanha não se pode dar ao luxo correr, sendo como é uma das partes mais interessadas na rápida resolução do problema económico e financeiro grego (já que a Alemanha é de longe um dos maiores credores da Grécia) e apressada como está no início da privatização (aquisição e controlo) de todos os sectores produtivos e fundamentais deste Estado anteriormente soberano. Pelo menos até 20 de Setembro (mais um mês de interregno) tudo ficará pelo menos parcialmente em suspenso, o que certamente poderá dar origem ao aparecimento de novas convulsões internas e exteriores à Grécia e como consequência mergulhar de novo a EUROPA na crise em que já vive há tantos e tantos anos. Entretanto ficamos a aguardar por novos desenvolvimentos sobre todo este impenetrável e comprovadamente irresolúvel processo (diminuição do défice de um estado falido), com a certeza absoluta de que a oriente nada de novo surgirá (seja por parte da Alemanha, seja por parte da Grécia), que todos os outros países fazendo parte da EU se calarão por receio de contágio argumentativo (como a Espanha e Portugal) e que Wolfgang Schäuble lá estará para nos lembrar daquilo que pretendemos e de como teremos que lhe retribuir para o conseguir. Caso contrário a solução (provavelmente já encomendada) será a da porta de saída, da sempre presente e solidária Comunidade Económica Europeia.
“Greece crisis: Syriza rebels form new party.”
(bbc.com)
E agora com o problema da Grécia de novo à nossa perna (e de toda a EU), ainda mais se irão animar as outras duas eleições a realizar este ano noutros dois países pobres e do sul do continente, tal como a Grécia com a corda cada vez mais apertada ao seu pescoço: Portugal e Espanha.
(imagem – fosterandpartners.com)
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Nunca se Deve Resistir a um Ladrão?
Greece live:
Alexis Tsipras to resign and call September snap election
(telegraph.co.uk)
Com a Alemanha a atirar-se com voracidade total a tudo o que ainda mexe e possa dar lucro (como um eficiente predador económico que é privilegiando a parte financeira), não há ninguém que lhe diga da necessidade de pelo menos se conter (nem mesmo as suas futuras vítimas), pois de um morto já sem carne pouco mais que nada se tirará.
Wolfgang Schäuble
Depois de toda a UNIÃO EUROPEIA ter assistido impávida e serena (como faria qualquer oportunista) via parlamento alemão à declaração de vitória do Ministro das Finanças da ALEMANHA Wolfgang Schäuble sobre um Estado soberano como a GRÉCIA (e como consequência impondo definitivamente o seu Projeto Europeu a todo o continente integrando a EU), sabe-se agora que o Primeiro-Ministro grego Alexis Tsipras acabou por não aguentar o primeiro impacto desta onda vitoriosa e invasora vinda da Alemanha (nem sequer necessitando de exército ou de armas e podendo mesmo ser considerada humanitária), estando segundo as últimas notícias recebidas prestes a pedir a sua demissão e a convocar eleições antecipadas.
Se já ninguém compreendera a cambalhota do chefe do Governo da Grécia ao dizer SIM à Alemanha depois de uma consulta por si pedida ao eleitorado grego em que este por maioria respondera NÃO (e logo um SIM a pedido do Chefe), face ao imediato, devorador e no mínimo vergonhoso assalto do Estado alemão a todas as infraestruturas básicas e fundamentais do Estado grego (aproveitando-se da profunda crise grega para, devido à brutal desvalorização ganhar milhões) ele não poderia continuar mais com a sua atitude passiva e de capitulação (uma estratégia que nunca deu frutos para a generalidade do povo), sob pena de deixar a curtíssimo prazo de ser um ativo real e simplesmente desaparecer: o que até poderia ser bom para um qualquer político irresponsável e oportunista dito de direita (como nós conhecemos alguns idos do nosso país para o palácio de Bruxelas), mas que seria uma incontornável contradição face aos princípios defendidos pelo seu partido (de esquerda).
Última Hora:
Primeiro-Ministro da Grécia
DEMITE-SE
(evitando ser esmagado)
Depois de WOLFGANG o ter literalmente atropelado socorrendo-se de todas as rodas (países) da sua cadeira (nunca se esqueçam das rodas suplentes), TSIPRAS começa agora a ser esmagado pelo peso agora adicionado (político) de MERKEL.
(definição de Ladrão: “pessoa que toma para si objetos que a sociedade considera de outrem”/wiktionary.org)
(imagem: Markus Schreiber – AP)
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Otimismo Malévolo
Greece’s debt stock is now projected to peak at 200% of GDP. No private creditor is going to lend money to Greece at reasonable rates when its debt load is unsustainable.
