ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Sauditas, Bombardeamentos e Escaravelhos, em tempos Covid-19
Num momento de Pandemia Global (Covid-19) e com muito dos números sociais (económicos, financeiros, etc.) a tornarem-se cada vez mais insustentáveis (e explosivos), a prossecução normal dentro da “Nova Normalidade” das políticas geoestratégicas globais:
“Saudis Launch 18 Airstrikes in Yemen’s Marib Province.
The bombardment came a day after 34 Houthi fighters
were reported killed in heavy Saudi airstrikes.”
(antiwar.com)
Iémen
(bombardeamentos)
No caso da Arábia Saudita envolvendo toda uma região do globo terrestre tendo pelo meio o Mar Vermelho, afetando o sudoeste do continente asiático (Arábia Saudita e Iémen) ─ com o ataque dos sauditas ao Iémen, imiscuindo-se na Guerra Civil iemenita ─ e o nordeste do continente africano (Etiópia, Somália, Quénia, etc.) ─ com o ataque da brutal praga de escaravelhos nessa zona (próxima) ligando a África à Ásia.
“Massive locust swarms have invaded Saudi Arabia
while a bigger and deadlier attack
is ongoing in the Horn of Africa.”
(watchers.news)
Arábia Saudita
(escaravelhos)
Num caso numa consequência direta das atividades do Homem, no outro numa sua contribuição indireta: e apesar de todas as guerras (mortes, doenças) e seus subsequentes sinais (saúde, ambientais), mantendo-se o pensamento e com ele o mesmo rumo. Como sempre e solenemente oficializado em Davos. E os outros 8 biliões?
Covid-19 Global (26.01.2021 pelas 23:38):
100.788.374 infetados e 2.164.319 vítimas mortais.
(imagens: AFP/Getty Images e watchers.news)
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WW3 Suspensa
“Depois de ataques a 2 PETROLEIROS e do abate de 1 DRONE (aparentemente da iniciativa de uma das partes, conforme afirmação da outra parte e não provocando vítimas), não estando ainda reunidas as condições mínimas (segundo TRUMP) para o início da WW3.”
EUA Vs. IRÃO
(Donald Trump Vs. Ayatollah Khamenei)
Utilizando uma balança e colocando num dos seus pratos 150 IRANIANOS (inicialmente considerados sem custos para o Utilizador) e no outro 1 DRONE − no valor de mais de 130 MILHÕES de DÓLARES − a cerca de 10 minutos do início do ATAQUE ao IRÃO e já com os aviões no ar e os misseis prontos a serem lançados, eis que o Milionário DONALD TRUMP atualmente o Líder Global por Presidente dos EUA (o Estado com mais Dólares & Pistolas), surpreende os seus FALCÕES (de Guerra, como John Bolton) não autorizando e abortando o ataque e não carregando no (dito cujo) BOTÃO:
Veículo aéreo não tripulado RQ-4 Global Hawk
(idêntico ao drone norte-americano abatido pelo Irão)
Nestas circunstâncias concluindo-se que segundo DONALD TRUMP cada IRANIANO (cada sujeito) lhe sairia (à peça) acima dos 1 milhão de dólares, mais dispendioso (a todos-os-prazos) do que o custo, de (um objeto como) um DRONE. Com a WW3 a não se iniciar ainda este mês (mas com o “Programa a Seguir Dentro de Momentos”) devido a algumas “anomalias técnicas verificadas” a que “alguém dirá ser totalmente alheio”.
EUA em rota de colisão com o Irão
(grande produtor e detentor global de reservas de Petróleo)
[Já no que diz respeito ao Iémen e à Guerra Civil aí em curso (desde 2015) – com 80.000 mortos, 50.000 feridos e mais de 3.000.000 de deslocados – contando com a presença de um lado com os rebeldes Houthis (apoiados indiretamente pelo Irão e pelo Hezbollah) e do outro com as forças Governamentais (apoiadas diretamente e no terreno pelo regime da Arábia Saudita, pela Al-Qaeda e pelo Estado Islâmico), apesar do Genocídio tratando-se de um Negócio diferenciado e bem lucrativo (se comparado com o anterior) desde logo pela posição dos EUA perante a “troca” antes pagando o “esforço de guerra” mas agora recebendo pelo material (armamento) mas pondo outros a combater e sobretudo a pagar: e quanto mais se vendendo maior o lucro.
