ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
A Aventura Incendiária do Moinho de Pão de Albufeira
Um moinho de vento tradicional de tipologia mediterrânea, convertido num museu e permitindo a demonstração do antigo processo da moagem dos cereais. (na Wikipédia aplicando-se ao Moinho de Vento de Odeceixe, como o poderia ser ao de Albufeira, agora por jovens “lançado-na-fogueira”).
Exterior do Moinho
(antes do incêndio)
Rapidamente, não merecendo mais, apenas por uma questão de identificação (sempre necessária, até para esclarecimento e/ou proteção), a notícia de que o incêndio que destruiu um Moinho em Albufeira em 4 de novembro de 2021 (há dois meses atrás) recuperado para fins turísticos ─ originando um prejuízo de cerca de 150.000 euros, dinheiro necessário para a sua recuperação ─ foi praticado por um grupo de três jovens (de 21/22 anos de idade), constituído por um português e dois estrangeiros:
Agora detidos pela PJ e sabendo-se já o objetivo desses jovens (confessando), pela madrugada (por volta das 05:30) depois de arrombarem a porta, com o intuito de roubarem tudo o que lhes pudesse interessar e concluído o seu trabalho, lançando fogo ao moinho (para apagar indícios?).
Interior do Moinho
(antes do incêndio)
Um moinho aí existente e recuperado, património inocente e testemunho vivo da cultura e da memória de um povo aí presente e trabalhador (por este território tendo vivido e criado raízes profundas como as árvores), apenas aí permanecendo e sendo graciosamente embelezado (numa homenagem aos nossos antepassados, que hoje nos permitem aqui viver e usufruir deste espaço, ainda por recordações preservado), para divulgar alguma da cultura algarvia, a sua etnografia, algo indo do complexo ao mais simples, aqui com o extraordinário por “belo e arquitetónico” (a bola-de-cristal virtual, a nossa imaginação rodeando-o) o processo do fabrico do pão.
Uns dizendo vandalismo, mas outros, déficit de formação, consequência de antes se fazer uma generalização ─ invertendo-se o processo, colocando-nos de pernas-para-o-ar ─ ocorrer uma prematura especialização: antes de, generalizando-se dando-lhes a conhecer valores, eles e até acompanhando “a cena-dos-cotas”, especializando-se primeiro no mais eficaz a curto-prazo, no crime.
(imagens: DR/jn.pt ─ Filipa Fernandez/publico.pt)
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Incêndio no Algarve
Na véspera da reabertura decisiva da “Ilha ao Mundo”, podendo haver ou não ─ da parte dos nossos tradicionais aliados, agora turísticos, assim como Covi-19 ─ uma “invasão de vacinados Covid-19 ingleses (com mais doses ministradas, do que nós).”
Quando começavam a chegar em maior número os turistas portugueses para as suas tradicionais férias no Algarve, por um lado e devido à Pandemia Covid-19 algo incomodados com esta “nova vaga de Verão”, mas por outro lado interrompido o fluxo de turistas estrangeiros podendo deixar tudo em volta mais desanuviado (desde o campo até à praia), eis que cumprindo uma idêntica tradição ─ com a chegada do Verão, coincidindo com a presença de turistas na região ─ chega hoje à região algarvia (sábado, 17 de julho) o “1º Grande Fogo da Época”: com este calor, como já não bastasse a presença da máscara (obrigatória, devido à presença do coronavírus) dificultando-nos a nossa função de respirar (especialmente aquando de maiores esforços), por vezes parecendo querer-nos asfixiar,
The smoke reach Portimão
Impossible to breath outside
(Francine Durier ─ 08:37 PM · 17 de jul de 2021)
Surgindo agora eventos como os incêndios, contribuindo ainda mais para a já tão difícil vida diária das pessoas (dada a crise brutal no turismo) e para a poluição atmosférica, prejudicando ainda mais a respiração das pessoas, entre nacionais e estrangeiros, turistas ou não.