(economist.com)
Por este caminho nem sequer será pela negociação da dívida que a Grécia se salvará da bancarrota: a única alternativa será mesmo perdoá-la. E talvez seja precisamente nisso, que jogam as duas partes: a EU e a Grécia. Mas será que eles já pensaram o que acontecerá depois?
Tsipras e Schäuble
Schäuble 'confident of result' at EU Greece talks.
(thelocal.de)
Depois de tanto ter aprendido e assimilado (sendo até vítima de um atentado que o colocou numa cadeira de rodas) durante o seu duvidoso e problemático percurso político no interior da CDU (evoluindo de protegido do ex-chanceler Helmut Kohl a seu substituto; entretanto demitindo-se devido a um escândalo financeiro sendo substituído por Angela Merkel; e mais tarde sendo recuperado pela mesma para seu braço direito), eis que o verdadeiro líder da Europa Ocidental (o alemão Wofgang Schäuble) se sente de novo otimista e feliz, face à capitulação esquerdista do grego Alexis Tsipras.
Berlin signals go-ahead for Greek bailout deal.
(ft.com)
Entretanto lá pela Grécia os seus habitantes preparam-se para levar com o terceiro pacote de ajuda financeira (num total de 85 mil milhões de euros), sabendo de antemão que a primeira tranche do programa de resgate (variando entre 20 e 25 mil milhões de euros) nunca lhes chegará às mãos, perdendo-se como sempre entre a recapitalização dos bancos e outros pagamentos inadiáveis (num mínimo de 15 mil milhões de euros). Terminando com a espetacular previsão para a divida grega, com a mesma a ultrapassar uns inimagináveis 200% do seu GDP.
(imagens – tripplenews.com/telegraph.co.uk)
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A Europa de Schäuble
Será a de Merkel?
O que parece é que o Chefe/Schäubel mandou o seu General/Merkel anexar a Grécia e que o colaboracionista grego por essa altura no Governo aceitou a situação como inevitável. Concordando em transformar-se (travestindo-se numa pirueta impressionante) no representante do exército de ocupação.
Merkel e Schäuble
Para quem ainda tinha dúvidas de quem manda na Alemanha basta ler apenas algumas partes da entrevista de SCÄUBLE ao semanário alemão DER SPEGEL.
“Schaeuble says ready to resign if hand forced in Greece talks.”
Como Ministro das Finanças do país que lidera e comanda as finanças conjuntas de toda a UE, com as suas recentes declarações ele só vem mais uma vez confirmar que para ele a Alemanha estará sempre em primeiro lugar só depois surgindo a Europa.
"Angela Merkel is chancellor, I am finance minister. Politicians derive their responsibility from their functions. No-one can force them. If someone tried I could go to the president (Joachim Gauck) and ask him to dismiss me."
E entre assumir a solidariedade para com um Estado em extrema dificuldade (económica e financeira e correndo um grande risco de implosão) ou aconselhar em sentido contrário a sua imediata expulsão (no fundo ele vê o mundo como uma instituição prioritariamente financeira, claramente a melhor forma de controlar os mercados sentado numa cadeira – e não necessita ser de rodas), SCHÄUBLE demonstra uma linha de pensamento sem hesitações e verdadeiramente inflexível (por inalterável ao longo de todo este tempo): o que o leva a afirmar mesmo depois de estabelecido o acordo UE/GRÉCIA, que o melhor cenário para os gregos seria mesmo deixarem a UE (subentendendo-se simultaneamente, que seria também o melhor para a UE).
“Asked if he was thinking about resigning, he replied: "No, what makes you think that"? Schaeuble said he and Merkel had an understanding: "We know we can count on each other."
Desautorizando MERKEL (e com ela toda a Europa) e confirmando que enquanto lá estiver, “dinheiro emprestado para incompetentes só mesmo sobre o seu cadáver”.
“So far Merkel has been able to draw on Schaeuble's popularity among members of her conservative-social democrat coalition to garner grudging acceptance for a third Greek bailout.”
E assim se concluiu mais uma temporada desta grande série televisiva europeia, registando grande audiência (apesar da enorme monotonia do guião) no decorrer dos seus últimos anos de projecção (a outra série de grande êxito a ser rodada na Ucrânia encontra-se de momento num impasse temporário devido a razões financeiras), esperando-se que pelo desenvolvimento dos últimos acontecimentos (no Governo grego) o início da próxima temporada esteja mesmo aí ao dobrar da esquina.
“A poll in early July showed 72 per cent of Germans supporting his approach.”