Com bombardeamentos indiscriminados levando tudo à sua frente
(terraplanando infraestruturas básicas e matando tudo o que mexe)
Só nos últimos anos e com o desenvolvimento da ação (Intervenção Armada) saudita no Iémen (em mais um Crime de Guerra promovido por um Estado) com o número de vítimas mortais (sobretudo civis, mulheres, velhos e crianças) a caminho da centena de milhar e com as vendas de armamento dos EUA à Arábia Saudita podendo ascender no final e no total (cumprindo-se o “Negócio”) a uns 110 biliões de dólares (para já não falarmos da Grã-Bretanha, da França e até do Canadá). Num “Festim Canibal Saudita” em que cada iemenita morto ficaria por 1 milhão de dólares, ao mesmo preço que no (anteriormente focado) ataque ao Irão, mas aqui com muitos mais (civis iemenitas) candidatas ao seu próprio míssil (pessoal).]
(imagens: GETTY/express.co.uk – CNN/cnn.com – The Economist/issuu.com – wsi.co)
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A Última Batalha do Homem
[Notre-Dame, França, Yémen]
Travar-se-á entre o Último-Homem e as Suas-Máquinas (ditas Biomecânicas)
com um deles a perder (qual será?).
E sem que ninguém se debruce (se interesse)
sobre o intercambio natural (desde sempre existente)
Mundo Mineral/Mundo Orgânico.
França
Emocionados com a destruição (limitada)
Provocada pelo incêndio (de 15)
Na Igreja Nossa-Senhora (de Paris)
Colocando num confronto final e decisivo (para a preservação e sobrevivência da nossa espécie, atualmente dominante, o HOMEM)
– Tal como já terá sucedido anteriormente (num percurso de 4,5 biliões de anos iniciada com a grande TRANSFORMAÇÃO, associada ao “Grande-Estouro”) neste mesmo planeta (a TERRA), com outras espécies dominantes (como o terão sido os nossos antecessores DINOSSAUROS) no decorrer de outros ciclos evolutivos (e após um novo SALTO) a assumirem o seu domínio e controlo –
o SUJEITO VS o OBJETO,
Com o fenómeno de contágio unidirecional levando à nossa incompreensível e injustificada regressão na hierarquia deste Sistema (afinal de contas sendo nós o seu SUJEITO-PROTAGONISTA)
− Suportado por um ECOSSISTEMA NATURAL (pela sua presença no momento de pura originalidade, o verdadeiro CRIADOR) mas hoje unicamente dirigido por um dos seus produtos (como nós), sujeitando-se cada vez mais à intrusão de periféricos exteriores e progressivamente (e sem o sentir) tornando-se cada vez mais ARTIFICIAL –
Levando-o a achar-se (nós, o Homem) como ser vivo considerado único, inteligente, belo e dominante (racional)
− E à falta de contraditório –
Com o direito adquirido de invocando-O (como se Nele acreditasse) sentir-se à imagem do seu próprio Criador:
Não se apercebendo que ao fazê-lo se limita a olhar para um Espelho (uma criação do Homem para usufruto do próprio Homem) devolvendo a imagem de um objeto, infelizmente um outro que não a de todos os outros.
Iémen
E, no entanto, faltando as lágrimas (de sangue)
Pelo envolvimento direto e desde o início da França (com tanques e mísseis)
No genocídio Saudita no Iémen (c/apoio Macron)
E assim obrigando-nos
− Aconselhando-nos/orientando-nos através da frequência de instituições de formação/certificação/creditação/ordenação sediadas (entre outros) em quarteis, igrejas e escolas –
A aceitar a nossa desvalorização face ao agora superior OBJETO produtor de MAIS-VALIA (como o será uma Construção, como o será um Igreja) transformando-nos de imediato e por decreto (num sentido evolutivo final) sem recurso/piedade/respeito, de SUJEITO a SUBOBJETO (nem sequer subsujeito, já que somos racionais), quando ainda não o somos (acho eu apesar da desconfiança/até de mim) apesar de o parecermos:
Sentindo-se a Emotividade das Massas (recordando o livro Psicologia de Massas do Fascismo de Wihelm Reich) face ao incêndio registado ontem na igreja NOTRE-DAME de PARIS (não se apercebendo esta do truque/emocional de trocas pessoas já perdidas/objetos sempre presentes)
– Um Objeto que se Perdeu –
E entanto esquecendo-se (e ao esquecermo-nos de outros sujeitos, amanhã seremos nós) o Genocídio em curso no YÉMEN
– No fundo apenas
Uns quantos e pretensos SUJEITOS
Há muito convertidos em subobjectos e como tal (por obviamente descontinuados/não existentes) dispensando visionamento ou contagem.