Um incêndio tendo origem em Monchique na freguesia de Marmelete (zona do Tojeiro) por volta da hora do almoço, com o alerta a ser lançado pelas 13:30 e estando a esta hora ainda em curso (21:00) e bem ativo (com intensidade e com os ventos a ajudarem a sua progressão). Segundo o comandante das operações com o incêndio a apresentar duas frentes (sendo uma delas suscetível, de maiores cuidados a ter do que a outra),
Incêndio em Monchique
Dominado após várias horas de combate às chamas
(cmjornal.pt ─ 18 de jul de 2021)
Uma Norte-Oeste ─ evoluindo para a serra de Monchique, sem habitações no caminho, não levantando para já preocupações que não moderadas ─ a outra Sul-Este ─ esta sim mais preocupante, tendo habitações no caminho e dirigindo-se para a zona do Autódromo de Portimão.
Felizmente já estando dominado desde a manhã deste domingo (18.07) ─ com as condições do tempo a colaborarem, pelas 07:15, mantendo-se, no entanto operacionais/451 e veículos /163 no terreno ─ e já se tendo iniciado a fase de rescaldo (e de prevenção contra novos reacendimentos), seguindo-se agora as investigações de forma a determinar as origens deste “1º grande fogo de Verão”, numa das zonas mais críticas em tais “fenómenos destrutivos” (certamente com intervenção humana) em todo o Algarve.
(imagens: @FrancineDurier/twitter.com ─ Nuno Alfarrobinha/cmjornal.pt)
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Incêndios − Estragos Visto do Espaço
Imagem (de 3 de Novembro de 2019) proporcionada pelo satélite TERRA
“Terra explores the connections between Earth's atmosphere, land, snow and ice, ocean, and energy balance to understand Earth's climate and climate change and to map the impact of human activity and natural disasters on communities and ecosystems.” (nasa.gov)
EUA − Norte da Califórnia − Condado de Sonoma
Incêndio florestal de Kinkade
No centro-inferior a cidade de Healdsburg
(Zona ardida/tonalidade escura e incêndios ativos/pontos amarelos)
Utilizando o seu instrumento de observação ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer), mostrando-os os estragos provocados pelo devastador incêndio florestal de KINCADE, iniciado pela terceira semana de Outubro e (perto do fim da primeira semana de Novembro) ainda ativo.
Tal como refere a NASA sobre o “Fogo de Kincade” (e logo a 23 de Outubro) com o crescimento do fogo a forçar às primeiras evacuações da população-residente − espalhada um pouco por toda a região − não sendo dominado, descontrolando-se e alastrando: e assumindo as proporções noticiadas (no presente).
No seu caminho acabando por queimar perto de 80.000 acres (1 acre = 0,4ha) e destruir perto de 400 estruturas e segundo as autoridades responsáveis − pela proteção das florestas e das pessoas dos incêndios (California Department of Forestry and Fire Protection) – passados quinze dias estando 80% controlado.
Num retrato elaborado pela NASA a partir do Espaço exterior à Terra e onde se situa o satélite ASTER, apresentando-nos ao centro a cidade de Healdsburg (estendendo-se por uns 40Km), com as “manchas mais escuras a representarem as superfícies ardidas” e com as “zonas destacadas a amarelo as ainda a arder”.
(dados e imagem: photojournal.jpl.nasa.gov/catalog/PIA23426)
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A Última Batalha do Homem
[Notre-Dame, França, Yémen]
Travar-se-á entre o Último-Homem e as Suas-Máquinas (ditas Biomecânicas)
com um deles a perder (qual será?).
E sem que ninguém se debruce (se interesse)
sobre o intercambio natural (desde sempre existente)
Mundo Mineral/Mundo Orgânico.
