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Hematite de Marte

Quinta-feira, 02.11.17

Uma amostra de hematite (uns 6cm) identificada em 17 de Setembro de 2017 durante o 1819º dia de estadia do Rover CURIOSITY em Marte.

 

PIA22067.jpg

Investigando uma rocha

(depois de devidamente escovada e revelada)

Debaixo da poeira marciana

(MSL ‒ Curiosity Rover ‒ PIA 22067)

 

Tendo aterrado no planeta MARTE (na região onde se localiza a cratera GALE) em 6 de Agosto de 2012 e nestes mais de 5 anos utilizado o seu veículo motorizado para se deslocar sobre a superfície marciana (explorando-a e estudando a sua evolução), o ROVER CURIOSITY vem-nos agora apresentar um dos seus trabalhos desenvolvidos no cumprimento da sua missão no 4º Planeta Interior do Sistema Solar (também conhecido como o Planeta Vermelho).

 

Servindo-se dos instrumentos associados ao braço automático acoplado ao Rover e através da sua utilização tentando descobrir o que se poderia encontrar debaixo da poeira marciana cobrindo a superfície rochosa (removendo-a, podendo mais rigorosamente identificar os materiais em presença), com a escova do robot a remover a camada superficial pondo claramente à vista uma presença distinta e característica da HEMATITE.

 

PIA22066.jpg

Ampliação

(Hematite)

Estudo duma rocha marciana

(PIA 22066)

 

Uma amostra posta a nu pelos instrumentos de limpeza do Rover (a ele acoplados), apresentando-nos no cume de VERA RUBIN (onde o Rover se encontra na imagem) uma rocha pela sua apresentação e cor sugerindo tratar-se de hematite, com pequenas fraturas ou sulcos preenchidos por minerais de sulfato de cálcio (linhas claras na rocha). E com a hematite (segundo os cientistas) a poder fornecer-nos preciosas informações sobre o Antigo Ambiente em Marte (sendo um mineral de óxido de ferro).

 

HEMATITA Aprenda Mais sobre Este Mineral

(cristaisdecurvelo.com.br)

 

Hematite do grego haimatites = como sangue (isso porque quando em pó torna-se avermelhada) é um mineral de fórmula química óxido de ferro III (Fe2O3), sendo constituído por 70% de Ferro e 30% de Oxigênio.

 

É um mineral muito comum sendo o principal constituinte do minério de ferro, possui brilho metálico e coloração preta, cinza, marrom, marrom avermelhado ou vermelho.

 

Ocorre em rochas ígneas, metamórficas, sedimentares, como granitos, sienitos, traquitos, andesitos, hematita quartzitos  (em camadas com grande espessura) e ambiente hidrotermal.

 

Hematita é criada quando o ferro se oxida ao entrar em contato coma água. Isso mostra que essa pedra está intimamente ligada à água.

 

(imagens: nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:53

Marte

Domingo, 18.12.16

Existirá algum tipo de ligação entre o Mundo Mineral e o Mundo Animal?

E não terá sido o primeiro a surgir sob a forma de Calhau?

 

Tal como eles dizem (NASA) uma imagem de um Mundo Alienígena (nosso vizinho) “apresentando-nos a sua particular variação de cores” (em torno do Monte SHARP), que neste caso se traduzem na apresentação de um planeta seco e desértico (por vezes parecendo calcinado) onde nem sequer existem qualquer tipo (organismo mesmo que primitivo) de vestígios de vida. Numa caraterização de um corpo celeste através da análise da sua paleta de cores, que na TERRA poderá significar algo (relacionado com o presente) mas que em Marte (por outro lado) em princípio nada nos oferecerá a não ser um planeta morto (relacionando-se com o seu passado). Num impacto visual estritamente geológico (ligado ao Mundo Vivo Mineral), mas que em nada o associa a uma possível existência de vida (ligado ao Mundo Vivo Biológico) por mais primitiva que fosse (há biliões de anos atrás).