(imagens: ndtv.com e freemalaysiatoday.com/Reuters.com)
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A Não Participação da Grã-Bretanha no Genocídio no Iémen
Sempre Negada e Agora Desmascarada
(pelos próprios média britânicos)
Segundo a UN
Com mais de 60% dos mortos civis,
A serem causados pelos ataques aéreos sauditas
Comprovando porque os Políticos (um pouco por todo o Mundo) representam o Retrato da Hipocrisia generalizado deste Sistema há muito ultrapassado, por completamente desligado da Realidade Humana e de todo o planeta Terra (e seu Maravilhoso Ecossistema) que nos acolheu um dia (e serviu de berço para toda esta Criação) e se ofereceu para nosso prazer e usufruto (vivendo-o e partilhando-o). Neste caso focando-nos na Grã-Bretanha (com o seu Governo por um fio, mas ainda nas mãos da conservadora Theresa May), não na questão do Brexit (uma vergonha, uma hipocrisia, uma paródia e uma desgraça política, ainda-por-cima transmitida ao vivo e como que nos mostrando os Walking Dead britânicos) mas na colaboração dos britânicos no genocídio em curso no Iémen:
Our (UK) secret dirty war
Five British Special Forces troops are wounded in Yemen
while 'advising' Saudi Arabia on their deadly campaign
that has brought death and famine to millions
Elite Special Boat Service (SBS) troops' presence in country shrouded in secrecy
Troops treated for leg and arm wounds after battles in Sa'dah, northern Yemen
Up to 30 British troops based in Sa'dah, and casualties now recovering in UK
(Marc Nicol/The Mail On Sunday/dailymail.co.uk)
A coligação multinacional liderada pelos sauditas,
Intervindo no conflito do Iémen
Logo em 2015
Uma Guerra Civil inserida na política de supremacia geoestratégica dos EUA (e dos seus aliados/súbditos/dependentes) nesta região (extremidade sudoeste) da Península da Arábia (mantendo a sua superioridade militar e como tal económica) – com o Iémen podendo controlar e intervir (ou seja tomar posição e interferir) numa estrada marítima fundamental para todo o território envolvente/adjacente (marítimo como terrestre) ligando o mar Arábico ao mar Mediterrânico através do mar Vermelho e do canal do Suez − ou seja unindo a Ásia à Europa – inicialmente envolvendo apenas protestos da população contra a pobreza, o desemprego e a corrupção e a tentativa de eternização do seu então Presidente (meados de Janeiro de 2015), mas mais tarde (perto do final de Março do mesmo ano) e extremando-se posições (políticas nacionais extremadas por diversas forças de pressão internacionais) − simbolizados pelas duas forças em confronto o Movimento do Sul e os Houthis – acabando por envolver (a pedido das partes em conflito e agora, num cenário sem regras e sangrento integrando uma guerra brutal) forças de intervenção estrangeiras das mais sanguinárias de todas, sendo (sem qualquer tipo de dúvida e de hesitação) uma delas (sem dúvida aquela que mantem vivo o conflito) a Arábia Saudita: com todo o seu poder militar aplicado descontroladamente e apenas como demonstração de toda a sua força e poder (na tentativa impossível de esmagar a revolta e uma das partes os Houthis) − dirigido a todos os inimigos da Arábia Saudita e informando-os da hierarquia tutelar do petróleo e da região – arrastando um conflito sem solução à vista desde 19 de Março de 2015 (fez há poucos dias 4 anos) e originando até ao momento (segundo alguns dados conhecidos mas podendo ser ainda maiores) mais de 50.000 feridos, uns 50.000/100.000 mortos e mais de 3.000.000 de deslocados (com números sempre em crescendo).