França
Emocionados com a destruição (limitada)
Provocada pelo incêndio (de 15)
Na Igreja Nossa-Senhora (de Paris)
Colocando num confronto final e decisivo (para a preservação e sobrevivência da nossa espécie, atualmente dominante, o HOMEM)
– Tal como já terá sucedido anteriormente (num percurso de 4,5 biliões de anos iniciada com a grande TRANSFORMAÇÃO, associada ao “Grande-Estouro”) neste mesmo planeta (a TERRA), com outras espécies dominantes (como o terão sido os nossos antecessores DINOSSAUROS) no decorrer de outros ciclos evolutivos (e após um novo SALTO) a assumirem o seu domínio e controlo –
o SUJEITO VS o OBJETO,
Com o fenómeno de contágio unidirecional levando à nossa incompreensível e injustificada regressão na hierarquia deste Sistema (afinal de contas sendo nós o seu SUJEITO-PROTAGONISTA)
− Suportado por um ECOSSISTEMA NATURAL (pela sua presença no momento de pura originalidade, o verdadeiro CRIADOR) mas hoje unicamente dirigido por um dos seus produtos (como nós), sujeitando-se cada vez mais à intrusão de periféricos exteriores e progressivamente (e sem o sentir) tornando-se cada vez mais ARTIFICIAL –
Levando-o a achar-se (nós, o Homem) como ser vivo considerado único, inteligente, belo e dominante (racional)
− E à falta de contraditório –
Com o direito adquirido de invocando-O (como se Nele acreditasse) sentir-se à imagem do seu próprio Criador:
Não se apercebendo que ao fazê-lo se limita a olhar para um Espelho (uma criação do Homem para usufruto do próprio Homem) devolvendo a imagem de um objeto, infelizmente um outro que não a de todos os outros.
Iémen
E, no entanto, faltando as lágrimas (de sangue)
Pelo envolvimento direto e desde o início da França (com tanques e mísseis)
No genocídio Saudita no Iémen (c/apoio Macron)
E assim obrigando-nos
− Aconselhando-nos/orientando-nos através da frequência de instituições de formação/certificação/creditação/ordenação sediadas (entre outros) em quarteis, igrejas e escolas –
A aceitar a nossa desvalorização face ao agora superior OBJETO produtor de MAIS-VALIA (como o será uma Construção, como o será um Igreja) transformando-nos de imediato e por decreto (num sentido evolutivo final) sem recurso/piedade/respeito, de SUJEITO a SUBOBJETO (nem sequer subsujeito, já que somos racionais), quando ainda não o somos (acho eu apesar da desconfiança/até de mim) apesar de o parecermos:
Sentindo-se a Emotividade das Massas (recordando o livro Psicologia de Massas do Fascismo de Wihelm Reich) face ao incêndio registado ontem na igreja NOTRE-DAME de PARIS (não se apercebendo esta do truque/emocional de trocas pessoas já perdidas/objetos sempre presentes)
– Um Objeto que se Perdeu –
E entanto esquecendo-se (e ao esquecermo-nos de outros sujeitos, amanhã seremos nós) o Genocídio em curso no YÉMEN
– No fundo apenas
Uns quantos e pretensos SUJEITOS
Há muito convertidos em subobjectos e como tal (por obviamente descontinuados/não existentes) dispensando visionamento ou contagem.
(imagens: ndtv.com e freemalaysiatoday.com/Reuters.com)
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Os Fogos na Califórnia
California (15.11.2018) The blaze has killed at least 56 people and authorities say 130 are unaccounted for. Many of the missing are elderly and from Magalia, a forested town of about 11,000 to the north of Paradise. |
Uma ilustração e cinco imagens do mais destrutivo e mortal incêndio, registado na história do estado da Califórnia.
Califórnia
9 Novembro (sexta-feira)
(earthobservatory.nasa.gov)
The combination of strong winds, low humidity and warm conditions in northern California exacerbated the extent to which the Camp Fire spread.
(Trevor Nace/forbes.com)
Segundo The Watchers com o grande incêndio de CAMP FIRE iniciado a 8 de Novembro, tendo já provocado mais de 40 vítimas mortais, originado dezenas de desaparecidos e destruído mais de 6000 casas.
California is particularly vulnerable to wildfires due to the dry conditions and the presence of Santa Ana winds.
(Trevor Nace/forbes.com)
Woolsey
9 Novembro (sexta-feira)
(twitter.com/@BeberlyRising)
Num Evento certamente despoletado – como tal de origem Artificial – devido a intervenção Humana, talvez como consequência das Alterações Climáticas, do Desenvolvimento ou da falta de controlo e de Manutenção das Florestas (como o sugere wburg.org).