 

PIA21256.jpg

MARTE – CURIOSITY ROVER – PIA 21256

(SOL 1516 – 10.11.2016)

 

Uma imagem obtida a partir das câmaras instaladas a bordo do veículo motorizado CURIOSITY (com a presença por esta altura de ventos mais fortes ajudando a limpar as suas lentes), mostrando-nos um cenário colorido rodeando a base do Monte Sharp – como resultado da diferente composição geológica de cada uma dessas áreas – sendo uma delas (dessas rochas aí presentes) correspondente à presença de HEMATITE (com a sua cor púrpura caraterística). E registada a 10 de Novembro deste ano (SOL 1516) numa cratera de impacto localizado no equador marciano (GALE – latitude 4.6⁰S) com cerca de 150Km de diâmetro. Apresentando-nos um mosaico variado de cenários geológicos (construindo este cenário de Marte), à 1ªvista familiares aqui com um tom agressivo – com um Homem lá colocado finando-se em poucos segundos (provavelmente e no máximo em torno de um minuto, o tempo que conseguimos suster a nossa respiração).

 

Praticamente sem atmosfera (0.13% de oxigénio), gelado (com temperaturas entre +27⁰C no seu equador ao meio-dia e mínimas na ordem dos -128⁰C à noite) e com uma gravidade baixa (1/3 X Terra), num mundo dos mais parecidos com o nosso (pelo menos de longe e fazendo-nos recordar algo), mas no entanto deserto e sem sinal de movimentos (a não ser as suas tempestades semelhantes às nossas de areia). E que leva Chris Webster (JPL/NASA) um dos responsáveis pela missão CURIOSITY ao planeta Marte, a afirmar sobre a nossa probabilidade de sobrevivermos ao seu extremamente adverso (e mortal) ambiente o seguinte (por exemplo estando exposto, sem equipamento de proteção e como se estivesse na Terra):

 

“The most serious immediate impact would be from the low atmospheric pressure that is nearly a vacuum compared to Earth and within minutes the skin and organs would rupture, outgas and produce a quick painful death. If not killed by the low-pressure atmosphere, there are many other environmental factors that make Mars inhospitable to humans without protection. Any humans on Mars would have to contend with the lack of oxygen (only 0.1% compared to Earth’s 20%), the very cold surface temperatures, the ubiquitous and irritating dust, the intense UV radiation, surface chemicals and oxidants — and all this before they started looking for food and water!”

 

(alguns dados e imagem: nasa.gov)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:36

Últimas de Marte

Segunda-feira, 18.05.15

Estas últimas imagens enviadas do planeta MARTE a partir do ROVER da sonda norte-americana OPPORTUNITY (SOL 4013) são oriundas da planície de MERIDIANI PLANUM: uma região da superfície marciana situada ligeiramente a sul do equador do planeta vermelho. Outra sonda da NASA (a CURIOSITY) encontra-se na distante cratera GALE.

 

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Quando olho para mais estas imagens vindas de um mundo distante e alienígena, mais me recordo do nosso planeta Terra: e das superfícies que temos ao longo da nossa vida observado debaixo de certos lençóis de água (como a do mar), com muita areia, pedras e pedrinhas. Lembro-me logo da praia e das ondas a irem e virem.

 

Tal como esta imagem aparece aqui associada ao planeta Marte (o último dos planetas interiores do nosso Sistema Solar), a mesma passaria muito facilmente por uma outra que tivesse sido registada no nosso planeta Terra. Quantas e quantas vezes já observamos no litoral ou até no interior estruturas rochosas semelhantes?

 

Mas com toda a certeza que a NASA ao escolher este sítio como ponto de encontro da sua sonda com a superfície deste mundo alienígena, já tinha para esta missão algo de muito importante em pensamento: a presença duma rocha sedimentar como a hematite, um dos sinais da possível presença (em tempos idos) de água.

 

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O planeta Marte poderá em tempos (já muito distantes) ter possuído água e atmosfera. Muitos cientistas acham mesmo que o planeta até poderá ter contido um vasto oceano, apresentando vagas (periódicas) à sua superfície. Logo, tentar estabelecer uma relação de semelhança entre a evolução dos dois planetas (Marte e Terra), não ser assim tão absurdo.

 

(imagens – NASA)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:54