ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Albufeira no Espaço
Conflitos de Representação
Descendente de mouros algarvios, extremamente honrado com a sua nomeação
Um cidadão de Albufeira foi nomeado em sessão oficial e na presença de individualidades de origem diferenciada, embaixador da ONU em Portugal e no Algarve para o Tratamento de Assuntos Exteriores ao nosso Planeta, sendo ainda escolhido devido ao seu excelente currículo nesta área específica, para a chefia da Comissão de Relacionamento com seres de origem extraterrestre.
Esta cerimónia decorreu no edifício da AHESA em Albufeira debaixo de rigorosas medidas de segurança, tendo este encontro sido mantido secreto mesmo após o seu encerramento, de modo a não perturbar logo no início dos seus árduos e importantíssimos trabalhos, a missão para que foi constituída a Comissão de Relacionamento com extraterrestres. “Nada será como dantes” afirmou o Funcionário Superior na sua tomada de posse, “agora que o mundo pode ter esperança na mudança, sem constantes constrangimentos interiores, mas pelo contrário com a ajuda dos seus irmãos vindos de outros mundos e com únicas e bem-intencionadas intenções de ajudar”, concluiu.
Devido à coincidência da proliferação de incêndios por essa altura na região algarvia – são Brás de Alportel e Tavira – estes fatos passaram despercebidos para a maioria da população de Albufeira, comentando no entanto alguns curiosos meios loucos e a quem ninguém nunca ligava, que a vinda do Ministro Macedo ao Algarve se deveria à existência de um outro problema muito mais profundo e complexo e que estaria ligada a um possível conflito que recentemente se tinha agravado, entre duas correntes existentes na região – e do mesmo partido no poder – uns apoiando a anterior nomeação de um representante dos interesses extraterrestres – o C.A.E. – e outros apoiando alternativamente este embaixador da ONU recentemente empossado – do T.A.E.P.
A nós só nos resta esperar que passe a época alta do turismo na nossa região e que, deixando de andarmos distraídos com pequenas coisas e bebedeiras, nos ocupemos da realidade que nos cerca. Se pelo contrário ficarmos à espera que os alienígenas nos venham salvar, mais vale ir a uma loja chinesa, comprar uma arma e munições e dar um tiro na cabeça. Pelo menos acender-se-á um isqueiro que com todas as suas luzinhas, talvez nos faça pensar – “o que é que todos nós andamos a fazer por aqui”?