How did these wildfires grow so explosively? It began with scant rainfall and abnormally warm temperatures which parched the landscape and created tinderbox conditions. Then came howling winds that fanned the flames, once the fires were sparked. And, in an environment of rising temperatures, climate change increased their potential intensity.
(M. Cappucci e J. Samenow/washingtonpost.com)
Malibu
9 Novembro (sexta-feira)
(twitter.com/@un1crom)
“By Sunday night, the Camp Fire had matched the deadliest in California history, the Griffith Park Fire of 1933, with 29 fatalities. Seven of the victims in Paradise died in their vehicles.” (The New York Times)
Camp Fire
9 Novembro (sexta-feira)
(twitter.com/@Bitsie Tullocn)
Thousands of animals displaced as fires tear through communities: “It’s hard to wrap your head around what a disaster this is — for people and animals". Animal lovers across California have banded together in frantic efforts to save thousands of their four-legged loved ones threatened by wildfires raging across the state.
(nbcnews.com)
Woolsey
9 Novembro (sexta-feira)
(nbcnews.com/Getty Images)
E no meio desta Catástrofe atingindo todo o mundo – irracionais e racionais, como pobres e ricos e sem uma única exceção – sendo relevante de interiorizar que tal como em Portugal com os seus Incêndios Florestais (provocando elevados danos materiais e um grande número de vítimas mortais) tal fenómeno não pode ser reportado unicamente e em termos gerais às Alterações Climáticas (e ao Aquecimento Global), mas sobretudo ao abandono (à sua sorte) dos Espaços Rurais e ao descontrolo total do desenvolvimento e manutenção desta enorme Zona Verde (essencialmente ocupada por floresta e habitações mais ou menos dispersas).
Camp Fire
9 Novembro (sexta-feira)
(twitter.com/@RealDudeRobot)
No caso do estado da Califórnia com os seus mais de 130.00Km² de florestas a serem em 60% propriedade do próprio estado (estando sob controlo federal), não se observando nenhuma ação por parte deste para diminuir as causas (e logicamente as consequências) da proliferação descontrolada e crescente de incêndios, sabendo-se de antemão continuarmos a atravessar um período deveras prolongado de seca, sem chuva e com temperaturas ainda elevadas (para este período do Outono no Hemisfério Norte), proporcionando todo o Ambiente e Condições necessário para o despoletar doutras situações semelhantes.
(texto/inglês/itálico – o indicado)
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Telegrama de Monchique
[Urgente para todo o Turismo Algarvio e sem necessidade de tradução]
Duas imagens registadas a norte da Avenida dos Descobrimentos (uma à esquerda da CGD outra à esquerda do KFC),
– Ambas apontando para o mar (uma para o Albufeira Shopping outra para o Hotel Brisa Sol) –
Albufeira antes e a 8 de Agosto
(2018)
Onde é bem visível o contraste entre o cenário atmosférico de um dia habitual apresentando o céu bem claro e limpo,
E um outro registado (posteriormente) a 8 de Agosto com o céu de Albufeira encontrando-se agora parcialmente escurecido por espessas camadas de nuvens (de cor laranja-escuro e poluentes),
Oriundas do Incêndio de Monchique (num total ultrapassando os 20.000 hectares de floresta ardida).
(imagens: Produções Anormais)
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No Brasil Corromper será muito pior que Matar
“Passada uma semana sobre o colapso de um prédio no centro de São Paulo (afetado por um incêndio num prédio vizinho) provocando um número ainda indeterminado de vítimas mortais (para já consideradas desaparecidas) é flagrante o contraste entre o tratamento informativo dado recentemente a LULA (o Político e o Sujeito) ‒ acusado de Corrupção ‒ e a Wilton Paes de Almeida (o Prédio e o Objeto) ‒ potencial acusado de assassinato.”
1
Lula da Silva
Condenado por corrupção (apenas baseada nas palavras de um corrupto-arrependido, diminuindo-se-lhe a pena se acusando Lula), não fosse o caso ser maior, alastrar a muitos outros e levar toda a classe política (e talvez Judicial) brasileira à sua frente sendo presa.
