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Face de Mulher Ibérica da Idade do Bronze

Quarta-feira, 01.12.21

[Reconstrução]

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Mulher da Idade do Bronze

(Península Ibérica)

 

No sudoeste da Península Ibérica no sítio arqueológico de LA ALMOLOYA (Espanha), a notícia da descoberta de uma sepultura (dupla) fazendo-nos recuar ao (contexto do) ambiente político-social dos inícios da Idade do Bronze, em EL ARGAR: um povoado pré-histórico, provavelmente com “a sua sociedade dividida (hierarquicamente), aristocrática e guerreira” (Wikipédia).

“Emblems and spaces of power during the Argaric Bronze Age at La Almoloya, Murcia.”

(Cambridge University Press/cambridge.org/11.03.2021)

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Sítio de La Almoloya

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Interior de Sepultura

 

Desde logo com esta descoberta (em Antas/Almeria) a acrescentar algo mais ao conhecimento da história da península (mais tarde integrando Portugal e Espanha) durante um determinado período da idade do Bronze (de 2.200AC a 1.500DC), no caso da sepultura encontrada e na “quantidade, variedade e opulência” dos produtos aí registados, demonstrando a dimensão económica e tecnológica da sociedade da altura.

Uma sepultura localizada debaixo de um edifício “único” construído no local, assim designado por ser provavelmente “um dos primeiros palácios dos inícios da Idade do Bronze” (cambridge.org) ─ na Europa Ocidental: e nela se encontrando objetos emblemáticos do poder (de então) como um “diadema de prata”.

Para além dos artefactos podendo-nos dizer algo mais sobre como era a vida, quase 2.000 anos antes de Cristo ─ como é o caso do uso dos diademas, associados às mulheres ─ com a sepultura a conter um homem (de 35/40 anos) e uma mulher (de 25/30 anos) colocados lado-a-lado. no interior de um grande e largo jarro-funerário.

“Facial reconstruction shows powerful Bronze Age woman's serene expression and huge earrings.”

(Laura Geggel/livescience.com/30.12.2021)

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Diadema de Prata

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Diademas e outros utensílios

 

Juntando tudo isto (corpos, artefactos e conhecimentos recolhidos) e posteriormente adicionando-se uma “reconstrução digital”, no sentido de se tentar obter uma reconstrução facial de um dos corpos, utilizando-se a mulher para a concretização de tal propósito: surgindo então uma mulher poderosa talvez mesmo assustadora, utilizando um diadema de prata.

Sendo a partir destes estudos (históricos, arqueológicos, científicos, transversais) e da análise persistente de pequenos pormenores (indo até ao pormenor, mais pequeno e mais profundo), que salvaremos a memória e a cultura de um povo e a sua futura soberania e independência, conhecendo no nosso caso não só a evolução geológica registada neste território (desde há mais de 4.000 anos), como simultaneamente e sendo o mais importante (sem Homem não existindo História), a evolução dos nossos antepassados tendo escolhido o território mais ocidental do continente para viver: a Península Ibérica.

Integrando a Pré-História, Idade do Bronze coincidindo com a ascensão da Suméria (4.000 AC), no caso da Europa Ocidental incidindo mais no período indo de 1.700 AC a 700 AC (entre estas últimas datas, com as culturas Ibérica e Britânica).

(imagens: Joana Bruno/ASOME/Universitat Autònoma de Barcelona ─ cambridge.org)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 04:51