Áreas de controlo das duas forças em presença,
Uma pró-saudita/Movimento do Sul (a verde)
E a outra anti saudita/Houthis (a laranja)
Mais uma vez envolvendo Crimes de Guerra, contando novamente com a presença sombria mas dedicada (ao Negócio) dos EUA/UK (e de outros países europeus cobrindo eticamente os olhos) e inevitavelmente chamando outros parceiros ao conflito (complicando ainda mais o cenário e a sua possível solução) desde os terroristas trabalhando para os sauditas (como entre os mais ferozes e sanguinários e sendo criação própria – execução HARD − a Al-Qaeda e o ISIS/ISIL) até aos terroristas trabalhando para o Irão (como o Hezbollah − execução mais SOFT) sediados no Líbano (pelo seu passado histórico ao lado dos povos árabes considerado um movimento de resistência legitimo por grande parte do Mundo Islâmico e Árabe) e recebendo apoio financeiro da Síria e do grande inimigo dos sauditas o Irão dos Aiatolas (Ayatollah). E no meio (especialmente para estes os Iemenitas, pelas consequências das ações não da responsabilidade direta deles mas dos seus políticos) estando o Iémen e os seus 30 milhões de habitantes − no estado crítico em que estão (mais de 10% de deslocados/fugitivos da guerra) – sempre com aqueles à espreita (e à espera) de novos e melhores negócios seja no Comércio do Petróleo como no Comércio de Armas (e a tudo a estes associados).
Depois de mais uma rejeição de diálogo
Imagem de separatistas do Sul em luta
Contra os seus inimigos os Houthis
Deixando de lado as grandes potências globais e as suas ambições de expansão, de dominação e de supremacia (algo natural de suceder, pretendendo-se manter uma estrutura artificial) – como o são os EUA, a Rússia e a China − retratando-se aqui (como se ainda fosse necessário) aquilo de que o Homem é capaz tendo acesso ao Poder e às suas respetivas Ferramentas: não sendo no entanto admissível não se poder exigir responsabilidades (tantos e tão visíveis os inúmeros crimes de guerra registados), acusando unicamente os utilizadores (das Armas) – sempre perdedores − e nunca chamando ao palco da razão (e da ética) ou seja ao banco dos réus (apropriado para julgar e condenar criminosos) o fornecedor e financiador dessas mesmas Armas, da Guerra, da Violência, da Doença e da Morte. No caso do Iémem e como principais fornecedores/operadores bem visíveis no terreno (para além da Arábia Saudita e dos desejos do seu príncipe herdeiro Mohammad bin Salman) tendo como camisola amarela os EUA de Trump e como carro-vassoura o Reino Unido de May.
Entretanto e apesar de tudo o que se tem visto e divulgado ultimamente através dos tabloides britânicos (com todos a aproveitarem a fraqueza de Theresa May, para tentarem obter algo de positivo da situação, como por exemplo substitui-la e ao seu Governo rapidamente, mantendo se possível e ainda por mais tempo o status quo sobre o Brexit), com o Governo Britânico e a sua liderança a quererem manter por mais algum tempo a cabeça enfiada no buraco:
“The Government’s official position is that it is seeking a ‘sustainable political solution to the Yemen conflict’.”
(Marc Nicol/dailymail.co.uk)
Para além da presença da Arábia Saudita
Com os seus bombardeamentos aéreos indiscriminados,
O acompanhamento complementar dado pelos terroristas do Exército Islâmico
Financiados pelos sauditas com os seus atentados
Recorrendo a bombistas-suicidas
Não havendo nada a fazer?
About 80% of the population - 24 million people - need humanitarian assistance and protection.
Almost 240,000 of those people are facing "catastrophic levels of hunger".
More than 3 million people - including 2 million children - are acutely malnourished, which makes them more vulnerable to disease.
Almost 18 million do not have enough clean water or access to adequate sanitation.