Enquanto no Brasil um ex-Presidente é preso por ir à frente nas sondagens (para as próximas presidenciais) e por ter eventualmente recebido um apartamento de férias em troca de um outro favor (sem nunca o ter frequentado, sem uma única prova da sua posse ou qualquer tipo de documento assinado),
‒ Num país onde a corrupção é um hábito generalizado, movimentando-se num ambiente decadente e degradado misturando o Sistema Judicial e o Sistema Político (numa herança paralela dos tempos da ditadura militar brasileira, sobrepondo o Poder Militar ao Poder Civil) ‒
Por outro lado e como consequência de um ato aparentemente involuntário mas certamente criminoso (no fundo o prédio em questão encontrava-se ocupado), parte de um prédio incendiou-se e outro vizinho colapsou (na cidade de São Paulo) provocando vítimas mortais (a esta hora apenas 2 e incluindo uma criança), mas até ao momento sem se indicar nenhuma entidade (individual ou coletiva) responsável pelo brutal incidente:
2/3
O Edifício Wilton Paes de Almeida
Localizado em São Paulo e tendo colapsado após um incêndio ocorrido num prédio vizinho ‒ originando para já 2 mortos e cerca de 50 desaparecidos, num balanço incerto dado o prédio estar sob ocupação e desconhecendo-se quem na altura (01:30) aí estaria presente (a dormir)
Não se sabendo bem quem verdadeiramente indicar como o único responsável pelo colapso ocorrido no edifício Wilton Paes de Almeida (agora transformado num monte de escombros) e onde os desaparecidos poderão ser mais do que muitos dizem ou preveem ‒ talvez uma meia centena (de vítimas mortais).
Questionando-se aqui o papel do Poder Público (por exemplo o papel das Câmaras ou Prefeituras), dos Movimentos de Ocupação (de casas), do atual dono do prédio (o Governo Federal responsável pela sua manutenção) e da Construtora (do objetivo inicial do projeto),
E até das questões de segurança (com todos a empurrarem responsabilidades mesmo sabendo antecipada e oficialmente que o prédio não teria as condições mínimas de segurança), pelos vistos não respeitadas e contribuindo decisivamente para a queda total da estrutura (agora dita habitacional).
(imagens: (1) showmetech.com.br e (2/3) globo.com)
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Verão Mortal em Portugal
Árvore de grande porte cai sobre dezenas de pessoas no Funchal.
(sapo.pt)
A árvore assassina
E depois da tragédia dos Incêndios (que infelizmente não param em Portugal devido ao flagelo climático, ao número crescente de incendiários e à incúria de sucessivos Governos) chegam agora as tragédias das festas (de cariz social e religioso) para dar um tom mais explosivo a esta estação das férias de Verão ‒ só em Pedrógão Grande e no Funchal estimando-se um número de vítimas mortais acima de 74 (senão mais) e um número de feridos (no mínimo) acima de 185 (com os números ainda podendo crescer no caso passado e no presente).
Queda de árvore causa dez mortos no maior arraial na Madeira.
(título JN)
Apesar de tudo e talvez por estarmos a atravessar o período mais quente do Verão (em geral o mês de Agosto) após o incidente com o povo a protestar, pouco depois a observar e a comentar e no fim a finalmente arquivar e a esquecer. Levando a que como consequência da inatividade de ambos os lados (dirigentes e dirigidos) se possa afirmar o mais convictamente possível (com quase 100% de certeza dado os antecedentes), que no próximo ano de 2018 certamente pela mesma altura e com tudo inalterável, se repetirá o mesmo cenário.
Árvore que caiu na Madeira não estava saudável e tinha fungos.