E se dermos a volta a todo o quarteirão (da Europa) outros candidatos (para já cautelosamente à espreita) começam a ser identificados e seleccionados para a estreia de outras novas séries, demonstrando com o seu currículo e potencial previamente por eles apresentados, qualidades e capacidades tornando-os capaz de (com mais um pouquinho de austeridade) rapidamente atingirem êxitos semelhantes: Portugal, Irlanda, Espanha, França, Itália e por aí fora (na sua autofagia a Europa que escolha).
(texto/inglês: AFP/18 Julho – imagem: WEB)
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Atenas já está a Arder!
Athens fire
Greek capital smothered in smoke as mountainside blaze threatens homes
“A huge wildfire has broken out near Athens, spreading over mountainsides overlooking the Greek capital and blanketing it in thick smoke. The blaze was moving fast this morning, fanned by strong winds and devouring parts of hillsides popular with walkers and tourists. At least 45 firefighters with 18 engines, a water-dropping plane and two helicopters were battling the blaze, along with volunteers, the fire department said in a statement.” (Lizzie Dearden/17 de Julho)
Atenas
Condenada por toda a Europa Civilizada a viver num moderno (e pelos vistos modelar) campo de concentração (minimamente) organizado, destruída por sucessivos governos oriundos dos mais diversos quadrantes políticos apenas interessados em manter os bancos vivos e a circulação interna de dinheiro (para eles também) e finalmente enganada por um partido que há seis meses atrás a jurou defender e num relâmpago transformou um NÃO num SIM traindo a vontade expressa pela maioria do seu povo (permitindo a invasão dos novos panzers alemães), a GRÉCIA como país integrante dos EUE (Estados Unidos da Europa) é simplesmente abandonada e entregue ao ostracismo social, apenas por estarem falidos e pelos seus cidadãos serem uma cambada de malandros. Será essa uma razão (que seja eticamente válida), ou uma condenação (previamente preparada)?
Enquanto que a Alemanha vai desde já avisando o Governo Grego actualmente no poder de que está por sua própria iniciativa e benefício a fazer um inventário de todo o Património da Grécia (de modo a totalizar para já 50 mil milhões de euros – certamente que cobrará o serviço), não se incomodando minimamente com as condições básicas e humanitárias de vida da generalidade desse povo, os políticos desse país sob ataque e perigo extremo de invasão (os gregos), vão por um lado justificando a actual situação do seu país como mais uma inevitabilidade (a mesma treta da direita) esquecendo por outro lado (o mais importante para a manutenção da soberania) a sua vergonhosa capitulação (e colaboracionismo, no consentimento da ocupação do seu território por parte dos invasores).
(texto inglês/imagem – independent.co.uk)
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O Caminho da Salvação
“Jesus (um potencial extraterrestre)
deu a Sua vida para nos salvar (a nós os terrestres).”
E os portugueses (que estão como eles) salvaram os gregos (que estão como nós)?
Como é que é possível que os portugueses (apesar do calor asfixiante de Verão), aproveitando a maior e única época festiva do ano (as férias grandes passadas integralmente na praia), ainda dêem mais importância a Plutão relativamente ao que se passa na Grécia? Talvez seja pelo fascínio que o desconhecido e a aventura ainda exercem sobre nós, postos perante a monotonia e a miséria do nosso paupérrimo quotidiano terrestre.
Grécia
Se fizéssemos uma consulta global talvez não fossem assim tão surpreendentes os resultados finais: com a esmagadora maioria da população mundial a acreditar (muito perto de 7 biliões) que a solução terá que vir (infelizmente) de um conjunto exterior. Ou seja: consumado o assalto (concentrado) das Corporações e diluído (pela sobreposição do objecto) o valor do ser humano, se por acaso não for Jesus Cristo a salvar-nos, só mesmo outro Extraterrestre.
Plutão
Entretanto lá nos vamos contentando com a nossa Época Maluca à Portuguesa (Silly Season), contentando-nos com as últimas novidades sobre os nossos VIP´s de Verão (namoram, fizeram sexo, separaram-se) e desfrutando da nossa liberdade temporária (mas sempre condicionada), enquanto no meio de um arroto ou de uma nova erecção lá nos vamos actualizando a nível nacional (as implicações do fenómeno grego em Portugal) e internacional (as implicações da chegada a Plutão em Portugal).
A Vida é que não espera: e disso a Grécia (Tsipras acaba de ver o seu acordo com a UE ratificado pelos seus adversários no parlamento grego: 229 a favor, 64 contra e 6 abstenções) e Plutão (outro sistema com evidentes depósitos de água num ponto tão distante da Terra) são excelentes testemunhas.
(imagens – WEB e NASA)