ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Os Milagres Não São Para Todos
J.C. , alongamentos, C.S. e traumas
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J.C. e alongamentos
Este é um exemplo bem “simples e simplificado” de como se manipula alguém sem intervenção directa mas por sugestão formativa e ideológica, capaz de deixar aturdido mas controlado qualquer tipo de cidadão que se deixe sujeitar voluntária e inconscientemente por todo o tipo de mensagens e ordens subliminares, desde que vindas dum nível político e/ou religioso superior ou de um outro nível ainda mais fantástico e por definição incompreensível para o cidadão comum: o nível Miraculoso. Relembre-se no entanto que todas as criações demoníacas tem como objectivo a destruição de grupos – como os índios, os pretos, os ciganos, os deficientes, os terroristas, os pobres, etc – ou indivíduos considerados como perigosos – como o Diabo, Judas, Cristo, Mandela, Lobo Mau, Papão, etc. Para não falar daqueles que mesmo mortos continuam a ser instrumentalizados pelos seus chorosos inimigos – como é o caso recente de Nelson Mandela: todos o choram copiosamente como se tivessem perdido um ente querido, esquecendo-se das outras milhares de vítimas que passaram pelas suas mãos de verdadeiros algozes e ainda escorrendo sangue.
Milagre 1!
J.C. visualizado no ânus dum cão
Milagres? Mas eles acontecem todos os dias e é graças a eles que todas as Entidades Demoníacas se perpetuam até à Eternidade e ainda por cima com o apoio indefectível das suas maiores vítimas. Como? Utilizando o instrumento que todos desejam mas que nunca reconhecem como a sua verdadeira imagem: o poder (real) e o seu instrumento fundamental o dinheiro (ficção). E é da mistura destes dois ingredientes – realidade e ficção – que nasce, renasce ou ressuscita o Milagre Ideológico, suportado ainda por cima por uma abstracção aterradora que nos mata todos os dias: o Tempo maldito responsável pela agonia e extinção da Humanidade e a recusa deste em aceitar a Transformação natural num Universo Infinito, falando unilateralmente e apenas em criação e perdição, com o único intuito de fazer perdurar a sua podridão moral e putrefacção física em todo o território delimitado à sua volta, pensando assim iludir o Espelho, a Morte e o Espaço.
2
C.S. e traumas
Como português sinto-me indignado com a memória promíscua daquele que dizem ser o nosso Presidente – um homem que não merece o povo que tem – e que como um hipócrita ainda vai chorar e carpir para África, quando o seu país está a ser sistematicamente destruído com a sua impune colaboração: noutro país qualquer minimamente civilizado, ele não teria sido demitido, ter-se-ia demitido.
Milagre 2!
C.S. visualizado na caca duma sanita
Mas para isso seria necessário que tivesse um mínimo de vergonha e fizesse uma avaliação de todo o seu património intelectual e material.
(imagens – huffingtonpost.com e wordpress.com)
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O Hipócrita
No (meu) país das mentes que brilham, a hipocrisia é a melhor opção de vida, tanto para o hipócrita, como para todas as outras vítimas desta doença altamente contagiosa
O Sofrimento do Hipócrita Ter mentido é ter sofrido. O hipócrita é um paciente na dupla aceção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. O odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpetuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjoo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. O verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. O traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. O hipócrita é um titã-anão.
(Victor Hugo – Os Trabalhadores do Mar)
Existem infinitamente mais homens que aceitam a civilização como hipócritas do que homens verdadeiramente e realmente civilizados, e é lícito até perguntarmo-nos se um certo grau de hipocrisia não será necessário à manutenção e à conservação da civilização, dado o reduzido número de homens nos quais a tendência para a vida civilizada se tornou uma propriedade orgânica.
(Sigmund Freud – As Palavras de Freud)
Para mantermos esta farsa e não perdermos a nossa máscara, até matamos se necessário for, os nossos antepassados, a nossa memória e a nossa cultura – ou seja, o que define para além do dinheiro, a nossa identidade como grupo diferenciado