(tvi24.iol.pt)
E em notícia de última hora a ficarmos a saber através da análise de peritos certamente dependentes do Governo, da Câmara ou da Paróquia (responsáveis pela manutenção do espaço onde se deu a tragédia), que a culpa terá sido da árvore já sem saúde para se manter de pé (num Evento como este) e ainda-por-cima com fungos – exigindo-se justiça imediata através do abate de outros semelhantes. Nunca se devendo esquecer que as aparências iludem (e que estupido é quem se deixa iludir):
O carvalho que esta terça-feira caiu na Madeira, provocando 13 mortos, não estava saudável, apesar de manter um bom aspeto exterior. É possível haver sinais de vida de uma árvore a caminho de morrer. (…) Isso não quer dizer que a árvore esteja saudável e segura.
(tvi.iol.pt)
Pelo que neste país à beira-mar plantado e cada vez mais inclinado a se ir afundando no oceano (com o peso das migrações do interior para o litoral) – em que um juiz insulta uma mulher após ser violada desculpando o violador por esta estar na menopausa (segundo este juiz já pouco sentindo talvez por ultrapassada) e em que uma vítima de um incêndio não o é apenas porque ao fugir foi atropelada e morreu (com isto também a ser estabelecido e decretado por peritos certificados) – não sendo de espantar que mesmo depois do incidente mortal da Madeira e com as vítimas sempre a crescer ainda não haja culpados num país cheio de chefes ainda-por-cima doutores: faltando-nos interiorizar que se antes nos calavam com um certificado de porte de arma – querendo todos ser tropa − agora nos calam, asfixiam e matam com um certificado em papel, declarando-os iluminados (e a todos os outros fundidos/fodidos) – querendo todos ser doutores (e assim evitando trabalhar).
(imagem: iistoe.com.br)
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O Incêndio de Pedrógão Grande
“A catastrophic wildfire believed to be caused by a dry thunderstorm has killed more than 62 people near Pedrógão Grande, central Portugal early Sunday, June 18, 2017. Most of them died in cars while trying to escape, officials said. Local media said several houses were destroyed and more than 60 people injured, among them several firefighters. The death toll is expected to increase.” (watchers.news)
Dos mais de 60 mortos mais de 30 encontrados no interior dos seus automóveis e menos de 20 encontrados caídos na estrada ‒ ou seja mais de 80% do total das vítimas mortais
Nesta sequência de três imagens obtidas a partir do espaço e da responsabilidade da NASA, pode-se ver a evolução verificada durante três dias na região de Pedrógão Grande: sem nada visível a 16 (sexta-feira), com os primeiros sinais a 17 (sábado) e com o incêndio já bem lançado a 18 (domingo).
16 Junho
(sexta-feira)
Numa tragédia pretensamente iniciada num raio originado numa trovoada (um fenómeno conhecido mesmo com tempo seco) e que na sua deslocação terá atingido uma árvore responsável pela eclosão de um grande incêndio: numa propagação fulminante destruindo tudo à sua passagem e fazendo mais de 60 vítimas mortais (e com o número sempre a aumentar).
17 Junho
(sábado)
E que possivelmente até como manifestação de solidariedade e de apoio para com todas as populações envolvidas, mereceria alguma Auto culpabilização por parte de algum responsável mesmo com a apresentação de uma mísera demissão: não pelo que ele terá feito mas na sequência das práticas nulas dos seus antecessores (renegando as suas práticas e apoiando as suas vítimas).
18 Junho
(domingo)
Perante um cenário dantesco fazendo-nos lembrar um pouco a série The Walking Deads, com uma longa estrada rodeada de uma paisagem pós-apocalíptica completamente deserta de algum sinal de vida e juncada de carros completamente calcinados, oferecendo-nos o retrato fiel de um mundo esquecido e abandonado à sua sorte: onde já nada existindo (o poder tratou disso) não havendo mesmo nada a fazer (pelos poucos que ficaram).
(imagens: cetusnews.com/AP e worldview.earthdata.nasa.gov)
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A Culpa terá sido da Árvore
[Ou indiretamente do raio]
Mais de 60 Mortos
Mais de 60 Feridos
(num cenário arrepiante e a mais de 40⁰C)
Como é possível declarado um incêndio e projetada a respetiva intervenção (com toda a região em princípio em estado de alerta) haver mortos cercados em casa ou em carros calcinados na fuga? Quando a primeira coisa a fazer pelas autoridades seria a de salvar pessoas (com tantos idosos vivendo em casas isoladas) e criar caminhos de fuga (com tanta gente em desespero a fugir sem saber bem para onde).