The war has also displaced more than 3.3 million from their homes, including 685,000 who have fled fighting along the west coast since June 2018.
(bbc.com)
(imagens/ajuda nas legendas: bbc.com)
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Iémen ‒ O Problema da Máscara
EUA pedem o fim do bloqueio da Arábia Saudita aos portos do Iémen
(Dezembro 2017)
Bombardeamento efetuado pela força aérea Saudita
De uma cerimónia fúnebre em Sanaa/Iémen matando cerca de 150 pessoas
(2016)
Em função da destruição catastrófica de infraestruturas (básicas) e do genocídio em curso no Iémen (da sua população), os EUA inicialmente apoiando a intervenção militar dos Sauditas na Guerra Civil do Iémen (ao lado das forças do Governo contra as forças rebeldes houthis),
Vêm-se agora na necessidade de recuar um pouco nessa aliança (tentando manter a máscara), solicitando o fim do bloqueio aos portos iemenitas:
Um pedido ainda sem resposta por parte da Arábia Saudita (talvez e mantendo um interlúdio, esperando uma reconfirmação por parte da Casa Branca) e (deveras relevante) não tendo exclusivamente um aspeto humanitário (nesta intervenção norte-americana) ‒ como inicialmente se suporia;
Sendo pelo contrário um reflexo do aumento de crimes de guerra (daí a queda da Máscara) ainda com o bloqueio ao Qatar (anterior aliado) e as ameaças contra o Líbano (retendo o seu 1ºMinistro).
Com os EUA inicial e eventualmente comprometidos com o bloqueio militar (inicial) a quererem distanciar-se cada vez mais do crescimento brutal e sem fim à vista deste genocídio (e dos seus autores),
E face à relutância Saudita (e do seu novo Príncipe Herdeiro) aumentando as suas críticas (mesmo no interior dos EUA e entre os seus aliados) pela atitude deste poderoso Estado do Golfo (o mais importante).
(imagem: dissidentvoice.org)
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Desespero Global
“U.S. reiterates it won’t evacuate Americans from Yemen as UN slams Saudi attacks.” (mcclatchydc.com)
“Trapped in Yemen, Americans File Lawsuit Against US Government.”
(firstbook.org)
Iémen – agora sob bombardeamento diário da Arábia Saudita
Agora que cidadãos norte-americanos estão a ser convidados por diversas organizações internacionais defensoras dos direitos humanos a processar o seu país por os ter covardemente abandonado num outro país em guerra e caos total (o Iémen) – situação essa provocada e agravada até ao limite pela invasão de um seu aliado (a Arábia Saudita fortemente armada, aconselhada e orientada pelos EUA) – a única resposta que os mesmos cidadãos têm obtido por parte de comunidade internacional é o (infelizmente e como sempre) desprezível Silêncio. O seu país ignora-os e nada faz (como se fossem norte-americanos de segunda), chegando mesmo a convidá-los a tomarem a iniciativa e a fugirem utilizando meios disponíveis no local (lançarem-se ao mar e fugirem a nado?), afirmando ao mesmo tempo que já os tinham avisado antes do perigo que o país representava para os mesmos, como se nós acreditássemos que a presença desses norte-americanos não fosse importante (e motivada pelos próprios EUA) para o conhecimento mais pormenorizado da região (vista do interior) e para a escolha da melhor estratégia de intervenção a adoptar (vinda do exterior). E se antes foram entre muitos outros (considerando aqui e apenas os casos mais mediáticos, mas com muitos outros não visíveis mas espalhando-se como um vírus por todo o mundo) ex-estados como o Afeganistão, o Iraque, a Líbia e a Síria a serem obliterados e apagados definitivamente dos mapas pelas novas e redimensionadas forças de Salvação Ocidentais (os Novos Cruzados), chegou agora a vez do Iémen: já bastante devastado pelo conflito Arábia Saudita/Irão (pela conquista do domínio em toda a região) transportado para o interior das suas fronteiras e contando com a colaboração preciosa e incendiária dos EUA (apoiantes da Teoria do Caos para esta região), vemos agora e tal como se passou nos outros países já anteriormente expostos (e agora extintos) um país perto do abismo total e com a sua população cercada e sufocada por (pelo menos) três grupos armados (o governamental, o rebelde e a Al-Qaeda). E mais uma vez onde está a ONU e todas as consciências avançadas (e com acesso garantido ao poder) deste mundo? Talvez a fazerem contas (à sua vidinha e da organização que os sustenta) e a preverem balancetes futuros (pois a vida é do diabo e também têm famílias para sustentar)! É claro que os puros e os purificadores (para se defenderem) dirão que provavelmente estes norte-americanos teriam certamente alguma coisa a ver (directa ou indirectamente) com os Mouros (como o fizeram os nazis ao descobrirem o perigo que representavam os Judeus para o futuro da Alemanha e do Mundo).
"A tragedy is unfolding in the Mediterranean, and if the EU and the world continue to close their eyes, it will be judged in the harshest terms as it was judged in the past when it closed its eyes to genocides when the comfortable did nothing."
(Maltese Prime Minister Joseph Muscat)
Mediterrâneo – o desespero dos pouquíssimos sobreviventes
Isto a propósito de tudo o que de semelhante se passa agora e com mais assiduidade cada vez mais perto de nós, seja em terra (na Ucrânia) seja no mar (no Mediterrâneo). Que como todos logo constatamos já são zonas integrando a Europa e dizendo-nos directamente respeito.
Em mais este dos muitos episódios mortais ocorridos diariamente no mar Mediterrâneo, morreram provavelmente 700 a 800 pessoas (entre homens, mulheres e crianças). Morreram porque tentaram em desespero fugir à guerra e destruição que assola os seus países arrasados e com as suas infra-estruturas completamente obliteradas, desde o dia em que os salvadores oriundos das civilizações democráticas e ocidentais aí chegaram e pretenderam (sem os consultar) mudar os interesses dos povos, de grandes regiões e até de nações inteiras – tudo em nome deste povo sem nada seu e globalmente considerado atrasado e de risco (para eles e para nós), mas invariavelmente tendo sempre como consequência a felicidade económico e financeira de um ou de dois intervenientes e salvadores intervindo no processo. O problema aqui torna-se muito mais grave, nojento e revelador de suprema hipocrisia, quando todo o mundo já conhece as razões por que tais episódios se sucedem nesta zona sem parar desde há muitos anos, especialmente desde que toda a África Central entrou num processo promovido exteriormente de auto-destruição, coroada pelo espectáculo deprimente das Primaveras Árabes e finalmente elevada a Evento Extraordinário com a Eutanásia da Líbia. Roubado todo o dinheiro pertencente ao povo Líbio oriundo maioritariamente do petróleo (God Save The Queen/Vive Le Roi), a Líbia deixou de existir e os seus cidadãos deixaram de ter direito a serem reconhecidos como tal.
Mas voltemos aos factos:
Up To 700 Feared Dead After Migrant Boat Sinks Off Libya
(Reuters)
Sicília – um caso raro de salvamento de uma criança
PALERMO, Italy April 19:
As many as 700 people were feared dead after a fishing boat packed with migrants capsized off the Libyan coast overnight, in what may be one of the worst disasters of the Mediterranean migrant crisis, officials said on Sunday.
Twenty eight people were rescued in the incident, which happened just off Libyan waters, south of the southern Italian island of Lampedusa, Antonino Irato, a senior official from the Italian border police, told television station RaiNews24. He said 24 bodies had been recovered.
If confirmed, the death toll would bring the total number of dead since the beginning of the year to more than 1,500. (Reuters)
E face a factos cada vez mais difíceis de esconder ou de banalizar, já não existem argumentos por mais especializados que sejam que resistam a este espectáculo tão tenebroso e degradante para a nossa tão frágil e mal tratada condição humana. Só os argumentos científicos são credíveis: nunca os falsos argumentos das novas mentes iluminadas, em muitos dos casos apenas escondendo a sua incompetência atrás do seu estatuto político (o seu traseiro), atrás da sua ignorância e atrás da sua prepotência (as duas agora pomposamente denominadas como especializações) – e que lhes devíamos enfiar pelo ânus acima para verem como era bom. Nunca se esqueçam que o célebre e conhecido Sistema registou o seu Último Salto evolutivo e perpetuador de dominação (e de sobrevivência), quando há já muitos séculos atrás começou a substituir o poder das suas Armas pelo poder dos seus Canudos: as armas ficariam então para o necessário diálogo entre povos.