Carros calcinados na estrada onde se registaram mais vítimas
Entre Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos
(com as vítimas a serem apanhadas na sua fuga desesperada ao inesperado incêndio)
Num incidente com mais de 120 vítimas (segundo dados mais recentes mais de 60 mortais e mais de 60 feridos) localizado num triângulo envolvendo zonas interiores/exteriores aos seus vértices e tendo como referência as localidades de Castanheira de Pêra, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos (o incêndio terá começado em Escalos Fundeiros/Pedrógão Grande com um raio a atingir uma árvore), um incêndio inicialmente controlado (mas não dominado) ao aumentar repentina e inesperadamente de intensidade descontrolando completamente o cenário do momento e a estratégia de combate às chamas inicialmente previsto (ainda por cima acabando por associar-se a outras frentes já ativas como o do grande incêndio de Góis um concelho limítrofe ao de Pedrógão Grande), acabou por se transformar numa das maiores tragédias ocorridas em Portugal (veremos os números que atingirão no rescaldo os danos materiais e pessoais) tendo como responsável único as leis da Natureza. Para já e pelo menos enquanto o incêndio não termina, as temperaturas não descem e o medo e a incerteza não se dissipam, com todos os responsáveis a apontarem para as condições climatéricas com que o país se deparava nesse dia e particularmente nessa zona do interior, para justificar o imprevisto, o completo caos instalado e as dezenas de vítimas mortais: para lá de todas as vítimas caídas como heróis no terreno de combate, dos quais se destacam e como sempre os residentes e os bombeiros (os únicos combatentes) ‒ lutando com as suas mãos para salvar o maior número de vidas, mesmo podendo por em causa a sua própria existência ‒ deixando-nos ainda algumas dúvidas sobre o papel de alguns responsáveis e sobre a sua competência (que não apenas curricular).
Uma das vítimas do incêndio numa das estradas em redor de Pedrógão Grande
(por onde muitos tentaram fugir e onde muitos caíram pelo fogo ou por intoxicação)
Entre os mais de 60 mortos com metade a morrer em fuga de uma praia fluvial
Esperando-se agora pelos próximos dias para ver (deixando-se assentar toda a poeira) o que as autoridades pensam (e concluem) sobre esta grande catástrofe humana (natural e/ou artificial) que para além de destruir uma região (já por si abandonada) também destruiu a vida de muitos dos seus (e cada vez em menor número) residentes: só se esperando que depois do poder os expulsar para o litoral (por uma questão de sobrevivência) ainda acusem as vítimas de incúria na limpeza dos terrenos ‒ mas feitos por quem e pagos por quem? E face a todos os conhecimentos postos hoje à nossa disposição para tratar de fenómenos como o registado em Pedrógão Grande, não se podendo unicamente atribuir a culpa a um raio e a uma maldita árvore que estava no seu caminho: e o calor, e o ar seco, e a humidade praticamente nula dos terrenos, e as diversas camadas de ar a diferentes temperaturas comprimidas e circulando livre e caoticamente entre vales e serras, e as condições climatéricas exteriores propícias à ocorrência deste tipo de fenómenos, nada disso conta (para a Prevenção) ‒ numa demonstração cabal da total incompetência de alguns desses responsáveis pela preservação da Natureza (por exemplo prevenindo possíveis situações de incêndios) e de como o ordenamento do nosso território se encontra num caos criminoso, sem retorno à vista e todo entregue aos critérios aleatórios da Natureza (a culpada) e da selvajaria do Homem (nunca se podendo esquecer como o interior foi abandonado, com os seus naturais a serem obrigados a deslocar-se para o litoral para sobreviverem e desse modo como seria logico e como já todos esperavam, deixando o campo e a floresta ao abandono e assim proporcionando a trágica intervenção humana/com a eucalitpização do país e até a aleatória intervenção natural/com o Homem escancarando-lhe as portas).
Tendo que haver responsáveis para além do raio e da árvore!
(imagens: mogaznews.com e chron.com)