Italian Prime Minister Matteo Renzi said Europe was witnessing "systematic slaughter in the Mediterranean."
"How can we remain insensible when we're witnessing entire populations dying at a time when modern means of communications allow us to be aware of everything?"
The lawless state of Libya, following the toppling of former leader Muammar Gaddafi in 2011, has left criminal gangs of migrant smugglers a free hand to send a stream of boats carrying desperate migrants from Africa and the Middle East. (Reuters)
Mas então onde pára a ONU ou a nossa CONSCIÊNCIA DO MUNDO?
(imagens – dailymail.co.uk)
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Será que os EUA necessitam mesmo disto?
We Hope You Are Getting Better
Depois de levarem a morte a todo um povo (tal como o fazem os assassinos), pensam miseravelmente poder pagar todos os seus pecados (mortais), apagando-os da lista com uns míseros trocados.
Ataque aéreo à cidade iemenita de Taez
“Saudi Arabia, which is leading an air campaign against rebels in Yemen, has pledged to provide exactly the amount of emergency aid to the country as called for in a UN appeal on Friday.” (bbc.com)
“The World Health Organization, in its latest toll, said 767 people have died in Yemen's war since March 19 and more than 2,900 were wounded. The majority have been civilians.” (defensenews.com)
“In response to the humanitarian needs of the brotherly Yemeni people included in the UN appeal, King Salman has issued an order to allocate an amount of $274 million for humanitarian relief work in Yemen through the UN.” (arabnews.com)
Os Estados Unidos da América ensaiam no Iémen (mais um estado em putrefacção) um novo tipo de intervenção, na qual nunca poderão ser acusados de nela terem tido qualquer tipo de participação.
Foram de tal modo apanhados de surpresa pela inesperada sucessão de acontecimentos, que um carregamento de milhões de dólares em armamento foi desviado pelos rebeldes, nem sequer tiveram tempo para recolher os seus cidadãos residentes no país e ainda por cima (não tendo nenhuma intervenção directa no conflito) viram-se na prática impedidos de actuar.
É certo que armaram o inexperiente (e incompetente) exército da Arábia Saudita (até aos dentes), lhe sugeriram opções para a sua utilização e lhes garantiram novas remessas e demais manutenção.
Mas para além disso e publicamente nada mais: até que estavam a negociar com o Irão, afinal de contas o maior inimigo da Arábia Saudita (pelo menos segundo os norte-americanos).
Agora nem precisam de mandar homens nem sequer gastar milhões em armamento.
Afinal de contas o dólar dá para tudo: uma nota de dólar impressa numa rotativa norte-americana apenas com papel, tinta e outros resíduos tóxicos adicionais, vale muito mais que ouro ou muitos barris de petróleo.
Alguém irá ser o seu escravo de guerra: arma-se a cobaia e credita-se o equipamento
E até se propõe à cobaia que contrate uma besta para si: por exemplo uns paquistaneses para os trabalhos considerados mais sujos (como assim os fanáticos das poderosas famílias Bush e Bin Laden, também há muito que já andam por lá).
Enquanto isso a Nova Guerra do Golfo decorre normalmente (segundo os padrões norte-americanos adoptados na guerra anterior), com o Iémen a ser definitivamente destruído e extinto por uma potência estrangeira agindo ilegalmente em território sem qualquer tipo de jurisdição e em apoio declarado de uma das partes.
Com uma parte do território ocupado por fiéis ao regime (pró Arábia Saudita), com outra parte ocupada pela oposição Huthi (pró Irão) e ainda com outra zona do país sob a influência da Al-Qaeda (no fundo uma criação conjunta Arábia Saudita/EUA), agora temos uma força armada conjunta a rebentar definitivamente com o cenário.
Como sempre com múltiplas intervenções cirúrgicas e muitas vítimas a lamentar. E sempre perguntando onde está a ONU, todos os defensores dos direitos humanos e na última porte o Homem?
(imagem – Reuters)
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MADE IN USA
Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Iémen...um verdadeiro Círculo de Fogo!
(e com Israel mortinho por atacar o Irão)
O rastilho continua aceso nos países do Golfo. Enquanto os EUA continuam tranquilamente a aplicar a sua política de duas caras (dialogando com o Irão e apoiando a Arábia Saudita no Iémen), no terreno o conflito agudiza-se, com infra-estruturas sendo destruídas e cadáveres acumulando-se às centenas: e o mais preocupante é saber-se que sendo a Arábia Saudita de longe o país mais bem armado, muitos outros à volta têm armas e também muito mais experiência.
Iémen
Mais um país a ferro e fogo (o Iémen) e a caminho da sua desestruturação total. Neste caso tratando-se de mais um acto ilegal de ingerência e de agressão estrangeira, com a acção militar a ser levada a cabo por um país vizinho (a Arábia Saudita) secundado pelo seu maior aliado e fornecedor de armamento (os Estados Unidos da América). Um clima de guerra excepcionalmente propício para um maior crescimento na região da já bastante activa organização terrorista Al-Qaeda, por sinal outra criação conjunta da antiga dupla EUA/Arábia Saudita.
(imagem – Getty Images)
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Bombistas Suicidas
Mais de uma centena de mortos em atentado suicida no Iémen!
ATENTADO – SANAA – IÉMEN
Passado pouco mais do que um mês sobre o desaparecimento de mais um carregamento de armas no valor de 400 milhões de dólares e com destino às autoridades oficiais actualmente no poder no IÉMEN (aparentemente controlando apenas uma parte do país), eis que a sua capital SANAA é alvo de um violento e gravíssimo atentado.
O ataque foi levado a cabo por quatro bombistas suicidas que se fizeram explodir em duas das mesquitas da capital (no interior e exterior dos recintos e na hora das orações), provocando mais de uma centena de mortos e perto de três centenas de feridos (o pior atentado ultimamente registado).
Entretanto o atentado já foi assumido por duas organizações terroristas (o Estado Islâmico e a Al-Qaeda), que também nesta região assumem o seu tão desejado protagonismo em conflitos dos quais poderão tirar excelentes dividendos (ou não fosse aquela região do Golfo um palco de guerra, assente num barril de pólvora e preparado para explodir).
No Iémen desenvolve-se uma guerra declarada entre dois grupos rivais, um deles controlando as zonas a norte e tendo como centro a cidade de SANAA, o outro as zonas mais a sul e tendo como centro a capital ADEN. Os primeiros identificam-se com as forças rebeldes HOUTHI, que combatem as actuais autoridades no poder lideradas pelo Presidente HADI.
Na altura deste atentado praticado na cidade de SANAA, mais a sul apoiantes dos rebeldes atacavam com aviões de origem desconhecida o Palácio Presidencial situado em ADEN.
Numa região martirizada pela guerra civil aí instalada (e pondo em confronto as regiões do norte e do sul do país), numa mistura de guerras tribais e religiosas, ingerências de países estrangeiros como a Arábia Saudita e o Irão, intervenção de organizações terroristas e até carregamentos de armas de origem norte-americana destinados a um lado e (veja-se lá) acabando roubado pelo outro.
E é isto que tem de preocupar o mundo: como pode os Estados Unidos da América querer convencer o mundo de toda a sua boa vontade, se por outro lado demonstra uma negligência tremenda senão mesmo criminosa (quase que parecendo deliberada) na aplicação prática desse seu pensamento teórico.
Só nos faz acreditar ainda mais na tão falada Teoria do Caos a ser já aplicada desde há muitos anos pelos estrategas norte-americanos na região (tendo como referência fundamental a destruição do Iraque, como resposta norte-americana ao atentado do 11 de Setembro) e que para já parece ir de vento em popa: no Iraque, na Síria, no Iémen e até na Líbia e no Afeganistão.
Quando eu era mais novo davam-lhe o nome de Terra Queimada (e era uma coisa MÁ): mas queimada não pode ser até por causa do petróleo – e da poluição (uma coisa BOA).
(imagem – manoramaonline.com)